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Hélio Costa

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
 Nota: Para outros significados, veja Hélio Costa (desambiguação).
Hélio Costa
Hélio Costa
Hélio Costa em sua foto oficial usada na campanha para governador em 2010.
18.º Ministro das Comunicações do Brasil
Período 8 de julho de 2005
a 1º de abril de 2010
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva
Antecessor(a) Eunício Oliveira
Sucessor(a) José Artur Filardi
Senador por Minas Gerais
Período 1º de fevereiro de 2003
a 1º de fevereiro de 2011[a]
Deputado federal por Minas Gerais
Período 1º- 1º de fevereiro de 1987
a 1º de fevereiro de 1991
2º- 1º de fevereiro de 1999
a 1º de fevereiro de 2003
Dados pessoais
Nome completo Hélio Calixto da Costa
Nascimento 17 de agosto de 1939 (85 anos)
Barbacena (MG)
Nacionalidade brasileiro
Progenitores Mãe: Renata Fiorino da Costa
Pai: José Calixto da Costa
Alma mater Universidade de Maryland
Prêmio(s)
Cônjuge Ana Catarina Figueiredo Xavier Costa
Partido PMDB (1985-1989)
PRN (1989-1993)
PP (1993-1995)
PFL (1995-1999)
MDB (1999-2022)
PSD (2022-presente)
Profissão jornalista, político

Hélio Calixto da Costa GCRBGCMDGOMM (Barbacena, 17 de agosto de 1939) é um jornalista e político brasileiro filiado ao Partido Social Democrático (PSD). Foi ministro das Comunicações durante o governo Lula, senador (2003-2005; 2010-2011) e deputado federal (1987-1990; 1999-2002).[3]

Comunicação

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Iniciou sua carreira como radialista em Barbacena, logo mudando-se para Belo Horizonte, onde trabalhou na Rádio Itatiaia. Posteriormente foi repórter dos jornais Estado de Minas e Diário da Tarde e apresentador da TV Itacolomi,[3] então afiliada da Rede Tupi.

Depois mudou-se para Washington, D.C. para trabalhar na rádio internacional Voz da América.[3] Lá, foi convidado para implantar a sucursal internacional da Rede Globo nos Estados Unidos. Como repórter internacional esteve em 73 países e cobriu os conflitos em El Salvador, Nicarágua e no Oriente Médio, fazendo reportagens especiais para programas como o Fantástico.[4]

Em 1986 volta ao Brasil e se candidata a deputado federal pelo estado de Minas Gerais e com apenas três meses de campanha é eleito para a Assembleia Nacional Constituinte de 1987, sendo um dos quatro mais votados com mais de 115 mil votos nas eleições estaduais. Recebeu nota dez do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP) que o considerou um dos mais atuantes da bancada mineira.[3][4]

Durante as eleições de 1990, ao mesmo tempo que apresentava a primeira versão do Linha Direta, na Globo, candidatou-se a governador de Minas Gerais, perdendo por 158 mil votos, no segundo turno, para Hélio Garcia.[5][6][7]

Candidatou-se novamente nas eleições de 1994, ficando em primeiro lugar no primeiro turno com 48,8% dos votos, mas sendo derrotado por Eduardo Azeredo no segundo turno.[8][9]

Voltou a ser eleito deputado federal em 1998 pelo Partido da Frente Liberal (PFL) com votos de quase todos os 853 municípios. Nessa legislatura, foi vice-líder do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) na Câmara de 26 de fevereiro de 1999 a 7 de fevereiro de 2001, coordenador da bancada do PMDB mineiro e, em 2001, presidente da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional, que acabou com a Lei de Segurança Nacional, implementada durante a ditadura militar brasileira. Atuou como grande aliado da candidatura de Itamar Franco ao governo de Minas Gerais e integrou o grupo itamarista na Câmara.[3][4]

Em 2002 candidatou-se ao Senado, elegendo-se novamente, com mais de 3,5 milhões de votos. Em março de 2003, foi eleito vice-líder do PMDB no Senado e em maio de 2003, vice-líder do Governo. Em março de 2005, como senador por Minas Gerais, foi admitido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Ordem do Mérito Militar no grau de Grande-Oficial especial.[1]

Em julho de 2005, em meio à crise que atingia o governo Lula, foi nomeado ministro de Estado das Comunicações. Seu suplente no Senado era Wellington Salgado (PMDB/MG), que assumiu a cadeira. Hélio retornou ao senado em 31 de março de 2010, quando deixou a pasta das comunicações[10] e, logo em seguida, passou a dedicar-se à disputa ao cargo de governador do estado de Minas Gerais, pelo PMDB, tendo como vice o também ex-ministro Patrus Ananias.[11]

