Manejo de Tambaqui (Colossoma Macropomum Cuvier, 1818) em Sistema Aquapônico.
Manejo de Tambaqui (Colossoma Macropomum Cuvier, 1818) em Sistema Aquapônico.
Manejo de Tambaqui (Colossoma Macropomum Cuvier, 1818) em Sistema Aquapônico.
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
BELÉM
2019
1
BELÉM
2019
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
Bibliotecas da Universidade Federal Rural da Amazônia
Gerada automaticamente mediante os dados fornecidos pelo(a) autor(a)
CDD 620.0044
3
AGRADECIMENTOS
Primeiramente gostaria de agradecer a Deus por ter me dado saúde, para ir a batalha do dia-a-
dia. Agradeço toda minha família, em especial aos; pai Mauricio Hoshina, mãe Julia Hoshina,
irmã Taissa Hohina, avô Yoshio Hoshina, avó Yaeko Hoshina e a Família Kubota (Kazuo,
Célia, Michel, Mami, Rissa e Yuna), Por me apoiarem em todas as decisões tomadas nessa
caminhada acadêmica e na vida. Gratidão a minha namorada, Alanda Mamiko Takaki e amigos
pessoais, que me confortaram e me encheram de felicidades.
Obrigado ao meu orientador Breno Gustavo Bezerra Costa, por me acolher no Laboratório de
Aquicultura Tropica (LAQTROP). Onde me acrescentou como pessoa e profissional, com
muito aprendizado, conhecimento, dedicação. Aos meus companheiros do laboratório, Luan
Rocha (coorientador), Luciane Oliveira, Leonilton Barbosa, Mayara Pereira, Cássia Vieitas,
Roberta Serra, onde me mostraram que é possível fazer muito com pouco.
Valeu rapaziada da DIRETORIA DA PESCA 2015, Adriano Souza (JACK), Adriano Costa
(BETA), Carlos Araújo (káká), Edinaldo Palheta (MOMO2015), Michel Bandeira (Michelito),
Raulino Tadaeski (Gordão), Rodrigo Almeida (MARANHÃO), Rudá Paiva, Valdo Abreu
(bilharito). E por fim a todos os professores do curso engenharia de pesca e a turma de 2015.
4
RESUMO
ABSTRACT
Producing activity of aquatic organisms, aquaculture plays a fundamental role, aiming at the
sustainable evolution of the food production of our planet. Aquaponics is one of the methods
used to reduce environmental impacts by being a water recirculation system, where it integrates
the best of aquaculture and hydroponics, producing high nutritional value protein, fish, which
provide nutrients with the help of bacteria to vegetables without the use of chemicals or
fertilizers. Thus, the present study aimed to evaluate the productive performance of juveniles
of tambaqui (Colossoma macropomum Cuvier, 1818) and cultivars of jambu (Acmella
oleracea) and lettuce (Lactuca sativa). Crop systems were characterized by NFT (Nutrient Flow
Technique) composed of fish farming, vegetable growing and water treatment. The experiment
lasted 90 consecutive days, being the first 25 days for sowing the jambu cultivars, and after
transplanting to the canals, having 138 specimens of vegetables, where they remained for 30
days until the harvest period. After 5 days of jambu transplantation to the canals, lettuce
germination started, remaining 25 days in the germination bank and after transplantation,
remaining 30 days until the final phase. The system started with a total biomass of 810g.
Subsequently, an extruded ration with 40% CP was offered daily three times a day (9, 13 and
17h). At the end of the experiment, the following fish production parameters were analyzed:
initial average weight, final average weight; average weight gain; total biomass gain; apparent
conversion of food; productivity and survival. The total length and weight of the fish were
correlated by the potential equation Y = a * xb evaluated by Pearson's coefficient (r). For plants,
the same parameters were analyzed except feed conversion. The physicochemical parameters
of water (pH, electrical conductivity, dissolved solids, turbidity, temperature, ammonia, nitrite
and nitrate) were monitored twice a week. The conductivity presented ideal values to those
recommended for fish cultivation and lower for jambu and lettuce in hydroponics system.
Already the temperature in the afternoon remained at high values in the water, out of the
recommended in tambaqui fish farming, although the survival of 100%. The residual water
from tambaqui cultivation was not able to meet the nutritional needs of plants by potassium in
jambu, calcium and potassium in lettuce. Both species of vegetables presented higher values
than recommended for copper. Finally, the average yield for fish was 3.63 kg/m3. As for jambu
plants with 0.878 kg/m2 and lettuce with 0.658 kg/m2. Thus, through this study, it was found
that the technique of integrating aquaculture with hydroponics has great promising potential in
environmental and economic points.
Keywords: aquaculture, hydroponics, sustainability.
