Guia Da Jardinagem - Dez23
Guia Da Jardinagem - Dez23
Guia Da Jardinagem - Dez23
Gramado perfeito
Aprenda a escolher o tipo de
grama ideal para seu terreno
Orquidário
Como montar um e proteger suas plantas TUDO PARA MANTER
SUAS PLANTAS
Espelhos d’água SAUDÁVEIS O
e lagos ornamentais ANO INTEIRO
Harmonize o jardim formando
um belo ecossistema
E aida:
plantas aquáticas,
iluminação e forrações
ÍCU
SC
3
LO
FA
04 Editorial.qxp_GJardinagem 31/10/16 10:47 Página 4
Orquidário
Plantas aquáticas
Diretores
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de Natal. GASTRONOMIA E CULINÁRIA: Cake Design, Cake Design Cupcakes, Coleção Delícias
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PAISAGISMO: Coleção Cultivo de Orquídeas, Como Cultivar Orquídeas, Guia Como Cultivar
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Índice a 200 m². SAÚDE: Coleção Guia Saúde Hoje e Sempre e Saúde Hoje e Sempre.
Contatos
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[3
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MONTE UM
Especialmente ORQUIDÁRIO QUE
FAVOREÇA O BOM
DESENVOLVIMENTO
para as orquídeas DESSAS BELAS
PLANTAS
São muitos os cuidados necessários a fim de oferecer as condições ideais para o bom
desenvolvimento dessas plantas. Eles estão relacionados, sobretudo, à luminosidade, umi-
dade, temperatura e ventilação do ambiente. Por isso, detalhes da estrutura são deter-
minantes para o sucesso de cultivo. As ripas que formam a bancada devem ter
O primeiro passo é definir sua dimensão. Segundo Guilherme Senra do Valle, profis- distanciamento de cerca de 5 cm. Já o
tamanho pode variar de acordo com o
sional da Detalhe Arquitetura Ambiental, empresa que produz diferentes estruturas para espaço disponível no interior do orquidário
jardins, inclusive, orquidários, de São Paulo, SP, não existe um tamanho mínimo definido.
“O ideal para quem está começando é montar uma estrutura de, pelo menos, 10 m2,
apresentando 2,5 x 4 m com possibilidade de ampliação para 2,5 x 10 m e assim por dian-
te”, ressalta o especialista, sugerindo ainda a otimização do espaço criando diferentes
patamares de cultivo.
E detalha: “Para abrigar de 300 a 500 orquídeas, o orquidário deve ter três níveis, sendo
dois constituídos por bancadas, que abrigarão as espécies que apreciam menos luminosi-
dade, e o terceiro, suspenso, destinado àquelas que podem receber maior incidência de
raios solares. Dessa forma, uma estrutura de 2,5 x 10 m poderá resguardar 300 exemplares.”
COMO CONSTRUÍ-LO
Roseli Cassola Fernandes, colecionadora de orquídeas, de Ubatuba, litoral paulista, enfa-
tiza a importância do posicionamento da estrutura. Segundo ela, a frente deve ficar para o Os vasos com espécies que apreciam bas-
tante luminosidade podem ficar pendura-
nascente do Sol, o que facilitará a circulação de ar. Se receber o vento Sul, deve ser prote- dos. Já as que preferem meia-sombra podem
gida com telas de plástico ou mesmo arbustos e arbóreas. ser dispostas sobre a bancada
Ambos especialistas afirmam que, para construí-la, pode-se apostar em diversos mate-
riais, como ferro galvanizado, diferentes tipos de madeira, por exemplo, eucalipto auto-
clavado, mourões de concreto e colunas de alvenaria. Esta escolha influenciará direta- NA
SC
mente na manutenção. EN
TE
“No caso de metal e vidro, os cuidados são quase nulos, pois são bastante resistentes,
sofrendo pouco com a ação do tempo. Enquanto a madeira pede acompanhamento cons-
tante para evitar que a umidade abra seus poros, iniciando o processo de deterioração”,
detalha Valle, que indica para locais muito úmidos o uso de metal galvanizado, pois não
PO
enferruja, restando somente o cuidado direcionado ao acabamento estético. EN
TE
Guia da Jardinagem • 81
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POR DENTRO
O profissional da Detalhe Arquitetura Ambiental diz que as bancadas devem ser fei-
tas de materiais resistentes, de fácil lavagem e que não possibilitem a aderência de sujei-
ra que possa facilitar a proliferação de pragas e doenças.
