Adriano Comneno
Adriano Comneno | |
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Segell d'Adrià en el qual figuren Sant Jordi i les seves dignitats de protosebast i gran domèstic d'Occident | |
Nascimento | Desconhecido |
Morte | 19 de abril de 1105 |
Cidadania | Império Bizantino |
Progenitores | |
Cônjuge | Zoe Doukaina |
Filho(a)(s) | Alexios Doukas Komnenos |
Irmão(ã)(s) | Isaque Comneno, Aleixo I Comneno, Manuel Komnenos, Nikephoros Komnenos, Theodora Komnene, Maria Komnene, Eudokia Komnene |
Ocupação | oficial |
Lealdade | Império Bizantino |
Título | Protosebasto |
Religião | cristianismo ortodoxo |
Adriano Comneno (em grego: Ἁδριανὸς Κομνηνός; romaniz.: Adrianòs Komnenós; em latim: Adrianus Comnenus) foi um aristocrata e general bizantino, e um irmão mais novo do imperador Aleixo I Comneno (r. 1081–1118). Elevado às posições de protosebasto e doméstico das escolas do Ocidente, participou nas campanhas contra os invasores normandos liderados por Roberto Guiscardo e Boemundo e nas investidas contra os pechenegues, tendo comandando um contingente franco na desastrosa batalha de Dristra.
Biografia
[editar | editar código-fonte]Adriano Comneno foi o quarto e penúltimo filho do doméstico das escolas João Comneno, o jovem irmão do imperador Isaac I Comneno (r. 1057–1059) e Ana Dalassena.[1] [2] De acordo com o historiador Nicéforo Briênio, após a morte de João, Ana confiou Adriano a seu irmão mais novo Nicéforo aos tutores, e deu a eles uma educação enciclopédica.[2] Após a ascensão de Aleixo ao poder em 1081, Adriano foi elevado à nova dignidade de protosebasto e passou a receber os rendimentos da península de Cassandra inteira, na Calcídica.[3] Foi também confiado com comandos militares nas campanhas de 1082–1083 contra os normandos de Roberto Guiscardo e Boemundo na Tessália. Em 1086, sucedeu Gregório Pacuriano como doméstico das escolas do Ocidente, e em 1087, lutou na batalha de Distra contra os pechenegues, comandando um contingente mercenário franco no centro bizantino. A batalha terminou em uma derrota desastrosa, e Adriano por pouco não foi capturado.[4] Adriano é mencionado na A Alexíada como tendo participado em 1091 na campanha contra os pechenegues (junto com o protoestrator Miguel Ducas, ele supervisionou a construção de uma ponte sobre o rio Evros), mas não é registrado na decisiva batalha de Levúnio.[5]
Pouco depois, Adriano teve um grande desentendimento com seu irmão mais velho, o sebastocrator Isaac: Isaac afirmou que Adriano era o responsável pelas acusações de conspiração contra o imperador que foram levantadas contra seu filho João, governador de Dirráquio.[5] Em 1094, Adriano presidiu sobre o tribunal que julgou Nicéforo Diógenes, o filho do imperador Romano IV Diógenes (r. 1068–1071), que tinha tentado assassinar o imperador. No mesmo ano, é registrado como tendo participado no sínodo que condenou Leão da Calcedônia.[6] A data de sua morte é disputada: a data comumente aceita decorre de um manuscrito que registra-o se retirando para um mosteiro sob o nome monástico João, e morrendo em 16 de abril de 1105. Basil Skoulatos, contudo, duvida desta informação, uma vez que o nome de Adriano está ausente da lista de mortos do tipicon Cecharitomeno (escrito ca. 1118), mas está presente no tipicon Pantocrator de 1136. Assim, Skoulatos coloca a morte de Adriano em algum momento entre 1118 e 1136.[7][8]
Família
[editar | editar código-fonte]Adriano casou-se com a porfirogênita Zoé Ducena, a terceira filha do imperador Constantino X Ducas (r. 1059–1067) e Eudócia Macrembolitissa.[7] Alguns estudiosos, incluindo Paul Magdalino, Jean-Claude Cheynet, e Konstantinos Varzos, identificam Adriano e Zoé com um João Comneno e uma Ana "dos Ducas" (o último sendo supostamente o nome monástico de Zoé) que são mencionados em inscrições tumulares na Igreja de Pamacaristo, em Constantinopla, como os fundadores da igreja, junto com seus descendentes.[9] Se esta identificação está correta, então os filhos de Adriano foram:[10]
- Eudócia Comnena, casada com Aleixo Tarcaniota
- Andrônico Comneno, casado com Eudócia Ducena
- Aleixo Comneno, um sebasto. Foi noive de Irene Axuchina e casou-se com Irene Sinadena:
- Ana Comnena, casada com Aleixo Paleólogo (n. ca. 1100)
- Jorge Paleólogo (1125-1267), casado com a princesa Aspas da Ossétia (filha do rei Davi IV da Ossétia)
- Irene Paleólogo, casada com o imperador bizantino Isaac II Ângelo (r. 1185–1195; 1203–1204)
- Jorge Paleólogo (1125-1267), casado com a princesa Aspas da Ossétia (filha do rei Davi IV da Ossétia)
- Ana Comnena, casada com Aleixo Paleólogo (n. ca. 1100)
- Adriano Comneno, um monge
Referências
- ↑ Kazhdan 1991, p. 1143, 1145.
- ↑ a b Skoulatos 1980, p. 5.
- ↑ Skoulatos 1980, p. 5–7.
- ↑ Skoulatos 1980, p. 5–6.
- ↑ a b Skoulatos 1980, p. 6.
- ↑ Skoulatos 1980, p. 6–7.
- ↑ a b Polemis 1968, p. 55.
- ↑ Skoulatos 1980, p. 7.
- ↑ Cheynet 1986, p. 150.
- ↑ «Ioannes Komnenos» (em inglês). Consultado em 1 de maio de 2014
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Cheynet, Jean-Claude; Jean-François Vannier (1986). Études Prosopographiques (em francês). Paris: Publications de la Sorbonne. ISBN 978-2-85944-110-4
- Kazhdan, Alexander Petrovich (1991). The Oxford Dictionary of Byzantium. Nova Iorque e Oxford: Oxford University Press. ISBN 0-19-504652-8
- Polemis, Demetrios I. (1968). The Doukai: A Contribution to Byzantine Prosopography. Londres: The Athlone Press. ISBN 0-19-504652-8
- Skoulatos, Basile (1980). Les personnages byzantins de I'Alexiade: Analyse prosopographique et synthese. Louvain-la-Neuve: Nauwelaerts