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Médio Oriente

Netanyahu diz que fase "intensa" da guerra está a chegar ao fim, mas que não terminou

Bombardeamentos visaram a Faixa de Gaza nesta segunda-feira, nomeadamente a cidade de Gaza, depois de o chefe do governo israelita anunciar ontem que a fase "intensa" dos combates "está prestes a terminar", nomeadamente em Rafah, no sul do enclave, muito embora refira que a guerra contra o Hamas continua.

FILE PHOTO: Israeli Prime Minister Benjamin Netanyahu attends a cabinet meeting at the Bible Lands Museum in Jerusalem on June 5, 2024.     GIL COHEN-MAGEN/File Photo
Primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahuno passado dia 5 de Junho de 2024. via REUTERS - GIL COHEN-MAGEN
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"A fase intensa dos combates contra o Hamas está prestes a terminar. Isso não significa que a guerra tenha chegado ao fim, mas a guerra, na sua fase intensa, está prestes a terminar em Rafah", disse Benjamin Netanyahu em entrevista ontem na televisão israelita, ao reiterar que "o objectivo" é "recuperar os reféns" detidos em Gaza e "desalojar o regime do Hamas".

O movimento radical que controla a Faixa de Gaza reagiu hoje vincando que qualquer acordo deve "incluir um cessar-fogo permanente e uma retirada completa" israelita de Gaza, condições que o governo de Netanyahu sempre rejeitou.

Nas suas declarações ontem, o chefe do governo israelita também aludiu à escalada da violência no norte do país, na fronteira com o Líbano, com o Hezbollah apoiado pelo Irão. Neste sentido, Netanyahu anunciou que "depois do fim da fase intensa, o país poderia transferir algumas forças para o norte", e que "iria fazer isso, principalmente para fins defensivos, mas também para trazer de volta os habitantes para casa", referindo-se aos milhares de deslocados provocados por esta outra frente do conflito na região.

Na sequência destas declarações, nesta segunda-feira, testemunhas indicam que tiros de artilharia atingiram Rafah, no sul, bem como o campo palestiniano de Nousseirat, no centro do enclave, e o bairro de Zeitoun da cidade de Gaza, no norte.

O governo do Hamas refere, por outro lado, que dois profissionais de saúde foram mortos por um ataque aéreo contra o hospital Al-Daraj, na cidade de Gaza, o movimento armada recordando que pelo menos "500 profissionais de saúde foram mortos directamente" desde o início da "agressão israelita" no território.

Por sua vez, o exército israelita anunciou a continuação das suas "ofensivas cirúrgicas" no sector de Rafah, a "eliminação de terroristas armados" e o "desmantelamento de entradas de túneis".

Noutro aspecto, o Ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, chegou a Washington onde deve efectuar contactos que qualificou de "cruciais" para o desfecho da guerra, numa altura em que o Estado Hebreu conhece algumas crispações com o seu tradicional aliado. O executivo israelita tem criticado nomeadamente atrasos de entregas de armas americanas. Uma "disputa" que deveria ser "resolvida num futuro próximo", garantiu ontem Netanyahu.

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