As possibilidades são inúmeras, por isso, é aconselhável analisar as características do
restante do local, avaliando a mais adequada. Neste caso, podem ser considerados fato-
res relacionados à estética, mas, sobretudo, ao cultivo.
“As bancadas podem apresentar estrutura de tijolos, colunas de concreto, caibros,
canos de PVC preenchidos com concreto e ferro galvanizado. Por cima, aposte em ripas
e chapas vazadas de ferro galvanizado ou de inox”, descreve Roseli, acrescentando que
a bancada pode ser construída no formato de uma escada com, pelo menos, três degraus.
Sempre usando material vazado.
“Madeiras não são recomendadas devido à facilidade em alojar fungos, bactérias,
caramujos e lesmas. Deve-se usar material que passe ventilação de todos os lados, assim,
facilita a manutenção dos exemplares e evita o surgimento de problemas relacionados
a pragas e doenças”, destaca a proprietária do Orquidário Oriental.
De acordo com Valle, para facilitar a circulação dentro do orquidário, as bancadas
GÊNERO E ESPÉCIE
Em Botânica, existe uma estrutura hierárquica de classificação das plantas. E o
gênero é uma das categorias, que agrupa um conjunto de espécies (outra catego-
ria), que partilham de características similares. Sendo assim, no caso das orquídeas,
o gênero Cattleya é composto por diversas espécies, como Cattleya labiata, Cattleya
bicolor, Cattleya walkeriana, entre outras.
[1] [1]
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HÁ INÚMERAS MANEIRAS de tornar o espelho d’água é um elemento arquitetô- – Lagos ornamentais, de Bauru, interior paulista,
jardim mais atrativo e natural. uma delas é nico decorativo, tendo como objetivo principal esse corpo d’água também serve para ume-
explorando o potencial da água, que oferece complementar a construção e atribuir ampli- decer um determinado espaço e, embora
sensação de relaxamento e harmoniza o tude. “É utilizado para refletir o imóvel na super- possa receber plantas e peixes, não tem a
ambiente. espelhos d’água e lagos ornamen- fície da água, podendo ter bicos e finalidade de abrigar seres vivos, mas de agre-
tais são ótimas opções para isso e, ao contrário fontes para alcançar um efeito mais intenso. gar ainda mais beleza à arquitetura.
do que parece, não requerem cuidados geralmente, é disposto em áreas sociais pa- Já o lago ornamental, além de refletir o
demasiados. ra proporcionar bem-estar”, define carlos entorno, conta com equipamentos especiais
É importante entender que esses dois re- favale, diretor da ecovalle Lagos ornamen- de filtragem que lhe permite ter vida. por isso,
cursos são semelhantes, mas desempenham tais, de são paulo, sp. normalmente está envolvido em um microclima
papéis totalmente diferentes e seus concei- de acordo com guy retz godoy dos san- composto por vegetação e peixes, de-sem-
tos são bastante distintos. tos, engenheiro agrônomo e diretor da ecosys penhando uma função biológica.
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usar poucas pedras, porém, de tamanho deve ser feita no equipamento e não no
grande para evitar o aspecto de amontoa- lago, evitando problemas de saúde para as
mento”, diz favale. carpas”, elucida.
