Mineração
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Por Regina Diniz — Para o Valor, de São Paulo


Malu Paiva, da Vale: empresa faz parcerias para enfrentar desafios do bioma e das pessoas que lá vivem por meio de ações estruturantes e sistemáticas — Foto: Divulgação
Malu Paiva, da Vale: empresa faz parcerias para enfrentar desafios do bioma e das pessoas que lá vivem por meio de ações estruturantes e sistemáticas — Foto: Divulgação

Pressões por descarbonização e cumprimento de determinações da Organização das Nações Unidas (ONU) para o meio ambiente têm exigido práticas mais responsáveis das mineradoras. O desafio é especialmente delicado na região Norte - que concentra a maior parte da Amazônia brasileira e que respondeu por quase 39% dos R$ 250 bilhões movimentados pelo setor no país em 2022, segundo o Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) - diante da demanda de minérios que são necessários para transformação energética.

As principais reservas minerais da Amazônia são de bauxita (alumínio), ouro, cromo, cobre, ferro, manganês, nióbio, níquel, estanho e zinco. Segundo o Ibram, há empreendimentos com décadas de atividades na região comprometidos com a agenda ESG (boas práticas ambientais, sociais e de governança) em todas as suas etapas, seja em relação a meio ambiente, florestas e áreas de conservação, seja em relação às comunidades e povos originários.

“Temos estabelecido parcerias para enfrentar os grandes desafios do bioma e das pessoas que lá vivem por meio de ações de combate à pobreza, melhoria de saúde, educação, infraestrutura e fortalecimento de negócios sustentáveis”, afirma a vice-presidente de sustentabilidade da Vale, Malu Paiva. É da região amazônica que vem cerca de 60% da produção da mineradora. “É preciso agir com ações estruturantes e sistemáticas, apoiando e ampliando ações de parceiros que atuam e conhecem o bioma, a fim de manter a floresta de pé. Fundamental não só para o desenvolvimento sustentável do território, mas também para a manutenção do nosso próprio negócio”, afirma a executiva.

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A Vale afirma ter investido mais de R$ 1 bilhão em ações de proteção, pesquisa, desenvolvimento territorial e incentivo à cultura na Amazônia na última década. A companhia mantém, em parceria com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), a unidade de conservação Floresta Nacional de Carajás, criada em 1988. Também ajuda na proteção de outras cinco unidades - florestas nacionais do Tapirapé-Aquiri e de Itacaiúnas, Reserva Biológica do Tapirapé, Área de Proteção Ambiental do Igarapé do Gelado e Parque Nacional dos Campos Ferruginosos - vizinhas, com cerca de 800 mil hectares, e planeja recuperar e proteger outros 500 mil ha de florestas até 2030 por meio do projeto Meta Florestal.

A Mineração Rio do Norte (MRN), que extrai bauxita na Amazônia há quatro décadas, também mantém ações para minimizar o impacto da exploração mineral. O diretor de sustentabilidade e jurídico da MRN, Vladimir Moreira, reconhece os desafios de equilibrar a atividade com a sustentabilidade. “Procuramos equacioná-los a partir de um diálogo permanente com a sociedade, com comunidades vizinhas. Mantemos escuta ativa por meio de reuniões, fóruns de diálogo e outras ações de relacionamento que possibilitam a troca permanente de informações e esclarecimentos sobre a operação da empresa, buscando estabelecer parcerias para o compartilhamento de valor do negócio”, afirma.

O reflorestamento é com sementes fornecidas por comunidades da região”
— Vladimir Moreira

A MRN, diz, faz recomposição florestal das áreas imediatamente após a mineração, uma vez que a processo de lavra é feito em faixas. “Temos orgulho dessa iniciativa, considerada uma referência no setor mineral, pois todo o reflorestamento é feito com espécies nativas, produzidas a partir de sementes fornecidas por comunidades na região.” A empresa mantém um banco de germoplasma, com castanheiras plantadas com sementes de toda a Amazônia, atividades que possibilitaram a catalogação de 15 novas espécies e projetos que conciliam geração de renda com preservação ambiental protagonizados por comunidades vizinhas. Com o ICMBio, firmou um termo de cooperação técnica para suporte às atividades do instituto.

A Hydro Paragominas afirma ter compromisso com o uso sustentável dos recursos e a preservação ambiental nas operações de sua mina de bauxita no município paraense de Paragominas. “Sabemos da grande responsabilidade de atuar na área de mineração na Amazônia. Por isso buscamos uma operação responsável, comprometida com o meio ambiente e integrada com as comunidades vizinhas”, afirma o diretor industrial da empresa, Anderson Martins.

A Hydro firmou o compromisso de diminuir as emissões de carbono em 30% até 2030 e tem como meta zerar as emissões de CO2 até 2050. Segundo Martins, a companhia tem estratégias de sustentabilidade em três frentes de atuação: clima, meio ambiente e sociedade. “Investimentos em pesquisa, reflorestamento do bioma amazônico, reaproveitamento de água e utilização de energias renováveis”, diz.

As ações sociais da mineradora na Amazônia são implementadas por meio do Fundo de Sustentabilidade Hydro, organização sem fins lucrativos criada em 2019 com o compromisso conjunto das empresas Hydro, Albras e Alunorte. Em 2022, o fundo investiu R$ 5,5 milhões em projetos e ações sociais.

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