Construir - Dez23
Construir - Dez23
Construir - Dez23
Série
Novas
Medidas
Apê de 30 m²
Os materiais rústicos contrapostos à arquitetura cria é otimizado com
o equilíbrio perfeito no projeto desta casa de campo marcenaria embutida
e mobiliário retrátil
Sua casa é
sustentável?
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De olho na
manutenção
Da estrutura aos
revestimentos, faça a
inspeção periódica e
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PREPARE-SE PARA
Graffiti O PRÓXIMO VERÃO
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Arte urbana invade os Concreto, alvenaria,
ambientes e espanta o
branco das paredes vinil, fibra ou aço?
Conheça cada método construtivo
e escolha a sua piscina
Arquitetura top
10 Anexos de lazer
projetos assinados por
brasileiros renomados 4 ideias com sauna, spa,
especialmente selecionados churrasqueira e muito mais
05 Editorial2.qxp___Construir 2009 30/06/2021 11:25 Página 5
Nada melhor que quebrar a monotonia do branco e ter paredes cheias EM CLIMA DE INOVAÇÃO,
O ESCRITÓRIO TRIPTYQUE
de personalidade. Os interessados podem apostar na arte urbana. Sim, o ARCHITECTURE RENOVA O APÊ
PAULISTANO. OS INTERESSADOS
bom e velho graffiti invade os lares e desperta olhares de todos. Veja em EM EXPERIMENTAREM NOVOS
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dos profissionais Binho 3M, Alemãoart, Cadu Mendonça e Rui Amaral.
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Mostramos como a dupla medidas enxutas e soluções inteligentes
dá bossa. Prova disso é o apê de 30 m2 assinado pelo escritório BEP Arquitetos
Associados e retratado na série Novas medidas da seção Sem aperto. A cama
fica embutida e abre espaço para a sala e a marcenaria foi toda desenhada
e permite o encaixe perfeito das peças. Aproveite cada detalhe e viva com
menos. Simples assim!
06 Indice+Anun___Construir 2009 19/12/14 17:49 Page 6
Diretores
Luiz Fernando Cyrillo
Renato Sawaia Sáfadi
SAIBA MAIS
FALE CONOSCO Casas cheias de história
para visitar durante as férias
Atendimento em geral:
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ACHADOS
Dúvidas, críticas e sugestões:
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Esta é uma publicação da CASADOIS EDITORA se a sua casa é sustentável
00.935.104/0001-98. Ninguém está autorizado a representar
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e/ou carta assinada pela diretoria. Não é permitida a repro
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publicados, exceto com autorização da CasaDois Editora. Os
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INTERIORES
departamentos. Qualquer dúvida ligue para (11) 2108-9000 REFORMA
ou mande e-mail para [email protected] DO MEU JEITO
O refúgio particular
do arquiteto Gui Paoliello
PUBLICAÇÕES DA
CASADOIS EDITORA
ARTESANATO: Arte com as Mãos Appliqué, Bolos Decora LAZER
dos, Bonecas de Pano, Bonecas de Pano Bichos, Bonecos SEM APERTO
de Feltro, Capitonê, Cupcake, E.V.A., Feltro, Fuxico, Fuxico Apê de 30 m² é otimizado
com Feltro, Panos de Prato, Ponto Cruz e Crochê, Tapeça com marcenaria embutida
ria, Tricô Bebê, Unhas Decoradas, Arte e Artesanato, Deco e mobiliário retrátil
ração de Natal Especial, Fuxico Passo a Passo, Guia Arte
com as Mãos, Guia Arte e Artesanato, Guia da Mamãe Cro CONSTRUÇÃO
chê Baby, Guia da Pintura e Tela Passo a Passo.
TURA E DECORAÇÃO: Construir, Construir Especial
Banheiros, Construir Especial Cozinhas, Construir Especial JOÃO ARMENTANO
Quartos, Construir Especial Salas, Construir Rústicas, Deco DAVID BASTOS
ração de Interiores Varandas e Espaços Gourmets, Guia
Construir Casas Rústicas, Guia Construir Melhores Ideias Ba LEONARDO JUNQUEIRA
nheiros e Cozinhas, Guia de Modelos de Piscinas e Piscinas FERNANDA MARQUES
& Churrasqueiras. DECORAÇÃO DE FESTAS:
STUDIO ARTHUR CASAS
de Festas Infantis, Guia de Decoração de Festa de Casa
MAURO MUNHOZ, ANDREA FELTRIN
mento e Guia de Decoração de Natal.
CULINÁRIA: Cake Design, Cake Design Cupcakes, Coleção PISCINA 104 DE BARROS, EDUARDO LOPES,
Delícias da Cozinha, Culinária Fácil Bolos, Guia da Cerveja,
Guia de Decoração de Festas Infantis Bolos, Guia de Degus
VIVIANE ALVES FARAONE,
tação de Cervejas e Guia de Delícias Festas de Aniversário. EXPRESSÃO FABIANA TANURI E ANDREA MACRUS
JARDINAGEM E PAISAGISMO: Coleção Cultivo de Orquí HE ARQUITETURA E MAURÍCIO KARAM
deas, Como Cultivar Orquídeas, Guia Como Cultivar Orquí
deas para Iniciantes, Guia da Jardinagem, Guia de
ROBERTO ARACRI
Orquídeas, Guia Sítio & Cia - Horta & Pomar, Jardins em Pe
quenos Espaços e Paisagismo & Jardinagem.
CONSTRUÇÃO: Casas de 50 a 90 m², Construção do Co
meço ao Fim, Guia Construir Drywall, Guia Construir Econo
mize Água, Guia Construir Iluminação, Guia Construir Portas
e Janelas de PVC, Guia Construir Reforma, Guia de Projetos
108
para Construir, Manual da Piscina, Melhores Projetos e Pro
jetos de 100 a 200 m². SAÚDE: Coleção Guia Saúde Hoje e GALERIA
Sempre e Saúde Hoje e Sempre.
CONTATOS
18 Saiba Mais___Construir 2009 19/12/14 14:35 Page 18
Quem anda pelas ruas das movimentadas cidades brasileiras, mui- de várias casas que pertenceram a grandes nomes da história na-
tas vezes nem percebe as relíquias pelo caminho. Se, em Londres, cional, hoje há centros culturais de beleza arquitetônica ímpar, am-
cada esquina é literalmente indicada com um letreiro destacando um plo acervo e programação gratuita. Selecionamos alguns deles, que
fato ou morador que ali deixou sua marca, por aqui às vezes mal se enriquecem culturalmente seus visitantes sem nenhum custo para ta-
dá valor a pontos importantes do nosso espaço público. Mas essa si- manha experiência. Basta abrir os olhos, programar-se durante as fé-
tuação tem mudado ao longo dos anos. Com restauração e cuidado rias e aproveitar.
Divulgação/Poiesis
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Endereço: Rua Macapá, 187, Pacaembu, SP – Contato: (11) 3673-1883 /3672-1391 Endereço: Rua Três Rios, 363, Bom Retiro, SP – Contato: (11) 3222-2662 / 3221-4704
De terça a domingo, das 10h às 17h – Entrada franca Segunda a sexta das 9h às 22h e sábado das 10h às 18h – Entrada franca e oficina gratuitas
www.casaguilhermedealmeida.org.br www.oficinasculturais.org.br
De autoria do arquiteto de origem rus- A casa de Ema Gordon Klabin (1907- Divulgação/Fundação Ema Klabin
18|Construir
19 Achados___Construir 2009 19/12/14 17:00 Page 19
Faça você
Já imaginou ser o autor dos projetos mais
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Architecture traz a oportunidade de colecionar
e montar os principais monumentos. Para aque-
mesmo!
les que são apaixonados por design, arquite-
tura e construção, essa é a chance de montar
o Empire State, a torre de Pisa e monumentos
Texto Vanessa Barcellini como a Casa Branca, o relógio Big Ben, mu-
Foto Divulgação/Lego Brasil
seus e outras construções.
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pelo arquiteto Frank Lloyd Wright, a construção levou 13 o Empire State Building é o símbolo dos arranha-
anos para ficar pronta. céus americanos.
19
21 Fique Atento___Construir 2009 22/12/14 16:38 Page 21
MELHOR PREVENIR...
