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Aumentam casos de dengue e outras doenças relacionadas a mosquitos na Europa

Os casos de dengue e outras doenças relacionadas com mosquitos estão aumentando na Europa, com as alterações climáticas propiciando condições ​​para a propagação de mosquitos invasores, alertou esta terça-feira a agência de saúde da UE.

Imagem de arquivo mostra mosquito tigre picando uma pessoa na cidade de Nice, no sul da França (10/08/23).
Imagem de arquivo mostra mosquito tigre picando uma pessoa na cidade de Nice, no sul da França (10/08/23). © AFP - Valery Hache
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Em 2023, foram registrados 130 casos de dengue autóctone na União Europeia, mais Islândia, Liechtenstein e Noruega, do EEE (Espaço Econômico Europeu), em comparação com 71 em 2022.

Trata-se de um “aumento significativo” em comparação com 2010-21, período durante o qual foram registrados 73 casos, indica o Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças (ECDC) num comunicado de imprensa.

O número de casos importados também disparou, para 1.572 em 2022 e 4.900 em 2023, o seu nível mais elevado desde o início da vigilância europeia em 2008.

“A Europa já está constatando que as alterações climáticas criam condições mais favoráveis ​​para que mosquitos invasores se espalhem para áreas anteriormente não afetadas e para que mais pessoas sejam infectadas com doenças como a dengue”, disse Andrea Ammon, diretora do ECDC.

Em relação ao vírus do Nilo Ocidental, foram registrados 713 casos autóctones em 123 regiões de nove países da UE em 2023, com 67 mortes.

Embora seja um declínio em comparação com os 1.133 casos em 2022, o número de regiões afetadas é o mais elevado desde 2018.

Nativo da Europa

O mosquito responsável pela propagação do vírus do Nilo Ocidental, Culex pipiens, é nativo da Europa e está presente em toda a UE/EEE, de acordo com o ECDC.

O mosquito Aedes albopictus (mosquito tigre), conhecido por transmitir os vírus dengue, chikungunya e zika, está “espalhando-se mais a norte, leste e oeste da Europa e tem agora populações em 13 países da UE/EEE”, afirmou o ECDC.

A espécie Aedes aegypti, responsável pela propagação da febre amarela, dengue, chikungunya e zika, estabeleceu-se recentemente no Chipre e em várias regiões periféricas da UE, como a Ilha da Madeira e as ilhas francesas do Caribe.

“É amplamente esperado que as alterações climáticas tenham um impacto significativo na propagação de doenças transmitidas por mosquitos na Europa, por exemplo, através da criação de condições ambientais favoráveis ​​ao estabelecimento e crescimento de populações de mosquitos”, sublinha o ECDC.

A agência afirma que medidas de controle coordenadas, como mosquiteiros, inseticidas e pulverização doméstica de inseticidas residuais, são cruciais para conter estas doenças.

Retirar a água estagnada de varandas e jardins e proteger-se também são medidas essenciais, acrescenta o ECDC.

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