Silas Rondeau
Silas Rondeau | |
---|---|
Silas Rondeau, em 2007. foto: José Cruz/Agência Brasil | |
22.º Ministro de Minas e Energia do Brasil | |
Período | 8 de julho de 2005 a 24 de maio de 2007 |
Presidente | Luiz Inácio Lula da Silva |
Antecessor(a) | Dilma Rousseff (interino Mauricio Tolmasquim) |
Sucessor(a) | Edison Lobão (interino Nelson José Hubner Moreira) |
Presidente das Centrais Elétricas Brasileiras | |
Período | 1º de maio de 2004 a 8 de julho de 2005 |
Presidente | Luiz Inácio Lula da Silva |
Antecessor(a) | Luiz Pinguelli Rosa |
Sucessor(a) | Aloisio Vasconcelos |
Presidente das Centrais Elétricas do Norte do Brasil | |
Período | 1º janeiro de 2003 a 1º de maio de 2004 |
Presidente | Luiz Inácio Lula da Silva |
Antecessor(a) | José Antônio Muniz |
Sucessor(a) | Roberto Garcia Salmeron |
Dados pessoais | |
Nascimento | 15 de dezembro de 1952 (71 anos) Brasília, DF, Brasil |
Progenitores | Mãe: Lídia Rondeau Cavalcante Pai: Abdoral Fernandes da Silva |
Alma mater | Universidade Federal de Pernambuco, Universidade Federal do Rio de Janeiro |
Prêmio(s) | Ordem de Rio Branco[1] Ordem do Mérito Militar[2] |
Profissão | professor, engenheiro eletricista, político |
Silas Rondeau Cavalcante Silva GCRB • GOMM (lê-se Rondô; Barra do Corda, 15 de dezembro de 1952) é um engenheiro eletricista brasileiro. Com 30 anos de experiência no setor de energia, chegou a presidência da Eletrobras no governo Lula.
Em 2020, foi alvo de prisão na Operação Lava Jato num desdobramento batizado de Operação Fiat Lux, contra fraudes na Eletronuclear, com pagamentos no exterior.
Biografia
[editar | editar código-fonte]Ocupou diversos cargos em empresas estatais de geração e distribuição de energia elétrica até ser indicado para o cargo de ministro de Minas e Energia pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em julho de 2005, permanecendo no mesmo até maio de 2007, quando pediu demissão a Lula ao ser acusado de integrar esquema de fraude de licitações.[3]
É formado em engenharia elétrica pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), com especialização em engenharia de linhas de transmissão pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).[4]
Presidente da Eletrobras
[editar | editar código-fonte]Em 12 de maio de 2004 foi nomeado presidente e membro do conselho de administração das Centrais Elétricas Brasileiras (Eletrobras) por José Sarney. Anteriormente, fora presidente das Centrais Elétricas do Norte do Brasil (Eletronorte).[carece de fontes]
Demissão da Eletrobras
[editar | editar código-fonte]Em 22 de maio de 2007 Silas Rondeau entregou uma carta de demissão ao então presidente Lula devido ao seu envolvimento em esquemas de fraudes em licitações para realização de obras públicas.[5] Segundo a investigação da Polícia Federal, foram feitas gravações que comprovariam o envolvimento de Silas com a empreiteira Gautama.[6]
Presidente da ENBPar
[editar | editar código-fonte]Em agosto de 2024, foi nomeado presidente da ENBPar, empresa estatal holding das empresas Itaipu Binacional e Eletronuclear (Usinas Angra 1, 2 e 3).[7]
Acusações de corrupção
[editar | editar código-fonte]Operação Navalha
[editar | editar código-fonte]Quando foi denunciado na Operação Navalha, em maio de 2008, Rondeau já era alvo de outro inquérito da PF, desta vez destinado a apurar tráfico de influência em órgãos públicos e outros ilícitos, também com o envolvimento do empresário Fernando Sarney, filho do presidente do Senado José Sarney (PMDB-AP), de quem Rondeau é amigo e aliado político.[carece de fontes]
Escândalo dos atos secretos
[editar | editar código-fonte]Após o escândalo dos atos secretos, foi descoberto também que a filha de Silas Rondeau, a jovem Nathalie Rondeau, de 23 anos, foi nomeada em 26 de agosto de 2005, por meio de um ato secreto, para trabalhar no Conselho Editorial do Senado.[8]
Operação Lava Jato
[editar | editar código-fonte]Em março de 2016, Delcídio do Amaral acusou em delação premiada os ex-ministros Antonio Palocci, Erenice Guerra, e Silas Rondeau, de envolvimento num esquema de 45 milhões de reais.[9]
No dia 25 de junho de 2020, foi alvo de mandato de prisão pela operação Lava-Jato, no âmbito da propina na Eletronuclear.[10]
Referências
- ↑ BRASIL, Decreto de 12 de abril de 2006.
- ↑ BRASIL, Decreto de 20 de março de 2006.
- ↑ Pariz, Tiago; Colon, Leandro; Martello, Alexandro (20 de maio de 2007). «Ministro Silas Rondeau pede demissão a Lula». G1. Brasília: Globo. Consultado em 1º de outubro de 2021
- ↑ «Apadrinhado de Sarney, Silas Rondeau agradou a Lula por ter perfil técnico». Gazeta do Povo. 22 de maio de 2007. Consultado em 25 de junho de 2020
- ↑ Rondeau deixa o Ministério - BBC[ligação inativa]
- ↑ «Rondeau e dois governadores depõem hoje». G1. Globo.com. 15 de junho de 2009. Consultado em 4 de agosto de 2016
- ↑ «Silas Rondeau é aprovado para o cargo de diretor-presidente da ENBPar»
- ↑ Ato secreto nomeou no Senado filha de aliado de Sarney - ClicRBS - 16/06/2009
- ↑ Redação (15 de março de 2016). «Revista afirma que Erenice Guerra, Palocci e Silas Rondeau estariam envolvidos em desvio de R$ 45 milhões. Advogado contesta a reportagem». Metropoles. Consultado em 13 de junho de 2016
- ↑ Arthur Guimarães, Marco Antônio Martins e Nathália Castro. «Ex-ministro Silas Rondeau é alvo da Lava Jato em operação contra fraudes na Eletronuclear; 6 são presos». G1. Globo
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]
Precedido por Mauricio Tolmasquim |
Ministro de Minas e Energia do Brasil 2005 — 2007 |
Sucedido por Nelson José Hubner Moreira |
- Nascidos em 1952
- Alunos da Universidade Federal de Pernambuco
- Alunos da Universidade Federal do Rio de Janeiro
- Engenheiros eletricistas do Brasil
- Escândalo do Renangate
- Ministros do Governo Lula (2003–2011)
- Ministros de Minas e Energia do Brasil
- Naturais de Barra do Corda
- Presidentes da Eletrobras
- Grã-Cruzes da Ordem de Rio Branco
- Grandes-Oficiais da Ordem do Mérito Militar