6
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 – Tanque de criação de peixe.......................................................................................16
Figura 2 – Biofiltro do tipo alagado..........................................................................................18
Figura 3 – Separador de sólido (Decantador)............................................................................19
Figura 4 – Sistemas de aeração/oxigenação...............................................................................20
Figura 5 – Cultivo de hortaliça em sistema aquaponico com substrato...................................21
Figura 6 – Cultivo de vegetais aquaponico em canaletas..........................................................22
Figura 7 – Cultivo de vegetal aquaponico em balsas flutuantes...............................................23
Figura 8 – Componentes biológicos e suas interações em sistema aquaponico.......................25
Figura 9 – Representação do tambaqui Colossoma macropomum (Cuvier, 1818)..................32
Figura 10 – Jambu (Acmella oleracea).........................................................................................34
Figura 11 – Alface (Lactuca sativa).............................................................................................36
Figura 12 – Localização do Laboratório de Aquicultura Tropical...............................................37
Figura 13 – Estufa........................................................................................................................38
Figura 14 – Ambiente de cultivo dos peixes.................................................................................39
Figura 15 – Ambiente de germinação das plantas........................................................................40
Figura 16 – Ambiente de Hidroponia...........................................................................................41
Figura 17 – Ambiente de tratamento de água...............................................................................41
Figura 18 – Setor de bombeamento da água: A) Bomba periférica; B) Timer Analógico; C) Casa
de Bomba.....................................................................................................................................42
Figura 19 – Coleta de amostra da canaleta....................................................................................43
Figura 20 – Turbidez (NTU) da água durante o período de cultivo no T.P. e R.A.........................48
Figura 21 – Condutividade da água durante o período de cultivo; Sólidos dissolvidos durante o
período de cultivo........................................................................................................................49
Figura 22 – Sólidos dissolvidos presentes na água durante o período de cultivo..........................49
Figura 23 – Variações médias do pH durante o período de cultivo. .............................................50
Figura 24 – Concentrações de oxigênio dissolvido mensal no período de cultivo........................51
Figura 25 – Temperatura da água do sistema aquaponico............................................................52
Figura 26 – Concentrações médias mensal de amônia durante o período de cultivo.....................53
Figura 27 – Concentrações médias mensais de nitrito durante o período de cultivo.....................53
Figura 28 – Concentrações médias mensais de nitrato durante o período de cultivo....................54
Figura 29 – Regressão linear de peso médio final........................................................................56
Figura 30 – Regressão linear do ganho de peso médio.................................................................56
Figura 31 – Regressão linear do ganho de biomassa (A) Regressão linear da produtividade (B)..57
Figura 32 – Regressão linear da conversão alimentar...................................................................58
Figura 33 – Relação peso comprimento do tambaqui no sistema aquapônico..............................59
Figura 34 – Danos provocados por pragas nas folhas (A) presença de pulgões (B) no jambu.......61
Figura 35 – Soluções de calda bordalesa (A), calda de fumo (B) folhagem de neem macerada
para gerar a calda (C)................................................................................................................ 62
Figura 36 – Pesagem da parte aérea com raiz (A) e sem raiz (B) ..................................................63
Figura 37 – Jambu apresentando deficiência nutricional..............................................................65
Figura 38 – Pesagem da parte aérea, com raiz (A) e sem raiz (B).................................................67
Figura 39 – Folhagens de alface com deficiência de cálcio e potássio..........................................70
7
LISTA DE TABELAS
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 11
2 OBJETIVOS .......................................................................................................................... 13
2.1 Geral ................................................................................................................................... 13
2.2 Específicos .......................................................................................................................... 13
3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .............................................................................................. 14
3.1 Impactos ambientais na aquicultura ................................................................................... 14
3.2 Sistema de recirculação de água (RAS) em aquicultura..................................................... 14
3.3 Aquaponia........................................................................................................................... 15
3.4 Componentes do sistema aquaponico ................................................................................. 16
3.4.1 Ambiente de cultivo dos peixes ....................................................................................... 16
3.4.2. Ambiente de tratamento da água .................................................................................... 17
3.4.2.1 Filtro biológico ............................................................................................................. 17
3.4.2.2 Sistema de decantação .................................................................................................. 18
3.4.3 Sistema de aeração........................................................................................................... 19
3.4.4 Ambiente de cultivo dos vegetais .................................................................................... 20
3.5 Vantagens e desvantagens dos sistemas aquapônicos ........................................................ 23
3.5.1 Vantagens ........................................................................................................................ 23
3.5.2 Desvantagens ................................................................................................................... 24
3.6 Biofuncionamento do sistema aquapônico ......................................................................... 24
3.6.1 Processo de nitrificação ................................................................................................... 25
3.6.2 Área de suporte para bactérias ......................................................................................... 26
3.7 Qualidade da água .............................................................................................................. 26
3.7.1 Temperatura da água ....................................................................................................... 27
3.7.2 pH da água ....................................................................................................................... 27
3.7.3 Nitrogênio total ................................................................................................................ 28
3.7.4 Oxigênio dissolvido ......................................................................................................... 29
3.7.5 Dureza da água ................................................................................................................ 30
3.8 Características das espécies cultivadas ............................................................................... 31
3.8.1 Tambaqui (Colossoma macropomum) ............................................................................ 31
3.8.1.1 Taxonomia .................................................................................................................... 31
3.8.1.2 Caracteres morfológico e zootécnicos .......................................................................... 31
3.8.2 Jambu (Acmella oleracea) ............................................................................................... 33
3.8.2.1 Classificação taxonômica ............................................................................................. 33
9
1 INTRODUÇÃO
O Brasil tem capacidade de se torna uma grande potência alimentar e atender a demanda
mundial de produtos agrícolas, visando tecnologias de produtividade para o crescimento da
produção, ao mesmo tempo garantir que esses avanços permaneçam alinhados aos objetivos da
redução da pobreza e da desigualdade no país com base na sustentabilidade ambiental, segundo
a publicação da OCDE-FAO (2015-2024).
É nessa hora que se enaltece o papel da Aquicultura. Segundo a FAO (2016), a produção
aquícola tem um papel importantíssimo, provendo melhoras na saúde, erradicação da fome e
redução da pobreza, sendo o pescado uma fonte vital de proteína de alto valor nutricional,
especialmente para as populações pobres da região Norte do Brasil. E conforme a Comissão
Mundial para o Meio Ambiente e Desenvolvimento (CMMAD, 1988).
De acordo com Vinatea (2004) o conceito de aquicultura é cultivar organismos
aquáticos com valor econômico. Porém, frequentemente são evidenciados alguns efeitos
nocivos ao meio ambiente oriundos de atividades aquícolas, dentre eles, destruição de
ecossistemas naturais, como mangues, disseminação de patógenos nas populações nativas com
a introdução de espécies exóticas, e poluição de lençóis freáticos e dos rios com o aporte do
efluente aquícola (BOYD, 2003).
São necessários o aperfeiçoamento e a difusão de novas tecnologias baseadas na alta
produtividade e sustentadas no tripé da sustentabilidade com a equidade de seus componentes,
social, ambiental e econômico (RIJN, 2013). Uma técnica alternativa à produção convencional,
que está ganhando ampla notoriedade e visibilidade no Brasil, e no mundo é a aquaponia
(CARNEIRO et al., 2015).
