PDF Conhecimentos Gerais - Lei Municipal 120-11 - Estatuto Servidores Municipais

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 56

LEI COMPLEMENTAR Nº 120, DE 11 DE NOVEMBRO DE

2011.

DISPÕE SOBRE O REGIME


JURÍDICO DOS SERVIDORES
PÚBLICOS DO MUNICÍPIO DE
BARRA VELHA, DAS AUTARQUIAS,
FUNDAÇÕES PÚBLICAS
MUNICIPAIS E PODER
LEGISLATIVO, E DÁ OUTRAS
PROVIDÊNCIAS.

Claudemir Matias Francisco, Prefeito de Barra Velha, Estado de Santa Catarina, faço saber
a todos os habitantes deste município, que a Câmara de Vereadores aprovou e eu
sanciono a seguinte Lei Complementar:

TÍTULO I
DOS SERVIDORES E DOS CARGOS PÚBLICOS

Esta lei complementar institui o Regime Jurídico dos Servidores Públicos do


Art. 1º
Município de Barra Velha, das autarquias, das fundações públicas, empresas públicas e
Poder Legislativo, exceto aos profissionais públicos pertencentes à Educação, que
possuem Regime Jurídico e quadro próprio.

Art. 2º Servidor é a pessoa legalmente investida em um cargo público:

I - de provimento efetivo;

II - de provimento em comissão.

Cargo público é a unidade de poderes e deveres cometidos ao servidor e vinculados


Art. 3º
aos órgãos previstos na estrutura administrativa, criado por lei, com denominação própria,
número certo e vencimentos pagos pelos cofres públicos, acessível a todos os brasileiros,
assim como aos estrangeiros, na forma da lei.

Art. 4º Os
cargos de provimento efetivo da Administração Pública Municipal serão
organizados em quadros.

Art. 5º Plano de Carreira, criado por lei, disciplinará a evolução funcional do servidor.
São inadmissíveis desigualdades de vencimentos quando pertinentes ao exercício de
Art. 6º
funções iguais ou assemelhadas e bem assim, proibidas a adoção de critérios de admissão
baseados em sexo, idade, cor, estado civil ou credo religioso.

Art. 7º A
investidura em cargo público de provimento efetivo dependerá de prévia
aprovação em concurso público, enquanto que os cargos de provimento em comissão e as
funções de confiança serão de livre nomeação e exoneração.

Parágrafo Único - As funções de confiança, a serem exercidas exclusivamente por


servidores dos quadros permanentes, assim como os cargos em comissão, destinam-se
apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento.

TÍTULO II
DO PROVIMENTO, DA VACÂNCIA, DA REMOÇÃO, DA REDISTRIBUIÇÃO, DA CESSÃO E DA
SUBSTITUIÇÃO

CAPÍTULO I
DO PROVIMENTO

Seção I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 8º São requisitos para o ingresso no serviço público municipal:

I - nacionalidade brasileira ou estrangeira, esta como dispuser a lei nacional;

II - o gozo dos direitos políticos;

III - a quitação com as obrigações militares e as eleitorais;

IV - aptidão física e mental;

V - a idade mínima de 18 (dezoito) anos;

VI - o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo.

§ 1º As atribuições do cargo podem justificar a exigência de outros requisitos


estabelecidos em lei.

§ 2º Às pessoas portadoras de deficiência, aprovadas em concurso público para


provimento de cargos, cujas atribuições sejam compatíveis com sua deficiência, fica
garantido o provimento de 5% (cinco por cento) desses cargos.
O provimento de cargo público será feito por ato do Chefe do Poder Executivo, do
Art. 9º
Presidente da Câmara de Vereadores e dos dirigentes das autarquias, fundações e
empresas públicas.

Art. 10. O
ato de provimento deverá conter, necessariamente, as seguintes indicações, sob
pena de nulidade do ato e responsabilidade de quem promover a investidura:

I - o cargo vago, com todos os elementos de identificação, inclusive o motivo da vacância,


se for o caso;

II - o caráter da investidura;

III - o fundamento legal, bem como a indicação do padrão de vencimentos em que se dará
o provimento do cargo;

IV - a indicação de que o exercício do cargo se fará cumulativamente com outro cargo


municipal, quando for o caso.

Art. 11. A investidura em cargo público ocorrerá com a posse.

Art. 12. Os
cargos públicos serão providos por nomeação, constituindo-se, ainda, formas de
provimento de cargos dos quadros permanentes:

I - transferência;

II - readaptação;

III - reversão;

IV - reintegração;

V - aproveitamento;

VI - recondução.

Seção II
DO CONCURSO PÚBLICO

Art. 13. O
concurso público será de provas ou de provas e títulos, podendo ser realizado em
etapas, conforme dispuser lei específica ou o Plano de Carreira e, obrigatoriamente, o
edital do concurso.

Art. 14. O
prazo de validade do concurso público será de até 2 (dois) anos, prorrogável, uma
vez, por igual período.
§ 1º O prazo de inscrição, vagas, requisitos, validade e as condições de realização do
concurso serão fixados em edital, publicado em jornal diário de grande circulação estadual
e disponibilizado no site do Município durante todo o período de inscrições.