[2] Projeto paisagístico Alexandre Furcolin
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rALo
de fundo
ALimentAção
piscinA
retorno
fiLtro
ILUMINAÇÃO
com um projeto luminotécnico bem planejado, lagos e espelhos d’água se
tornam destaques no jardim. existem opções subaquáticas e no entorno da estrutura.
retorno
sAídA “para a primeira, devem ser usadas lâmpadas dicroicas de 50 watts ou Ar 111 de
pArA ruA
100 watts que, obrigatoriamente, precisam ter tensão de 12 volts. Já as luminárias
necessitam ser blindadas para não entrar água e ter cabo de silicone, pois outros
As bombas de circulação de água para espelho d’água
evitam odores indesejados e proliferação de insetos. A ins-
materiais podem ressecar e causar infiltração”, indica o diretor da ecovalle.
talação deve ser feita em lugar que permita a ventilação A quantidade de lâmpadas depende do tamanho da estrutura, porém, é impor-
do equipamento e seu isolamento acústico, já que o motor
produz ruído. tante que os pontos iluminados formem um desenho em ziguezague, semelhante à
letra Z. “para as de dimensão menor (até 20 m2), usam-se luminárias de 50 watts; nas
maiores, as Ar 111 de 100 watts”, aconselha o profissional. em projetos subaquáticos,
as luminárias são encaixadas entre as pedras ou dispostas no fundo com pedras por
cima para não machucar os peixes.
Vale ressaltar que esse recurso não causa danos à fauna e à flora existente no
Divulgação/Cubos
tanque. na dúvida sobre o bem-estar dos animais, débora gianotti, arquiteta paisagista,
da cubos Lagos ornamentais, o filtro uV para lagos está
disponível nas potências 9W, 16W, 36W, 60W e 95W e apresenta de cotia, sp, recomenda colocar plantas aquáticas flutuantes, como alface d’água
Visor cristalclear 360 que permite a visualização do funcio-
namento da lâmpada em qualquer posição de instalação. (Pistia stratiotes) e salvínia (Salvinia minima), para fazer áreas de sombra.
A garantia é de 10 anos no corpo do equipamento.
não é aconselhada a iluminação subaquática em espelhos d’água, pois perdem
a função de refletor do ambiente ao redor, podendo ser colocados pontos de luz
[1] Projeto paisagístico Adriana Fonseca
Até na
Água GARANTA A PRESENÇA
DO VERDE EM ESPELHOS
D’ÁGUA E LAGOS
ORNAMENTAIS
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2 - PAPIRO
Muito ornamental, o papiro (Cyperus giganteus) é
nativo dos brejos do Sudeste do Brasil. Possui nume-
rosas hastes firmes, mais ou menos triangulares e
de medula macia, tendo na extremidade uma
cabeleira de folhas finas pendentes.
2 3 - SALVÍNIA 7
[4] [4]
4 - SOMBRINHA-CHINESA
A sombrinha-chinesa (Cyperus alternifolius) tem ori-
gem em Madagascar. Podendo atingir 1,10 m de
altura, apresenta folhas verde-brilhantes. Deve ser
plantada em locais bastante úmidos e brejosos em
grupos, renques ou isoladamente.
3 5 - NINFEIA 8
[4] [4]
6 - AGUAPÉ
Nativa da América Tropical, o aguapé (Eichhornia
crassipes) é uma flutuante que pode chegar a
50 cm de altura. Possui inflorescência em espiga
com flores azuis, que se formam no Verão. Os pei-
xes usam suas raízes para desova.
4 9
[3] [2]
7 - MURERÉ
Com flores violeta-arroxeadas e folhas espessas,
surgidas da base da planta, a mureré (Pontederia
cordata) é adequada para formação de maci-
ços à beira de lagos. Não tolera frio e se multipli-
ca por sementes ou divisão de touceira.
8 - SAGITÁRIA
Originária dos Estados Unidos, a sagitária (Sagittaria
montevidensis) é encontrada em margens de bre-
jos e lagos. Podendo atingir até 1 m de altura, apre-
senta flores brancas e amarelas. Aprecia locais úmi-
dos e a pleno sol.
5 10
[4] [4]
9 - VITÓRIA-RÉGIA
Originária do Norte do Brasil, da Bolívia e das Guianas,
a vitória-régia (Victoria amazonica) tem flores per-
fumadas, a princípio brancas e depois róseas. As fo-
lhas são gigantes e flutuantes, com margens eleva-
das e avermelhadas. É muito sensível ao frio.