Aquaponia e um dos métodos mais promissores para a redução destes impactos
ambientais com a utilização do sistema de recirculação de água, o qual otimiza espaços e
recursos naturais, levando ao desenvolvimento de sistemas integrados de produção
(HUNDLEY, 2013). A integração entre dois sistemas de cultivo, a aquicultura com a hidroponia
(aquaponia) pode mostrar-se como uma solução para adequar o uso mais eficiente da água,
incrementando a produção de peixes e vegetais sem aumentar o consumo de água, evitando o
despejo do efluente da aquicultura em corpos d’água a jusante e fornecendo um fertilizante
natural para a planta de cultivo (CARNEIRO et al., 2015).
A aquaponia se assemelha aos processos de simbiose ocorridos na natureza, onde os
peixes dos rios produzem dejetos nitrogenados, que por sua vez possuem uma fração de
nutrientes que atende as exigências dos vegetais. Os organismos vegetais utilizam estes
12
compostos para sua própria produção de biomassa, retirando estes compostos da água, tornando
a água limpa para o ambiente novamente (RAKOCY, 2006; HUNDLEY, 2013; CARNEIRO
et al., 2015)
O volume de água necessário para abastecer um sistema de aquaponia é baixo, se
comparado aos sistemas tradicionais de olericultura e aquicultura, que necessitam de irrigação
e renovação constante de água. Produtos oriundos da aquaponia apresentam algumas vantagens
para os consumidores, como a restrição no uso de agrotóxicos no controle de pragas nos
vegetais (DIVER, 2006).
Contudo, tem a necessidade de estudo do sistema de produção de alimentos através da
aquaponia, onde essa pesquisa irá contribuir no fornecimento aos consumidores, produtos com
maior nível de segurança alimentar e por apresentar preservação dos recursos hídricos devido
ao baixo consumo de água para a produção dos vegetais e animais, com menor risco ambiental.
13
2 OBJETIVOS
2.1 Geral
2.2 Específicos
Avaliar o peso médio (Px.), ganho de peso médio (GPx), incremento de biomassa (IB),
produtividade (Prod), conversão alimentar aparente (CAA), taxa de sobrevivência (TS)
e correlação entre peso e comprimento dos juvenis de tambaqui;
Avaliar o peso médio total (PTx) biomassa total (BT), peso médio da parte aérea (PAx)
e taxa de sobrevivência (TS) das espécies dos vegetais;
Avaliar os níveis de nutrientes na parte aérea das cultivares;
Monitorar e corrigir os parâmetros físico-químicos da água no sistema de cultivo;
Mensurar o volume de água utilizado para se produzir um quilo de peixe e um quilo de
hortaliça.
14
3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
O RAS pode ser utilizada para cultivo de diversos organismos aquáticos, tais como,
peixes, crustáceos, moluscos, dentre outros, podendo ser de vários tamanhos e formatos, desde
larga escala e pequena produção (HELFRICH e LIBEY, 1991).
Para BLANCHETON (2000), uma das grandes vantagens do sistema para a produção
de peixes é ter um grande controle ambiental, elevar a densidade de estocagem, dependendo da
espécie selecionada, pelo formato e volume dos tanques. O sucesso deste tipo de cultivo
depende da implantação de um bom sistema de filtragem. O sistema é composto basicamente
por setor de cultivo dos peixes, sistema de bombeamento e tratamento da água. Um dos sistemas
inovadores que surgiu é a aquaponia, onde acontece a recirculação de água beneficiando todos
os organismos vivos envolvidos.
3.3 Aquaponia
aquaponia são os mesmos adaptados a hidroponia, que toleram o crescimento em águas com
variações nos teores de nutrientes dissolvidos na solução nutritiva sem apresentar sintomas de
deficiência nutricional e têm o crescimento satisfatório entre o pH de 5,8 e 6,2 (RAKOCY,
2007).
Local apropriado para a realização do processo de nitrificação, podendo ser feito com
os materiais, como, seixo, argila expandida, areias entre outros, se tornando apropriado por ter
uma grande área de suporte para as bactérias. Tipo de filtro ´´alagado`` (Figura 2) onde o tempo
todo o sistema fica cheio de água, que podem comprometer a nitrificação em ambientes que
apresentam baixa circulação de água e de taxas baixas de oxigênio dissolvido na água
(RAKOCY, 2006).
O desenho do sistema pode ter interferência direta para a baixa circulação de água,
principalmente quando a entrada e saída de água têm um caminho curto, podendo gerar pouca
renovação de agua em pontos periféricos. Por essa razão é indicado que a entrada e saída de
água fiquem em pontos opostos um do outro (RAKOCY, 2006).
Já para a baixa taxa de oxigênio dissolvido na água, tende a ser um ambiente
desfavorável para a formação de colônias de bactérias aeróbicas, nitrobacterias e
nitrossomonas, e também podem causar o acumulo de microrganismos maléficos para as
plantas. Dessa forma, deve se implantar um ótimo sistema de aeração ou um auxiliador no setor
do filtro biológico, muito embora, as próprias raízes dos vegetais, calhas e por onde a água
circula nos componentes do sistema aquapnico, servem para a fixação das bactérias (BRAZ,
2000, RAKOCY, 2006 e BARBOSA, 2011).
18
Fonte: pt.slideshare.ne
Fonte: howtoaquaponic.com.
Fonte: Oquintalecologico.blogspot.com
As canaletas são confeccionadas por tubos de PVC, onde ficam dispostas paralelamente
com desnível de inclinação, aproximadamente 10% de uma extremidade a outra da tubulação,
para que a gravidade faça à água correr, permitindo a passagem em toda a canaleta
(CARNEIRO et al., 2015).
Segundo Carneiro et al., (2015) tipo de sistema exige que a água de cultivo dos peixes passe
por sistemas de filtragem de sólidos, de forma que as partículas sólidas não sejam fixadas nas
raízes das plantas e acarretem problemas de nutrição e oxigenação. Dessa forma, a presença de
filtro biológico é vital, por sua superfície molhada das tubulações não serem suficientes para
que as bactérias de nitrificação da amônia produzida pelos peixes se alojarem (CARNEIRO et
al., 2015).
O vegetal cultivado e quem dita o espaçamento necessário entre uma planta a outra. Para
vegetais frutíferos mais exigentes deve conter um espaçamento maior, enquanto que para os
vegetais folhosos, apenas para que não tenha contato entre elas até o período de colheita
(COOPER, 1979).