§ 2º Durante o prazo previsto no edital de convocação, o candidato aprovado em concurso


público será convocado, com prioridade, sobre novos concursados, para assumir o cargo.

§ 3º Fica assegurada a nomeação aos candidatos aprovados dentro do número de vagas


oferecidas no edital do concurso público, a exceção daquelas destinadas à reserva técnica,
cujo ato de provimento, a exclusivo juízo da Administração, ocorrerá até o final do prazo
de validade do concurso, incluído o de sua prorrogação.

Serão igualmente objeto de publicação no jornal oficial do Município e em jornal


Art. 15.
diário de grande circulação estadual, os atos que declararem a caducidade ou prorrogação
da validade do concurso público, e que deverão ser fundamentados.

Seção III
DA NOMEAÇÃO

Art. 16. A nomeação é feita:

I - em caráter efetivo, quando se tratar de cargo de carreira;

II - em comissão, para cargos declarados em lei de livre nomeação e exoneração.

§ 1º Só poderá ser nomeado o candidato julgado apto física e mentalmente para o


exercício do cargo, mediante exame médico oficial.

§ 2º A nomeação para cargo de carreira depende de prévia habilitação em concurso


público de provas ou de provas e títulos, obedecidos a ordem de classificação e o prazo de
sua validade.

§ 3º Fica assegurado aos servidores dos quadros permanentes o provimento em pelo


menos 20% (vinte por cento) dos cargos em comissão.

§ 4º O servidor ocupante de cargo em comissão poderá ser nomeado para ter exercício,
interinamente, em outro cargo em comissão, sem prejuízo das atribuições do que já
ocupa, hipótese em que deverá optar pela remuneração de um deles durante o período da
interinidade.

Seção IV
DA POSSE E DO EXERCÍCIO
Posse é o ato pelo qual o nomeado manifesta, pessoal e expressamente, sua
Art. 17.
vontade de aceitar as atribuições, os deveres, as responsabilidades e as retribuições
inerentes ao cargo público, com o compromisso de bem servir.

§ 1º A posse ocorrerá dentro do prazo máximo de 30 (trinta) dias, contados da publicação


do ato de provimento.

§ 2º A aprovação em concurso ficará invalidada se o nomeado, por ato ou omissão de que


seja responsável, não tomar posse no prazo estabelecido.

§ 3º No ato da posse o servidor apresentará ao órgão competente os elementos


necessários ao seu assentamento individual e a declaração de bens.

§ 4º A autoridade competente dará posse ao servidor a ela subordinado.

§ 5º Só haverá posse nos casos de provimento de cargo por nomeação.

Exercício é o efetivo cumprimento das atribuições inerentes ao cargo ou função de


Art. 18.
confiança.

§ 1º - É de 15 (quinze) dias o prazo para o servidor empossado em cargo público entrar em


exercício, contados da data da posse.

§ 2º O servidor será exonerado do cargo ou será tornado sem efeito o ato de sua
designação para função de confiança, se não entrar em exercício no prazo previsto no
parágrafo anterior, ressalvado motivo de força maior.

§ 3º À autoridade competente do órgão ou entidade para onde for nomeado ou designado


o servidor compete dar-lhe exercício.

§ 4º O início do exercício de função de confiança coincidirá com a data de publicação do


ato de designação, salvo quando o servidor estiver em licença ou afastado por qualquer
outro motivo legal, hipótese em que recairá no primeiro dia útil após o término do
impedimento, que não poderá exceder a 30 (trinta) dias da publicação.

§ 5º O início, a interrupção e o reinício do exercício deverão ser registrados nos


assentamentos individuais do servidor.

Seção V
DO ESTÁGIO PROBATÓRIO

Art. 19. Ao entrar em exercício, o servidor nomeado para cargo de provimento efetivo ficará
sujeito a estágio probatório por período de 3 (três) anos, percebendo o vencimento inicial
do cargo, de acordo com que estabelecer o Plano de Carreira, durante o qual a sua aptidão
e capacidade mental e física serão objeto de exame, como dispuser o regulamento, e
compreenderá a avaliação física, através de exames periódicos realizados pela perícia
médica, bem como avaliação de desempenho funcional, onde serão observados os
seguintes requisitos: (Vide Lei Complementar nº 286/2022)

I - Ética Profissional;

a) Guarda sigilo quanto às informações da instituição;


b) Observância da hierarquia;
c) Clima/ambiente de trabalho;
d) Relacionamento com o publico;
e) Materiais de trabalho;
f) Patrimônio publico;
g) Receptividade a criticas;
h) Superação de dificuldades;

II - Assiduidade e Pontualidade;

a) Freqüência no local de trabalho;


b) Permanência no local de trabalho;
c) Observância de horário e comparecimentos;

III - disciplina;

a) Zelo e dedicação as suas atribuições;


b) Responsabilidade com o trabalho;

IV - Eficiência;

a) Apresentação dos trabalhos realizados;


b) Informações e orientações;
c) Quanto às metas de produtividade ou atividades determinadas;
d) Conhecimento na área;
e) Capacidade de decidir e inovar;
f) Aprimoramento/aperfeiçoamento e atualização;
g) Colaboração com colegas de trabalho.