10 - ALFACE-D’ÁGUA
De hábito flutuante, o alface-d’água (Pistia stratio-
tes) possui folhas aveludadas, sulcadas e formando
rosetas com raízes pendentes. Oriunda da América
Tropical, inclusive do Brasil, não tolera as baixas tem-
peraturas do Inverno.
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[1]
PLANTIO DE AQUÁTICAS
Aprenda a plantar aquáticas submersas que necessitam de fixação no solo. Lembre-se de que a maioria das plantas
aquáticas aprecia águas calmas, ou seja, sem movimentos bruscos de cascatas e quedas d’água, por exemplo.
MATERIAIS: vaso de 40 x 40 cm de borda larga de cerâmica ou plástico, substrato orgânico, terra argilosa, adubo termofosforado
e micronutrientes, tanque de 60 cm de profundidade, água suficiente para encher o tanque e mudas de plantas aquáticas
Projeto paisagístico Botânica Reino Vegetal Foto Hamilton Penna
Encha o vaso com Corrija o pH, Cubro-o com a mistura Encha com água Já no caso das
metade de terra argilosa adicionando calcário, de terra. Vale ressaltar o tanque de 60 cm de espécies emergentes,
e de substrato orgânico. caso seja necessário, que em cada recipiente profundidade e, então, por exemplo, o papiro
Em seguida, misture e acrescente adubo pode abrigar de três submirja o vaso até o (Cyperus giganteus),
1 esses materiais.
2 termofosforado mais
3 a quatro mudas. Sobre
4 fundo da estrutura. Para
5 é preciso colocar um
Também pode ser micronutrientes. Faça a superfície do vaso, as submersas de folhas calço embaixo do vaso,
usada uma bacia, um buraco fundo e intro- coloque uma camada flutuantes, deve-se deixar como tijolos ou pedras,
desde que respeitando duza os rizomas de cascalho ou pedra 20 cm de distância para elevá-lo e
a medida e os materiais das mudas das plantas brita para facilitar a entre a lâmina d’água diminuir a distância
indicados aquáticas acomodação da terra e a borda do vaso da lâmina d’água
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Realce
O COLORIDO E AS FORMAS de um jardim tivo estiver pronto. Durante a execução, péries”, detalha a profissional mineira.
são evidenciados em belos dias de sol e céu deve-se começar sua implantação ainda Conceitualmente, a iluminação artificial
azul. No entanto, há uma beleza diferente que na fase de escavação. A previsão de espa- deve acompanhar toda a linha e formato do
se esconde à noite. Ela pode ser revelada e ços para tubulações, passagens para fios, paisagismo. “Um jardim clássico precisa ser ilu-
destacada por meio da iluminação artificial. bases de sustentação (no caso dos pos- minado de forma simétrica e sem ousadia. Já
“Um recurso que apresenta papel importante, tes), localização dos painéis de controle, em um espaço contemporâneo pode ser mais
criando cenários com focos diferentes daque- entre outros, é muito importante”, informa arrojada e solta, com efeitos variados”, afirma
les que se destacam durante o dia”, confirma Isabela Conrado, designer e paisagista, da Lucia. Portanto, cada estilo pede uma ilumi-
Lucia Borges Dias, professora de paisagismo e capital baiana. nação específica, lembrando que se deve
paisagista, de Belo Horizonte, MG. Tanto o projeto como a instalação é res- considerar também a arquitetura do local.