Fonte: kokomotribune.com
3.5.1 Vantagens
3.5.2 Desvantagens
A etapa biológica do ciclo de nitrificação, onde a amônia (NH3) é oxidada para nitrito
(NO2-) e seguidamente o nitrito é oxidado em nitrato (NO3-) (METCALF & EDDY, 2003). De
acordo com Henze et al., (1997) essa fase mostra a oxidação biológica do nitrogênio amoniacal,
e podendo ser observado nas equações 1 e 2 e as equação 3 mostra a reação global do processo
de nitrificação.
26
Para Beltran, (2008) essas bactérias obtêm suas próprias energias para se evoluir da
oxidação dos compostos inorgânicos (NH4+ e NO2-), e tem como fonte de carbono o carbono
inorgânico (CO2), e o oxigênio (O2) como receptor de elétrons. E no processo de nitrificação
é gerado o ions H+, então tende-se a consumir alcalinidade, consequentemente tem a queda do
pH, que pode ocasionar a demora no processo de nitrificação (MADIGAN et al., 1997).
Além do pH, a concentração de oxigênio dissolvido e temperatura podem impactar
diretamente sobre a ativação ou desativação no metabolismo das bactérias nitrificantes
(BELTRAN, 2008), e por isso a importância do controle e monitoramento contínuo da
qualidade da água no sistema aquaponico.
As bactérias necessitam de uma área para aderirem e prosperar suas colônias e quanto
maior melhor, e de acordo com a área total disponível irá determinar a quantidade de amônia
que será oxidado.
Dependendo do design do projeto aquapônico e da quantidade do peixe, as paredes do
sistema e as raízes das plantas podem ser suficientes, e em sistemas com maior densidade de
estocagem do animal necessita de biofiltragem separado, onde se utiliza materiais com elevada
área de superfície para fixação de microrganismo (SOMERVILLE et al., 2014).
De acordo com Somerville et al., (2014), a água é quem proporciona vida de um sistema
aquapônico, um meio o qual os micronutrientes e macronutrientes essenciais são transportados
para nutrir os vegetais e para os animais aquáticos é o ambiente em que vive, então existem
vários parâmetros primordiais a serem monitorados, tais como: pH, temperatura, oxigênio
27
dissolvido, nitrogênio total e alcalinidade. Eles são os principais parâmetros para manter as
colônias bacterianas e organismos aquáticos saudáveis, e garantir os níveis ideais (Tabela 1).
3.7.2 pH da água
Existem dois tipos de durezas, a) dureza geral ou total (DG), que mensura a quantidade
de íons positivos disponível na agua, b) a dureza por carbonato (DC) conhecida como
alcalinidade, que tem o efeito de neutralizar ácidos. Na aquapônia a dureza geral é importante
por disponibilizar os íons cálcio (Ca2+) magnésio (Mg2+) e em menor grau, íons de ferro (Fe+),
os quais são nutrientes essenciais para as plantas, que são absorvidos em medida do
funcionamento do sistema aquapônico (BRADY et al., 1986).
Segundo Flik e Verbost, (1995) a ingestão de dureza total pelos peixes por meio de
alimentação ou pela absorção das brânquias é favorável para a construção de ossos e coagulação
sanguínea, e tem uma influência direta para o crescimento de fitoplâncton na água.
A quantidade de carbonatos (CO3²-) e bicarbonatos (HCO3-) é referenciado por
alcalinidade presentes em meios aquoso, medidos em miligramas por litro. É considerado uma
alcalinidade elevada quando se encontra em torno de 121-180 mg/L (SOMERVILLE et al.,
2014).
Alcalinidade está diretamente ligado ao pH, uma vez que age como um tampão, assim
evitando oscilações indesejadas de pH, onde os carbonatos e bicarbonatos ligam-se com os íons
H+ que estejam livres ou liberados por qualquer ácido presente na água, podemos observar as
equações na figura 9 (SOMERVILLE et al., 2014).
recomendado que se tenha uma fonte de carbonatos e bicarbonatos para aplicar, assim que seja
necessário, com objetivo de manter a estabilidade do sistema (SOMERVILLE et al., 2014).
3.8.1.1 Taxonomia
Alexandre Rodrigues Freitas, naturalista português, foi quem coletou pela primeira vez
o tambaqui, em sua expedição à Amazônia em 1783 – 1798. Os exemplares foram levados para
Paris, França. Posteriormente descrito por George Cuvier em 1818, onde o exemplar ainda se
encontra no Museu de História Natural de Paris. No continente sul americano, o tambaqui e
conhecido por diversos nomes, como, Cachama (Venezuela e Colômbia), Gaminata (Peru) e
nos países de língua inglesa é chamado de Black Pacu (Araujo-Lima ; Gomes, 2005), e
apresenta a seguinte classificação taxonômica:
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Superclasse: Actinopterygii
Classe: Teleostei
Ordem: Characiformes
Família: Characidae
Gênero: Colossoma (Eigenmann e Kennedy, 1903)
Espécie: Colossoma macropumum (Cuvier, 1818)
A espécie tambaqui é natural das bacias amazônica e do rio Orinoco, podendo ser
encontrando em águas barrentas, claras ou escuras. Espécie que tem uma fácil adaptação ao
meio ambiente ofertado, possuindo uma grande resistência ao stress (ARAUJO-LIMA;
GOULDING, 1997). Colossoma macropomum (Cuvier, 1818), atinge um porte de em torno de
100 cm de comprimento total e aproximadamente 40 kg de peso (GÉRY, 1977).
32
Fonte: pescariaamadora.Blogspot.com
De acordo com, Kabata (1985) e Figueira e Cecarelli (1991), o piscicultor deve ter o
mínimo de conhecimentos teóricos, onde permitirão, o manejo correto e quando necessários, a
aplicação de técnicas de melhoria ou correção do ambiente cultivado. E conhecer os principais
agentes patogênicos que possam eventualmente estar presente na piscicultura. Então, a
observação e a manutenção do sistema de cultivo, são requisitos indispensáveis para que se
possam tomar medidas necessárias e manter uma boa situação sanitária das pisciculturas.