§ 1º A avaliação de desempenho funcional será feita por comissão composta pelo chefe
imediato do servidor, a quem incumbirá a coordenação, e mais dois (2) servidores
estáveis, mediante o preenchimento da Ficha de Acompanhamento de Desempenho no
Estágio Probatório, onde será apontado o cumprimento ou não pelo servidor dos
requisitos relacionados nos inciso I a IV deste artigo, e realizar-se-á no período de 6 (seis),
12 (doze), 24 (vinte e quatro) meses de efetivo exercício e, ainda, 4 (quatro) meses antes
de findo o período do estágio probatório, sem prejuízo da continuidade de apuração de
seus requisitos, nos termos do § 3º deste artigo.

§ 1º A avaliação de desempenho funcional será feita por comissão composta pelo chefe
imediato do servidor, a quem incumbirá a coordenação, e mais dois (2) servidores
estáveis, mediante o preenchimento da Ficha de Acompanhamento de Desempenho no
Estágio Probatório, onde será apontado o cumprimento ou não pelo servidor dos
requisitos relacionados nos inciso I a IV deste artigo, e realizar-se-á no trimestralmente
durante o período de efetivo exercício da função, sem prejuízo da continuidade de
apuração de seus requisitos, nos termos do § 3º deste artigo. (Redação dada pela Lei
Complementar nº 156/2013)

§ 2º A avaliação física e o desempenho funcional poderá ainda ser realizada a qualquer


tempo durante o período do estágio probatório, independentemente dos prazos
constantes do § 2º deste artigo, quando ocorrerem fatos que justifiquem tal decisão.

§ 3º No Processo de Avaliação de Desempenho no Estágio Probatório apurar-se-á se a


avaliação de desempenho funcional corresponde ou não com a aptidão ou capacidade
demonstradas pelo servidor no curso do estágio probatório, ficando assegurado o
contraditório e a ampla defesa.

§ 4º Confirmada a reprovação, será exonerado, ou, se estável, reconduzido ao cargo


anteriormente ocupado, observado o disposto no parágrafo único do art. 31;

§ 5º Nas hipóteses de interrupção do estágio probatório por razões que não importem em
exoneração, inclusive na hipótese de gozo de licenças legais, este deverá ser
complementado, salvo no caso do servidor ocupar cargo em comissão ou função de
confiança, em que seja exigida formação profissional idêntica àquela do cargo efetivo.

§ 6º A aquisição da estabilidade ocorrerá após Avaliação Especial de Desempenho pela


Comissão constituída para tal finalidade, onde será apurado o cumprimento ou não dos
requisitos relacionados no inciso I ao IX deste artigo, ficando assegurado o contraditório e
ampla defesa.

§ 7º A avaliação do servidor em estágio probatório não interfere nas sanções disciplinares


previstas nesta Lei Complementar, para as quais serão adotados os procedimentos legais
previstos.

§ 8º Para a avaliação que trata o caput do artigo será utilizado o Anexo I e Anexo II que é
parte integrante desta Lei.

Seção VI
DO DESENVOLVIMENTO FUNCIONAL

Art. 20. O desenvolvimento funcional na carreira do servidor dos quadros permanentes


ocorrerá conforme dispuser o Plano de Carreira.

Seção VII
DA ESTABILIDADE

Art. 21. O
servidor habilitado em concurso público, nomeado e empossado em cargo de
provimento efetivo, adquire estabilidade no serviço público ao completar 3 (três) anos de
efetivo exercício, se aprovado no estágio probatório.

Art. 22. O
servidor público estável só perderá o cargo em virtude de sentença judicial
transitada em julgado ou mediante decisão em Processo Administrativo Disciplinar em que
lhe sejam assegurados o contraditório e ampla defesa.

Seção VIII
DA TRANSFERÊNCIA

Art. 23. O
servidor dos quadros permanentes poderá ser transferido de um cargo para outro
de igual denominação, no mesmo ou em outro órgão ou entidade da Administração
pública direta ou indireta, observada a existência de vaga.

§ 1º A transferência ocorrerá de ofício, mediante ato fundamentado da autoridade


competente, ou a pedido do servidor, atendido em qualquer caso o interesse público.

§ 2º Terá preferência à transferência a pedido, quando houver mais de um candidato, o


servidor com maior tempo de serviço no cargo e, em caso de empate, aquele com maior
tempo de serviço público.

Seção IX
DO REMANEJAMENTO E READAPTAÇÃO

Fica instituído o Programa de Reabilitação Profissional - P.R.P., que compreende o


Art. 24.
remanejamento e a readaptação profissional do servidor dos quadros permanentes.

Parágrafo Único - O programa instituído neste artigo será conduzido pela Equipe Técnica
do Programa de Reabilitação Profissional, designada pelo Secretário de Administração,
composta por profissionais que possuam conhecimento técnico específico na área de
saúde, como dispuser o regulamento.

Remanejamento é a mudança temporária, não superior a 180 (cento e oitenta) dias,


Art. 25.
ou definitiva de função ou local de trabalho, que visa minimizar a repercussão das
condições ambientais desfavoráveis à saúde do servidor no exercício do cargo.

