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Ernesto Dorneles: diferenças entre revisões

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'''Ernesto Dorneles'''<ref>Pela grafia arcaica, ''Ernesto Dornelles''. Segundo a [[onomástica]], os nomes de pessoas falecidas devem ser referenciados conforme a [[Acordo Ortográfico|regra ortográfica]] em vigor.</ref> ([[São Borja]], [[20 de setembro]] de [[1897]] — [[Rio de Janeiro (cidade)|Rio de Janeiro]], [[30 de julho]] de [[1964]]) foi um [[militar]] e [[política|político]] [[brasil]]eiro, [[governador]] do [[estados do Brasil|estado]] do [[Rio Grande do Sul]] em duas ocasiões, [[senador]] da República e [[Ministério da Agricultura|ministro da Agricultura]].
'''Ernesto Dornelles'''{{Nota de rodapé|Pela grafia arcaica, ''Ernesto Dornelles''. Segundo a [[onomástica]], os nomes de pessoas falecidas devem ser referenciados conforme a regra ortográfica em vigor.}} ([[São Borja]], [[20 de setembro]] de [[1897]] — [[Rio de Janeiro (cidade)|Rio de Janeiro]], [[30 de julho]] de [[1964]]) foi um [[militar]] e [[política|político]] [[brasil]]eiro, [[governador]] do [[estados do Brasil|estado]] do [[Rio Grande do Sul]] em duas ocasiões, [[senador]] da República e [[Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento|ministro da Agricultura]].<ref name=":0">{{citar web|url=https://cpdoc.fgv.br/producao/dossies/JK/biografias/Ernesto_Dornelles|titulo=Ernesto Dornelles|acessodata=25/2/2021|publicado=CPDOC|urlmorta=sim|wayb=20170927190736}}</ref><ref name=":1">{{Citar web |url=https://obrasilianista.com.br/2016/06/24/a-politica-voltou/ |titulo=A política voltou |data=2016-06-24 |acessodata=2021-02-25 |website=O Brasilianista}}</ref> Era primo do ex-presidente [[Getúlio Vargas]] e tio do ex-ministro e ex-vice-governador do Rio de Janeiro, [[Francisco Dornelles]].<ref name=":0" /><ref name=":1" />


==Biografia==
==Biografia==
Filho do general Ernesto Francisco Dornelles, seguiu a tradição familiar sendo enviado ao [[Colégio Militar de Porto Alegre]]. Ingressou no [[Exército Brasileiro|Exército]] em [[1918]], cursando a [[Escola Militar do Realengo]]. Foi depois integrado ao Regimento de Cavalaria Divisionária, sendo depois transferido ao Regimento de Cavalaria Independente em São Borja.


Ao estourar a [[Revolução Federalista]] deu combate aos revolucionários. Fez parte das tropas legalistas durante a revolta de tenentes de [[1924]], no [[Rio Grande do Sul]], combatendo o movimento que daria origem à [[Coluna Prestes]]. Em [[1925]] retornou ao Rio de Janeiro, onde cursou a Escola de Cavalaria e depois Escola do Estado Maior do Exército.
Filho do general Ernesto Francisco Dorneles, seguiu a tradição familiar sendo enviado ao [[Colégio Militar de Porto Alegre]]. Ingressou no [[Exército Brasileiro|Exército]] em [[1918]], cursando a [[Escola Militar do Realengo]]. Foi depois integrado ao Regimento de Cavalaria Divisionária, sendo depois transferido ao Regimento de Cavalaria Independente em São Borja.


Participou, posteriormente, da [[Revolução de 1930]], que levou [[Getúlio Vargas]], seu primo, à presidência da República. Passou a servir em [[Minas Gerais]], ligado ao gabinete do secretário de Interior do estado, chegando a chefe de polícia, cargo que exerceu entre [[1936]] e [[1942]]. Em 1937 foi escolhido pelo então Governador de Minas Gerais, Benedito Valadares para o cargo de presidente do Minas Tênis Clube. Cargo que exerceu até 1942. Seria, então, transferido para o gabinete de [[Eurico Dutra]], então [[Ministério da Guerra (Brasil)|ministro da Guerra]].
Ao estourar a [[Revolução Federalista]] deu combate aos revolucionários. Fez parte das tropas legalistas durante à revolta de tenentes de [[1924]], no [[Rio Grande do Sul]], combatendo o movimento que daria origem à [[Coluna Prestes]]. Em [[1925]] retornou ao Rio de Janeiro, onde cursou a Escola de Cavalaria e depois Escola do Estado Maior do Exército.


Em [[1943]], durante o [[Estado Novo (Brasil)|Estado Novo]], major, foi indicado interventor no seu estado natal. Quando da queda de Getúlio, dois anos depois, foi substituído na interventoria. Dornelles foi um dos responsáveis pela formação do [[Partido Social Democrático (1945-2003)|Partido Social Democrático]] no [[Rio Grande do Sul]], sendo eleito senador pelo estado para a [[Assembleia Constituinte de 1946|Assembleia Nacional Constituinte]], realizado ainda em 1945. Em 1946 foi promovido a coronel.
Participou, posteriormente, da [[Revolução de 1930]], que levou [[Getúlio Vargas]], seu primo, à presidência da República. Passou a servir em [[Minas Gerais]], ligado ao gabinete do secretário de Interior do estado, chegando a chefe de polícia, cargo que exerceu entre [[1936]] e [[1942]]. Em 1937 foi escolhido pelo então Governador de Minas Gerais, Benedito Valadares para o cargo de presidente do Minas Tênis Clube. Cargo que exerceu até 1942. Seria, então, transferido para o gabinete de [[Eurico Dutra]], então [[Ministério da Guerra|ministro da Guerra]].


Em 1949 Dornelles passa para a reserva e, com a crescente oposição a Vargas no PSD gaúcho, ingressa numa cisão getulista do PSD, chamada PSD-A ("Autonomista"). Nas eleições majoritárias de 1950 aceitou o convite de seu primo para uma "dobradinha" Vargas presidente e Dornelles governador. Ambos foram eleitos, e Dorneles acabou por ingressar no [[Partido Trabalhista Brasileiro]], juntamente com o PSD-A.
Em [[1943]], durante o [[Estado Novo (Brasil)|Estado Novo]], major, foi indicado interventor no seu estado natal. Quando da queda de Getúlio, dois anos depois, foi substituído na interventoria. Dorneles foi um dos responsáveis pela formação do [[Partido Social Democrático]] no [[Rio Grande do Sul]], sendo eleito senador pelo estado para a Assembléia Nacional Constituinte, realizado ainda em [[1945]]. Em [[1946]] foi promovido a coronel.


Um ano após o fim de seu mandato como governador, Dornelles foi convidado a fazer parte do [[Governo Juscelino Kubitschek]], como Ministro da Agricultura, tomando posse em [[31 de janeiro]] de [[1956]]. Alguns meses depois, seria substituído no cargo, sendo transferido para a recém-criada [[Novacap|Companhia Urbanizadora da Nova Capital]], encarregada da construção de Brasília, como membro do conselho administrativo.
Em [[1949]], Dorneles passa para a reserva e, com a crescente oposição à Vargas no PSD gaúcho, ingressa numa cisão getulista do PSD, chamada PSD-A ("Autonomista"). Nas eleições majoritárias de [[1950]] aceitou o convite de seu primo para uma "dobradinha" Vargas presidente e Dorneles governador. Ambos foram eleitos, e Dorneles acabou por ingressar no [[Partido Trabalhista Brasileiro]], juntamente com o PSD-A.


Em agosto de 1962 Dorneles tornou-se conselheiro do [[Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social]], cargo que ocupou até a morte, dois anos depois.
Um ano após o fim de seu mandato como governador, Dorneles foi convidado a fazer parte do Governo [[Juscelino Kubitschek]], como Ministro da Agricultura, tomando posse em [[31 de janeiro]] de [[1956]]. Alguns meses depois, seria substituído no cargo, sendo transferido para a recém-criada [[Companhia Urbanizadora da Nova Capital]], encarregada da construção de Brasília, como membro do conselho administrativo.
{{Notas}}{{referências}}


== Bibliografia ==
Em agosto de [[1962]], Dorneles tornou-se conselheiro do [[Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico]], cargo que ocupou até a morte, dois anos depois.

É pai do político [[Francisco Dornelles]].

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=={{Bibliografia}}==
*ABREU, Luciano Aronne de. ''O Rio Grande Estadonovista: Interventores e Interventorias''. [[Unisinos]], [[São Leopoldo]], [[2005]].
*ABREU, Luciano Aronne de. ''O Rio Grande Estadonovista: Interventores e Interventorias''. [[Unisinos]], [[São Leopoldo]], [[2005]].


=={{Ligações externas}}==
==Ligações externas==
*[http://www.cpdoc.fgv.br/nav_jk/htm/biografias/Ernesto_Dornelles.asp Biografia de Ernesto Dorneles]
*[http://www.cpdoc.fgv.br/nav_jk/htm/biografias/Ernesto_Dornelles.asp Biografia de Ernesto Dorneles]



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Edição atual tal como às 03h01min de 20 de fevereiro de 2024

Ernesto Dornelles
Ernesto Dorneles
Ernesto Dornelles
Governador do Rio Grande do Sul
Período 31 de janeiro de 1951
até 24 de março de 1955
Antecessor(a) Walter Só Jobim
Sucessor(a) Ildo Meneghetti
Período 11 de setembro de 1943
até 31 de outubro de 1945
Antecessor(a) Osvaldo Cordeiro de Farias
Sucessor(a) Samuel Figueiredo da Silva
78.° Ministro da Agricultura do Brasil
Período 31 de janeiro de 1956
até 30 de setembro de 1956
Presidente Juscelino Kubitschek
Antecessor(a) Eduardo Catalão
Sucessor(a) Parsifal Barroso
Senador pelo Rio Grande do Sul
Período 1 de fevereiro de 1946
até 31 de janeiro de 1951
Sucessor(a) Carlos Alfredo Simch
Dados pessoais
Nascimento 20 de setembro de 1897
São Borja, Rio Grande do Sul
Morte 30 de junho de 1964 (66 anos)
Rio de Janeiro, Rio de Janeiro
Partido PSD (1945-1950)
PTB (1950-1964)
Profissão Militar

Ernesto Dornelles[nota 1] (São Borja, 20 de setembro de 1897Rio de Janeiro, 30 de julho de 1964) foi um militar e político brasileiro, governador do estado do Rio Grande do Sul em duas ocasiões, senador da República e ministro da Agricultura.[1][2] Era primo do ex-presidente Getúlio Vargas e tio do ex-ministro e ex-vice-governador do Rio de Janeiro, Francisco Dornelles.[1][2]

Filho do general Ernesto Francisco Dornelles, seguiu a tradição familiar sendo enviado ao Colégio Militar de Porto Alegre. Ingressou no Exército em 1918, cursando a Escola Militar do Realengo. Foi depois integrado ao Regimento de Cavalaria Divisionária, sendo depois transferido ao Regimento de Cavalaria Independente em São Borja.

Ao estourar a Revolução Federalista deu combate aos revolucionários. Fez parte das tropas legalistas durante a revolta de tenentes de 1924, no Rio Grande do Sul, combatendo o movimento que daria origem à Coluna Prestes. Em 1925 retornou ao Rio de Janeiro, onde cursou a Escola de Cavalaria e depois Escola do Estado Maior do Exército.

Participou, posteriormente, da Revolução de 1930, que levou Getúlio Vargas, seu primo, à presidência da República. Passou a servir em Minas Gerais, ligado ao gabinete do secretário de Interior do estado, chegando a chefe de polícia, cargo que exerceu entre 1936 e 1942. Em 1937 foi escolhido pelo então Governador de Minas Gerais, Benedito Valadares para o cargo de presidente do Minas Tênis Clube. Cargo que exerceu até 1942. Seria, então, transferido para o gabinete de Eurico Dutra, então ministro da Guerra.

Em 1943, durante o Estado Novo, major, foi indicado interventor no seu estado natal. Quando da queda de Getúlio, dois anos depois, foi substituído na interventoria. Dornelles foi um dos responsáveis pela formação do Partido Social Democrático no Rio Grande do Sul, sendo eleito senador pelo estado para a Assembleia Nacional Constituinte, realizado ainda em 1945. Em 1946 foi promovido a coronel.

Em 1949 Dornelles passa para a reserva e, com a crescente oposição a Vargas no PSD gaúcho, ingressa numa cisão getulista do PSD, chamada PSD-A ("Autonomista"). Nas eleições majoritárias de 1950 aceitou o convite de seu primo para uma "dobradinha" Vargas presidente e Dornelles governador. Ambos foram eleitos, e Dorneles acabou por ingressar no Partido Trabalhista Brasileiro, juntamente com o PSD-A.

Um ano após o fim de seu mandato como governador, Dornelles foi convidado a fazer parte do Governo Juscelino Kubitschek, como Ministro da Agricultura, tomando posse em 31 de janeiro de 1956. Alguns meses depois, seria substituído no cargo, sendo transferido para a recém-criada Companhia Urbanizadora da Nova Capital, encarregada da construção de Brasília, como membro do conselho administrativo.

Em agosto de 1962 Dorneles tornou-se conselheiro do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, cargo que ocupou até a morte, dois anos depois.

Notas

  1. Pela grafia arcaica, Ernesto Dornelles. Segundo a onomástica, os nomes de pessoas falecidas devem ser referenciados conforme a regra ortográfica em vigor.

Referências

  1. a b «Ernesto Dornelles». CPDOC. Consultado em 25 de fevereiro de 2021. Arquivado do original em 27 de setembro de 2017 
  2. a b «A política voltou». O Brasilianista. 24 de junho de 2016. Consultado em 25 de fevereiro de 2021 

Ligações externas

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Precedido por
Oswaldo Cordeiro de Farias
Governador do Rio Grande do Sul
1943 — 1945
Sucedido por
Samuel Figueiredo da Silva
Precedido por
Walter Só Jobim
Governador do Rio Grande do Sul
1951 — 1955
Sucedido por
Ildo Meneghetti
Precedido por
Eduardo Catalão
Ministro da Agricultura do Brasil
1956
Sucedido por
José Parsifal Barroso