33
Reino: Vegetalia
Filo: Plantae
Divisão: Magnoliopsida
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Asterales
Família: Asteraceae
Gênero: Acmella
Espécie: Acmella olerace (L.) R. K. Jansen
O jambu (figura 11) pertencente à família Asteraceae, adapta-se bem em regiões com
elevada temperatura e umidade, hábito de crescimento rasteiro, porte herbáceo, variando de
0,50 a 0,70 m de altura em condições selvagens. Suas flores são inflorescentes que dão origem
aos frutos do tipo aquênios (GUSMÃO; GUSMÃO, 2013; VILLACHICA et al., 1996). Apesar
da planta ser tipicamente de clima tropical-úmido, onde a temperatura média anual é superior a
25,9 ºC e a umidade relativa do ar girar em torno de 80%, também pode ser cultivada em outras
condições climáticas (BORGES et al., 2013), onde é conhecido pelos nomes de agriãodo-Pará,
agrião-do-norte, agrião-do-brasil, abecedária e jambuaçu.
34
A alface da espécie Lactuca sativa, possui origem asiática, mas há relatos que essa
verdura foi utilizada por egípcios, gregos e romanos, e introduzida no Brasil pelos portugueses
no século XVI (UNIJUÍ, 2013), com a seguinte classificação taxonômica.
Reino: Vegetalia
Filo: Plantae
Divisão: Magnoliopsica
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Asterales
Família: Asteraceae
Gênero: Lactuca
Espécie: Lactuca sativa
O cultivo da alface pode ser realizado pelos sistemas tradicional (cultivo no solo),
orgânico e hidropônico (cultivo em canaletas onde a água leva os nutrientes necessários). O
cultivo em campo aberto ainda é predominante, apesar das perdas e limitações. Já o cultivo em
condições de ambientes protegidos, seja no solo ou em sistema hidropônico, vem crescendo em
função de minimizar riscos de perda, previsibilidade e constância da produção, principalmente
durante o período de verão (CHAVES et al., 2000).
37
4 MATERIAl E MÉTODOS
Para a realização deste estudo, o projeto foi submetido à Comissão de Ética no Uso de
Animais – CEUA, da Universidade Federal Rural da Amazônia, com parecer favorável para a
sua execução, número de protocolo 23084.031418/2019-08 (UFRA).
4.2.1 Estufa
A estufa é uma estrutura de auxílio ao sistema de produção, a qual tem como função
impedir ou amenizar a interferência externa ambiental, tais como oscilações de temperatura e
incidência de pragas. Possui as seguintes dimensões: 10 metros de comprimento, 4,0 m de
largura, pé direito de 2,5 m e pilar central de 3,5 metros.
Suas estruturas de sustentação, como pilares e vigas, são de madeira, e é coberta por
plástico anti-UV de 100 micras de espessura (Figura 14).
Figura 14 – Estufa.
O setor de produção animal é representado por uma caixa d’água circular de polietileno,
com volume de 1000 litros (Figura 15). Neste ambiente foram confinados 40 juvenis de
tambaquis, com peso médio de 22,5 g e 10,5 cm de comprimento.
39
Este setor está dividido em dois ambientes, a) onde ocorreu a germinação das sementes;
b) local de crescimento e desenvolvimento das cultivares até a fase final do ciclo de produção.
Neste ambiente ocorreu o crescimento das mudas até a fase de colheita, o qual teve
duração média de 30 dias. O ambiente de hidroponia consiste em 6 canos PVC, com 75 mm de
diâmetro e 6,0 metros de comprimento cada, posicionados paralelamente com espaçamento de
25 cm. Cada cano possui 24 orifícios para alocação das cultivares, também espaçada em 25 cm
entre os furos, gerando um total de 144 aberturas (Figura 17). Neste ambiente ocorreu entrada
de efluentes provenientes do filtro biológico, nutrindo os vegetais e em seguida retornando a
área de cultivo dos peixes. O tempo de entrada da água foi de 15 minutos, em intervalos
contínuos, para que não ocorra o estresse hídrico nas plantas.
41
6,0 m
25 cm
25 cm
Fonte: Elaborado pelo autor.
Após circular pelo setor de tratamento, a água foi bombeada por meio de uma bomba
periférica, com potência de 0,5 CV e vazão média de 2000 litros/hora, a qual funcionam em
intervalos de 15 minutos, programada por um timer analógico. Ambos instalados na casa de
bomba (Figura 19).
Figura 19 - Setor de bombeamento da água: A) Bomba periférica; B) Timer Analógico; C) Casa de Bomba.
Os peixes foram alimentados diariamente, em três tratos o dia, nos horários de 8:00,
13:00 e 18:00 h até atingir a saciedade aparente. Foi utilizado ração comercial extrusada, com
40% de PB (proteína bruta) e granulometria de 1,8 mm. Para avaliar o desenvolvimento dos
organismos, foram realizadas biometrias quinzenais, realizadas com 100% dos organismos.
43
O peso médio dos organismos cultivados foi calculado por meio da seguinte fórmula:
Px = ∑ peso/npeixes
Onde, “∑peso” é a soma do peso dos peixes e “no peixes” a quantidade de peixes da
biometria.
Para calcular o ganho de peso médio foi utilizada a seguinte fórmula:
GPx = (Pfx - Pix)/npeixes
Onde, “Pfx”: peso médio final (g) e “Pi”: peso médio inicial (g) e “npeixes” quantidade
de peixes.
O incremento de biomassa foi calculado por meio da seguinte fórmula
IB = ∑PpeixesF - ∑PpeixesI
Onde, “∑PpeixesF” é a soma do peso final dos peixes e “∑PpeixesI” é a soma do peso
inicial dos peixes.
A produtividade foi calculada por meio da seguinte fórmula: Prod = biomassa
total/volume do tanque (kg/m3) onde, “biomassa total” é a soma do peso de todos os peixes.
A taxa de Conversão Alimentar Aparente (CAA) será calculada por meio da seguinte
fórmula:
CAA = Quantidade de ração ofertada (g)/Ganho de biomassa (g)
A taxa de sobrevivência será calculada por meio da fórmula:
TS (%) = (NFp/NIp) * 100
Onde: “NFp” é o número final de peixes e “NIp” é número inicial de peixes.