Para garanti-lo na área verde, não existe ponsabilidade de profissionais especializa-
necessariamente um tamanho mínimo defi- dos. “A fiação subterrânea deve estar den- OUTROS ASPECTOS TÉCNICOS
nido. Até mesmo vasos, cahepôs e jardineiras tro de condutores específicos de eletricida- As lâmpadas comumente utilizadas em
podem recebê-lo. Na verdade, o planeja- de. Normalmente, são de PVC. Os fios mais iluminação externa são as de vapor de sódio,
mento depende, exclusivamente, do efeito adequados são os plastichumbos, pois são halógenas, fluorescentes e incandescentes
desejado e das necessidades do ambiente mais resistentes. Eles devem ser enterrados (veja mais detalhes na página seguinte).
que receberá a iluminação artificial. entre 20 e 30 cm de profundidade para não “Porém, as conhecidas como PAR 20 e
A fim de evitar transtornos, ela deve sofrerem danos durante as futuras manuten- PAR 38 são as mais frequentes, pois podem
constar no projeto inicial do jardim. “É reco- ções da área verde. Além disso, as luminárias permanecer expostas ao tempo”, acrescenta
mendável inseri-la quando o layout defini- precisam ser bem fechadas, resistindo a intem- a paisagista mineira.
94-97 Iluminacao Artificial_GJardinagem 21/08/14 16:35 Page 95
TIPOS DE LÂMPADAS
pectos técnicos. Postes, arandelas, holofo- sua altura. Os postes e as arandelas de pare-
tes, spots, refletores, espetos, balizadores, de devem ter uma altura mínima de 1,80 m
entre outros, são frequentemente usados para não ofuscar os olhos das pessoas. En- HALÓGENA: apresenta 100 de IRC e
em áreas externas. quanto para evitar a queima de folhas, lâm- até 2 mil horas de tempo de vida.
Vale lembrar que tanto a lâmpada padas e vegetação devem ficar mais de 60 Gasta mais energia, mas oferece maior
quanto a luminária proporciona um efeito cm afastadas uma da outra”, orienta. potência luminosa. Sua tonalidade de
distinto. Por isso, para ter uma combina- Erros relacionados a esse aspecto podem iluminação é branca e amarela.
ção adequada estética e funcionalmente, causar problemas no jardim, além de criar FLUORESCENTE: possui de 60 a 90 de
deve-se pensar no resultado desejado. O perigos para os usuários. Isabela usa como IRC (Índice de Reprodução de Cores)
mais indicado é sempre procurar um pro- exemplo áreas verdes projetadas para crian- e 12 mil horas de tempo de vida. É
fissional especializado. ças. De acordo com ela, espetos com lâm- limitada por baixa potência.
“O material dos equipamentos deve ser padas PAR não são bem-vindos, pois podem Apresenta tonalidade de iluminação
resistente às condições climáticas do local ocasionar queimaduras. O ideal é utilizar branca e amarela.
onde ficarão expostos. Por exemplo, peças lâmpadas frias e luminárias blindadas embu- PAR: apresenta 100 de IRC e média
de ferro ou aço poderão enferrujar facil- tidas no solo. de 6 mil horas de tempo de vida. É
uma lâmpada refletora, com preci-
so facho de luz, muito brilho e defi-
nição. Possui diversas cores na tona-
Destacando diferentes elementos, como
vasos e espécies vegetais, a iluminação arti- lidade de iluminação amarela. Nas
ficial cria um ambiente aconchegante e
sobretudo charmoso
versões: halógenas e LED. Utilizada em
jardins e fachadas.
LED: possui 80 de IRC e vida útil média
de 25 mil horas. É recomendada para
vegetações rasteiras. Tem diversas
tonalidades de cores.
VAPOR DE SÓDIO: possui 23 de IRC e
média de vida útil de 16 mil horas.
Emitem luz monocromática que valo-
rizam alguns tipos de vegetação e
afastam os insetos; além disso, contri-
buem para a iluminação de cercas-
vivas, próximas às árvores, valorizan-
do texturas.