Parágrafo Único - Ao final do remanejamento, se temporário, o servidor submeter-se-á à


avaliação da Equipe Técnica do Programa de Reabilitação Profissional, que recomendará:

I - retorno ao exercício regular das funções do cargo, no caso de recuperação das


condições de saúde;

II - renovação do remanejamento, se as condições de saúde assim o recomendarem;

III - remanejamento definitivo;

IV - readaptação, se neste caso subsistir tão somente capacidade laborativa residual.

Readaptação consiste na mudança de cargo decorrente da inaptidão definitiva do


Art. 26.
servidor para o cargo originário, visando o aproveitamento de sua capacidade laborativa
residual.

§ 1º Será readaptado o servidor que apresentar modificações em seu estado de saúde


física e/ou mental, comprovadas em perícia médica, que inviabilizem a realização de
atividades consideradas essenciais ao cargo original.

§ 2º A readaptação ocorrerá para cargo com atribuições e responsabilidades compatíveis


com a limitação que o servidor tenha sofrido em sua capacidade física ou mental, podendo
ser em nível igual ou inferior ao inicial e obedecerá à habilitação legal exigida.

§ 3º A readaptação não acarretará redução ou aumento de vencimento, ficando, ainda,


asseguradas as vantagens individuais dos art. 86 e art. 87, desta lei.

Seção X
DA REVERSÃO

Art. 27. Reversão é o retorno à atividade de servidor aposentado:

I - quando insubsistentes os motivos determinantes de sua aposentadoria; ou

II - no interesse da Administração, desde que:

a) tenha solicitado a reversão;


b) a aposentadoria tenha sido voluntária;
c) estável quando na atividade;
d) aposentadoria tenha ocorrido nos três anos anteriores à solicitação;
e) haja cargo vago.
§ 1º A reversão far-se-á no mesmo cargo ou no cargo resultante de sua transformação.

§ 2º O tempo em que o servidor estiver em exercício será considerado para concessão da


aposentadoria.

§ 3º No caso do inciso I, encontrando-se provido o cargo, o servidor exercerá suas


atribuições como excedente, até a ocorrência de vaga.

§ 4º O servidor que retornar à atividade por interesse da Administração perceberá, em


substituição aos proventos da aposentadoria, a remuneração do cargo que voltar a
exercer, inclusive com as vantagens de natureza individual que percebia anteriormente à
aposentadoria.

§ 5º O servidor de que trata o inciso II deste artigo, somente terá os proventos calculados
com base nas regras atuais se for servidor efetivo e estável.

§ 6º Não poderá reverter o aposentado que já tiver completado 70 (setenta) anos de


idade.

Seção XI
DA REINTEGRAÇÃO

Reintegração é a reinvestidura do servidor estável no cargo anteriormente ocupado


Art. 28.
ou no resultante de sua transformação, quando invalidada sua demissão por decisão
judicial ou administrativa.

Parágrafo Único - Estando provido o cargo, seu eventual ocupante será lotado em outro de
atribuições e vencimentos compatíveis com o até então ocupado, seja no mesmo ou em
outro órgão ou entidade, ou posto em disponibilidade com remuneração integral.

Seção XII
DA DISPONIBILIDADE E DO APROVEITAMENTO

Extinto o cargo ou declarada por lei a sua desnecessidade, o servidor estável que o
Art. 29.
ocupava ficará em disponibilidade, com remuneração integral.

Parágrafo Único - O retorno à atividade de servidor em disponibilidade far-se-á mediante


aproveitamento obrigatório em cargo de atribuições e vencimentos compatíveis com o
anteriormente ocupado.

Será tornado sem efeito o aproveitamento e cassada a disponibilidade se o servidor


Art. 30.
não entrar em exercício no prazo de 30 (trinta) dias, contados da respectiva comunicação,
salvo se houver justo impedimento.

Seção XIII
DA RECONDUÇÃO

Recondução é o retorno do servidor estável ao cargo anteriormente ocupado e


Art. 31.
decorrerá de:

I - inabilitação em estágio probatório relativo a outro cargo;

II - reintegração do anterior ocupante.

Parágrafo Único - Encontrando-se provido o cargo de origem, o servidor será aproveitado


em outro, de atribuições e vencimentos compatíveis com o anteriormente ocupado.

CAPÍTULO II
DA VACÂNCIA

Art. 32. A vacância do cargo público decorrerá de:

I - exoneração;

II - demissão;

III - transferência;

IV - readaptação;

V - aposentadoria;

VI - posse em outro cargo inacumulável;

VII - falecimento.

Art. 33. A exoneração do servidor dos quadros permanentes dar-se-á a pedido ou de ofício.

§ 1º A exoneração de ofício será aplicada:

I - quando o servidor efetivo não entrar no exercício do cargo no prazo estabelecido;

II - quando o servidor efetivo não satisfizer as condições do estágio probatório;


III - por perda do cargo, para atender aos limites constitucionais sobre gastos com pessoal,
mediante indenização, na forma da lei federal.

§ 2º A exoneração de cargo em comissão e a dispensa de função de confiança dar-se-á:

I - a juízo da autoridade competente;

II - a pedido do próprio servidor.

Art. 34. O
servidor efetivo será demitido através de Processo Administrativo Disciplinar ou
por decisão judicial transitada em julgado.

CAPÍTULO III
DA REMOÇÃO

Remoção é o deslocamento do servidor dos quadros permanentes, a pedido ou de


Art. 35.
ofício, no âmbito do mesmo quadro.

Parágrafo Único - Para fins do disposto neste artigo, entende-se por modalidades de
remoção:

I - de ofício, no interesse da Administração;

II - a pedido, a critério da Administração;

III - em virtude de processo seletivo promovido, na hipótese em que o número de


interessados for superior ao número de vagas, de acordo com normas preestabelecidas
pelo órgão ou entidade em que aqueles estejam lotados.

CAPÍTULO IV
DA REDISTRIBUIÇÃO

Redistribuição é o deslocamento do servidor dos quadros permanentes, com o


Art. 36.
respectivo cargo, para o quadro de pessoal de outro órgão ou entidade da administração
direta ou indireta, observado o interesse público, e os seguintes preceitos:

I - interesse da administração;

II - equivalência de vencimentos;

III - manutenção da essência das atribuições do cargo;


IV - vinculação entre os graus de responsabilidade e complexidade das atividades;

V - mesmo nível de escolaridade, especialidade ou habilitação profissional;

§ 1º A redistribuição ocorrerá de ofício para ajustamento de lotação e da força de trabalho


às necessidades dos serviços, inclusive nos casos de reorganização, extinção ou criação de
órgão ou entidade;

§ 2º Nos casos de reorganização ou extinção de órgão ou entidade, extinto o cargo ou


declarada sua desnecessidade no órgão ou entidade, o servidor estável que não for
redistribuído será colocado em disponibilidade, até seu aproveitamento na forma dos arts.
29 e 30.

CAPÍTULO V
DA CESSÃO

Art. 37. O
Poder Executivo Municipal e a Câmara de Vereadores poderão, por solicitação,
através de ato próprio e mediante exposição fundamentada, fazer a cessão de servidores
dos quadros permanentes, condicionada à anuência destes, a órgãos da Administração
direta ou indireta da União, dos Estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná, de
Municípios destes mesmos Estados e de entidades educacionais, assistenciais ou
filantrópicas conveniadas com o Município de Barra Velha, por tempo determinado, sem
vencimentos ou qualquer outro tipo de ônus para o cedente, salvo se a despesa
correspondente estiver autorizada na Lei de Diretrizes Orçamentárias e na Lei
Orçamentária Anual e se demonstrado excepcional e relevante interesse público na
cessão.

Parágrafo Único - A cessão do servidor em estagio probatório será limitada pelo período
Maximo de 01 (hum) ano.

Art. 38. O
servidor dos quadros permanentes também poderá ser cedido, nas seguintes
hipóteses:

I - provimento em cargo em comissão em autarquias, fundações ou empresas públicas do


Município de Barra Velha e vice-versa;

II - nomeação em cargo de direção em empresa pública ou sociedade de economia mista


cujas ações com direito a voto, pertençam, em sua maioria, ao Município de Barra Velha;

III - provimento em cargo em comissão ou nomeação em cargo de direção em empresa


pública ou sociedade de economia mista da União, dos Estados de Santa Catarina, Rio
Grande do Sul e Paraná e de Municípios destes mesmos Estados.

Parágrafo Único - A cessão prevista neste artigo dependerá de anuência do Prefeito ou do


Presidente da Câmara de Vereadores, como for o caso, mediante a emissão de ato
próprio, com exposição fundamentada.

Art. 39. Ao
servidor, que vier a ser cedido nos termos dos arts. 37 e 38, fica assegurada a
Avaliação de Desempenho, para fins de progressão funcional, na forma prevista no Plano
de Carreira, que será realizado pelo superior hierárquico do ente público ou instituição a
que estiver cedido.

§ 1º A progressão funcional será implementada:

I - para os servidores cedidos com ônus para o cedente, quando cumpridas as condições
previstas no Plano de Carreira;

II - para os servidores cedidos sem ônus para o cedente, na data de retorno do servidor ao
órgão ou entidade de origem do Município de Barra Velha, desde que cumpridas as
condições previstas no Plano de Carreira.

Constitui condição para a cessão a continuidade das contribuições à previdência


Art. 40.
social junto ao Regime Próprio de Previdência Social dos Servidores Públicos de Barra
Velha, inclusive da quota patronal.

Parágrafo Único - Na hipótese da cessão sem ônus para o cedente, a contribuição


previdenciária patronal ficará a cargo do ente ou órgão de destino.

CAPÍTULO VI
DA SUBSTITUIÇÃO

Art. 41. O
servidor ocupante de cargo em comissão ou designado para exercer função de
confiança poderá ser substituído, quando afastado do cargo em conseqüência de férias,
licença ou impedimento temporário, desde que por período igual ou superior a 20 (vinte)
dias.

Parágrafo Único - A substituição dar-se-á por servidor dos quadros permanentes, que
perceberá o vencimento ou gratificação equivalente ao respectivo cargo em comissão ou
função de confiança, na proporção dos dias em que ela ocorrer.

TÍTULO III
DO REGIME DE TRABALHO

Art. 42. A
jornada de trabalho dos servidores será de quarenta (40) horas semanais,
ressalvadas eventuais hipóteses de compensação, ficando em qualquer caso assegurado o
cumprimento da carga horária prevista no Plano de Carreira.
Parágrafo Único - Poderão ser estabelecidos horários especiais para determinados serviços
ou para categorias específicas de servidores, de modo a atender às características próprias
da prestação dos serviços ou à natureza das atividades, tendo sempre em vista o interesse
público e os limites quanto a jornada diária ou semanal e de carga horária do caput.

Art. 43. A
jornada de trabalho poderá ser reduzida, a requerimento do servidor, com a
proporcional redução da remuneração, sempre que essa medida for necessária, em caso
de servidor estudante ou de outras situações especiais, observado o interesse público.

Art. 44. A carga horária dos Servidores da Educação será previsto em quadro próprio.

Art. 45. O
ocupante de cargo em comissão ou função de confiança submete-se a regime de
integral dedicação ao serviço, podendo ser convocado sempre que houver interesse da
Administração.

Art. 46. O
servidor será obrigado a comunicar à sua chefia imediata, no próprio dia em que,
por doença ou por força maior, não puder comparecer ao serviço, salvo em situações em
que estiver impossibilitado desde que seja devidamente comprovado.

§ 1º As faltas ao serviço por motivo de doença serão justificadas mediante apresentação


de atestado médico, para fins disciplinares e de pagamento.

§ 1º As faltas ao serviço por motivo de doença serão justificadas mediante apresentação


de atestado médico e laudo, para fins disciplinares e de pagamento; (Redação dada pela
Lei Complementar nº 159/2013)

§ 2º Considera-se atestado aquele subscrito por profissional da área da saúde, no exercício


de suas atividades no momento de atendimento do servidor, emitido sob responsabilidade
profissional.

Será concedido repouso semanal remunerado de vinte e quatro horas consecutivas,


Art. 47.
preferentemente aos domingos, e nos feriados civis e religiosos.

§ 1º A remuneração do repouso semanal corresponderá:

I - para os que trabalham por mês, à de um dia de serviço;

II - para os que trabalham por hora, à sua jornada normal de trabalho.

§ 2º Consideram-se já remunerados os dias de repouso semanal do servidor que tiver o


seu vencimento pago como mensalista.

§ 3º No trabalho realizado em dia destinado ao repouso semanal remunerado, inclusive


quanto aos dias feriados civis e religiosos, a remuneração será paga em dobro, salvo se
concedida folga compensatória noutro dia, ou conforme escala, atendendo as
necessidades de cada setor.

§ 4º Fica autorizado o gozo do repouso semanal remunerado em dia da semana diferente


ao domingo, porém, neste caso, o espaço de tempo entre uma e outra folga não será
superior a 7 (sete) dias.

§ 5º Ocorrendo o trabalho em 7 (sete) dias consecutivos sem folga, o 7º (sétimo) dia será
remunerado em dobro.

Art. 48. Os
servidores dos quadros permanentes submeter-se-ão a controle de ponto, que
poderá ser manual, mecânico ou eletrônico, a critério da Administração, onde serão
registrados os horários de entrada e saída, bem como de intervalo, este se houver.

Parágrafo Único - O registro de ponto poderá ser dispensado pelo dirigente do órgão ou da
entidade, acaso as condições da prestação dos serviços do servidor impossibilitem tal
procedimento, cujo ato deve ser fundamentado.

TÍTULO IV
DOS DIREITOS E VANTAGENS

CAPÍTULO I
DA REMUNERAÇÃO

Remuneração é o vencimento, acrescido das vantagens pecuniárias gerais ou


Art. 49.
individuais, previsto em lei.

Parágrafo Único - Nenhum servidor ativo ou inativo poderá perceber, mensalmente, dos
cofres públicos municipais, importância superior àquela fixada como remuneração, em
espécie, para o Prefeito.

Art. 50. A
menor remuneração percebida pelos servidores não será inferior ao salário
mínimo mensal, para uma jornada de 200 (duzentas) horas mensais.

§ 1º Poderá ser paga remuneração inferior ao mínimo legal quando a jornada de trabalho
cumprida for inferior a 200 (duzentas) horas mensais observadas a sua equivalência.

§ 2º Fica assegurado o recolhimento das contribuições previdenciárias sobre o salário


mínimo mensal em caso da remuneração paga ser inferior a este limite.

Art. 51. O
servidor, além das sanções disciplinares previstas nesta Lei Complementar,
perderá:

I - em dobro, as horas ou fração de horas, quando comparecer ao serviço com atraso sem
justificativa ou quando se retirar antes do término do horário de trabalho, sem a devida
autorização da chefia imediata;

II - a remuneração do dia e do repouso semanal remunerado e, bem assim, à do feriado


que recair na semana, em caso de falta injustificada.

Parágrafo Único - As faltas ao serviço por motivos particulares não serão justificadas para
qualquer efeito.

Art. 52. O
servidor dos quadros permanentes poderá optar em não receber o vencimento do
cargo em comissão, acaso seja assim provido, mantendo o seu vencimento original
acrescido dos adicionais de caráter individual.

§ 1º O exercício da opção garantirá recebimento de uma gratificação correspondente a


20% (vinte por cento) do vencimento-base da sua remuneração originária.

§ 2º Para o servidor que receba remuneração variável, a gratificação de que trata este
artigo é a definida em lei específica.

Art. 53. O
servidor não será remunerado por sua participação em órgão de deliberação
coletiva da Administração municipal, salvo nos casos especificados em lei.

Art. 54 A remuneração do servidor dos quadros permanentes compreende:


I - vencimento;
II - vantagens gerais:
a) remuneração ou compensação por serviços extraordinários;
b) adicional noturno;
c) abono de férias;
d) gratificação natalina;
e) salário-família;
f) adicionais de insalubridade e periculosidade;
III - vantagens individuais:
a) as decorrentes da evolução funcional, ou seja, os acréscimos aos vencimentos por
merecimento e tempo de serviço;
b) adicional por tempo de serviço;
c) adicional pelo exercício anterior de cargo em comissão, função de confiança ou cargo de
agente político;
d) gratificação de função;
e) adicional de função e gratificação por produtividade;
f) adicional de sobreaviso;
g) gratificação pela ministração de aulas de capacitação;
IV - compensações financeiras:
a) vale transporte;
b) reembolso de despesas de viagem;
c) diárias
d) Auxílio-Escola: Entende-se por auxílio - escola o auxílio oneroso aos cofres municipais
concedidos ao funcionário ativo e efetivo, ainda que em estágio probatório e ao
funcionário estável, que efetivamente freqüentar um curso superior, especialização, pos-
graduação, mestrado ou doutorado, na área de atuação do servidor, a critério da
administração.
e) Auxílio-saúde. Entende-se por auxílio-saúde o auxílio oneroso aos cofres municipais
concedidos aos servidores ativos e inativos do município de Barra Velha, ainda que em
estágio probatório, regulamentado por Lei especifica. (Redação acrescida pela Lei
Complementar nº 214/2017)

Art. 54. A remuneração do servidor dos quadros permanentes compreende:

I - vencimento;

II - vantagens gerais:

a) remuneração ou compensação por serviços extraordinários;


b) adicional noturno;
c) abono de férias;
d) gratificação natalina;
e) salário-família;
f) adicionais de insalubridade e periculosidade.

III - vantagens individuais:

a) as decorrentes da evolução funcional, ou seja, os acréscimos aos vencimentos por


merecimento e tempo de serviço;
b) adicional por tempo de serviço;
c) adicional pelo exercício anterior de cargo em comissão, função de confiança ou cargo de
agente político;
d) gratificação de função;
e) adicional de função e gratificação por produtividade;
f) adicional de sobreaviso;
g) gratificação pela ministração de aulas de capacitação;

IV - compensações financeiras:

a) vale transporte;
b) reembolso de despesas de viagem;
c) diárias;
d) vale refeição. (Vide Lei Complementar nº 286/2022)

V - auxílios:

a) auxílio natalidade;
b) auxílio ao servidor que possua dependente pessoa com deficiência - PCD;
c) auxílio funeral;
d) auxílio escola;
e) auxílio saúde;
f) auxílio alimentação. (Redação dada pela Lei Complementar nº 282/2021)

Art. 55. A remuneração do cargo em comissão compreende:

I - vencimento;

II - vantagens gerais:

a) abono de férias;
b) gratificação natalina;
c) salário família, na forma da lei federal;

III - adicional por tempo de serviço;

IV - compensações financeiras:

a) vale transporte;
b) reembolso de despesas de viagem;
c) diárias.

CAPÍTULO II
DO VENCIMENTO

Art. 56. Vencimento é a retribuição pecuniária do cargo, consoante nível próprio, fixado em
lei.

Parágrafo Único - O vencimento será pago por hora-plantão, nos valores e limites
estabelecidos no Plano de Carreira, aos ocupantes dos cargos de médico ou odontólogo
que trabalharem sob regime de plantão nas unidades hospitalares ou de pronto-
atendimento, conforme escalas pré-determinadas.

Art. 57. Os
vencimentos dos servidores públicos são irredutíveis, ressalvadas as hipóteses
previstas nos arts. 29 e 43 desta lei.

CAPÍTULO III
DAS VANTAGENS GERAIS

Art. 58. As
vantagens pecuniárias percebidas pelo servidor não serão computadas nem
acumuladas para fins de concessão de acréscimos ulteriores, sob o mesmo título ou
idêntico fundamento.
Seção I
DOS SERVIÇOS EXTRAORDINÁRIOS

O serviço extraordinário será remunerado com acréscimo de 50% (cinqüenta por


Art. 59
cento) em relação à hora normal de trabalho.

Art. 59. O
serviço extraordinário será remunerado com acréscimo de 50% (cinquenta por
cento) em relação à hora normal de trabalho, de segunda a sábado, e 100% (cem por
cento) nos dias de domingo e feriados. (Redação dada pela Lei Complementar
nº 266/2021)

§ 1º Aos servidores dos quadros permanentes que tiverem fixado o vencimento como
mensalista, observar-se-á, para efeito de horas extras, a carga horária constante do Plano
de Carreira, mesmo que, por decreto venha a ser estabelecida jornada de trabalho
inferior.