As variáveis comprimento total (cm) e peso (g) dos peixes, foram correlacionadas
através de equações potenciais do tipo Y= a*xb, para cada densidade estudada; onde a variável
dependente (Y) é o peso e a variável independente (X) é o comprimento total dos mesmos. A
45
existência de correlação foi avaliada pelo coeficiente de Pearson (r), calculado pelo método dos
mínimos quadrados, através da elaboração de duas hipóteses: H0: r = 0, não há correlação entre
o comprimento total com o peso dos peixes; H1: r ≠ 0, há correlação entre o comprimento total
com os pesos dos peixes. A interpretação do coeficiente de correlação de Pearson (r) foi
realizado pelo valor crítico de r conforme (MILTON, 1992) (Tabela 2). O coeficiente de
determinação r² foi calculado para determinar a porcentagem da variação da variável
dependente (peso dos peixes), que é explicada pela variável independente (comprimento total
do mesmo).
(t0 = r √ ) n-2
1 – r²
Neste estudo foram utilizados com índices de produtividade para as plantas:
Peso médio total (PTx);
Biomassa total (BT);
Peso médio da parte aérea (PAx);
Taxa de sobrevivência (TS).
O peso médio total das plantas foi calculado por meio da seguinte fórmula:
PTx = ∑ peso/nplantas
Onde; “∑peso” é a soma do peso das plantas e “nplantas” quantidade final de plantas vivas.
46
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Valores dos parâmetros de qualidade da água, com os médios seguidos pelo desvio padrão.
Tabela 3 – Valores médios dos parâmetros físico-químicos da água seguidos pelo desvio padrão nos pontos de
coleta.
25
20
Turbidez
15
10
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27
Semana
Tanque de peixe (T.P.) Reservatório de água (R.A.)
400
300
250
200
150
100
50
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27
Semana
Tanque de peixe (T.P.) Reservatório de água (R.A.)
160
140
Sólidos Suspensos (mg/l)
120
100
80
60
40
20
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27
Semana
Tanque de peixe (T.P.) Reservatório de água (R.A.)
Para Ituassu et al. (2004), essa variação está relacionada ao acúmulo de matéria orgânica
no ambiente de cultivo dos peixes, provenientes das excretas produzidas pelos organismos e de
restos de ração não consumida. Esses valores foram considerados dentro da faixa de conforto
para o cultivo de peixes de água doce (5-200 mg/L) (WEDEMEYER, 1997).
50
7
pH
4
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27
Semana
Tanque de peixe (T.P.) Reservatório de água (R.A.)
Kubitza (2003), recomenda um pH entre a faixa 6,5 – 8,0 para o cultivo de peixes, pois
valores fora desta faixa podem prejudicar o crescimento e a reprodução e, em condições
extremas, causar a morte dos mesmos. Então, visando o equilibrio de um sistema aquapônico
com recirculação de água, conciliando pH ótimo para produção de plantas (5,5-6,5),
crescimento de bactérias nitrificantes e para a maioria de peixes de água doce de interesse
econômico (7,5-9,0), a manutenção do pH próximo a 7,0 é a opção mais adequada para atender
a todos os componentes biológicos presentes em um sistema aquapônico (TIMMONS et al.,
2002; RAKOCY et al., 2006; TYSON, 2007).
Tratando-se de cirulação da água, auxilia para disponibilizar os níveis de oxigênio
dissolvido no sistema aquapônico para o bom desenvolvimento de juvenis de tambaqui segundo
Izel e Melo (2004). Oxigênio Dissolvido apresentou variações ao longo do estudo, indo de 3,84
a 10,05 mg/L e uma média de 6,88±1,4 mg/L no T.P. e no R.A. com amplitude de 4,13 a 8,64
mg/L e com média de 5,55±1,07 mg/L. Com esses níveis apresentando varrições ao longo do
cultivo (Figura 25).
51
7
Oxigênio Dissolvido
3
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27
Semana
Tanque de peixe (T.P.) Reservatório de água (R.A.)
0,8
0,6
amônia ppm
0,4
0,2
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27
Semana
Tanque de peixe (T.P.) Reservatório de água (R.A.)
1,25
1
Nitrito
0,75
0,5
0,25
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27
Semana
Tanque de peixe (T.P.) Reservatório de água (R.A.)
54
Timmons et al, (2002), cita que a faixa ideal de nitrito para peixes tropicais é até 1,0
mg/L. Então o presente estudo apresentou-se estar fora da faixa favorável na análise da 5º
semana, de acordo com o autor.
No crescimento das plantas nutridas com amônia têm, usualmente, a produção de massa
de matéria seca reduzida em 15 a 70% em relação as plantas supridas com nitrato (SALSAC et
al., 1987). De acordo com Figueiras et al. (2002), teores de nitrato em elevada concentração da
solução nutritiva, beneficia o crescimento de massa fresca. No estudo apresentou valores com
a máxima de 22,0 mg/L e 0,38 mg/L a mínima, e uma média de 5,29±5,28 mg/L no Tanque dos
Peixes. E no Reservatório de Água sua máxima atingiu em 20,0 mg/L e a mínima de 0,42 mg/L
e com média de 5,29±5,28 mg/L (Figura 29).
20
Nitrato
15
10
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27
Semana
Tanque de peixe (T.P.) Reservatório de água (R.A.)
Parâmetros produtivos
Peso médio inicial (g) 22,5±2,16
Peso médio final (g) 100,8±14,10
Ganho de peso médio (g) 78,3±7,16
Ganho de biomassa total (g) 2818,8±257,63
Produtividade (kg/m3) 3,63±1,09
Conversão alimentar 1,5±0,2
Sobrevivência (%) 100%
O peso médio final dos organismos cultivados foi de 100,80 g, com ganho de peso de
78,30 g ao final dos 90 dias de experimento. A regressão linear de alto coeficiente de
56
determinação para o peso médio final foi de R2 0,9505, (Figura 30) e para o ganho de peso
médio de R 2 0,7763 (Figura 30).
120,0
Peso Médio fFinal (g)
100,0
80,0
60,0
40,0 y = 13,72x + 15,196
R² = 0,9505
20,0
0,0
0 15 30 45 60 75 90
Dias
A regressão linear de peso médio final apresentou uma linha de tendência crescente com
alto coeficiente de determinação, R2 0,9505 (Figura 30). O R² explica a porcentagem de
variação da variável dependente em relação a independente, é de 95,05%.
No ganho de peso médio mensal, observou-se um decréscimo. Ocasionado pela alta
amplitude de variação da temperatura. De acordo com Emater (2006), temperatura ideal para
criação de tambaqui e na faixa de 26 a 300C (figura 31).
25,0
20,0 y = -3,3701x + 24,846
R² = 0,7763
15,0
10,0
5,0
0,0
15 30 45 60 75 90
Dias
57
De forma geral, o valor médio de ganho de peso médio ao final do estudo foi de 78,3±
7,16 g, valores maiores de acordo com Aieres (2019), atingiu 41,19±5,45 g em 90 dias de
cultivo. Lima et al. (2016) (15,17 g) para alevinos de tambaqui alimentados com ração de 40 %
PB em sistema de recirculação durante 45 dias.
Figura 32 – Regressão linear do ganho de biomassa (A) e Regressão linear da produtividade (B).
4000,0 5,0
Inc. de Biomassa (g)
4,0
3000,0
Produtividade (kg/m3)
3,0
2000,0 y = 0,4934x + 0,5503
y = 569,03x + 346,73 2,0
R² = 0,9839 R² = 0,9502
1000,0 1,0
0,0 0,0
15 30 45 60 75 90 0 15 30 45 60 75 90
Dias Dias
Quanto aos valores de conversão alimentar, o mesmo variou entre 0,9 kg e 2,0kg durante
todo período do estudo, tendo seu R2 0,6472 (Figura 33).
2,0
Conversão Alimentar
1,5
1,0
y = 0,1815x + 0,82
R² = 0,6472
0,5
0,0
15 30 45 60 75 90
Dias
O maior valor médio de conversão alimentar foi visto no 75º dia, significando que foi
necessário gastar 2,0 kg de ração para ganhar 1,0 kg de biomassa corporal. Este valor no dia
75º esteve acima do recomendado por Medri et al. (2005), que de 0,9 a 1,8kg para o cultivo de
peixes e por Oliveira e Costa (2019), e de 1,12 a 1,57. Da Silva e Fujimoto (2015) explicam
que valores de conversão alimentar abaixo ou próximos a 1,0 indica que os organismos
utilizaram com eficiência a ração oferecida para incremento de massa.
Durante o período de estudos, foi observado a necessidade de efetuar o manejo alimentar
da melhor forma possível. Oliveira e Costa (2019), relatam que o manejo e realizado por conta
da alta variação de temperatura ao longo do dia, onde colaborou para a falta de apetite dos
peixes, e haja vista que geralmente os organismos não despertavam interesse alimentar durante
o período da manhã. Resultados que corroboram com Mendonça et al. (2009) e Gurgel e
Vinatea (2010), afirma a interferência que o aumento da temperatura pode exercer sobre a oferta
de ração devido a aceleração no metabolismo e a grande variação de temperatura do ambiente,
causando estresse ocasionando a falta de interesse alimentar.
59
5.2.4 Sobrevivência
A sobrevivência foi de 100%, onde Affonso e Ono (2016), para a fase de juvenis do
tambaqui a taxa de sobrevivência esperada é de 80%. Observa-se então que os valores atingidos
nesse trabalho foram muito superiores aos estabelecidos por esses autores tendo 100% de
sobrevivência.
Os resultados também foram superiores aos obtidos por: Brandão et al. (2004); Costa et
al. (2004); Ibrahim et al. (2015), com valores de sobrevivência de juvenis tendo 68,8 – 84,0 %;
87,84 – 96,46 %; e 58,33 – 86,67 % respectivamente para os autores. Quando comparados com
Oliveira e Costa (2019); Da Silva e Fujimoto (2015), as taxas foram próximos com valores de
94,90 – 99,19% e 97,4 a 99,7 %, todos em sistema de recirculação.
160
140
120
100
peso (g)
80
60
40 y = 0,0123x3,1554
R² = 0,9592
20 r = 0,9794
0
0 5 10 15 20 25
comprimento (cm)
demonstrando uma correlação forte e positiva entre peso e comprimento, em que o coeficiente
de determinação (R²) indica que a variação do peso corporal é explicada a 95,92% pela variação
do comprimento. Estudo realizado por Souza et al. (2000) para a relação peso/comprimento do
tambaqui resultou em valores de 3,0029; 3,0407 e 3,0722 para o coeficiente de regressão,
possuindo alometria positiva. O resultado da alometria indica que no sistema os peixes tiveram
um incremento maior do peso que o comprimento corporal total.
5.3. Vegetais
O peso inicial do jambu nas canaletas foi de 6,53±1,82 g e alcançando valores médio
final de 82,95±27,63 g. Borges et al (2013) verificou um peso médio de 60,11g para o cultivo
com adubação orgânica e 72,01g com adubação mineral em 90 dias após a semeadura. Já para
o cultivo em solo encontraram valores inferiores com 65,55g de massa seca da parte aérea, no
61
Figura 35 – Danos provocados por pragas nas folhas (A) e presença de pulgões (B) no jambu.
E com isso, alguns métodos de combate contra as pragas foram adotados, como a
aplicação das soluções (Figura 36) na área folhear de calda bordalesa (Figura 36A) (sulfato de
cobre, cal virgem, 1L de agua), calda de fumo (Figura 36B) (400 ml de água, 400 ml de alcool
92,5%, 100 g de fumo) e a calda de Neem (Figura 36C) (100ml de caldo da folha amassada e
1L de agua). A aplicação dessas soluções pode ser semanalmente, intercalando entre elas, com
uma função de prevenção, evitando a chegada e/ou proliferação de pragas, e ajudando em
alguns parâmetros nutricionais.