INCANDESCENTE: em desuso devido
[1] Projeto paisagístico Roberto Sá
ESTÉTICA E FUNCIONALIDADE tamanho e volume, e também elementos copa. O direcionamento de luz fixo é ideal
Isabela diz que a iluminação artificial é diferenciados como fontes e esculturas. “No para essa situação.
funcional quando ilumina acessos, caminhos entanto, não exagere na distribuição de pon- Já plantas de médio porte e maciços
e escadas, e estética ao destacar espécies tos de iluminação. Menos é mais”, ressalta. de vegetação são sujeitos a mudanças sig-
de grande porte, como jabuticabeira A profissional baiana ainda lembra que nificativas de formato e tamanho. É indi-
(Myrciaria cauliflora) e pândano (Pandanus é fundamental identificar os trechos que per- cado o uso de um espeto fixado no solo,
utilis), e maciços e criar ambientes acon- manecerão em primeiro plano, evitando mas que apresente uma grande mobilida-
chegantes e elegantes. excessos. “Para obter o efeito desejado, é de dos fachos de luz, facilitando possíveis
Ainda segundo a designer e paisagista, importante destacar apenas alguns pontos modificações que sejam necessárias em vir-
balizadores marcam passeios, enquanto do jardim, que devem ser antecipadamen- tude do crescimento dos exemplares.
postes, arandelas e refletores abrangem te planejados para que o exagero não dis- Outro fator de extrema importância é a
toda a área verde. “O ideal é separar seus torça o visual do ambiente.” tonalidade das lâmpadas adotadas na ilu-
comandos. Para o dia a dia, a iluminação Vale enfatizar que cada um deve ser tra- minação. Isabela afirma que a coloração
geral é suficiente. Já em datas de festa, balhado individualmente, avaliando a vege- branca costuma oferecer melhor efeito esté-
pode-se optar pela pontual (de destaque). tação ou o recurso que receberá os fachos tico. No entanto, no mercado, pode-se
Separando os circuitos, criam-se diferentes de luz. Por exemplo, uma árvore deve ser encontrar uma gama maior de cores, como
efeitos e economiza-se energia.” iluminada por uma luminária embutida e verde, laranja e vermelho. Neste caso, o
Já quando o intuito é estético, a paisa- posicionada no solo com uma lâmpada de ideal é usá-las somente em ocasiões espe-
gista mineira recomenda que sejam foca - grande alcance. Este deverá ser calculado ciais, explorando-as de forma a obter um
dos exemplares vegetais, considerando seu de acordo com a distância do piso até a efeito cenográfico.
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• Spots e refletores: indicados para criar efeitos especiais. Devem ser posi-
cionados a uma distância de 1/3 da altura do elemento a ser iluminado.
Direcionados para muros, paredes ou por trás das plantas proporcionam
• Postes: indicados para iluminar uma área de maneira geral. Porém, é reco-
mendável que tenham mais de 1,80 m de altura para não ofuscar a visão das
ESPÉCIES RASTEIRAS, pedras, pedriscos, seixos de rio e cascas de árvores são fre-
[4] Projeto paisagístico Kátia Neves
quentemente utilizados como forrações em jardins. Eles podem apresentar tanto função
estética, oferecendo melhor acabamento e definindo traçados, como funcional, prote-
gendo o solo, mantendo sua umidade e evitando o surgimento de pragas e doenças.
No caso das plantas, especificamente, Fernanda Vida, arquiteta paisagista, de São
Paulo, SP, afirma que as gramíneas são muito utilizadas, proporcionando uma bela cober-
tura, que pode se estender em um tapete verde ou compor desenhos com outras espé-
cies ou materiais.
Segundo Pedrinha Parisi, arquiteta paisagista, também da capital paulista, ao optar por
vegetação como forração, além das gramas, deve-se apostar em espécies que tenham
crescimento horizontal maior do que o vertical,
“Elas possuem a vantagem de substituir o gramado em locais em que o mesmo não se
desenvolveria adequadamente, por exemplo, áreas sombreadas, solos rochosos ou muito
úmidos e declives acentuados”, explica a profissional.
Mas para propiciar um bom desenvolvimento das forrações vegetais, é primordial ana-
lisar aspectos como luminosidade, solo, umidade e clima, garantindo, assim, que suas exi-
gências de cultivo sejam atendidas.
