Eleições estaduais em Alagoas em 1960
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Eleições estaduais em Alagoas em 1960 | ||||
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3 de outubro de 1960 (Turno único) | ||||
Candidato | Luís Cavalcanti | Abraão Moura | ||
Partido | UDN | PSP | ||
Natural de | Rio Largo, AL | Atalaia, AL | ||
Vice | Teotônio Vilela | Beroaldo Rego | ||
Votos | 38.915 | 37.213 | ||
Porcentagem | 33,81% | 32,34% | ||
Titular Eleito | ||||
As eleições estaduais em Alagoas em 1960 aconteceram em 3 de outubro como parte das eleições gerais em onze estados cujos governadores exerciam um mandato de cinco anos.[nota 1][nota 2][1]
Estruturado à sombra dos Góis Monteiro, o PSD alagoano viu seu poder diminuir quando o clã migrou para outras legendas durante a última década, embora a família em questão tenha sustentado uma rivalidade com o grupo do ex-governador Arnon de Melo. Tal disputa entre dois blocos antagônicos foi quebrada em 1955 quando surgiu um tertius na pessoa de Muniz Falcão, advogado e jornalista natural de Pernambuco que exercia o segundo mandato de deputado federal e naquele ano fora eleito governador pelo PSP. Excluída a chance de acordo entre os grupos locais, um número recorde de candidatos disputou o governo do estado e nisso o resultado beneficiou a UDN que retornou ao poder após um hiato de dez anos.
Natural de Rio Largo, o governador Luís Cavalcanti iniciou a carreira militar em 1930 e sete anos depois ingressou na Escola Militar do Realengo. Mais tarde formou-se engenheiro civil e engenheiro militar pela Escola Técnica do Exército no Rio de Janeiro[2] e em 1951, sob a patente de major, chefiou a Comissão de Estradas de Rodagem de Alagoas no governo Arnon de Melo. Em 1954 filiou-se à UDN e foi eleito suplente do senador Rui Palmeira. Quatro anos mais tarde mudou de partido e elegeu-se deputado federal PSD, entretanto retornou à sua antiga legenda e foi eleito governador de Alagoas em 1960 sob a graduação de coronel.[3]
Para vice-governador foi eleito Teotônio Vilela. Alagoano de Viçosa, foi vaqueiro e agricultor e chegou a frequentar o ensino universitário no Recife e na cidade do Rio de Janeiro, mas não se formou. Graças a uma sociedade entre seus familiares tornou-se sócio de uma usina de açúcar em Junqueiro. Sua estreia na política ocorreu ao eleger-se deputado estadual via UDN em 1954, mandato que não renovou por ter disputado a suplência de senador em 1958 na chapa de Arnon de Melo numa candidatura sem êxito. Dois anos depois chegou ao posto de vice-governador.[4]
Resultado da eleição para governador
[editar | editar código-fonte]Segundo o Tribunal Superior Eleitoral houve 115.086 votos nominais (92,87%), 3.632 votos em branco (2,93%) e 5.201 votos nulos (4,20%), resultando no comparecimento de 123.919 eleitores.[1]
Candidatos a governador do estado |
Candidatos a vice-governador | Número | Coligação | Votação | Percentual |
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Luís Cavalcanti UDN |
Ver abaixo[nota 3] - |
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Abraão Moura PSP |
Ver abaixo - |
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Silvestre Péricles PDC |
Ver abaixo - |
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Ary Pitombo PTB |
Ver abaixo - |
Resultado da eleição para vice-governador
[editar | editar código-fonte]Segundo o Tribunal Superior Eleitoral houve 82.696 votos nominais (82,73%), 13.085 votos em branco (13,09%) e 4.174 votos nulos (4,18%), resultando no comparecimento de 99.955 eleitores.[1]
Candidatos a governador do estado |
Candidatos a vice-governador | Número | Coligação | Votação | Percentual |
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Ver acima[nota 3] - |
Teotônio Vilela UDN |
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Ver acima - |
Beroaldo Rego PSP |
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Ver acima - |
Medeiros Neto PSD |
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Ver acima - |
Cícero Virgílio Torres PDC |
Notas
- ↑ Alagoas, Goiás, Guanabara, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Rio Grande do Norte e Santa Catarina.
- ↑ Os governadores eleitos em 1947 terminariam seus mandatos no mesmo dia que o presidente Eurico Gaspar Dutra e a partir de então alguns estados fixaram em cinco anos o mandato de seus governadores na ausência de uma vedação constitucional, e assim os estados acima faziam eleições a cada lustro. Goiás aderiu à regra do quinquênio em 1960, bem como a Guanabara, criada no referido ano.
- ↑ a b Na época a eleição para governador e vice-governador acontecia em chapas distintas, fato capaz de resultar numa combinação entre adversários ao final do pleito.
Referências
- ↑ a b c «Banco de dados do Tribunal Superior Eleitoral». Consultado em 16 de agosto de 2016
- ↑ «Câmara dos Deputados do Brasil: deputado Luís Cavalcanti». Consultado em 16 de agosto de 2016
- ↑ «Senado Federal do Brasil: senador Luís Cavalcanti». Consultado em 16 de agosto de 2016
- ↑ «Senado Federal do Brasil: senador Teotônio Vilela». Consultado em 16 de agosto de 2016