ESPECIALISTAS ORIENTAM SOBRE A MANUTENÇÃO DA CASA
PARA AFASTAR PROBLEMAS E DORES DE CABEÇA COM EMERGÊNCIAS
Ano novo, casa sempre nova. Para muitos, o início do novo ciclo prometer o conjunto, como insta-
no calendário é a época ideal para executar pequenos reparos na lações de ar-condicionado, antenas, entre outros recur-
morada. Porém, uma rotina de vistorias e manutenção constante ao sos, além das condições climáticas e desgastes naturais.
longo dos meses torna possível manter as estruturas em dia, longe Assim, a conferência de itens vai além da parte estética e previne
dos imprevistos e, melhor, com economia. danos estruturais.
Depois de pronta, a casa sofre interferências que podem com- Confira as dicas e tenha uma residência impecável.
Laje: a cada um ano e meio, deve ser inspecionada para verificar a exis- Áreas molhadas: limpar a cada seis meses sifões e ralos para evitar
tência de fissuras ou trincas. entupimentos. Os rejuntes dos azulejos e pisos devem ser substituídos
sempre que apresentarem falhas ou estiverem com tonalidades que com-
Telhado: o conjunto madeiramento e telhas deve ser conferido com fre- prometam o conjunto. No caso de pedras naturais, como mármores e
quência. Com o tempo, pode ocorrer dilatação na estrutura, assim, a aná- granitos, é aconselhável polir e aplicar impermeabilizantes para ampliar
lise indicará com antecedência se há necessidade de troca de telhas ou a vida útil e renovar o material, sempre que apresentarem sinais de des-
de qualquer outra peça, evitando infiltrações entre outros problemas. gastes. Os metais precisam ser conferidos e a troca de componentes
deve ser providenciada ao apresentarem vazamentos desnecessários.
Calhas: ajudam a conservar o piso e a tintura das paredes, direcionan-
do o escoamento das águas pluviais. Além disso, podem ser usadas Piscina: devem ser limpas constantemente e a manutenção preventiva
combinadas a cisternas para captar água para uso em jardins ou para a cada seis meses, para evitar intercorrências nos revestimentos, rejun-
lavagem do quintal. A cada dois meses e após um período intenso de tes, bordas ou danos mais graves como infiltrações na estrutura, bem
chuvas devem ser limpas para a retirada de folhas, que podem obstruir como bombas e filtros.
a passagem de água.
Deques: se forem de madeira, precisam ser lixados e receber a aplica-
Caixa d'água: deve ser higienizada anualmente para evitar a prolifera- ção de produtos específicos com filtro solar e impermeabilizante, a ca-
ção de algas e manter a qualidade da água. É importante que esteja da dois anos. Já os sintéticos dispensam a manutenção.
sempre corretamente fechada para garantir distância dos focos das lar-
vas do mosquito transmissor da dengue. Churrasqueiras e espaço gourmets: propensos à alternância de tem-
peraturas, os revestimentos do setor devem ser avaliados frequentemente
Coberturas e paredes verdes: sempre que possível, é necessária a para identificar a necessidade de trocas ou reparos.
conferência da drenagem do sistema, do solo e da impermeabilização
para evitar infiltrações e danos nas estruturas.
Instalações elétricas: os proprietários precisam estar atentos para a Atenção também no dia a dia para a ocorrência de pó
sobrecarga de energia elétrica, principalmente, em relação a novos equi- na mesma área frequentemente, pois pode ser cupins
pamentos, como ar-condicionado, aquecedores elétricos, entre outros e uma inspeção profissional é fundamental para o cor-
equipamentos eletroeletrônicos. reto procedimento.
Janelas e portas: se forem de madeira, a cada dois anos, deve-se li- Casas no litoral estão mais susce-
xar e aplicar produtos específicos para conservação, com filtro solar e tíveis aos danos provocados
impermeabilizante. Já nos modelos de alumínio, é recomendado anali- pela exposição à mare-
sar as condições de conservação das borrachas e vedações, para pro- sia, assim, a manu-
videnciar a troca quando exigida. tenção e as análi-
ses devem ser
Pintura: para mapear patologias, o morador deve ficar atento à exis- mais constantes.
tência de bolhas na pintura, reboco fofo ou esfarelado que podem indi-
car problemas na impermeabilização e infiltrações. A cada um ano e
meio, conferir se há necessidade de reparos. Se sim, prefira pintar no Agradecimentos:
Verão, já que as altas temperaturas aceleram o processo de secagem, Ana Cristina Tavares, arquiteta do escritório KTA, de São Paulo, SP
Eliene Ventura, gerente técnica da Vedacit
principalmente, nos ambientes internos. Paulo Freitas, coordenador de desenvolvimento de mercado da Astra
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23 Sustentável___Construir 2009 19/12/14 15:30 Page 23
TESTE A SUSTENTABILIDADE
DA SUA MORADA
ESTÁ EM DÚVIDA SE SUA CASA É ECOLOGICAMENTE CORRETA?
RESPONDA AS PERGUNTAS E DESCUBRA JÁ!
1. Você separa o lixo reciclável corretamente? 6. Como escolhe as plantas do seu jardim? 11. Como protege sua casa do calor do sol?
a) Sim, divido por metal, vidros e papéis em casa a) Opto sempre pelas regionais e mais adaptadas ao clima a) todos vidros possuem película ou algum outro
b) Apenas quando há lixeiras disponíveis no trabalho b) As que mesmo exóticas necessitam de pouca manutenção recurso de redução de absorção de calor
ou em locais públicos c) Aprecio as mais bonitas e não me preocupo b) uso cortinas que reduzem a entrada de calor
c) Não me preocupo com o assunto com a manutenção c) não tenho esta preocupação. Uso sempre
o ar-condicionado
2. Como você aquece sua água do banho? 7. Como é a cobertura da sua casa?
a) Aquecedor solar a) Telhado branco com tinta específica ou ajardinado
12. Quais materiais compõem os seus revestimentos?
b) Aquecedor de sistema misto com solar b) Telhado com cores claras
a) Componentes reciclados, rapidamente renováveis
c) Aquecedor elétrico e deixo sempre ligado c) Telhas com tons escuros
e regionais
b) Quando os preços eram equivalentes, optei pelos
mais ecológicos
8. Como escolhe seus aparelhos eletrônicos c) Sempre escolhi o mais bonito e barato sem me preocupar
3. Como é a válvula de descarga nos banheiros?
e eletrodomésticos? com a procedência ou fabricação
a) Caixa acoplada com duplo fluxo
a) Escolho sempre os que possuem o selo de eficiência
b) Caixa acoplada
energética Procel
c) Daquelas antigas tipo hidra
b) Pesquiso o consumo mas não é decisório
c) Apenas pelo design 13. Como escolheu as tintas e vernizes da sua casa?
a) As mais adequadas para cada uso, dando preferência
4. Como são as torneiras? para os produtos a base de água e menos substâncias
a) Possuem limitador de fluxo tóxicas para a minha família
9. Como é a iluminação dos ambientes internos na sua casa?
b) Instalei aeradores para diminuir o desperdício b) Utilizei tintas com base de água
a) Só uso LED e dispositivos de baixo consumo
c) Compro a mais bonita sem me preocupar com c) Apenas pelo preço
b) Tenho uma iluminação mista, LEDs e lâmpadas econômicas
a vazão de água c) LED é muito caro e não compro
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24-27 Acabamentos___Construir 2009 19/12/14 17:40 Page 24
Graffiti Binho 3M
Das RUAS
para as CASAS
O GRAFFITI INVADE RESIDÊNCIAS E MOSTRA QUE UMA PAREDE
PODE RECEBER MAIS DO QUE SIMPLES DEMÃOS DE TINTAS
Texto Carolina Pera
Após superar os preconceitos dos que não consideravam o graffiti mudamos para geladeiras, portas e outros suportes”, completa o artista
uma arte, ele não só está nas ruas, como também conquista espaços nas plástico e grafiteiro Anderson Ferreira Lemes (Alemãoart), de Assis, SP.
residências que possuem estilo e personalidade. O arquiteto David Bas- Os valores variam de acordo com o artista, tamanho, projeto, loca-
tos, de Salvador, BA, adotou a linguagem em seu próprio apartamento lização ou quantidade de dias para finalizar a obra. O artista Binho Ri-
no Rio de Janeiro. “Optei por esta arte por ter um pouco de irreverência beiro (Binho 3M), de São Paulo, SP, afirma que costuma cobrar de
e por gostar dela”, justifica. “O graffiti pode ser incorporado à decoração R$ 10 mil a R$ 20 mil pelos seus trabalhos. Cadumen recebe o valor
como uma obra de arte. Deverá estar adequado ao estilo adotado no pro- médio de R$ 3 mil, pelo tempo, que normalmente é de um a três dias.
jeto, bem como, estar diretamente relacionado à personalidade do mo- Já Alemãoart cobra de R$ 700 a R$ 1.200 o metro linear.
rador”, afirma o arquiteto Ricardo Abreu Borges, de São Paulo, SP. “A dica é procurar um artista com um trabalho autoral e que tenha
Espaço não é problema, pois não há restrições para receber a arte de uma linha de trabalho com a qual você se identifique. Não faça a esco-
rua. “É necessário apenas a vontade de ter uma em casa. Não há tama- lha apenas pela estética ou pelo valor”, orienta Cadumen. Alemãoart con-
nho mínimo nem espaço determinado, pode ser em qualquer lugar da ca- corda que a seleção do profissional é de grande importância. “Muitas
sa, desde a sala até a lavanderia”, brinca o artista visual Cadu Mendon- vezes o cliente escolhe pelo preço e esquece da qualidade. Sempre di-
ça (Cadumen), de São Paulo, SP. “Ela pode ser feita em qualquer super- go que o uso de graffiti em ambientes interiores é igual tatuagem. Tem
fície, não depende apenas de paredes. Quando o problema é espaço, de ter a personalidade e estilo do cliente”, finaliza.
