Noções Básicas de Geomática
Noções Básicas de Geomática
Noções Básicas de Geomática
PROPÓSITO
Compreender os conceitos teóricos e práticos relacionados à Geomática para a análise
espacial exigida dos futuros profissionais das áreas de Geologia, Engenharia Civil, Arquitetura
e Urbanismo.
PREPARAÇÃO
Antes de iniciar este conteúdo, tenha em mãos papel e caneta.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
MÓDULO 2
MÓDULO 3
MÓDULO 1
Identificar os principais conceitos de Geomática e os aspectos relacionados à
modelagem da forma da Terra
Geomática e suas subdivisões
Neste módulo, vamos apresentar as disciplinas abrangidas pela Geomática e seus respectivos
objetos de estudo, explicando sucintamente como se relacionam. Também serão apresentadas
abordagens sobre a forma e as dimensões da Terra, destacando os referenciais adotados no
Brasil.
CONCEITOS DE GEOMÁTICA
Imagem: Shutterstock.com
Existem três possíveis origens para o termo “Geomática”. Conheça cada um deles a seguir:
ORIGEM 1
ORIGEM 2
ORIGEM 3
Uma das origens do termo (geos: Terra, matics: informática) foi atribuída à Universidade de
Laval, no Canadá, no início da década de 1980, quando a computação eletrônica se mostrava
promissora para o processamento de dados de levantamentos geodésicos.
Outra versão da origem remete ao início do ano de 1975, na França, onde o termo era
empregado para se referir ao processo de automação da produção de mapas.
Ainda uma terceira vertente defende que “Geomática” veio da fusão dos termos Geodésia e
Geoinformática, no final dos anos 1960. Fato é que a vertente da origem canadense se
consolidou e é a mais aceita.
A Geomática tem uma abordagem sistêmica, multidisciplinar e integrada que visa selecionar
equipamentos e métodos apropriados para coletar, analisar, exibir e gerenciar dados
relacionados a objetos e fenômenos referenciados à Terra (ou georreferenciados),
disponibilizados em formato digital.
SAIBA MAIS
O conjunto de tecnologias destinadas à coleta e ao tratamento de dados georreferenciados
recebe o nome de geoprocessamento.
CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO
Para especificar e implementar as estruturas de dados e os algoritmos de processamento de
dados de fontes heterogêneas, assim como gerar visualizações gráficas de mapas, gráficos e
tabelas a partir das análises dos dados georreferenciados.
GEODÉSIA
Para determinar a forma e as dimensões da Terra, empregando modelos geométricos (por
exemplo, o elipsoide de revolução e a esfera) e físicos (por exemplo, o geoide e o esferoide). A
topografia é uma parte da Geodésia que visa determinar a posição e a forma de detalhes da
superfície terrestre empregando medidas obtidas diretamente sobre o terreno.
CARTOGRAFIA
Para representar a posição e a forma de objetos e fenômenos georreferenciados de forma
numérica ou gráfica, respeitando regras preestabelecidas (por exemplo, convenções, projeções
e comunicabilidade do mapa).
Imagem: Shutterstock.com
Elipsoide de revolução.
SAIBA MAIS
Cada país pode definir os parâmetros para um elipsoide que melhor se ajuste à sua área, uma
vez que as curvaturas no elipsoide não são constantes. Entretanto, aplicações globais como os
sistemas de posicionamento por satélite requerem um modelo que abranja toda a superfície
terrestre.
Imagem: Shutterstock.com
LATITUDE
Ângulo que a reta normal ao elipsoide, que passa pelo local, faz com o eixo polar, variando
entre 90° norte e 90° sul. Devido ao achatamento terrestre, a reta normal ao elipsoide
geralmente não passa pela origem dos eixos.
Imagem: Shutterstock.com
LONGITUDE
Ângulo que o meridiano, que passa pelo local, faz com o meridiano de Greenwich, variando de
180° leste a 180° oeste.
