Teorias Da Aquisição Da Linguagem
Teorias Da Aquisição Da Linguagem
Teorias Da Aquisição Da Linguagem
O Inatismo
Na década de 1960, em oposição ao behaviorismo, nasce o inatismo como
uma proposta teórica que pressupõe que a aquisição da língua não se baseia
na imitação ou na memorização, mas na ideia de que o ser humano é dotado
de uma gramática inata. Uma teoria que procura dar conta da competência
criativa da linguagem, a teoria chomskiana apoiou-se no pressuposto de que o
ser humano dispõe de uma capacidade inata para a linguagem. Os inatistas
acreditam que a criança é equipada geneticamente de um dispositivo de
aquisição da linguagem que lhe dá acesso às categorias gramaticais e às
estruturas gramaticais de base, ou seja, a criança recebe o input da linguagem
do adulto e analisa-o.
Isso significa dizer que o ser humano já nasce com uma carga de
conhecimentos linguísticos, porém esses conhecimentos não são ativados de
forma espontânea, é necessário o contato com o meio. Pois, para que o
processo se inicie, não basta a capacidade inata, é preciso que a criança esteja
em determinado meio (social, cultural, etc.) em que esteja pessoas falando,
para que seja estimulada a falar. Seguindo esta mesma linha de pensamento,
Cezario e Martelotta afirmam que Chomsky e seus seguidores buscaram
explicar os motivos que fazem com que as crianças aprendam a falar
rapidamente porque já nascem com um dispositivo inato de aquisição da
linguagem. Ou seja, essa proposta sugere que a criança tem uma Gramática
Universal (GR) inata que contém as regras de todas as línguas, e cabe a ela
selecionar as regras que estão ativas na língua que está adquirindo.
Exemplo: Quando uma criança está com fome ela não estrutura a sentença
dessa forma: “fome estou eu”. Ela fala empregando a seguinte estrutura: “Eu
estou com fome”. Conhecimentos como esses são considerados, pelos
defensores dos estudos da teoria inatista, como um conhecimento linguístico
inato.
O Cognitivismo
O Interacionismo
Embora em seus estudos Piaget considere a interação com o meio social, não
levou em consideração o papel do outro no processo de aquisição e de
desenvolvimento da linguagem, tendo em vista que para ele, o processo de
maturação, passando pelos estágios acontece de forma individual.