24|Construir
24-27 Acabamentos___Construir 2009 19/12/14 17:41 Page 25
Graffiti Binho 3M
Projeto David Bastos
O arquiteto, que optou pela arte em seu apartamento carioca, diz que
quando possível utiliza a linguagem em seus projetos. “O cliente deve
Divulgação/Tuca Reines
gostar para autorizar o uso”, explica. A obra permeia boa parte da sala
e tem a proposta do grafiteiro. “As inspirações são animais que habitam
o meu universo surrealista, com movimentos, cores e um estilo bastan-
te peculiar”, explica Binho 3M.
Divulgação/ Mariana Orsi
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24-27 Acabamentos___Construir 2009 19/12/14 17:41 Page 26
Divulgação/Cadu Mendonça
Divulgação/Colormix
PARA IMITAR
Para quem ainda não se sentiu à vontade de contratar um artista pa-
ra trazer o graffiti ao ambiente, vale investir em alternativas, como azu-
lejos e painéis fotográficos. Veja algumas opções:
26|Construir
24-27 Acabamentos___Construir 2009 19/12/14 17:41 Page 27
Graffiti Alemaoart
Projeto Nataly Aguiar
Neste apartamento a arte tomou conta dos pilares da sala. “O grafitti har-
monizou com o ambiente tornando-o mais alegre e descolado. Deixa-
mos essa área bem receptiva e com o estilo dos clientes, que são jovens
e divertidos", disse a arquiteta. Sobre a escolha das imagens, Alemaoart
explica que os clientes escolhem o tema e dão a referência, a partir dis-
so ele cria ao seu estilo.
Fotos Ricardo Bassetti
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PRIMEIRA IMPRESSÃO
HALLS DE ENTRADA DÃO BOAS-VINDAS A MORADORES E VISITANTES
Texto Carolina Pera
Fotos [1]Gui Morelli e [2] Tarso Figueira
[2]
28|Construir
28-30 Interiores___Construir 2009 19/12/14 15:08 Page 29
CHARMOSO ELEGANTE
Jean Gaston projetou um ambiente que tinha como objetivo trazer Seguindo a linha clássica, o hall de entrada da residência idealizada
iluminação e amplitude. Com o pé-direito duplo que varia de 6,5 por Roberta Escobar em conjunto como engenheiro civil Rodrigo Ca-
a 8 m, o hall recebeu piso de porcelanato (Gyotoku) modelo tibet margo, de São Paulo, SP, possui paredes pintadas de branco (Suvi-
off-white, com medidas de 60 x 60 cm, o mesmo utilizado nos am- nil) e piso de mármore travertino nacional levigado. Os tons claros dão
bientes sociais. Na parede foi usada tinta acrílica e limestone (Saint sensação de profundidade ao ambiente. A decoração foi feita com
Remy) e esquadrias de alumínio brancas, tornando os espaços peças herdadas da família e também de antiquários. O pé-direito atin-
mais iluminados. Para dar um ar mais rústico, foi utilizado forro de ge 7m e a forração é de gesso. A porta é de madeira cedro e acima
tala de dendê (Fibra Natural), que contrasta perfeitamente com os dela está uma abertura para melhorar a iluminação natural. As es-
lustres em tom claro. quadrias também são de cedro, porém, pintadas de esmalte fosco.
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Um apê situado na avenida mais famosa de São Paulo, a Paulista. Concebido e elaborado pe-
lo escritório Triptyque Architecture, de Paris, França, com sede em São Paulo, SP, a renovação
da cobertura foi impulsionada por dois fatores: a história da Paulista e os estilos de decoração.
“O projeto foi inspirado pela integração da cidade e seu espírito pensando em cada detalhe”, afir-
ma Guillaume Sibaud, arquiteto responsável pelo projeto. Para tornar o apê de 840 m² mais atraen-
te, foi feita uma escolha criteriosa dos materiais como azulejos inspirados no artista Athos Bulcão,
móveis de concreto e espécies de madeiras exóticas. Para criar o desenho da cobertura de con-
creto armado, foi feito um tributo ao tecnicismo dos engenheiros brasileiros da década de 1970.
Elementos como a biblioteca, a obra de arte cercada por vidro, o escritório panorâmico e o es-
paço acústico dão o ritmo ao espaço.
A planta original remetia ao padrão da década de 1960 com ambientes compartimentados. A
antiga parte de cima da cobertura não tinha muito uso. Desde 2011, ano em que o escritório en-
tregou o apartamento para seus clientes, um casal sem filhos, o espaço ganhou uma nova fun-
ção: o piso superior foi dedicado à piscina, academia e área gourmet. Os proprietários ainda que-
riam algo amplo e espaçoso, com isso, os profissionais optaram por derrubar algumas colunas e
deixar tudo como se fosse um único ambiente, sem divisões. 02
01
03
01. A reforma ampliou a sala e integrou todos os espaços.
Jantar, estar, biblioteca e escritório tornaram-se um gran-
de ambiente com 165 m². Antes era dividido por colunas
que davam a impressão de uma área menor. O piso é de
madeira de demolição canela (Spazio Decor) e destaca-se
pela sua tonalidade mais escura.
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32-35 Reforma___Construir 2009 19/12/14 17:35 Page 34
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32-35 Reforma___Construir 2009 19/12/14 17:36 Page 35
08
construído
Área Total: 340 m2 demolido
Ilustração AC Design
Área Gourmet
Estar
Academia
Piscina
Externo
Lavabo
Área de
Empregador
Dep.
Cozinha
elaborados pelo Triptyque e tornou-se a opção ideal para
os dias quentes. Ao redor, o deque de madeira cumaru
(Spazio Pisos) é a escolha para o piso.
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36-41 Do Meu Jeito___Construir 2009 19/12/14 15:23 Page 36
Quem vê a morada completamente inserida em meio à vegetação não imagina que ela foi
erguida artesanalmente, ao longo de dois anos e meio. Ao adentrá-la, é surpreendente o efei-
to provocado pela bela luz filtrada que toma os ambientes do piso intermediário, acrescen-
tando charme ao estilo de construção com abóbadas apoiadas diretamente em berços de
concreto. “A técnica de arcos estruturais autoportantes de tijolos de barros comuns foi es-
colhida por permitir uma obra com ritmo lento e constante, executada por uma equipe enxu-
ta de mão de obra, composta por dois pedreiros e um ajudante”, explica o arquiteto e mo-
rador Gui Paoliello, da capital paulista.
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36-41 Do Meu Jeito___Construir 2009 22/12/14 16:41 Page 37
IMPLANTAÇÃO
Concebida no início dos anos 1990 e ha-
bitada há quase 20 anos, a residência está lo-
calizada em um condomínio de cinco casas
em uma extensa área de 11.650 m², em Cotia,
SP. “Não há divisão física entre as proprieda-
des. Cada unidade possui um lote de aproxi-
madamente 1 mil m², como um jardim privati-
vo, no qual se insere as moradas. Existe ain-
da um espaço comum de aproximadamente
1.300 m²”, comenta.
Dividida em três pavimentos que somam
370 m2 de áreas cobertas, a morada foi plane-
jada aproveitando-se do declive do terreno. O
térreo é o pavimento de acesso e cobertura
que possui 70 m2. No intermediário com 220 m2
encontram-se os principais cômodos distribuí-
dos ao redor de um pátio interno descoberto
e, no inferior, estão dispostos os quartos dos
filhos e banheiro, construídos posteriormente,
que juntos com as varandas totalizam 80 m2.
