EUA incitam Israel a aceitar cessar-fogo e ONU denuncia inacção internacional

O Secretário-Geral da ONU, António Guterres, denunciou o “terror” militar israelita na Faixa de Gaza.

O líder da ONU, recusando-se a comentar o discurso do primeiro-ministro israelita no congresso americano, lamentou a ausência de reacção da comunidade internacional ao apelo humanitário de Gaza, visto ter disponibilizado apenas 36% dos fundos de que as vítimas civis do conflito no enclave necessitam.

O chefe da ONU que está em funções desde 2017, mostrou-se extremamente descontente com a catastrófica situação humanitária em Gaza, enfatizando que desde que assumiu a função de Secretário Geral, a campanha militar de Israel em Gaza era a que tinha “a mais elevada taxa de mortandade e destruição” de que tinha memória, “à escala mundial”.

António Guterres afirmou ainda que a maneira como Israel leva a cabo a guerra em Gaza, com a agravante das dificuldades de encaminhamento da ajuda humanitária, criaram “uma situação de terror verdadeiramente dramática”.

Por outro lado, nos Estados Unidos da América, tanto o Presidente Biden, como Kamala Harris, receberam ambos em audiência o primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu, mas com uma diferença. Enquanto o Presidente Biden apelou Netanyahu a rapidamente finalizar um acordo de cessar-fogo em Gaza e de libertação dos reféns, Kamala Harris prometeu não permanecer “silenciosa” ante o sofrimento dos civis palestinianos.

Recorde-se que Donald Trump é suposto receber igualmente Netanyahu, esta sexta-feira, na sua residência na Florida.