Imagem: Shutterstock.com
ALTURA GEOMÉTRICA
Distância entre o local e a superfície do elipsoide, medida sobre a reta normal que passa pelo
local.
A ordem de grandeza do achatamento indicado nos elipsoides citados significa que, para cada
300 metros de semieixo maior, o semieixo menor mede 299 metros aproximadamente. Em
consequência, as curvaturas na superfície do elipsoide não serão uniformes como são na
esfera, as seções perpendiculares ao eixo de rotação são circulares, enquanto as demais são
elípticas.
EXEMPLO
Gauss, em 1828, caracterizou o geoide como a “figura física da Terra”, ou seja, um modelo
físico da forma da Terra, baseado nas variações do campo gravitacional terrestre. O geoide é a
superfície de referência para a medição de altitudes, razão pela qual ouvimos dizer que uma
cidade está a 1.000 metros acima do nível do mar.
Cabe ressaltar que nenhum dos modelos correspondem à superfície física da Terra (ou
topográfica), sobre a qual são realizadas as medições de ângulos e distâncias. Da mesma
forma, o geoide não coincide com o nível do mar. Um Sistema Geodésico de Referência
materializa sobre a superfície topográfica pontos cujas coordenadas são medidas em relação
às outras superfícies de referência. Nesses pontos são implantados marcos geodésicos.
Superfícies de referência.
DADOS ALTIMÉTRICOS
Entre os dados altimétricos, são fornecidos a altitude, o desvio padrão (sigma), o método de
levantamento, o marégrafo de referência (datum) e as datas de medição e de cálculo
(ajustamento da rede altimétrica).
DADOS GRAVIMÉTRICOS
Imagem: IBGE
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. A CIÊNCIA QUE ANALISA A DETERMINAÇÃO DA FORMA, DAS
DIMENSÕES E DO CAMPO DE GRAVIDADE DA TERRA É DENOMINADA:
A) Geodésia
B) Geofísica
C) Geologia
D) Geomática
E) Geoprocessamento
A) Elipsoide GRS80
B) Elipsoide UGGI-67
C) Geoide
D) Oceano Atlântico
E) Sopé do morro
GABARITO
MÓDULO 2
Imagem: Shutterstock.com
SISTEMA
EXEMPLO
INFORMAÇÃO
Hierarquia DICS.
EXEMPLO
Na prática, dados são valores que, por si só, não possuem significado explícito, pois não estão
contextualizados. Não é incomum encontrar referências como dados “crus” ou “brutos”, pois
nenhum processamento ou análise é aplicado ao dado. Como exemplo, podemos citar a
temperatura, em °C, associada a um local.
SAIBA MAIS
Imagem: Shutterstock.com
Por fim, apresentamos algumas definições existentes para Sistemas de Informação Geográfica:
DEFINIÇÃO 1
Sistemas de captura, armazenamento, verificação, manipulação, análise e exibição de dados
espacialmente referenciados à Terra.
DEFINIÇÃO 2
Sistemas que realizam o tratamento computacional de dados geográficos e recuperam
informações não apenas com base em suas características alfanuméricas, mas também
através de sua localização espacial.
DEFINIÇÃO 3
Sistema computacional destinado à captura, ao armazenamento, à verificação, análise e
exibição de dados relacionados a posições sobre a superfície terrestre.
ARQUITETURA DE SISTEMAS DE
INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA
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Visualização e plotagem
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O componente interface com o usuário (ou simplesmente, interface) funciona no nível mais
próximo do usuário, permitindo que ele interaja com o sistema. Estão englobados nesse
componente os equipamentos e softwares necessários para que o usuário configure o
ambiente de processamento (seleção de dados, definição de parâmetros e formalização das
consultas necessárias).