Paoliello relata que projetou a casa pensando
na futura expansão. “O andar intermediário foi
o primeiro a ser concluído e ocupado. Tempos
depois, a área inferior foi ampliada e foi exe-
cutada a estrutura existente no setor de aces-
so. Dessa forma, as melhorias não provocaram
transtornos e mudanças na rotina já estabele-
cida”, afirma o arquiteto.
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36-41 Do Meu Jeito___Construir 2009 19/12/14 15:24 Page 38
38|Construir
36-41 Do Meu Jeito___Construir 2009 19/12/14 15:24 Page 39
39
36-41 Do Meu Jeito___Construir 2009 22/12/14 16:44 Page 40
Suíte
Suíte Dormitório
Banho
Varanda Dormitório
Estar
Varanda
Lavabo
Banho
Jantar
Dormitório
Cozinha
Ilustração AC Design
40|Construir
36-41 Do Meu Jeito___Construir 2009 19/12/14 15:25 Page 41
VERDE PARTICULAR
A morada está completamente isolada dos
vizinhos, por isso, o arquiteto explorou as gran-
des aberturas e privilegiou no projeto a nature-
za ao redor. “A ideia era que a casa com o tem-
po ficasse envolvida pela vegetação. Escolhe-
mos espécies da região e nativas da Mata Atlân-
tica para recriar um ambiente de bosque”, con-
ta o morador. Nas áreas comuns do condomí-
nio foram plantadas árvores frutíferas típicas de
São Paulo e outras para reflorestamento.
Estrategicamente posicionado no espaço
central da casa está o pátio descoberto, no qual
foi plantado um ipê na época das obras e que
hoje dá sombra ao local que é pavimentado e
ambientado com vasos.
Na decoração, móveis de família e adqui-
ridos ao longo dos anos, como poltronas e ca-
deiras assinadas por Mies Van der Rohe, Char-
les Eames e Arne Jacobsen. Todas as mesas,
os armários, as estantes e as bancadas foram
desenhadas e executadas especialmente pa-
ra a morada.
Para o arquiteto, os setores de estar estão
entre os mais agradáveis e são os locais nos
quais os moradores passam a maior parte do
tempo. “A área de convívio é a maior da casa,
envolta completamente pelo verde e que rece-
be uma luz filtrada que torna o espaço ainda
mais acolhedor.” A originalidade do projeto, o
método construtivo e a natureza marcante man-
tém a morada sempre atual e envolvente.
Ilustração AC Design
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PURA SOFISTICAÇÃO
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Superior Intermediário
Sala de Piscina
Ginástica
Casa de Suíte
Máquinas
Home
Office
Lavabo Estar
Jantar
Churrasqueira Lavabo
Suíte
Suíte Desp.
Suíte
Garagem
Área de
Serviço
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BEM-ESTAR
COMO ROTINA
CASA À BEIRA-MAR UNE PRATICIDADE, CONFORTO E
BELEZAS NATURAIS AO DIA A DIA DE PROPRIETÁRIOS
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Varanda
Suíte Garagem
Lav. Estar
Ilustração AC Design
Ilustração AC Design
Suíte
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Inspiração francesa
AMBIENTES AMPLOS E INTEGRADOS MARCAM PRESENÇA NA CASA EM ESTILO PROVENÇAL
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Superior 450 m2
Espaço
TV Jogos Estar Gourmet
Saleta
Suíte
Jantar
Ilustração AC Design
Coz.
Jantar
Suíte Suíte
A.S.
Suíte Suíte
Espelho
d’água
Dep.
Emp.
Dep.
Emp.
Quadra
Garagem
Dep.
Emp.
Térreo 650 m 2
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Costuma-se dizer que a casa tem que ter a cara do dono. No caso
da arquiteta Fernanda Marques, esta regra se aplica perfeitamente. A
residência ampla e estilosa com linhas contemporâneas é o seu retrato.
“Vivo aqui há 11 anos. O projeto arquitetônico e a decoração são as-
sinados por mim. A estrutura da casa já existia e eu fiz uma reforma to-
tal. Parti do zero mesmo. A maior dificuldade foi fazer um projeto para
mim. Ser sua própria cliente não é fácil”, relata.
Antes a profissional morava em um apartamento no Morumbi, na zo-
na oeste da capital paulista, mas como famílias grandes demandam bas-
tante espaço, decidiu se mudar para um imóvel no Jardim Europa, bair-
ro na região central da cidade. “Eu e meu marido temos cinco filhos e
também sentíamos vontade de ter jardim, cachorros... E para isso, nada
melhor do que uma casa”, conta.
Ao projetar o novo lar, Fernanda deu prioridade a ambientes amplos
e aconchegantes. No térreo, está a área social com dimensões genero-
sas, que inclui salas de estar, jantar e home theater. A ala íntima no pa-
vimento superior inclui cinco suítes e uma sala de estudos. No total, são
750 m² de área construída. “A casa prima pela integração dos espaços,
é moderna e transpira novidades”, afirma.
Com esquadrias grandes para receber bastante luminosidade, Fer-
nanda ressalta que as linhas ortogonais e os vazios se sobressaem no
projeto. “Dinamismo e audácia marcam a arquitetura.”
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60-65 Proj04 - Fernanda Marques___Construir 2009 19/12/14 17:28 Page 62
RENOVAÇÃO CONSTANTE
De acordo com a arquiteta, desde a construção, em 2002, a deco-
ração sofreu várias alterações. “E eu gostaria de mudar mais”, comple-
ta sorrindo.
Em uma destas intervenções, uma superfície do estar recebeu um
afresco feito por Rodolpho Parigi, artista plástico de São Paulo, SP. “Eu
o conheci na galeria Nara Roesler e o chamei para pintar a parede. Os
desenhos dele tinham traços mais duros, mas aqui ele usou formas or-
gânicas. Disse que se inspirou nos veios do mármore e nos meus filhos
magrinhos e compridos, que passavam por ele subindo e descendo a
escada a toda hora”, conta em tom divertido.
Parigi observou bem uma das marcas registradas da residência: o
uso de mármore. “Nos meus projetos gosto de fazer o contraponto com
elementos quentes e frios. Por isso, madeira e mármore dominam os am-
bientes e o branco estampado nas paredes e revestimentos conversa
com os tons mais queimados do mobiliário”, acrescenta a arquiteta, que
optou por mármore Calacata Oro e madeira sucupira.
Obras de arte estão espalhadas pela área social. Sobre a mesa do
estar, por exemplo, estão objetos desenvolvidos por Jeff Zimmermann
comprados em uma galeria de Nova York (Estados Unidos), e nas pa-
redes da sala de jantar há desenhos adquiridos na galeria da Maria Ba-
ró na capital paulista. Também é neste espaço que se encontra um apa-
rador de aço inox desenhado pela própria Fernanda. As peças têm em
comum o traçado contemporâneo.
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60-65 Proj04 - Fernanda Marques___Construir 2009 19/12/14 17:28 Page 63
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ACONCHEGO
Como passa bastante tempo no
escritório trabalhando, a arquiteta
diz que é sempre um prazer che-
gar ao lar. “Tenho uma sensação
muito boa ao entrar. Quando viajo,
sinto falta da casa e penso 'como
gosto de morar aqui'.”
A profissional afirma ainda gos-
tar de receber amigos e que, gra-
ças aos cinco filhos, a casa está
sempre cheia. Quando precisa ti-
rar um tempinho para si mesma, o
local escolhido é o quarto. “É o meu
reduto. Tem uma dimensão boa e
serve também como área de tra-
balho. Lá pesquiso, respondo e-
mails e leio. É uma regra implícita:
todos sabem que quando estou ali
não quero ser perturbada”, diz sol-
tando um sorriso.
Sala
Estar de
Suíte Almoço
Íntimo Home Theater
Banho
Closet
Cozinha
Estar
Jantar
Suíte Suíte Suíte Suíte
Ilustração AC Design
A.S.
Piscina
Dep.
emp. Banho
Academia
Dep.
emp.
Dep.
emp.