Pedrinha cita alguns exemplos. Rabo-de-gato (Acalypha repens) e sálvia (Salvia splen-
dens) devem ser cultivados a pleno sol. Beijo-pintado (Impatiens kawkeri) e peperômia (Pepe-
ronia carperata) são recomendados para locais de meia-sombra. Enquanto, grama-preta
(Ophiopogon japonicus) e planta-mosaico (Fitonia verchaffeltii) para áreas de sombra.
Ela ainda lembra a importância de saber se está optando por espécies perenes ou
anuais, já que as últimas exigem reposição constante, por apresentarem um ciclo de vida
curto (um ano, como a própria nomenclatura indica). Isto influenciará diretamente na
manutenção do espaço.
O uso em conjunto do líriope, da cas-
“Essas plantas agrupadas devem formar maciços que criem contrastes. Cores comple-
ca de pinus e do pedrisco em tonali-
dade clara compõe um belo desenho mentares ou opostas oferecem equilíbrio visual. Já as texturas de folhas brilhantes ou áspe-
sinuoso no jardim
ras refletem diferentes matizes de verde”, resume Pedrinha.
98-101 Forracoes_GJardinagem 19/08/14 09:27 Page 99
VEGETAÇÃO
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ALÉM DO VERDE
Pedriscos, pedras, seixos de rio e cascas de madeira também são comumente empre-
gados como forração, seja de forma isolada ou em combinações entre si e também entre
espécies vegetais. Além desses produtos tradicionais, têm surgido algumas novidades no
mercado, como os pedriscos de pneu e as cascas de pinus tingidas em diferentes cores.
“São materiais bastante decorativos, que apresentam fácil manutenção”, enfatiza
Fernanda, afirmando ainda que é possível compor uma camada de espessura mínima
se o intuito é apenas evitar que o solo ou substrato apareçam. Mas precisa ser aumen-
tada, caso haja circulação no lugar e, consequentemente, pisoteio.
Para ter uma cobertura sem falhas, Pedrinha sugere, no caso de seixos, a distribuição
de 60 kg/m2 e, quando forem usados pedriscos, 40 kg/m2. São valores de base que podem
ajudar na definição da quantidade de outros materiais.
“Para evitar que durante um período de chuva a terra suje estes materiais e tam-
bém que as ervas daninhas não cresçam, é conveniente esticar embaixo deles uma
manta geotêxtil e usar orlas de PVC, delimitando o espaço que devem ocupar e impe-
dindo também o avanço de espécies rasteiras que sejam cultivadas nas proximidades”,
ensina a profissional.
Vale lembrar que o uso não é indicado em terrenos íngremes, já que seu desloca-
mento pode ocorrer facilmente. Assim, há uma descaracterização de todo o ambiente,
afinal, são empregados para criar desenhos orgânicos, definir os contornos de canteiros
[3] Projeto paisagístico Naturarte - Ambientes Naturais
98-101 Forracoes_GJardinagem 19/08/14 09:27 Page 101
102-103 Gramado.qxp_GJardinagem 31/10/16 10:12 Página 102
TAPETE VERDE
UM GRAMADO BEM conservado sempre dactylum) é indicada para gramados espor-
chama a atenção, além de se tornar um belo tivos de alta performance, tendo como par-
complemento ao jardim. Por isso, é importante ticularidades recuperação rápida, alta tole-
escolher a espécie de gramínea (Gramineae) rância ao pisoteio e muita maciez, devido às
adequada, levando em consideração finali- folhas finas. Porém, exige manutenção intensa,
dade do espaço, pisoteio, luminosidade, clima, principalmente, em relação à poda.
solo e topografia.