SAIBA MAIS
Em termos de software, muitos dos que são chamados de SIG (exemplos, QGIS e ArcGIS)
operam como interfaces do SIG. Em nível intermediário, o SIG demanda um conjunto de
componentes necessários ao processamento dos dados: entrada e integração de dados;
consulta e análise espacial; visualização e plotagem.
ENTRADA E INTEGRAÇÃO
Em um contexto em que vários produtores disponibilizam dados geográficos pela internet, faz-
se necessário padronizar formatos, atributos e sistemas de coordenadas. Somam-se a isso,
dados obtidos por meio de sensores georreferenciados (por exemplo, boias de monitoramento
marítimo, estações meteorológicas e câmeras de vigilância) e conteúdo geoespacial produzido
pelos usuários (informação geográfica voluntária).
Consulta
Análise espacial
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Modelos digitais do terreno são representações digitais da superfície terrestre, que podem ser
gerados por meio de levantamentos topográficos, processamento estereoscópico de fotografias
aéreas, interpolação de curvas de nível existentes ou por meio de sensores baseados em laser
ou radar.
SAIBA MAIS
Missões de mapeamento como Space SRTM (Shuttle Radar Topography Mission), ASTER
GDEM (Global Digital Elevation Model) e ALOS World 3D criaram modelos digitais de terreno
que estão disponíveis na Web gratuitamente, com resolução espacial entre 30 e 90 metros.
A modelagem de terreno permite calcular estatísticas sobre a superfície, tais como declividade,
volume delimitado por duas superfícies (por exemplo, o terreno e o nível de água de uma
barragem), perfis longitudinais e cortes transversais, áreas de visibilidade a partir de um local e
linhas de visada entre dois locais, interpolação de isolinhas e renderização de cenários
tridimensionais.
Linhas de curvas de nível com a função de ligar locais distintos que partilham um valor
comum.
Exemplo de Modelo Digital de Terreno (MDT) representado como uma imagem sombreada.
O processamento de imagens abrange operações com o objetivo de extrair de imagens obtidas
por sensores orbitais ou aerotransportados, assim como daquelas obtidas por digitalização de
fotos e documentos cartográficos, a forma e a localização de objetos em relação à Terra.
Teoria que estuda, de forma gráfica, a relação entre os objetos de determinado conjunto.
Entretanto, setores como a distribuição de gás, água, energia e telecomunicações são usuários
desse tipo de processamento. Os arcos do grafo descrevem a (intensidade da) relação
existente entre pares de nós, que podem ser endereços, cidades, aeroportos, torres, estações,
entre outros.
PROCESSAMENTO GEODÉSICO
O processamento geodésico (podemos incluir também o processamento tipográfico neste
tópico) consiste na determinação de coordenadas de objetos, incrementando suas precisão e
exatidão pelo ajustamento de observações. Isso inclui o processamento de poligonais longas,
de circuitos de nivelamento e de redes geodésicas de apoio local ou regional.
VISUALIZAÇÃO E PLOTAGEM
EXEMPLO
A saída do SIG também pode ser codificada de modo a formar sentenças como “a 200 metros,
vire à direita” ou “você chegará ao seu destino às x horas e y minutos”, pronunciadas por
aplicativos de roteamento disponíveis no seu telefone celular.
Imagem: Shutterstock.com
Imagem: Shutterstock.com
Por fim, o componente gerência de dados espaciais atua na otimização das operações de
inserção, armazenamento e recuperação de dados. Ao mesmo tempo que preserva sua
integridade, garante e controla o acesso dos (vários) usuários (simultâneos) às tabelas
disponíveis no banco de dados.
EXEMPLO
Imagem: Shutterstock.com
Os bancos de dados são projetados com o intuito de permitir que as principais consultas
relacionadas aos modelos de negócio possam ser realizadas de forma rápida e segura. Os
Sistemas Gerenciadores de Bancos de Dados (SGBD) foram desenvolvidos com o intuito de
sanar fragilidades inerentes ao armazenamento dos dados em arquivos:
FRAGILIDADE 1
FRAGILIDADE 2
FRAGILIDADE 3
A primeira fragilidade que podemos citar é o acesso multiusuários: se um usuário consulta um
arquivo, o acesso por outros usuários é bloqueado. Uma solução dada foi a liberação de cópias
para edição por outros usuários, mas criou o problema de controle de versões, consolidando
todas as alterações para unificar a base de dados.