64|Construir
60-65 Proj04 - Fernanda Marques___Construir 2009 19/12/14 17:29 Page 65
DO LADO DE FORA
Partindo do pressuposto de que a residência precisa ser aproveita-
da ao máximo, a área externa foi planejada por Fernanda para atender
aos desejos de toda a família. Assim sendo, os moradores podem fazer
ginástica na academia bem equipada de 30 m², que substituiu um sa-
lão de jogos. E como amam esportes, além do fitness e da piscina, o es-
paço oferece uma parede de escalada. “Quando vi estes muros altíssi-
mos de quase 7 m de altura, achei que eram um pouco opressores. De-
cidi, então, aproveitar a estrutura e fazer uma parede de escalada. A
gente já a utilizou muito, mas hoje o pessoal está preferindo ir para a
praia surfar”, comenta.
O jardim, marcado por palmeiras (Arecaceae) com orquídeas Pha-
laenopsis brancas presas aos troncos e buxinhos (Buxus sempervirens)
topiados leva assinatura de Gilberto Elkis, paisagista da capital paulis-
ta. Além de Fernanda, o marido e os filhos, quem também curte bastan-
te a área verde são as cachorrinhas Mel e Nina.
“A casa tem que ser planejada de acordo com o modo de vida de
cada família. Por isso, é preciso haver uma grande identificação. E eu
realmente amo minha casa”, finaliza a fã dos arquitetos Giancarlo Gas-
perini, Paulo Mendes da Rocha e Vilanova Artigas.
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No conforto
do refúgio
ABERTA À NATUREZA E COM DIVISAS SUTIS, MORADA
DE JOVEM CASAL GANHA FLUIDEZ ENTRE OS ESPAÇOS
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A cerca de uma hora da capital paulista es- Como os clientes e a equipe de arquitetos
tá localizado o refúgio do jovem casal com fi- apresentavam notável preocupação em relação
lhos. A posição privilegiada às margens de um à sustentabilidade, para melhorar o conforto tér-
pequeno lago e a presença de um grande ipê- mico nos ambientes internos, apostou-se na ven-
amarelo (Tabebuia alba) levou os profissionais tilação cruzada, que reduz o uso de ar-condi-
do escritório Studio Arthur Casas, de São Pau- cionado. As generosas aberturas inundam a mo-
lo, SP, a criar uma casa que tira o maior parti- rada de luz natural e evitam o consumo de ener-
do possível da paisagem. gia elétrica durante o dia, ao passo que o jardim
Segundo a arquiteta que coordenou o pro- interno coberto por toldo retrátil (Arthur Decor)
jeto, Alexandra Kayat, a residência foi ajusta- no hall da escada contribui para o frescor do es-
da à topografia, já que o terreno de cerca de paço. “Trabalhamos com materiais naturais, co-
6.300 m2 é plano com declive no final – em di- mo a tinta feita à base de terra (Prima Matéria)
reção ao lago. Assim, além de respeitar o ipê- utilizada na fachada”, acrescenta.
amarelo e incorporá-lo à arquitetura, a vista pa- Nesse conceito ambiental, a escolha pela
ra o lago também foi uma das diretrizes. estrutura metálica – com pilares e vigas metá-
Apesar do grande volume, a morada possui licos, lajes de steel deck e sistema de cobertu-
uma inserção discreta na paisagem, pois sua ra alwitra® , portanto, sem telhado – permitiu uma
horizontalidade com áreas revestidas de cu- obra limpa, sem resíduos. Também foi funda-
maru reforça a linha das copas das árvores que mental para alcançar os grandes vãos, obser-
dominam o entorno. vados principalmente nas alas sociais.
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DISTRIBUIÇÃO INTERNA
Alexandra comenta que os proprietários de-
sejavam uma casa prática, funcional e confor-
tável. “Por ser de veraneio, as áreas externa e
social são o coração do projeto”, afirma.
Sendo assim, a planta em L divide a mora-
da de maneira simples: o volume principal con-
tém no térreo o quarto dos filhos, o pátio interno
contínuo ao home theater que forma a sala ínti-
ma e ainda a grande sala de estar que se abre
para o terraço e o jardim, apagando as frontei-
ras entre o interior e o exterior. No pavimento su-
perior estão a suíte máster e uma academia.
No térreo do volume secundário ficam sa-
la de jantar, cozinha e áreas de serviço, pois
o nível superior ficou reservado aos quartos
dos hóspedes.
O projeto de 800 m2 é marcado pela hori-
zontalidade e fluidez entre os espaços. A en-
trada é feita no ponto onde os dois volumes con-
vergem e o pé-direito de 2,80 m reforça a tran-
sição do olhar para o exterior. A sala de estar
se encontra no nível ligeiramente mais baixo,
detalhe contraposto pelo pé-direito um pouco
elevado, com 3,90 m. Nela, o tronco de árvore Como os caixilhos se abrem completamente e ficam ocultos na parede, parece não existir divisão entre
revestindo a única coluna de apoio chama aten- os espaços internos e externos. A livre transição entre “dentro e fora” também aparece nos revestimen-
tos de pisos e teto, feitos com pedra e madeira para dar continuidade à paisagem do entorno
ção pela rusticidade e imponência.
A integração entre interior e exterior é feita
pelos caixilhos (De Alumínio) que deslizam com-
pletamente e ficam escondidos dentro das pa-
redes, trazendo o terraço e a paisagem para
dentro da casa. A “inexistência” de divisas tam-
bém aparece no acabamento de pedras do
chão (NPK Mámores) do jantar, ao seguir gra-
dualmente na direção do terraço, mesclando-
se ao jardim.
O piso e o forro de cumaru conferem aspecto
caloroso e doméstico para o espaço invadido
pela natureza. Um segundo terraço de 120 m2
contínuo à sala foi criado sob a pérgola em ba-
lanço e toda a lateral é dominada pelo amplo
deque de madeira cumaru e pela raia de nata-
ção, integrada ao paisagismo por pedras que
penetram a piscina. “Um conceito sempre pre-
sente nos projetos do escritório é a integração
do living com a varanda, tornando-se uma ex-
tensão da sala”, complementa a arquiteta.
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66-71 Proj05 - Arthur Casas___Construir 2009 19/12/14 16:32 Page 71
INTEGRAÇÃO TOTAL
Do lado de fora, tranquilidade e ruralidade
andam lado a lado, passando a sensação de
que a morada está abrigada de qualquer in-
terferência urbana, como um perfeito refúgio.
O antigo ipê-amarelo se mescla à arquitetura
por ficar adjacente à escada externa, que per-
mite circular entre o térreo e o primeiro pavi-
mento. “Essa variedade de percursos interio-
res e exteriores é uma das características mais
marcantes”, avaliam os profissionais do Studio
Arthur Casas.
Alexandra frisa que a piscina de 175 m2 e
1,50 m de profundidade era um item muito im-
portante para o cliente, que queria espaço pa-
ra nadar, mas que não tivesse o desenho de
uma raia tradicional. “Foi então que tivemos a
ideia de criar a forma orgânica com pedras em
diferentes níveis no entorno.”
Para a arquiteta, tanto a escada externa
como a piscina estão entre os principais pon-
tos altos da residência. Na lista também en-
tram o jardim interno e a garagem para a co-
leção de motos do proprietário, que se asse-
melha a uma vitrine na sala. Ou seja, a plena
sintonia entre arquitetura, natureza e paisa-
gismo foi determinante para o resultado bem-
sucedido do projeto.
A casa foi ajustada à topografia plana do terreno com leve declive em direção ao lago. As faixas de cumaru na fachada
evidenciam as copas das árvores da vegetação ao redor Área construída: 800 m2
Projeto: Studio Arthur Casas
Paisagismo: Luis Carlos Orsini
Cobertura: sistema alwitra®
Estrutura: metálica
Forro: cumaru
Piscina: com 175 m2 e 1,50 m de profundidade.
Possui entorno de pedras e deque de cumaru
Localização: Itu/SP
Piscina
Térreo
682,60 m2 Superior
80,11 m2
Estar
Suíte Suíte Suíte Estar Suíte Academia
Jantar
Suíte
Ilustração AC Design
Dep.
Emp.
A.S. Cozinha
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Ilustrações AC Design
Suíte Suíte Suíte Suíte
Jardim
A varanda gourmet recebeu o mesmo assoalho do estar, que também
Banho
reveste a churrasqueira. “Ela funciona como sala de jantar e foi intencio-
Jardim
nalmente exposta ao clima tropical, mas protegida da insolação da fa-
chada oeste por grande beirais e brises de madeira”, diz o profissional. Superior
O assoalho de madeira também reveste o piso dos ambientes da ala 240,80 m2 Dormitório
A proposta para o lazer, que inclui amplo jardim, foi aproveitar o es-
paço do terreno. Localizada no pátio central, a piscina de 72 m² tem pro-
fundidade que varia de 1,40 a 1,90 m. O modelo, feito em concreto, tem
revestimento de pastilhas de vidro (Vidrotil).
