Telecomunicações
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Por — Para o Valor, de São Paulo


Alberto Grisselli, da TIM, prevê avanços especialmente em negócios corporativos — Foto: Divulgação
Alberto Grisselli, da TIM, prevê avanços especialmente em negócios corporativos — Foto: Divulgação

As principais empresas de telecomunicações do Brasil reportaram balanços positivos no primeiro trimestre de 2024, de acordo com as casas de análise consultadas pelo Valor. Os destaques ficaram com as gigantes Vivo e TIM. Entre as regionais, a Brisanet reportou resultados satisfatórios, assim como a Unifique, no entanto, um alerta, as enchentes no Sul podem prejudicar suas operações ao longo deste ano.

Maior do Brasil, a Vivo obteve lucro líquido de R$ 896 milhões no trimestre, uma alta de 7,3% na comparação com o resultado do mesmo período de 2023. A receita avançou 6,5% no mesmo intervalo, para R$ 13,5 bilhões, enquanto o lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda) totalizou R$ 5,3 bilhões, alta de 6,8% em um ano.

O diretor de relações com investidores da Vivo, João Pedro Soares Carneiro, diz que a empresa começou o ano com desempenho positivo nas principais linhas de negócio, mantendo o crescimento dos trimestres anteriores, com resultados consistentes em receita, Ebitda, lucro e geração de caixa.

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Outros indicadores importantes apresentaram bons resultados. A receita média por usuário (arpu) teve alta de 7,7% no primeiro trimestre, para R$ 29,2, enquanto o “churn”, que mostra o número de cancelamentos, recuou 0,5 ponto percentual no período, para 2,1% ao mês.

Segundo a Genial Investimentos, a Vivo segue apresentando crescimento acima da inflação, com maior ganho de receita proveniente dos serviços móveis (R$ 8,7 bilhões, alta de 9,3% ano a ano), enquanto os serviços fixos tiveram um crescimento “tímido” de 1,6%, atingindo R$ 3,9 bilhões no trimestre.

Para a TIM, o destaque foi apresentar o maior arpu do setor, de R$ 30,03, além do crescimento nas principais linhas do balanço. A receita líquida saltou 7,3% em um ano e totalizou R$ 6,09 bilhões no trimestre. O Ebitda avançou 10,7% no mesmo período, para R$ 2,89 bilhões, e o lucro líquido, 19%, para R$ 519 milhões. Além disso, a base de clientes foi para 61,42 milhões, sendo 33,31 milhões no pré-pago e 28,1 milhões nos planos pós-pagos. Os dados do balanço apontaram ainda “churn” mensal de 2,8%, queda de 0,7 p.p. e market share de 23,8%, menos 0,8 p.p. desde o primeiro trimestre de 2023.

O CEO da TIM, Alberto Griselli, destaca a liderança no 5G, que ganhou mais relevância ao alcançar o maior número de cidades cobertas no fim de março. “Nosso crescimento é sólido e podemos prever um 2024 de muitos avanços, especialmente na área de negócios corporativos - agora que temos a nova frente focada nos clientes B2B, a TIM IoT Solutions - na diversificação do portfólio e contínua evolução da experiência dos clientes”, diz Griselli.

A XP Investimentos aponta que o forte crescimento no móvel pode ser atribuído à boa execução, especialmente no pós-pago. “Vale ressaltar que o arpu móvel subiu 8,8% ano a ano. Esse desempenho foi impulsionado pelo ajuste tarifário nas ofertas pós-pagas ao longo de 2023, pela melhora na gestão da base de clientes, reduzindo o Churn devido ao processo contínuo de migração para planos de maior valor. Já o pré-pago foi impactado por efeitos sazonais, como o período de férias.”

A Oi - em recuperação judicial - apresentou resultados fracos. A receita líquida totalizou R$ 2,2 bilhões, redução de 12,9% na comparação anual e de 4,2% ante o trimestre anterior. O Ebitda foi negativo em R$ 168 milhões, com margem Ebitda negativa de 7,6%, enquanto o prejuízo líquido aumentou 120%, para R$ 2,78 bilhões.

Segundo relatório da Genial, essa queda foi impulsionada pela diminuição acentuada nas receitas dos serviços não essenciais, como os serviços antigos de cobre no setor varejista e atacadista regulamentado, assim como a TV por satélite e as subsidiárias. Além disso, houve uma redução nas receitas dos serviços tradicionais de telecomunicações da Oi Soluções.

A Claro, subsidiária da mexicana América Móvil, terminou o primeiro trimestre com receita líquida total de R$ 11,7 bilhões, uma alta anual de 5,3%, com destaque para a receita móvel de R$ 6,2 bilhões nas operações brasileiras, um crescimento de 8,5% na comparação anual. A companhia teve como destaque o aumento de 13% em vendas de aparelhos, com R$ 520 milhões, um avanço anual de quase 13%. O Ebitda cresceu 10%, para R$ 5,2 bilhões.

Segundo a América Móvil, a Claro liderava em market share de 5G (38%) em fevereiro deste ano, seguida de perto pela Vivo (36,6%). A empresa mexicana terminou o período com ARPU mensal de R$ 24, alta de 3% em um ano, e um Churn de 2,4%, queda anual de 0,8 p.p.

A Brisanet, provedora líder de serviços de telecomunicações na região Nordeste, adicionou à sua base 32,2 mil clientes de forma orgânica no primeiro trimestre, obtendo uma receita líquida de R$ 334,42 milhões, um alta de 14% em base anual. No período, o Ebitda gerado foi de R$ 141,3 milhões, e o lucro líquido atingiu R$ 20,1 milhões.

Segundo o BTG Pactual, a companhia apresentou resultados em linha com as expectativas, no entanto, na teleconferência de resultados projetou investir R$ 800 milhões para 2024, indicando que provavelmente aumentará os investimentos nos próximos trimestres.

A Unifique, provedora de internet banda larga no Sul do país, reportou uma receita líquida de R$ 249,3 milhões no trimestre, um alta de 21,6% na comparação anual. O Ebitda avançou 21,7%, para R$ 101,3 milhões e o lucro líquido subiu 42,5%, para R$ R$ 26,2 milhões. Além disso, o Churn mensal ficou estável em 1,81%.

Segundo a XP, a Unifique os resultados positivos foram impulsionados principalmente pelo crescimento inorgânico nos últimos doze meses. ”No entanto, é importante observar que prevemos um impacto das inundações e interrupções na rede no Rio Grande do Sul a partir do segundo trimestre. A Unifique tem 178 mil clientes no Estado, representando 25% de sua base total. A empresa estima que aproximadamente 15% das operações no RS sejam afetadas, o que equivale a 3% do total da Unifique”, segundo avaliação da instituição.

Atuando no interior de São Paulo, a Desktop foi uma das empresas que mais cresceu nas cidades onde opera, segundo dados da Anatel. No primeiro trimestre, a companhia teve receita líquida de R$ 268 milhões, um avanço de 21% na comparação anual, de forma orgânica, apresentou um Ebitda de R$ 138 milhões, valor 25% maior do que um ano atrás, e lucro líquido de R$ 43 milhões, alta de 67%. O número de assinantes aumentou 10% em um ano e atingiu a marca de 1,04 milhão.

No começo de 2024 a Desktop atingiu 100% de integração em seu portfólio de produtos, com planos padronizados para as 184 cidades cobertas, que deve gerar ganhos de eficiência na operação.

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