André Augusto de Pádua Fleury
Este artigo ou secção contém uma lista de referências no fim do texto, mas as suas fontes não são claras porque não são citadas no corpo do artigo, o que compromete a confiabilidade das informações. (Março de 2012) |
André Augusto de Pádua Fleury | |
---|---|
Nascimento | 9 de abril de 1830 Cuiabá |
Morte | 25 de novembro de 1895 Rio de Janeiro |
Cidadania | Brasil |
Alma mater | |
Ocupação | político |
Empregador(a) | Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo |
André Augusto de Pádua Fleury (Cuiabá, 9 de abril de 1830 — Rio de Janeiro, 25 de novembro de 1895) foi um advogado e político brasileiro, o qual teve uma participação ativa na vida pública no segundo reinado do Brasil Império. Pádua Fleury contribui com o movimento de reforma das prisões em terras brasileiras, tendo sido um crítico do sistema penitenciário auburniano e divulgador da ciência penitenciária.
Nota biográfica
[editar | editar código-fonte]Em 1853, André Augusto de Pádua Fleury bacharelou-se em Ciências Sociais e Jurídicas pela Faculdade de São Paulo. Decorridos treze anos,Pádua Fleury foi nomeado para o cargo de diretor geral da Secretaria de Estado dos Negócios da Justiça e desempenhou a função até 1876. Em 1878, representou o Brasil no II Congresso Internacional Penitenciário de Estocolmo, tendo sido nomeado por aviso imperial.
Na carreira política exerceu os cargos de: Presidente das províncias do Espírito Santos, Paraná e Ceará. Também foi diretor da Faculdade de Direito de São Paulo, por decreto de 16 de janeiro de 1883, Ministro da Agricultura e dos Transportes (ver Gabinete Paranaguá). Pelos serviços prestados ao Imperador e a Nação Brasileira,André Augusto de Pádua Fleury foi reconhecido com condecorações de Ordens Honoríficas. Também foi Conselheiro e membro do Conselho de Estado do Imperador e foi membro de comissões inspetoras em estabelecimentos penais no Brasil.
Quanto as suas publicações destacam-se a produção de relatório, parecer e discurso no período de 1863-1885[1], :
- Relatorios do período que foi presidente das províncias de Espirito Santo (1863) e (1864), Paraná (1865) e (1866), Ceará (1881);
- Presidio de Fernando de Noronha e Nossas Prisões[2].
- Relatorio da Comissão Inspectora da Casa de Correcção da Corte[3].
- Relatorio da Commissão Inspectora da Penitenciaria[4].
- Congresso internacional penitenciário de Stkoholmo em 1878[5];
- Discours de M. de Padua-Fleury (Brésil)[6];
- Parecer do conselheiro Fleury sobre o Presidio de Fernando de Noronha[7];
- E outras que foram publicadas como documentos do Governo Imperial Brasileiro e no exterior.
Referências
- ↑ Cf. levantamento de fontes apresentado no "Cap. 2. Interesse do Imperador Dom Pedro II pela reforma penitenciária", vide: VASQUEZ, E. L. Ciência Penitenciária no Brasil Império: Disciplinar para construir a imagem da nação civilizada. Tese (Doutorado em História da Ciência). Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. São Paulo, 2013, p. 73-78.
- ↑ FLEURY. A. A. P. Presidio de Fernando de Noronha e Nossas Prisões. In: Relatorio apresentado a Terceira Sessão da Decima Setima Legislatura pelo Ministro e Secretario de estado dos Negocios da Justiça, Conselheiro Manoel Pinto de Souza Dantas. Rio de Janeiro: Typographia Nacional, 1880. (Publicado como annexo J, p. 2-31).
- ↑ JAGUARY, V., TOLENTINO, A. N., FLEURY, A. A. P., GOUVÊA, L. B., PINTO, J. A. N. Relatorio da Commissão Inspectora da Casa de Correcção da Corte. In: Relatório apresentado à Assembléia Geral Legislativa na Terceira sessão da Décima Quinta Legislatura pelo Ministro e Secretário de Estado dos Negócios da Justiça, Dr. Manoel Antônio Duarte de Azevedo. Rio de Janeiro: Typographia Americana, 1874. (Publicado como annexo A, p. 208-238).
- ↑ FLEURY, A. A. P.; VILHAÇA, J. P.; PESTANA, F. R. Relatorio da Commissão Inspectora da Penitenciaria. In: Relatorio apresentado á Assembléa Legislativa Provincial de São Paulo pelo presidente da provincia, João Alfredo Corrêa de Oliveira. São Paulo: Typ. a Vapor de Jorge Seckler & C, 1886. (Publicado como annexo N. 8, p. 4-25).