Segundo Eduardo Miranda, engenheiro SEMPRE VISTOSO
agrônomo, de Campo Grande, MS, a gra- Antes do plantio, deve-se analisar o solo
ma-esmeralda (Zoysia japonica) é a mais ver- para verificar a acidez e a necessidade de
sátil, adaptando-se a praticamente todas as corrigi-lo com calcário e adubo, e também
condições – inclusive, para campos espor- realizar a limpeza, retirando ervas daninhas,
tivos. Possui manutenção simples e não tolera detritos vegetais e pedras.
sombreamento. “Existe uma variedade cha- Irrigação e a poda são cuidados per-
mada Imperial (Zoysia sp) que conta com manentes. “Afinal, além de oxigênio e
as mesmas características visuais, diferen- nutrientes, a grama precisa de água na
ciando-se apenas fisiologicamente pela medida certa”, ressalta Sérgio Souza, gestor
maior resistência e rusticidade, pois necessita comercial da Trapp, de Jaguará do Sul, SC.
de menos adubação”, afirma. Para a maioria dos gramados, duas a
A são-carlos (Axonopus compressus) e a três regas semanais bastam. Quando as gra-
santo-agostinho (Stenotaphrum secundatum) míneas estão em locais inclinados, como
apresentam folhas mais largas, suportam lo- taludes, o aproveitamento da chuva é redu-
cais levemente sombreados e ajustam-se ao zido, já que a velocidade de escorrimento
clima frio, mas são delicadas ao pisoteio. superficial é maior que a de infiltração.
Diferentemente dessas duas, a batatais Nestas condições, os turnos de rega são
(Paspalum notatum) tem folhagem larga e mais breves e frequentes do que nas áreas
ótima resistência a pisadas. É utilizada em planas. Já nas rebaixadas, onde há enchar-
contenção de erosão, beirada de estrada, camento contínuo, necessita-se de uma
haras e pesqueiro. A bermudas (Cynodum boa drenagem. Por isso, o método mais indi-
[1] [5]
cado é a irrigação automatizada, que varia sombreie o solo sem perder a umidade – o
em função do tipo de grama, solo e clima. que melhora a absorção dos nutrientes”,
“Com temporizador, válvulas e aspersores, explica o diretor.
oferta-se água na frequência, quantidade A escolha do equipamento depende
e horário ideais”, afirma Frederico Maia, do tipo de gramado e existência ou não de
gerente de serviços e auditor certificado interferências, como outras plantas, árvores GRAMA-AMENDOIM
para irrigação paisagística da Rain Bird Brasil, e canteiros. O aparador, por exemplo, é indi-
[2]
em geral, recebem fertilizantes duas vezes duas partes de areia e uma de matéria orgâ- PARECE, MAS NÃO É!
ao ano para fortalecer a raiz, dando prefe- nica. Um cuidado indicado para regiões Apesar do nome, grama-amen-
rência para a formulação balanceada NPK que apresentam períodos de seca ou frio doim (Arachis repens) e grama-preta
10-10-10. Recomenda-se adicionar ureia intenso é a cobertura do gramado com cer- (Ophiopogon japonicus) não são gra-
durante a época de estiagem para conferir ca de 3 cm de composto de areia e matéria míneas. A primeira é uma herbácea
uma coloração mais vibrante à folhagem. orgânica (na proporção de dois para um). que apresenta flores pequenas e
A poda é o segredo para dar a aparência Para espalhar, pode-se utilizar um rodo de amarelas, geralmente, cultivada
de tapete verde. “Lembre-se de optar por madeira. “Não se deve cobrir totalmente como forração de canteiros e reves-
um cortador com coletor ou rastele-a após as folhas”, frisa Miranda. tindo taludes. Além de não suportar
fazer a manutenção”, diz Evair Rojo diretor Mesmo com tanta atenção, a grama pisoteio, não precisa de poda. A gra-
de negócios da divisão Agrícola e não está livre da ameaça de pragas e doen- ma-preta é uma forração perten-
Jardinagem da Brudden, de São Paulo, SP. ças. É essencial ficar atento ao surgimento cente à família botânica Ruscaceae
Em épocas secas e de altas temperaturas, de manchas arredondadas e folhas raspadas que não tolera pisada, sendo utilizada
os cortes precisam ser mais frequentes, ou secas, por exemplo. Evite o pisoteio sobre em bordadura em área de pleno sol
aumentando a altura no cortador de grama. a grama recém-plantada, encharcada e ou meia-sombra.
“Corte apenas 1/3 da folha, para que ela até uma semana após a manutenção.
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