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Cachorrão conquistou a vaga para a prova de forma inusitada, já que não participou da seletiva para a modalidade. Uma nova regra do COI e da World Aquatics permite atletas com índice nas provas de 800m e 1500m na piscina nadarem a prova de 10km em águas abertas, desde que o país não tenha representantes na prova.

Com a ausência de representantes brasileiros na categoria masculina, Guilherme aproveitou o índice conquistado na prova dos 800m e oficializou sua inscrição na prova que acontecerá nas águas do Rio Sena.

- Eu não tenho muita experiência, mas é uma prova muito aberta, eu acho que posso surpreender. Nas Olimpíadas são só 22 atletas, então acho que o contato físico vai ser menor que o de costume, então é melhor pra mim - disse Cachorrão.

Beatriz Dizotti, nadadora brasileira, tem índice nos 1500m livre, o que permitiria a atleta de participar da prova em águas abertas. Entretanto, o Brasil já tem Ana Marcela Cunha e Viviane Jungblut como representantes do país na categoria feminina.

Com a nova vaga nas Olimpíadas, Guilherme Costa terá longa estadia na França. Cachorrão começa sua busca por medalhas nas piscinas de Paris a partir do dia 27 de julho e só encerra sua participação no torneio no dia 9 de agosto, quando vai nadar os 10km em águas abertas.

- Vou nadar os 10km porque é depois da piscina, então não vai me atrapalhar. Vou dar meu máximo - completou Gui.

O Brasil foi representado na modalidade nas Olimpíadas de Pequim 2008 e Rio 2016 por Allan do Carmo, mas não teve representantes em Tóquio 2020. Com a participação de Gui Costa nos 10 km, o Brasil volta a ter um atleta masculino prova depois de duas edições.