EXEMPLO
Podemos citar alguns SGBD de uso consolidado na Academia e na Indústria: Oracle, SQL
Server, DB2, PostgreSQL, MySQL, entre outros.
ATENÇÃO
Com a linguagem SGBD é possível desenvolver extensões espaciais que possuem funções
capazes de realizar os processamentos que envolvem a componente espacial dos dados. Já
com a linguagem SQL, que pode ser estendida para ser compatível com o ANSI SQL, é
possível processar dados georreferenciados.
SAIBA MAIS
O Consórcio Open GIS (Open GIS Consortium – OGC) padronizou o vocabulário básico para a
extensão espacial da SQL.
SAIBA MAIS
Todavia, em bancos de dados espaciais, não é possível calcular distâncias entre objetos de
tabelas diferentes, se as tabelas possuem coordenadas representadas em sistemas diferentes.
EXEMPLO
Uma com coordenadas na forma de latitude e longitude e outra com coordenadas cartesianas.
SAIBA MAIS
As coordenadas geográficas fornecidas pelo GPS referem-se ao sistema WGS-84, cujo código
é 4326. Coordenadas geográficas em SIRGAS 2000, sistema oficial brasileiro, recebem o
código 4674.
PROGRAMAS E USOS DE SISTEMAS DE
INFORMAÇÕES GEOGRÁFICAS (SIG)
Por outro lado, há programas que podem ser empregados em SIG, porém são especializados
em algumas funcionalidades. Entre os programas de processamento de imagens, podemos
citar o ENVI, o eCognition e o ERDAS Imagine. E entre os programas especializados em
processamento de redes, o General Electric SmallWorld e a plataforma IQGeo.
Imagem: Shutterstock.com
No caso dos SIG Web, o suporte de um SGBD se faz necessário, uma vez que tais
gerenciadores dispõem de recursos para oferecer mais performance com grandes volumes de
dados, acesso multiusuário e controle de integridade do banco de dados. São exemplos de
SGBD com extensão espacial o PostgreSQL (com o PostGIS), o Oracle (com o Oracle Spatial)
e o SQLite (com o Spatialite).
Um sistema de operações logísticas recebe os dados dos pedidos (origem, destino, peso e
volume, entre outros) e identifica as rotas mais adequadas para garantir a entrega no prazo,
evitando vias impeditivas e minimizar os custos operacionais.
EXEMPLO
VERIFICANDO O APRENDIZADO
A) Interface
B) Entrada e integração
D) Visualização e Plotagem
GABARITO
Entre as funcionalidades dos SGBD, podemos citar a manutenção da integridade dos bancos
de dados, verificando se a inserção ou a remoção de um registro por engano (ou não) viola as
restrições impostas pela aplicação.
MÓDULO 3
FUNDAMENTOS DO SENSORIAMENTO
REMOTO
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Já o desenvolvimento de sistemas orbitais nas décadas de 1960 e 1970 permitiu que satélites
transportassem sensores para aplicação meteorológica, imageamento e levantamento de
altitudes.
QUÂNTICO
ONDULATÓRIO
Aborda a REM como ondas resultantes da oscilação dos campos elétrico e magnético.
Como uma onda, a REM é definida pelos comprimentos de onda e pela velocidade.
A fonte de REM mais explorada em Sensoriamento Remoto é o Sol. A Terra reflete parte
dessa radiação de volta ao espaço e absorve outra parte, reemitindo posteriormente em
comprimentos de onda mais longos. Entretanto, outras fontes artificiais de REM podem ser
empregadas, como o radar e o laser, normalmente em plataformas aéreas.
