Política
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Por e , Valor — Brasília


A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (25), em votação simbólica, projeto de resolução que presta homenagem ao ex-deputado Arnaldo Faria de Sá e batiza com seu nome o hall da taquigrafia localizado no anexo 2 da Casa. A matéria foi promulgada e transformada na Resolução 12/24.

O deputado Glauber Braga (Psol-RJ) declarou voto contrário ao texto e destacou que, apesar de reconhecer o legado do ex-parlamentar, não votaria a favor de uma homenagem a alguém que, em seu último mandato como vereador, fez uma fala racista e foi alvo de representação por esse motivo no Conselho de Ética da Câmara dos Vereadores de São Paulo. A deputada Fernanda Melchionna (Psol-RS) também declarou voto contrário.

Faria de Sá foi deputado federal por oito mandatos consecutivos e era conhecido pela defesa dos aposentados, sendo um dos principais adversários da reforma da Previdência durante o governo do ex-presidente Michel Temer (MDB). Ele morreu em 2022, aos 76 anos.

No fim de sua carreira política, em 2021, Faria de Sá causou polêmica ao afirmar que o ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta (1946-2009) era "um negro de verdade, um negro de alma branca", ao elogiar o ex-prefeito, de quem foi secretário.

A fala causou reações em plenário, críticas de vereadores de outros partidos e uma exigência de retratação pública do atual presidente da Câmara, o vereador Milton Leite (União) – que é negro. Ele se tornou alvo de representação no Conselho de Ética, mas o caso foi arquivado.

Durante a sessão, o relator do projeto de resolução, Pedro Jr (PL-TO), afirmou que o ex-deputado deixou um legado significativo como exemplo de parlamentar, não apenas dedicado às causas sociais e à defesa dos direitos dos trabalhadores, dos aposentados e dos mais vulneráveis, mas também um exímio conhecedor das normas regimentais. "Esta homenagem não apenas perpetua a memória de um parlamentar extraordinário, mas também simboliza o compromisso desta Casa com os valores e causas pelos quais Arnaldo Faria de Sá lutou tão fervorosamente."

Contrário ao texto, Glauber reconheceu o legado de Faria de Sá, mas lembrou da fala racista do homenageado. "Tive relação com o deputado Arnaldo Faria de Sá, que era profundo conhecedor do regimento, fez defesa importante dos aposentados contra o fator previdenciário, era defensor de trabalhadores de estatais e não quero negá-lo. Mas, em sua legislatura como vereador em São Paulo, ocorreu um episódio que foi uma declaração de cunho racista que levou a uma representação no Conselho de Ética contra ele. Esse tipo de declaração não pode ser por nós naturalizada. Na discussão de qualquer espaço da Câmara ou em praça pública, a luta antirracista tem que ser levada em conta e temos que ter postura de enfrentamento ao racismo estrutural. Essas homenagens deveriam passar pelo rito de audiências públicas até que fossem votadas".

Deputado Arnaldo Faria de Sá — Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados
Deputado Arnaldo Faria de Sá — Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados
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