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Por Marcella Sobral e Rafael Galdo — Do “Globo”


Izabella Teixeira: “Aliar conhecimento científico com conhecimento tradicional é um novo paradigma no mundo geopolítico” — Foto: Brenno Carvalho/Agência O Globo
Izabella Teixeira: “Aliar conhecimento científico com conhecimento tradicional é um novo paradigma no mundo geopolítico” — Foto: Brenno Carvalho/Agência O Globo

Na Baía de Guanabara, a cooperativa comandada por Alaildo Malafaia trabalha há anos pela conservação dos manguezais. No Complexo da Maré, é por um aplicativo de mensagens, hoje acessível à maioria, que Vinicius Lopes recebe reclamações e busca soluções para problemas no saneamento do conjunto de favelas. Anne Catadora usa um canal de vídeo, o Cataflix, para promover a conscientização sobre a reciclagem do lixo. São ações que fazem diferença localmente, no território onde estão implantadas, mas põem em prática uma agenda global na busca por um planeta mais sustentável - uma ideia que atravessou toda a primeira etapa da Glocal Experience, encerrada dia 17 na Marina da Glória, Zona Sul do Rio, onde Alaido, Vinicius, Anne e outras dezenas de agentes transformadores, compartilharam experiências com acadêmicos, lideranças de entidades da sociedade civil, empresários e ativistas brasileiros e internacionais.

Samela Sateré Mawé: “Nós queremos estar no centro do debate e participar de fato das tomadas de decisão” — Foto: Brenno Carvalho/Agência O Globo
Samela Sateré Mawé: “Nós queremos estar no centro do debate e participar de fato das tomadas de decisão” — Foto: Brenno Carvalho/Agência O Globo

A Glocal Experience é uma iniciativa da Dream Factory, com co-realização da Editora Globo e os parceiros oficiais de mídia “O Globo”, “Extra”, Valor e CBN. Nela, arte, cultura, conteúdo e tecnologia se tornaram meios de reflexão sobre o que e como agir para concretizar a Agenda 2030, baseada nos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU. Para Ilona Szabó, cientista social, fundadora do Instituto Igarapé e integrante do Conselho Consultivo de Alto Nível do Secretário-Geral da ONU sobre multilateralismo eficiente, “engajar as pessoas naquilo que você quer transformar” é um dos caminhos para a mudança.

Tião Santos: “A reciclagem no Brasil nasce a partir da pobreza e da exclusão. A consciência ambiental só veio depois” — Foto: Gustavo Pellizzon/Agência O Globo
Tião Santos: “A reciclagem no Brasil nasce a partir da pobreza e da exclusão. A consciência ambiental só veio depois” — Foto: Gustavo Pellizzon/Agência O Globo

A mobilização por um amanhã melhor foi um dos propósitos mais evocados no evento, num percurso que, após os debates, está apenas começando em outras frentes. O espaço para discutir sustentabilidade continua vivo, com uma escuta social nos próximos meses em que agentes multissetoriais do Rio vão se reunir e mapear o que pode ser feito hoje para influenciar o futuro. E, numa plataforma digital, também vão seguir ecoando os quatro grandes pilares dos debates que ocorreram na Conferência da Glocal: água, clima, energia e resíduos.

Glocal Experience: debates e atividades sobre sustentabilidade reuniu ativistas e especialistas do Brasil e do mundo — Foto: Brenno Carvalho/Agência O Globo
Glocal Experience: debates e atividades sobre sustentabilidade reuniu ativistas e especialistas do Brasil e do mundo — Foto: Brenno Carvalho/Agência O Globo

“Colocamos o assunto em alta e, agora, temos a responsabilidade dar sequência. O principal pilar dessa continuidade são os cenários transformadores, que é um trabalho que a gente faz junto com a Reos Partners [organização internacional que atua no desenvolvimento de soluções para grandes questões da humanidade, cujo diretor, Adam Kahane, foi palestrante na Glocal]”, explica Rodrigo Cordeiro, diretor-geral da Glocal Experience. “Agora, vamos para os lugares onde as coisas realmente acontecem, organizar um processo de escuta, e fazer com que essa escuta tenha um fluxo organizado de entregas para que as pessoas que participaram dessa construção se sintam em um ambiente seguro.”

A causa, diz, é uma só. Mas as vozes que vão construir as soluções têm de ser múltiplas. “É um grupo formado por pessoas diversas e que, teoricamente, podem divergir em tudo. Mas, talvez haja um ponto de convergência entre elas que, dentro de um ambiente seguro, a pessoa consiga desarmar um pouco a vontade de divergir para encontrar uma convergência”, afirma Cordeiro. “Nós, enquanto Glocal, vamos mergulhar nisso e entender onde nasce a dor, o problema, e encontrar quais são os cenários reais e transformadores.” A jornada vai se manter em andamento até 2030.

Mais recente Próxima Cenário exige mobilização, parcerias e busca da paz

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