É derrotado novamente, dessa vez pelo candidato do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) à sucessão de Aécio, Antonio Anastasia, que conseguiu 62,72% (6 275 520 votos) dos votos válidos, contra os 34,18% (3 419 622 votos) de Hélio Costa.[12]

Ministério das Comunicações

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Coordenou o projeto do Sistema Brasileiro de TV Digital (SBTVD), envolvendo cem instituições de ensino público e privado e mais de mil profissionais, entre técnicos, cientistas e professores.[13]

Ampliou o programa de inclusão digital Governo Eletrônico – Serviço de Atendimento ao Cidadão (GESAC) com mais de 3 mil pontos com internet em banda larga distribuídos em 1 990 municípios, sendo o maior projeto de inclusão digital da América Latina da época. A meta era atingir todos os 5 506 municípios do Brasil.[13]

Apresentou o projeto do Telefone Social (atual Telefone Popular), para consumidores com renda de até três salários mínimos, que reduz pela metade a assinatura básica, com 120 minutos de franquia mensal e descontos em certos horários. A proposta ganhou apoio no governo e o presidente Lula enviou o projeto ao Congresso Nacional em regime de urgência.[13]

Entre 2005 e 2006, foi duas vezes condecorado pelo presidente Lula, com as honrarias máximas da Ordem de Rio Branco e da Ordem do Mérito da Defesa, a Grã-Cruz suplementar, pelos seus méritos como Ministro das Comunicações.[2]

É filho de José Calixto da Costa e Renata Fiorino da Costa. Tem seis filhos, sendo quatro do primeiro casamento e dois com a atual esposa, Ana Catarina Figueiredo Xavier Costa.[14]

Obras publicadas

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  • A Obra Poética de Murilo Mendes[14]
  • Política e Coragem, 1988[14]
  • Atuação Parlamentar, 1999[14]
  • Ação Parlamentar, 2002[14]
  • Lembranças de um Tempo Fantástico, 2010

Notas

  1. Licenciado entre 8 de julho de 2005 e 1º de abril de 2010 para assumir o Ministério das Comunicações.

Referências

  1. a b BRASIL, Decreto de 22 de março de 2005.
  2. a b c BRASIL, Decreto de 12 de abril de 2006.
  3. a b c d e Ministério das Comunicações. «Currículo do ministro Hélio Costa». Consultado em 10 de outubro de 2010 [ligação inativa]
  4. a b c Hélio Costa. «História, Experiência e Competência Sempre em Defesa de Minas». Consultado em 24 de maio de 2008. Arquivado do original em 24 de janeiro de 2008 
  5. «Hélio Costa». Memória Globo. 29 de outubro de 2021. Consultado em 31 de março de 2024. Cópia arquivada em 24 de maio de 2022 
  6. Gomieiro, Marina (4 de setembro de 2022). «Apresentadores do Linha Direta: quem apresentava o programa?». DCI. Consultado em 31 de março de 2024. Cópia arquivada em 4 de setembro de 2022 
  7. «Costa tenta governo pela 2ª vez». Folha de S. Paulo. 15 de novembro de 1994. Consultado em 31 de março de 2024. Cópia arquivada em 1 de abril de 2024 
  8. «Resultados das Eleições 1994 - Minas Gerais - governador». Tribunal Superior Eleitoral. Consultado em 1 de abril de 2024. Cópia arquivada em 3 de agosto de 2012 
  9. «Resultados das Eleições 1994 - 2º turno - Minas Gerais - governador». Tribunal Superior Eleitoral. Consultado em 1 de abril de 2024. Cópia arquivada em 15 de junho de 2012 
  10. O Globo Online; Chico de Gois e Luiza Damé (31 de março de 2010). «Lula dá posse a dez novos ministros. Dilma e mais nove deixam governo». Consultado em 31 de março de 2010 
  11. «Site oficial da candidatura de Hélio Costa ao governo de Minas Gerais». Consultado em 10 de outubro de 2010. Arquivado do original em 21 de outubro de 2010 
  12. «UOL - Eleições 2010 - Apuração - Minas Gerais». Consultado em 10 de outubro de 2010 
  13. a b c Ministério das Comunicações. «Atuação». Consultado em 23 de maio de 2008. Arquivado do original em 9 de maio de 2008 
  14. a b c d e f Hélio Costa. «Currículo». Consultado em 24 de maio de 2008. Arquivado do original em 17 de janeiro de 2009 

Ligações externas

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Precedido por
Eunício Oliveira
Ministro das Comunicações do Brasil
2005 — 2010
Sucedido por
José Artur Filardi