Piscina
Estar
Inferior 148,40 m2
Ilustra
Despensa
Lavanderia
ção A
C De
Dep
emp. sign
Dep
emp.
Cozinha
Garagem
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78-83 Proj07 - HE___Construir 2009 19/12/14 16:21 Page 78
Elementos naturais
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RUSTICIDADE
A morada de 734 m2 ganhou traços rústicos, prezando por pedra,
madeira e tijolo nas áreas internas e externas. “Esses materiais existem
visivelmente na natureza e, por isso, são genuinamente harmônicos. O
uso de todos resultou em aspecto acolhedor, mas sempre contrapondo
a arquitetura urbana”, definem os profissionais, que escolheram as ma-
térias-primas para oferecer a atmosfera de campo que os clientes não
tinham em São Paulo.
A decoração seguiu o mesmo conceito. “Gosto da junção da madei-
ra, pedra, ferro e couro. Esses quatro elementos me trazem a ideia de
um pasto do lado de fora, um friozinho no fim da tarde e a lareira acesa
à noite. Porém, com o aconchego de assistir a um filme com toda famí-
lia dentro de casa”, acrescenta o arquiteto Maurício Karam, responsável
pelo design de interiores.
Ele tomou como ponto de partida os acabamentos rústicos para pon-
tuar a decoração, além de tecidos em todos os espaços, de forma que
os materiais em conjunto confluíssem para o resultado country chique.
“No mobiliário, vale destacar mesas em ferro e madeira, como a de jan-
tar, estante de pinho de Riga, cadeiras medalhão ebanizadas e cômo-
das e criados-mudos de madeira com detalhes em palha. Como o clien-
te é tradicional, cores sóbrias são sempre bem-vindas. Para misturar as
tonalidades, nada como variações de preto, bege, cinza e marrom”, de-
talha Karam.
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78-83 Proj07 - HE___Construir 2009 19/12/14 16:22 Page 81
Hall
varanda, da piscina e do jardim.
Suíte
Terraço
Térreo 644,79 m2
Dep.
Garagem Suíte
Hall
Dorm.
A.S.
Dorm. Cozinha
Home Suíte Suíte
Gourmet
Piscina
Área
Depósito
Home
Banho
ign
es
CD
oA
çã
tra s
Ilu
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78-83 Proj07 - HE___Construir 2009 22/12/14 17:02 Page 82
ESPAÇO EXTERNO
Do lado de fora, não faltam opções de entretenimento. O espaço gour-
met ganhou churrasqueira e forno de pizza a lenha embutidos na alve-
naria, ambos revestidos por ladrilhos hidráulicos (Ladrilar). Todas as ban-
cadas são de Silestone® branco (Marmoraria Santa Claudia). Feitos sob
medida, os refrigeradores estão posicionados abaixo do balcão de apoio,
recurso que eliminou o aspecto de cozinha.
Para a varanda, a ideia era que fosse utilizada a maior parte do tem-
po, transformando-a em extensão da sala. “Como é face leste, bate ape-
nas o sol da manhã e a luz natural é bastante agradável para desfrutar
o café da manhã”, avaliam.
Nos dias de calor, a piscina com 44 m2 e 1,55 m de profundidade é
uma boa pedida. Quem quer apenas tomar sol, pode usar a prainha de
12 m2 e 45 cm de profundidade. Feita de paredes em bloco de concreto
estrutural, tem revestimento interno de pedra vulcânica Hijau (Palimanan)
e entorno de piso cimentício atérmico na cor barbante, da Castelatto. “A
ideia era que a piscina aproveitasse o sol da tarde na parte do solário e
tivesse vista para os setores sociais e de lazer, também proporcionando
a integração do interior com o exterior da casa”, resumem Henry e Rita.
O paisagismo ficou a cargo do paisagista Gilberto Elkis, de São Pau-
lo, SP, que valeu-se do tamanho avantajado do terreno para criar re-
cantos. Para isso, apostou em bancos, pergolados, espelho d'água com
bica, fogo de chão e caminhos que percorrem todo o jardim.
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78-83 Proj07 - HE___Construir 2009 19/12/14 16:23 Page 83
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AQUARELA BRASILEIRA
A CASA CERCADA PELA NATUREZA, É TODA INTEGRADA E TORNA-SE Texto Ana Luísa Lage
Edição Vanessa Barcellini
A OPÇÃO IDEAL PARA DESCANSAR E RECARREGAR AS ENERGIAS Fotos Leonardo Costa
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Uma das coisas mais gostosas da vida é admirar o mar. O balanço o dia com essa paisagem. Um privilégio para poucos. E há quem tenha
das ondas inspira, acalma e renova as energias. Não é preciso aden- essa sorte. Os moradores da casa localizada no litoral norte fluminen-
trá-lo. Basta reservar algumas horas e uma cadeira confortável para a se já acordam animados. Costumam parar alguns minutos para admi-
contemplação. Se tiver uma boa companhia, fica ainda melhor. Caso rar a natureza abençoada e aproveitam todo o conforto do lar. Tudo
contrário, a vista também é válida sozinha – é a melhor maneira para fa- dentro da morada de 550 m² assinada pelo arquiteto Roberto Aracri, da
zer um balanço, repensar nas atitudes e buscar o equilíbrio. A sensa- mesma região. “Propus abrir a casa para o verde e integrar as áreas de
ção fica ainda mais gostosa quando ao amanhecer é possível receber convívio”, aponta.
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84-89 Proj08 - Roberto Aracri___Construir 2009 19/12/14 16:06 Page 86
Edificada sobre sapatas, a morada é de estrutura mista – concreto e Entrar na casa é ter a oportunidade de descobrir novos materiais, tex-
aço. “As vigas metálicas vencem vãos maiores e com menos altura. Por turas e, acima de tudo, experimentar momentos únicos. Todos são re-
isso, optamos pelo sistema construtivo para suportar a laje de piso da cebidos pela imponente porta revestida com madeira de demolição. Lo-
suíte e a cobertura da varanda”, justifica. A presença constante de áreas go na entrada é visível a proximidade entre os ambientes. Estar, jantar e
envidraçadas com aberturas generosas minimiza o consumo energéti- cozinha estão integrados e, devido a ausência de paredes, é possível
co e faz da natureza um elemento do interior. Feitas sob medida, as es- andar tranquilamente pelas áreas. Todos estão conectados à varanda,
quadrias de peroba mica pintadas de branco garantem a boa circula- churrasqueira e piscina. As paredes receberam madeira de demolição
ção do ar e arejamento. Peças de maçaranduba compõem a estrutura e tijolos aparentes. Para ter um efeito único e prezar por ares rústicos, o
do telhado. Telhas cerâmicas modelo colonial do tipo capa e canal fa- piso é de placas cimentícias (Castelatto). “O material é durável e exige
zem as vezes da cobertura. cuidados especiais para o assentamento”, lembra.
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Estar Jantar
Suíte
Suíte
Ilustração AC Design
Suíte Suíte
Churrasqueira
Suíte
Piscina
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Uma escada de concreto com degraus e espelhos de ipê desco- 40 m² e um revestimento que foge do convencional. “Usei piso cimentí-
lorido leva ao segundo pavimento. Por aqui, a preguiça invade todos cio (Castelatto) para revestir o interior e o entorno. O modelo seleciona-
os espaços. Confortáveis camas convidam a cochilos rápidos ou até do é liso e encerado”, destaca. A profundidade de 1,20 m preza pela se-
mesmo longas horas de sono. Ao acordar, a vista é garantida. Por gurança e diversão de crianças e adultos. Ao anoitecer, a iluminação
qualquer ponto do segundo pavimento é possível avistar o mar es- com fibra ótica prolonga o lazer. Quando a intenção for relaxar, há a spa
verdeado e ouvir o barulho dos animais presentes na região. A deco- e sauna. É só escolher. Os mais animados podem embalar churrascos
ração leva assinatura de Lula Abranches, da capital paulista, e mis- no ambiente gourmet. A churrasqueira tem base de alvenaria, fecha-
tura tons neutros e vibrantes. mento lateral de vidro temperado e coifa de aço inox. Separe sua carne
O exterior da casa é de encher aos olhos. A começar pela piscina. preferida e bom apetite! Depois, é só se entregar às redes dispostas no
De formato retangular e estrutura de concreto armado, o modelo tem jardim e passar dias no paraíso fluminense.