Quando a radiação eletromagnética emitida por fontes como o Sol atinge a superfície de outra
matéria, a REM pode ser absorvida, refletida ou transmitida, com diferentes intensidades e
comprimentos de onda. O comportamento espectral das diversas substâncias é denominado
assinatura espectral, conceito utilizado para distinguir materiais entre si.
SENSORES
A radiação refletida pode ser captada por sistemas sensores e armazenada na forma de
imagens: pixels arranjados em linhas e colunas. Os sensores são projetados para captar e
armazenar intervalos específicos de comprimento de onda, as bandas.
RESOLUÇÃO ESPECTRAL
Denomina-se resolução espectral a largura da faixa da REM capaz de ser captada e
armazenada pelo sensor. Intervalos estreitos significam maior resolução espectral.
As imagens podem ser capturadas em diferentes regiões do espectro eletromagnético – visível,
termal, micro-ondas etc.; empregando canais de resoluções espectrais que variam de poucos
nanômetros (sensores hiperespectrais) até a radiação em todo o espectro visível (sistemas
pancromáticos).
RESOLUÇÃO RADIOMÉTRICA
A capacidade dos sensores de detectar pequenas variações de intensidade chamamos de
resolução radiométrica, expressa em bits. Um sensor de 8 bits codifica a intensidade da
energia refletida numa escala de 256 (28 ) valores, ou seja, entre 0 e 255. Sensores de 11 bits
registram valores de 0 a 2047, totalizando 2048 valores possíveis.
RESOLUÇÃO ESPACIAL
Define-se a resolução espacial como a menor área no terreno representada por um pixel.
Contudo, costuma-se representar a resolução espacial em metros, correspondendo ao
comprimento do lado do quadrado registrado em cada pixel. Quanto menor o comprimento,
mais detalhada será a cobertura, logo, melhor será a resolução espacial (por exemplo, o
sensor pancromático do satélite CBERS possui resolução espacial de 10 metros, enquanto o
sensor multiespectral do satélite Landsat 8 possui resolução espacial de 20 metros).
RESOLUÇÃO TEMPORAL
A resolução temporal diz respeito ao intervalo de tempo decorrido entre duas passagens do
satélite pela mesma posição. As órbitas dos satélites são projetadas para que eles retornem de
tempos em tempos, regularmente. Como consequência, é possível ver diversas cenas
capturadas ao longo do ano, permitindo o monitoramento de mudanças no terreno.
TIPOS DE SENSORES
O primeiro sensor remoto que conhecemos e usamos é o olho humano. Ele permite a entrada
de uma banda do espectro eletromagnético, que atravessa suas lentes e se projeta na retina e
é interpretada pelo cérebro.
Outro tipo de sensor que foi empregado por décadas na produção de documentos cartográficos
foi o filme fotográfico. Analogamente ao olho humano, a radiação eletromagnética em um
sistema fotográfico passa por uma abertura e impressiona o filme.
SAIBA MAIS
Lentes e espelhos são combinados para concentrar a energia emitida (ou refletida) pelo objeto
sobre o filme. A resolução espectral depende da sensibilidade espectral do filme e a resolução
espacial depende do tamanho dos sais de prata.
Sensores eletro-ópticos
RADIAÇÃO REFLETIDA
É dividida em seus comprimentos de onda por meio de um prisma, sendo detectada pelos
detetores e amplificada pelos pré-amplificadores.
RADIAÇÃO EMITIDA
Imagem: Shutterstock.com
Um espelho giratório é responsável pelo efeito de varredura da área, gerando faixas mapeadas
no sentido perpendicular ao do voo. O comprimento da linha de varredura determina o Campo
de Visada do Sensor (Field of View – FOV). Para um dado FOV, o comprimento da linha de
varredura define a largura da faixa imageada e depende da altura da plataforma. O tempo de
varredura deve se ajustar à velocidade de deslocamento da plataforma.
