Líder
recusou acordo
Da
enviada a Salvador e Maceió
O
historiador Ivan Alves Filho (''Memorial dos Palmares'') aponta
para a habilidade política que demonstrou o governador
de Pernambuco, Pedro de Almeida, ao oferecer um tratado de
paz a Ganga-Zumba. Segundo ele, Almeida pretendia, na verdade,
''quebrar a unidade dos Palmares''.
A ameaça de fracasso do acordo de Cucaú leva
o governo da capitania a propor novo tratado a Zumbi, que
reorganizava Palmares. A proposta é levada por Ganga-Zona,
que vivia em Cucaú, a pedido de Pedro de Almeida. Zumbi
se recusa a entregar as armas. Mais tarde, Ganga-Zona seria
apadrinhado por Almeida, ganharia o nome de Pedro de Souza
de Castro e passaria a viver entre os brancos.
Depois da morte de Ganga-Zumba, em 1680, a coroa tentou novo
acordo, oferecendo perdão a Zumbi. O chefe não
respondeu aos apelos do governador.
A última tentativa de acordo com Zumbi data de 1682,
quando Pernambuco já se encontrava sob o governo de
João de Souza. A proposta era composta por 17 artigos,
entre quais o que dizia que ''seriam considerados livres todos
os negros e mulatos (...) que tivessem respeitado o acordo
de 1678 e que não tinham se rebelado depois disso''.
Essa proposta nunca chegou a ser entregue a Zumbi. (MF)
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