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REQUINTE NO LAZER
Localizada no condomínio Quinta da Baro-
nesa, em Bragança Paulista, interior paulista, a
morada projetada por Deborah Roig, de São
Paulo, SP, recebeu um gazebo de 49,5 m² que
abriga o espaço gourmet e o spa. O piso da
área é revestido por fulget e as paredes rece-
beram pintura texturizada tipo aço corten (Ter-
racor) para resgatar a rusticidade. O setor da
gastronomia é completo, com cooktop, coifa,
forno elétrico, churrasqueira e gavetas climati-
zadas. Já o spa, conta com jacuzzi para oito
pessoas, revestida em madeira de demolição;
uma ducha; e um ambiente de lounge para rela-
xar, com quatro poltronas. Para integrar o ambien-
te à natureza, foram abolidos vidros e alvena-
rias que fechassem o local.
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PARA SE SENTIR CACIQUE
Em formato de oca, o espaço projetado pelo
construtor e designer Ricardo Salém, de Tran-
coso, BA, em conjunto com os arquitetos Pau-
lo Milani e José Alberto Busacca, de São Pau-
lo, SP, em uma residência localizada no litoral
baiano, possui 63 m² e uma estrutura inteira de
eucalipto com cobertura de piaçava para abri-
gar a sala de estar externa, trazendo aspecto
rústico que combina com a natureza ao redor.
O piso é de cimento queimado, os móveis dese-
nhados e confeccionados pelo próprio Salém e
os objetos decorativos prestigiam o artesanato
local e foram adquiridos na região.
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01
Encaixe
PERFEITO SAIBA COMO APROVEITAR CADA
METRO QUADRADO DO SEU APARTAMENTO
E DEIXÁ-LO CADA VEZ MAIS ESPAÇOSO
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TUDO NO LUGAR
Quando o casal Luis Fernando Lima de Oliveira, servidor público e
Patrícia Goggin Oliveira, funcionária pública, decidiram sair da casa dos
pais e casar, tiveram a ideia de juntar dinheiro para construir uma casa.
Enquanto isso, para manter a economia, optaram por um apartamento
de 30 m², perfeito para a vida a dois.
O apartamento localizado em Águas Claras, Brasília, DF, tem medi-
das enxutas mas conta com metragens muito bem distribuídas, que tor-
nam o cantinho ideal para os dois. O projeto foi realizado pelos arquite-
tos Bruno Amaral e Taíza Greca, do escritório BEP Arquitetos Associa-
dos, de Brasília, DF, e chama atenção pelo seu charme.
“Quando moramos em um espaço pequeno, qualquer objeto fora do
lugar desarruma toda a casa”, afirma Patrícia. Segundo o morador, a
própria falta de espaço obriga a serem organizados. “Cada objeto pos-
sui o seu lugar demarcado”, diz. Essa é a solução adotada pelo casal.
Tudo no seu devido lugar, criando hábitos de organização. Por isso, evi-
tar a bagunça é o primeiro passo para tudo dar certo. “O que realmen-
te facilita a vida no espaço é o bom projeto e os móveis feitos sob me-
didas”, completa.
O apê todo integrado é o queridinho do casal. Não existe lugar de
preferência, tudo é admirado por eles. “Até porque a casa toda abran-
ge apenas um ambiente”, enfatiza Patrícia. Os moradores destacam as
soluções inteligentes adotadas para eles terem um quarto com cerca de
20 m², uma sala capaz de acomodar oito pessoas e uma mesa de jan-
tar para seis pessoas. “Passamos mais tempo no que seria nosso quar-
to, por questão de privacidade e conforto. Arrumamos os outros am-
bientes apenas para recebermos visitas”, completa Oliveira.
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Cozinha
EFEITO QUEBRA-CABEÇA
O apartamento se molda de acordo com as necessidades de seus
proprietários. Variando entre o íntimo e o social e tornando-o equivalen-
te a um espaço estático com o dobro da metragem. Toda a marcenaria
é em MDF masisa ipê-amarelo.
Banheiro O quarto recebeu pintura branca fosca e ganhou sofá em poliéster
Quarto/Estar
na cor cinza, tapete snoogy e cadeiras em acrílico, todos da Tok & Stok.
O destaque fica para a cama (Camaflage) embutida no armário. É um
modelo produzido em aço com pintura eletrostática prata e estrado de
ripas de madeira flexíveis e anatômicas, feitas de madeira de reflores-
tamento. As camas são fechadas verticalmente pelo comprimento. Por
ser leve, levanta facilmente com sistema de molas para ser camuflada
dentro do armário. Ela é parafusada no chão e exige profundidade mí-
nima de 50 m.
Para a cozinha, a proposta foi realizar um complemento na bancada
existente e uma divisória em gesso para acomodar um cooktop e forno.
O revestimento foi feito com pastilhas, a bancada é em granito branco
Siena e os armários são em MDF masisa ipê amarelo e MDF branco.
Na sala, o destaque vai para o aparador que vira mesa, elaborado
em MDF ipê amarelo, que aparece quando a cama está guardada den-
tro do armário e leva dupla função ao espaço. Logo ao lado está a por-
tinha para o banheiro que conta com armário também em MDF.
Para o projeto de iluminação a ideia foi trocar a luminária existente por
uma de embutir, com lâmpada eletrônica compacta de 20 W amarela.
02
É IDEAL PARA GARANTIR O ESPAÇO
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102-103 Construcao___Construir 2009 19/12/14 15:15 Page 102
POÇO EM
ROCHA
FONTE
CRISTALINA
PARTICULAR
Divulgação/Jundsondas
PRIMEIROS PASSOS
A etapa inicial da construção de um poço artesiano diz respeito a ob-
ter o maior número de informações disponíveis. Há diversas empresas
no mercado, mas é preciso ficar atento à qualidade dos serviços ofere-
cidos. "A empresa deve ser cadastrada no Conselho Regional de Enge-
nharia e Arquitetura (CREA) e integrar a Associação Brasileira de Águas
Subterrâneas (ABAS), com geólogos autorizados para o desenvolvimento
das atividades. Há pessoas que vendem o serviço de perfuração e não
têm empresa aberta, ou seja, terceirizam o processo", alerta Junior.
Após a escolha, a companhia contratada elabora o projeto com ba-
se em uma vistoria técnica para avaliação de critérios fundamentais à
continuidade da obra. Há dois pontos importantes nesse processo: ca-
racterísticas locais do solo e espaço disponível para perfuração do po-
ço – a extensão deve ser suficiente para colocar três caminhões no lo-
cal. Assim, é possível definir diâmetro, profundidade e método a ser uti-
lizado. “Geralmente, engenheiros e arquitetos também estão envolvidos.
Conversamos com os profissionais para avaliar o projeto da casa e ins-
talar o poço em local onde a manutenção será mais fácil”, destaca Fer-
nando Daleffe, diretor comercial da Edisonda, de Campinas, SP. Essa
etapa é fundamental para evitar problemas futuros.
O orçamento varia de acordo com a profundidade e características
específicas de cada região, mas uma média inicial gira em torno de de
R$ 42 a R$ 45 mil incluindo poço e bomba. Após definir o valor do pro-
jeto, a empresa entra com o pedido de licença de perfuração junto ao
Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE), responsável pela fis-
calização, que avalia o entorno da obra para permitir sua continuidade.
Segundo as empresas consultadas, raramente ocorre veto. Após a con-
clusão do processo, ainda é necessário uma outorga de uso emitida pe-
lo mesmo órgão.
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MÃOS À OBRA
Por incrível que pareça, o processo de construção de um poço arte-
siano é extremamente rápido – e não há diferenças significativas na com-
paração a outros tipos de poços, a não ser a proporção. “Para órgãos
POÇO EM
de abastecimento municipal, por exemplo, o diâmetro é maior. No caso
ROCHA
dos residenciais, cerca de seis polegadas é o suficiente e essas cons- SEDIMENTAR
truções podem ter vazão de até de 5 m³ por hora, cerca de 5 mil litros”,
indica Junior.
A fase de perfuração demora de dois a três dias para ser concluída
e deve seguir as indicações da NBR 12212 (projeto) e NBR 12244 (cons-
Divulgação/Jundsondas
trução) da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Devido à
escassez de água, a média de profundidade tem aumentado e pode
chegar a 250 metros. Mas esse número também varia de acordo com a
LAJE DE
região. “Em Campinas, encontra-se rochas a partir de 25 m de profun- PROTEÇÃO
didade. Já em Casa Branca e Aguaí, também no interior paulista, não é
possível alcançar a camada do cristalino e há necessidade de revestir
o poço inteiramente”, revela Daleffe.