A ESCOLHA DO SENSOR
A escolha do sensor mais adequado para uma aplicação depende do tipo de informação
necessária, das dimensões e da dinâmica dos objetos ou fenômenos em estudo. Os sensores
eletro-ópticos podem ser classificados quanto à fonte da REM, ao tipo do produto e quanto ao
mecanismo de aquisição.
SENSORES PASSIVOS
SENSORES ATIVOS
Estão associados a dispositivos que produzem a REM que incidirá sobre os objetos e refletirá
nos sensores, onde ficarão registrados.
IMAGEADORES
NÃO IMAGEADORES
Geram, como resultado, uma imagem da superfície observada e são recomendados quando há
demanda por informações sobre a variação espacial da resposta espectral da superfície
observada. As imagens podem ser adquiridas na região visível, termal, l-ondas etc.; com
intervalos estreitos de banda, como os sensores multiespectrais, enquanto sistemas
pancromáticos integram radiação de todo o espectro visível.
Incluem os sensores que não geram imagens como resultado. Um exemplo, indicado para
aplicações que envolvem a análise química de objetos no terreno, é o espectrômetro, que
detecta e mede o conteúdo espectral de um campo eletromagnético. Para análise química do
solo, por exemplo, demanda-se por maior resolução espacial, de modo que é recomendada a
aplicação de espectrômetros imageadores.
Outras aplicações não precisam de alta resolução espacial ou espectral, contudo requerem alta
precisão na medição da intensidade do campo eletromagnético em uma ampla região
espectral. Com essa finalidade, recomenda-se o emprego de radiômetros, que podem
fornecer informações precisas, como a temperatura.
SISTEMA 1
SISTEMA 2
SISTEMA 3
SISTEMAS DE QUADRO
Os Sistemas de quadro (framing systems) adquirem a imagem da cena em sua totalidade
num mesmo instante. São sistemas antigos em que a imagem não é capturada e construída
ponto a ponto, mas formada instantaneamente sobre um tubo fotossensível, convertida
posteriormente em sinal elétrico.
EXEMPLO
As câmaras RBV (Return Beam Vidicon) que operavam a bordo dos três primeiros satélites da
série Landsat. Elas tornaram-se obsoletas devido às limitações em sua sensibilidade espectral
e sua precisão radiométrica.
EXEMPLO
Imagem: Shutterstock.com
ORBITAIS
Em satélites
AÉREAS
Em aeronaves e helicópteros
TERRESTRES
A aquisição de dados de Sensoriamento Remoto evoluiu ao longo dos anos. Veja a seguir os
principais acontecimentos:
01
02
03
1946
1961
Somente em 1961 foi obtida a primeira fotografia orbital colorida tomada de uma câmera
instalada em uma espaçonave.
1970
A partir da década de 1970 foram lançados diversos satélites com sistemas sensores
embarcados, como os das séries Landsat e SPOT, Radarsat, entre outros.
Imagem: Shutterstock.com
Além disso, é possível obter imagens com maior resolução espacial e os dados, que antes
eram registrados em filmes específicos com câmeras bem calibradas, já começam a produzir
imagens digitais na faixa do visível e do infravermelho próximo, sobre uma matriz de chips
CCD (charge coupled devices), sem a necessidade de digitalização dos filmes.
SAIBA MAIS
Imagem: Shutterstock.com
Entre as dezenas de satélites que geram produtos de Sensoriamento Remoto, citamos alguns
ao longo do módulo em razão de sua importância histórica, sua relevância para aplicações
voltadas à sociedade e ao planeta e pela inovação tecnológica constante.
LANDSAT
A missão LANDSAT (Land Remote Sensing Satellite), gerenciada pela National Aeronautics
and Space Administration (NASA) e pela U.S. Geological Survey (USGS), lançou oito satélites
desde 1972, o último em 2013. Produz imagens com resolução espacial de 30 metros nas
bandas do visível, de 15 metros na banda pancromática e de 100 metros no sensor termal.
