DA REPORTAGEM LOCAL

Dois dos diferentes suportes da arte em forma de imagem -quadros e fotos- ganham a forma de palavras em debates que acontecem hoje, em São Paulo, com entrada franca. No Sesc Pinheiros, a artista plástica Beatriz Milhazes, representante do Brasil na última Bienal de Veneza, participa do projeto "Arte em Questão". No Museu da Imagem e do Som (MIS), o fotógrafo francês Pierre Devin, diretor do Centre Regional de la Photographie, integra a discussão intitulada "A Fotografia Morreu, Viva a Fotografia!".
O encontro do Sesc, mediado pelo crítico e curador Adriano Pedrosa, é centrado na pintora, gravurista e ilustradora carioca Beatriz Milhazes. Egressa da Escola de Artes Visuais do Parque Lage (Rio) e integrante da chamada "Geração 80", ela fala sobre suas referências e o processo de criação de suas obras, com as quais já participou de mostras internacionais nos EUA e na Europa, além da 50� Bienal de Veneza (2003).
Já o evento do MIS, que integra as celebrações do 7� Mês Internacional da Fotografia, não centra seu debate em torno de um único artista, mas da forma de arte -no caso, a foto. Para discutir a contemporaneidade da imagem em papel fotográfico no debate "A Fotografia Morreu, Viva a Fotografia!", o evento convida o francês Pierre Devin e outros participantes da exposição "Coletivo Fotográfico", em cartaz no museu.
Em junho, o MIS debate "A Geração de 20 e 30 na Fotografia", recebendo autores clássicos da fotografia moderna brasileira.
No dia 16/6, os convidados são Eduardo Salvatore e German Lorca. O primeiro foi um dos fundadores do pioneiro Foto Cine Clube Bandeirantes, em 1939, no qual o então contador Lorca viria a se filiar em 1948, para se tornar um dos mais importantes artistas de foto do país. No dia 23/6, o MIS recebe Tomaz Farkas, um dos fundadores da moderna fotografia brasileira, e Gervásio Baptista, que trabalhou nos "Diários Associados" e participou de coberturas como a da Revolução Cubana.