- ↑ FLEURY, A. A. P. Congresso penitenciario internacional de Stkoholmo em 1878. In: Relatorio apresentado á Assenbléa Geral Legislativa na Segunda Sessão da Decima Setima Legislatura pelo Ministro e Secretario de Estado dos Negocios da Justiça, Conselheiro Lafayette Rodrigues Pereira. Rio de Janeiro: Typographia Perseverança, 1879. (Publicado como annexo A4, p. 7-59).
- ↑ FLEURY, A. A. P. Discours de M. de Padua-Fleury (Brésil). In: GUILLAUME. Le Congrés Pénitentiaire Internationale de Stockholm: Bureau de la Commission Pénitentiaire Internationale, 1879. Tome premier,p. 393.
- ↑ FLEURY, A. A. P. Parecer do conselheiro Fleury sobre o presidio de Fernando de Noronha. In: Relatorio apresentado a Terceira Sessão da Decima Setima Legislatura pelo Ministro e Secretario de estado dos Negocios da Justiça, Conselheiro Manoel Pinto de Souza Dantas. Rio de Janeiro: Typographia Nacional. 1880. (Publicado como annexo J, p. 3).
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- BLAKE, A. V. A. S. “André Augusto de Pádua Fleury”. In: BLAKE, A. V. A. S. Diccionario Bibliografico Brazileiro. Rio de Janeiro: Typographia Nacional, 1883. Vol. 1. p. 78.
- JAGUARY, V.; FLEURY, A, A. P; TOLENTINO, A. N. et al. Relatorio da Comissão Inspectora da Casa de Correcção da Corte. 1874. In: Relatório apresentado à Assembléia Geral Legislativa na Terceira sessão da Décima Quinta Legislatura pelo Ministro e Secretário de Estado dos Negócios da Justiça, Dr. Manoel Antônio Duarte de Azevedo. Rio de Janeiro: Typographia Americana, 1874. (Publicado como annexo A, p. 208-238).
- FLEURY, A. A. P. Congresso penitenciario internacional de Stkoholmo em 1878. In: Relatorio apresentado á Assenbléa Geral Legislativa na Segunda Sessão da Decima Setima Legislatura pelo Ministro e Secretario de Estado dos Negocios da Justiça, Conselheiro Lafayette Rodrigues Pereira. Rio de Janeiro: Typographia Perseverança, 1879. (Publicado como Annexo A4, Brazil, 7-59).
- FLEURY, A. A. P. Presidio de Fernando de Noronha e nossas Prisões. Rio de Janeiro: Impressa Nacional, 1880.
- VASQUEZ, E. L. Interesse do Imperador pela reforma penitenciária. In: VASQUEZ, E. L. Ciência Penitenciária no Brasil Império: Disciplinar para construir a imagem da nação civilizada. Tese (Doutorado em História da Ciência. Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. São Paulo, 2013. p. 73-78.
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- Relatório do presidente da província do Espírito Santo, o bacharel André Augusto de Pádua Fleury, na abertura da Assembleia Legislativa Provincial, no dia 20 de outubro de 1863
- Relatório apresentado à Assembleia Legislativa Provincial do Espírito Santo na abertura da sessão extraordinária no dia 21 de fevereiro de 1864 pelo 1º vice-presidente dr. Eduardo Pindaíba de Matos, precedido daquele com que o exmo. presidente da província dr. André Augusto de Pádua Fleury passou a administração ao mesmo exmo. vice-presidente, em 28 de dezembro de 1863
Precedido por Dionísio Álvaro Resende |
Presidente da Província do Espírito Santo 1863 |
Sucedido por Eduardo Pindaíba de Matos |
Precedido por José Joaquim do Carmo Júnior |
Presidente da província do Paraná 1864 |
Sucedido por Agostinho Ermelino de Leão |
Precedido por Agostinho Ermelino de Leão |
Presidente da província do Paraná 1864 — 1865] |
Sucedido por Manuel Alves de Araújo |
Precedido por Manuel Alves de Araújo |
Presidente da província do Paraná 1865 — 1866 |
Sucedido por Agostinho Ermelino de Leão |
Precedido por José Júlio de Albuquerque Barros |
Presidente da província do Ceará 1880 — 1881 |
Sucedido por Pedro Leão Veloso |
Precedido por Manuel Alves de Araújo |
Ministro dos Transportes do Brasil e Ministro da Agricultura do Brasil 1882 |
Sucedido por Lourenço Cavalcanti de Albuquerque |
- Ministros do Império do Brasil
- Presidentes da Câmara dos Deputados do Brasil
- Governadores do Espírito Santo (Império)
- Governadores do Paraná (Império)
- Governadores do Ceará (Império)
- Naturais de Cuiabá
- Ministros da Agricultura do Brasil (Império)
- Ministros dos Transportes do Brasil (Império)
- Professores da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo