Depois da sexta colocação na Copa do Mundo de Canoagem Velocidade em 2023, Isaquias Queiroz garantiu que nas Olimpíadas de Paris será diferente. Isso porque ele deixou claro que no ano passado a prioridade era descansar e dedicar tempo à família; enquanto neste ano o foco está nos Jogos de Paris. Para ele, não existe "milagre" no esporte, sendo o resultado coerente com o tempo dedicado ao desempenho.
— A canoagem não é o basquete, que você pode estar perdendo de dois pontos e, numa dessa, faz um arremesso de três e ganha o jogo. Na canoagem, o que você faz no treino, você vai fazer na competição. Não vai ter milagre. Foi o que aconteceu agora em 2023, eu não treinei corretamente porque estava descansando, e o resultado não veio — disse o canoísta.
Depois do sexto lugar na prova do C1 1000m do Mundial, no ano passado, disputado em Duisburg, na Alemanha, Isaquias fez a promessa de que "treinaria mais ainda, porque não gostava de ficar sem medalha".
Isaquias Queiroz conquista ouro nos 1.500 metros
Neste ano, Isaquias cumpriu o prometido e conquistou bons resultados. O canoísta brasileiro encerrou a campanha na Copa do Mundo de Canoagem Velocidade 2024 com duas medalhas de ouro. A primeira foi conquistada no C1 500m, prova que não é olímpica; e a segunda, no C1 1000m — justamente a categoria em que ele havia ficado em sexto no ano passado. A competição aconteceu em maio, dois meses antes dos Jogos Olímpicos, em Szeged, na Hungria.
— Pensavam que o Isaquias já tinha acabado, mas a Copa do Mundo agora pôde mostrar que foi um descanso que eu tive merecido pelo o que eu tinha feito pelo Brasil, pela modalidade. A gente voltou com tudo e esperamos chegar bem em Paris agora.
Com trabalho técnico chefiado por Lauro de Souza Júnior, a canoagem brasileira chegará aos Jogos Olímpicos Paris 2024 com seis atletas, número recorde já alcançado, superando a marca de quatro na edição da Rio 2016. Nesta edição, Isaquias também vai remar em busca de uma marca pessoal nas águas francesas. Com um ouro em Tóquio e duas pratas e um bronze no Rio, ele pode se tornar em Paris o brasileiro com mais medalhas individuais em Jogos Olímpicos. A ginasta Rebeca Andrade, que já tem duas medalhas (um ouro e uma prata em Tóquio, também promete brigar por esse posto.
— Não rola pressão, não. Mas acho que a Rebeca pode até me superar, né? Ela vai ter cinco provas nas Olimpíadas. Mas vou focar no meu, na execução do meu trabalho. 2023 não foi um ano que todo mundo esperava, mas foi um ano que eu esperava de descanso, de repouso. Eu vinha de nove anos de títulos, de mundiais, então tinha uma hora que eu tinha que dar uma sossegada. Foi bom pra mim, pro meu corpo, pra minha mente.
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