Quanto às aplicações das imagens Landsat, podemos citar a produção de mapas de uso e
cobertura das terras, atualização de mapas e dados cartográficos, mapas de aptidão agrícola
das terras, identificação de áreas irrigadas e mudanças climáticas.
SATÉLITES SPOT
A série de satélites SPOT (Système Pour l´Observation de la Terre) é controlada pela empresa
francesa Spot Image e lançou sete satélites, dos quais quatro ainda estão em operação. A
resolução espacial das imagens produzidas pode chegar a 8 metros nos canais do espectro
visível e infravermelho próximo, e a 2 metros no sensor pancromático, com resolução
radiométrica de 12 bits. Entre as aplicações das imagens Spot, podemos citar o monitoramento
de processos de degradação de vegetação.
Imagem: Shutterstock.com
SATÉLITES GOES
A missão de satélites GOES é operada pela NOAA (National Oceanic and Atmospheric
Administration) e controlada pela NASA. Fornece imagens utilizadas pelos serviços de previsão
do tempo dos países localizados no continente americano. Em conjunto com os satélites da
série METEOSAT, o GOES completa a rede internacional de observação meteorológica da
Terra. Suas imagens podem ser empregadas no monitoramento de fenômenos atmosféricos
severos, de crescimento das áreas urbanas e das superfícies cobertas por gelo. A resolução
espacial na faixa do visível é de 1 quilômetro.
PROGRAMA CBERS
Exemplos de satélites com alta resolução espacial são o GeoEye (resolução espacial de 1,65
metros no sensor multiespectral e 41 centímetros no sensor pancromático, e radiométrica de 11
bits); o par de satélites Pléiades (resolução espacial de 2 metros no sensor multiespectral e
50 centímetros no sensor pancromático, e radiométrica de 12 bits); e o RapidEye (resolução
espacial de 6,5 metros no sensor multiespectral, sem sensor pancromático, e radiométrica de
12 bits).
VERIFICANDO O APRENDIZADO
A) Infravermelho
B) Micro-ondas
C) Rádio
D) Raios-X
E) Som
D) RapidEye
GABARITO
O som é uma onda do tipo mecânica e não eletromagnética. Todas as demais opções
correspondem a faixas do espectro eletromagnético.
2. Satélites de alta resolução são indicados para aplicações de mapeamento que exijam
detalhamento da ordem de 1 metro. Selecione a opção que corresponde a um satélite
que produz imagens terrestres de alta resolução.
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Em nosso estudo, aprendemos, inicialmente, sobre as áreas de conhecimento abordadas pela
Geomática, indicando como se relacionam para coletar, analisar, exibir e gerenciar dados
relacionados a objetos e fenômenos georreferenciados disponibilizados em formato digital.
Apresentamos, em seguida, modelos para representação terrestre usados como referência
para determinação de coordenadas, cálculo de áreas, distâncias e direções.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
BELLINGER, G.; CASTRO, D.; MILLS, A. Data, information, knowledge, and wisdom.
UFMG, 2003.
DAVIS, C.; CÂMARA, G. Arquitetura de sistemas de informação geográfica. In: Introdução
à ciência da geoinformação. São José dos Campos, SP: INPE, 2001. 345 p.
ESA. SPOT-6 and SPOT-7 Commercial Imaging Constellation. Consultado na internet em:
25 mar. 2021.
GRANDJEAN, M. Connected world: Untangling the Air Traffic Network. In: Kantar Information
is Beautiful. Consultado na internet em: 25 mar. 2021.
NASA. GOES-East - Sector view: South America – Southern. Consultado na internet em: 25
mar. 2021.
STEFFEN, C. A. Introdução ao sensoriamento remoto, São José dos Campos: INPE, 2006.
Consultado na internet em: 25 mar. 2021.
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