Os dois aquíferos mais encontrados são os fraturados e os sedi-
mentares, sendo o primeiro composto pela água que percorre as fissu- TUBO DE
ISOLAÇÃO
ras das rochas cristalinas. O lençol freático inclui a água mais “rasa”, co-
SANITÁRIA
mo a da chuva, e sofre contaminação, por isso não é utilizado. Com a
perfuração feita, passa-se ao teste de vazão para avaliar a quantidade
de água que pode ser extraída por hora e o tipo de bomba ideal. A mais
utilizada é a submersa, mas há também as injetoras, de eixo prolonga-
do e sistemas com compressor de ar.
Em contrapartida, há custos de manutenção, limpeza, troca de equi-
pamento e trâmites legais. Paga-se uma taxa ao Estado por m³, cerca
de 400 reais por ano dependendo da quantidade utilizada - para uso
familiar pode haver dispensa de outorga. “A independência de abas-
tecimento proporciona tranquilidade em períodos de escassez, apesar
de o poço artesiano também sofrer com a falta de chuva. Mas a cons-
trução não interfere no abastecimento geral de água. É uma boa alter- TUBO DE
nativa”, conclui Junior. ADUÇÃO
DA BOMBA
SUBMERSA
Ao fundo do poço:
passo a passo
• SOLICITAÇÃO DO PROJETO À EMPRESA ESPECIALIZADA
• VISTORIA TÉCNICA
• ELABORAÇÃO DO PROJETO E ORÇAMENTO
• OBTENÇÃO DE LICENÇA JUNTO AO DAEE
• INÍCIO DA PERFURAÇÃO
• TESTE DE VAZÃO
• ESCOLHA DA BOMBA IDEAL E INSTALAÇÃO
• OUTORGA DO DAEE
• MANUTENÇÃO PERIÓDICA
BOMBA
SUBMERSA
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104-105 Piscina___Construir 2009 19/12/14 14:51 Page 104
O melhor mergulho
SAIBA AS DIFERENÇAS ENTRE OS TIPOS DE PISCINAS E ESCOLHA Texto Carolina Pera
Fotos: [1] Divulgação/ RPI do Brasil, [2] Eduardo Liotti,
O QUE MELHOR SE ADAPTA AO SEU PROJETO [3] Evelyn Müller e [4] Tarso Figueira
Uma das dúvidas que surge ao pensar em incluir uma piscina no pro- râmica, pastilhas e pedras. Já os moldelos de fibra de vidro, apesar
jeto da residência é qual o tipo que melhor se adequará. Atualmente no do baixo custo e rapidez de instalação, são pré-definidos pela indús-
mercado existem cinco: concreto armado, alvenaria estrutural, fibra de tria, o que pode delimitar o projeto.
vidro, vinil e aço. Para escolher o ideal, além da contratação de um pro- O vinil é um revestimento que deve ser aplicado após a realização
fissional devidamente registrado no órgão de classe correspondente, al- da estrutura convencional. “É necessário deixar a superfície totalmente
guns aspectos devem ser levados em consideração, como tipo de ter- lisa para receber o bolsão de vinil, considerando que o terreno seja pla-
reno, tempo de construção, entre outros fatores. no e firme”, acrescenta Moreira. Para este tipo de piscina, é necessário
“Deve-se analisar se o solo tem baixa resistência, se é um aterro, a utilização de produtos específicos para a manutenção, do contrário o
se tem lençol freático - como no litoral- ou se tem um desnível acen- material pode desbotar e ressecar. Já as placas de aço são pré-fabri-
tuado e a piscina deverá ficar elevada”, conta Ronaldo Moreira, da cadas, o que pode gerar delimitação do projeto. “Geralmente estas pla-
Campestre Piscinas & Paisagismo, de São Paulo, SP. Ele explica que cas substituem as paredes da caixa de alvenaria utilizadas para as pis-
a piscina de concreto armado e de alvenaria, apesar de levarem em cinas revestidas com vinil”, diz Moreira.
média 60 dias para serem concluídas, possuem melhor resistência e Confira cinco projetos dos diferentes materiais que a Construir sele-
podem ser revestidas com qualquer tipo de material, dentre eles ce- cionou para servirem de inspiração.
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104-105 Piscina___Construir 2009 19/12/14 14:52 Page 105
CONCRETO ARMADO
A piscina da morada em Camaçari, BA, foi rea-
lizada por Jean Gaston Humbert, Epaminondas
Berbet e Angela Gavazza, do escritório HBA Ar-
quitetos, da capital baiana. Ela possui 130 m²,
foi revestida com pastilhas de porcelana 5 x 5
cm (Jatobá), possui borda de limestone e o de-
que ao entorno é de madeira cumarú, de boa
resistência e que não solta farpas. Sua profun-
didade é de 1,50 m.
ALVENARIA ESTRUTURAL
Projetada pela arquiteta Marcella Garcez, de
Barueri, SP, o modelo possui 100 m² e 1,60 m
de profundidade na parte mais funda. O reves-
[1] Projeto: RPI do Brasil
,
timento interno foi feito com pastilhas de vidro
azuis e pedra Goiás na borda. O entorno rece- PLACAS DE AÇO
beu deque de madeira.
FIBRA DE VIDRO
O arquiteto e engenheiro Paulo Guerra, de Tor-
res, RS, projetou a piscina de 34,40 m² e pro-
fundidade de 1,50 m. A borda é revestida com
material antiderrapante atérmico e deque de
madeira grápia no entorno.
PLACAS DE AÇO
A piscina projetada pela RP Industries, de Bra-
ga, Portugal, tem o formato retangular e mede
11x5m. Sua profundidade começa em 1,10m e
chega a 1,80m na parte mais funda. O revesti-
mento foi feito em PVC armado 150/100 e seu
entorno recebeu deque de madeira ipê.
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REENCONTRO ARQUITETÔNICO
CRISTINA DE BRITO E JULIANA ANTUNES SE CONHECERAM AINDA PEQUENAS, MAS FOI NA
FASE ADULTA QUE FIRMARAM PARCERIA E DERAM FORMA A BRITO ANTUNES ARQUITETURA
[3]
[2]
Elas não arquitetaram a reaproximação, mas Cristina de Brito e Juliana de Araujo An-
tunes, de São Paulo, SP, que se conheceram quando crianças, só se viram novamente
na faculdade, quando ambas foram estudar arquitetura e urbanismo na Universidade
Presbiteriana Mackenzie. Outra vez juntas, decidiram montar um escritório que leva o
sobrenome das proprietárias: Brito Antunes Arquitetura. Conectadas, elas resumem es-
ta parceria em três palavas: empatia, soma e complementares.
Entre os trabalhos realizados pela dupla estão cenários de peças de teatro, escritó-
rios, atelies, clínicas médicas, apartamentos e adequação de normas referentes à aces-
sibilidade. Durante a faculdade, as estudantes realizaram estágios distintos, Cristina co-
meçou no escritório Piratininga, já Juliana, deu o pontapé inicial no Brasil Arquitetura.
Ambas permaneceram nos respectivos lugares após a formação, durante alguns anos,
até começarem seus projetos juntas.
Cristina teve seu primeiro contato com o ramo quando seus pais contrataram o escri-
tório Piratininga para construir uma casa de praia, porém, profissionalmente seu primei-
ro projeto foi uma adega. Ao ser questionada sobre seu estilo arquitetônico, a profissio-
nal diz que não possui um definido. “Escuto muito o cliente, acho que a casa dele tem de
ter a cara dele e não a minha”. A aproximação de Juliana com a área também teve in-
fluência dos pais, mais especificamente da figura paterna. “Quando criança eu acom-
panhava meu pai, que tinha uma construtora”. Já seu primeiro trabalho envolveu uma mu-
dança um tanto excêntrica, ela converteu uma cocheira em uma casa de hóspedes.
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106-107 Expressão+Anun___Construir 2009 19/12/14 15:51 Page 107
[1]
[2]
COMPLEXO ARTÍSTICO
LOCALIZADA EM VALÊNCIA, NA ESPANHA, A CIDADE DAS ARTES
E DAS CIÊNCIAS CONTA COM SEIS PRÉDIOS DE FORMAS IMPACTANTES
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108-109 Galeria+Anun___Construir 2009 19/12/14 16:55 Page 109
114|Construir
AnGuiasConstruir205x275.qxp_Layout 1 31/10/16 17:08 Página 1
EDIÇÕES ESPECIAIS
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