Mineração
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A indústria mineral programa investimentos de US$ 50,4 bilhões no Brasil entre 2023 e 2027 e esse valor, o maior em uma década, está muito aquém do potencial de recursos que o país pode atrair. Lideranças setoriais calculam que os investimentos podem dobrar, chegar à casa dos US$ 100 bilhões em próximos períodos quinquenais. “Estamos diante de uma enorme janela de oportunidades. Cabe ao Brasil saber aproveitá-la”, diz Raul Jungmann, presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram).

As oportunidades estão relacionadas à expansão exponencial do consumo de minerais classificados como estratégicos para a transição energética por meio do uso de fontes renováveis como energia eólica e solar fotovoltaica e veículos elétricos. A Agência Internacional de Energia (IEA) estima que nos próximos 20 anos, para atender a essa demanda, a produção de lítio deverá crescer mais de 40 vezes, e a necessidade de níquel, cobalto e grafite vai ser entre 20 e 25 vezes maior do que a atual. O mercado global de minerais críticos pode saltar de US$ 320 bilhões para US$ 1 trilhão já em 2030.

“Vamos acelerar o crescimento da nossa plataforma de negócios de metais para a transição energética”, diz Eduardo Bartolomeo, CEO da Vale. Em julho, a empresa firmou dois acordos para investir entre US$ 25 bilhões e US$ 30 bilhões na próxima década em metais estratégicos por meio da sua subsidiária Vale Base Metals Limited (VBM) no Brasil, no Canadá e na Indonésia. Uma parceria é com a saudita Ma’aden e o Fundo de Investimento Público da Arábia Saudita. O outro negócio é com a multinacional de investimentos Engine No.1. Os acordos vão levar US$ 3,4 bilhões para o capital da VBM em troca de participação de 13% na companhia.

Os investimentos visam aumentar a produção de cobre da VBM de 350 mil toneladas por ano (kt/ano) para 900 kt/ano, e a produção de níquel de 175 kt/ano para mais de 300 kt/ano. “A mineração é peça-chave para o Brasil liderar a revolução energética e a descarbonização global e estamos bem posicionados para apoiar o país nessa tarefa”, afirma.

Metas incluem descarbonizar a produção e desativar as barragens

Além do desafio de descarbonizar a produção e encontrar caminhos mais sustentáveis para suas plantas, as mineradoras encaram as exigências de desativar as barragens de rejeitos, que nos últimos anos têm ficado nos holofotes por causa das tragédias ocorridas em Mariana (2015) e Brumadinho (2019). O Ibram calcula que o processo de descaracterização (desativação) de barragens devem ter um custo superior a US$ 4,5 bilhões. “Tratam-se de operações de grande complexidade técnica e de custos muito elevados”, explica Julio Nery, diretor de sustentabilidade do Ibram. Isso porque, de acordo com ele, cada barragem exige a necessidade de um determinado tipo de projeto e de obra.

A Vale já investiu cerca de R$ 6,2 bilhões no Programa de Descaracterização de Barragens e tem provisionados R$ 17,3 bilhões até o fim do processo, mas ganhou um prazo de nove a doze anos, considerado exagerado por especialistas, para concluir a correção das principais estruturas ameaçadas em Minas Gerais: a barragem Sul Superior, na mina de Gongo Soco, em Barão de Cocais, até 2029, e a Forquilha III, na mina da Fábrica, em Ouro Preto, até 2035.

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