62
Figura 36 – Soluções de calda bordalesa (A), Calda de fumo (B) e folhagem de neem macerada para gerar a
calda (C).
No presente estudo, o ganho de peso médio obtido foi de 76,42 g e o ganho de biomassa
total de 10.545,53, com uma produtividade de 878,79 kg/m2. Já Gusmão (2013) em sistema
hidropônico (NFT) obteve uma produção média de 150 g por maço.
Peso da parte aérea, trata-se das folhagens do vegetal, onde a raiz é retirada para a
pesagem (Figura 37).
63
Figura 37 – Pesagem da parte aérea com raiz (A) e sem raiz (B)
Valores dos parâmetros produtivos das partes aérea do jambu, cultivado no experimento
aquapônico (tabela 7)
Tabela 8 – Teores de macro e micronutrientes de jambu na parte aérea das folhagens de jambu no final do ciclo
de cultivo.
Valores nutricionais do Jambu
Nutrientes
Experimento Valor referencial
Nitrogênio (N) 44,64 30 a 50
Fósforo (P) 4,82 4 a 10
Potássio (P) 9,78 40 a 90
Cálcio (Ca) 8,12 8 a 15
Magnésio (Mg) 4,67 2a6
Zinco (Zn) 68,3 40 a 100
Manganês (Mn) 68,4 40 a 200
Ferro (Fe) 172,2 100 a 1100
Cobre (Cu) 194,6 4 a 35
de planta, exceto potássio e magnésio (LEWIS et al., 1978; QUILLERÉ et al., 1993).
Independente da espécie de peixe utilizada, o que torna necessário uma suplementação mineral
para o correto desenvolvimento das plantas. Por conta da deficiência de potássio, alguns
sintomas visuais diferenciados foram evidenciados nas plantas de jambu cultivadas (Figura 38).
A alface iniciou o ciclo com peso médio de 10,31 g nas canaletas de crescimento e em
sua colheita atingiu uma média final de 67,55g. Em cultivos hidropônicos convencionais de
alface, Vaz e Junqueira (1998), obtiveram valores de 175,0 a 183,0 g, em um período de 56
dias. Cortez et al. (2009), verificou peso médio fresco de 209 a 403 g, para um ciclo cultural de
56 dias em sistema integrado de matrinxã e alface. FERNANDES et al. (2002) de 150,8 g e
195,1 g para as mesmas cultivares, em cultivo hidropônico NFT em 40 dias.
O peso médio final conforme a tabela 9, ficou bem abaixo dos comparativos citados. O
fator principal de influência de ganho de peso foi a temperatura da água, onde no período da
tarde, atingiu em uma média de 31,79 0C. Para NAGAI (1980), temperatura é o componente
climático que mais influência no crescimento e na qualidade comercial da alface. Temperaturas
elevadas, podem estimular o florescimento precoce da planta, e à medida que ocorre a emissão
do pendão floral, há uma redução no número de folhas.
Dentre as características de produção da alface, pode-se destacar o número de folhas por
planta e a massa fresca da planta inteira, que podem ser influenciados pelo cultivar, fotoperíodo
e temperatura (FRANK e BAUER, 1995; SEDIYAMA et al., 2007)
67
O peso da parte aérea, trata-se das folhagens do vegetal, onde a raiz e retirada para a
pesagem (figura 39).
Figura 39 – Pesagem da parte aérea, com raiz (A) e sem raiz (B).
Valores dos parâmetros produtivos das partes aéreas da alface, cultivado no experimento
aquapônico (Tabela 10).
68
A produção de parte aérea foi de 8258,18 g tendo uma média de 59,84 g e uma produção
de 2,37 kg para cada 1 kg de peixe. Segundo Graber & Junge (2009), em seu estudo realizado,
produziu em média de 1,9 a 2,6 kg de folhagem de alface para cada 1kg de peixes, somando
apenas a pesagem de folhas produzidas.
É válido ressaltar de acordo com Ferri (1979) destaca que um dos sintomas mais
comuns com relação a deficiência de nitrogênio é a clorose generalizada por toda a planta, e
com isso ocorre a perda de folhagem, onde é diretamente afetada na contabilização de ganho
de peso das partes aéreas.
As partes aéreas dos vegetais, pode ter influência direta com a diminuição do
comprimento da brotação, que está ligada ao fato de que as citocininas estimulam a maior
produção de partes aéreas até uma determinada concentração, o que varia de acordo com cada
espécie, e a partir desta concentração ocorre um efeito tóxico que se caracteriza por falta de
alongamento (GRATTAGAGLIA; MACHADO, 1998). Hartmann et al. (1997), mencionam
que os principais efeitos dos substratos se manifestam sobre as raízes, podendo acarretar
algumas influências sobre o crescimento das partes aéreas.
A sobrevivência no presente estudo com a alface cultivada, foi de 100% de êxito. Foi
realizada por contagem direta de número de maços retiradas das canaletas. COSTA et al.
(2007), a grande vantagem do sistema hidropônico é o poder de observar e corrigir rapidamente,
para que não ocorra mortalidade, em seu cultivo de alface no sistema que teve uma mortalidade
zero até o final do seu ciclo.
Tabela 11 - Teores de macro e micronutrientes na parte aérea das folhagens de alface determinados aos 55 dias
após a semeadura.
5.4 Volumes de água (m3) utilizado para produção de peixes (Kg) e hortaliças (Kg).
No presente estudo aquapônico, foi iniciado o sistema com 1500 litros de água. No
decorrer do experimento, observou-se a necessidade de reposição de água, devido a evaporação
(por todo o sistema) e evapotranspiração (das plantas). A evaporação varia de um local para o
outro, devido às diferenças climáticas (temperatura do ar, velocidade do vento, radiação solar,
umidade relativa, precipitação), características e práticas de manejo do uso da água
(BENZAGHTA, 2011).
Dessa forma, foi necessário realizar reposição de 930 litros de água no decorrer do
experimento, totalizando um total de 2430 litros até o fim do cultivo. Assim, o volume de água
para produzir 1 kg de peixe foi de 861,70 L/Kg e para as hortaliças de jambu 211,30 L/Kg e
alface 260,0 L/Kg.
71
6 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
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