§ 2º Somente será permitido serviço extraordinário para atender a situações excepcionais


e temporárias, respeitados os limites máximos de 2 (duas) horas diárias e de 120 (cento e
vinte) horas semestrais, conforme se dispuser em regulamento, sempre mediante
autorização por escrito do Prefeito, Presidente da Câmara, do Secretário Municipal ou do
Presidente de autarquia, fundação ou empresa pública.

§ 2º Será permitido serviço extraordinário para atender situações excepcionais e


temporárias, respeitados o limite máximo de 05 (cinco) horas diárias, sempre mediante
autorização por escrito do Prefeito, Presidente da Câmara, do Secretário Municipal ou do
Presidente de autarquia, fundação ou empresa pública. (Redação dada pela Lei
Complementar nº 131/2012)

Art. 60. Os
servidores ocupantes de cargos de provimento em comissão ou funções de
confiança não fazem jus ao disposto no artigo anterior.

Seção II
DO ADICIONAL NOTURNO

Art. 61. O
serviço noturno, prestado em horário compreendido entre 22 (vinte e duas) horas
de um dia e 5 (cinco) horas do dia seguinte, terá o valor-hora acrescido de 20% (vinte por
cento) do valor da hora normal, computando-se cada hora como 52 (cinqüenta e dois)
minutos e 30 (trinta) segundos.

Seção III
DAS FÉRIAS
Art. 62. O
servidor terá direito a 30 (trinta) dias de férias por ano de serviço, que serão
gozadas de acordo com a escala organizada pela respectiva chefia imediata, salvo os casos
especificados nos parágrafos deste artigo.

§ 1º No caso de faltas injustificadas no decorrer do período aquisitivo, o servidor terá suas


férias reduzidas nas seguintes proporções:

I - de 6 (seis) a 14 (quatorze) faltas, redução de 6 (seis) dias;

II - de 15 (quinze) a 23 (vinte e três) faltas, redução de 12 (doze) dias;

III - de 24 (vinte e quatro) a 32 (trinta e duas) faltas, redução de 18 (dezoito) dias;

IV - acima de 32 (trinta e duas) faltas, o servidor perderá o direito de que trata o caput
deste artigo.

§ 2º As férias poderão ser parceladas em até 2 (duas) etapas, desde que assim requeridas
pelo servidor, e no interesse da Administração.

Somente depois de 12 (doze) meses de efetivo exercício o servidor adquirirá direito


Art. 63.
de férias, que poderão ser acumuladas até o máximo de 2 (dois) períodos, em caso de
necessidade do serviço.

Parágrafo Único - O servidor que opera direta e permanentemente com "Raio X" ou
substâncias radioativas gozará 20 (vinte) dias consecutivos de férias, por semestre de
atividades profissionais, vedada a acumulação, sob qualquer hipótese.

Suspender-se-á a contagem do período aquisitivo às férias no período de licença do


Art. 64.
servidor, inclusive para atuar como conselheiro tutelar, devendo ele ser completado no
retorno à atividade, exceto nos casos de licença-maternidade, licença para tratamento de
saúde e licença por acidente em serviço, até seis (6) meses. E perderá o direito às férias o
servidor que no curso do período aquisitivo:

I - permanecer em gozo de licença, com ou sem a percepção de vencimentos, por mais de


30 (trinta) dias, salvo nos casos dos incisos II e III;

II - tiver gozado, no caso de efetivo, licença para tratamento de saúde por mais de 6 (seis)
meses;

III - tiver percebido da Previdência Social, no caso de ocupante de cargo em comissão,


prestações de acidente de trabalho ou de auxílio-doença por mais de 6 (seis) meses,
embora descontínuos.

Parágrafo Único - Iniciar-se-á o decurso de novo período aquisitivo quando o servidor,


após o implemento de qualquer das condições previstas neste artigo, retornar ao serviço.
Art. 65. O
servidor exonerado perceberá as férias proporcionais aos meses de efetivo
exercício, sendo que a fração igual ou superior a 15 (quinze) dias será considerada como
mês integral.

Art. 66. O
servidor que pedir exoneração antes de completar 12 (doze) meses de efetivo
exercício, terá direito às férias proporcionais nos termos do art. 65, desta lei.

Art. 67.É facultado ao servidor converter 1/3 (um terço) das férias em abono pecuniário,
desde que o requeira com pelo menos 30 (trinta) dias de antecedência da data de seu
início.

Art. 68. Ao
entrar em gozo de férias, faz jus o servidor a um adicional correspondente a 1/3
(um terço) da remuneração devida no período das férias, a ser pago antes do seu início.

As férias serão remuneradas com o vencimento, acrescido da média das verbas de


Art. 69
cunho remuneratório percebidas durante o correspondente período aquisitivo,
ressalvadas as exceções previstas em lei.

Art. 69. As
férias serão remuneradas com os vencimentos atuais, acrescidos da média das
verbas de cunho remuneratório percebidas durante o correspondente período aquisitivo,
ressalvadas as exceções previstas em lei. (Redação dada pela Lei Complementar
nº 292/2022)

Parágrafo Único - As férias do servidor do quadro permanente, que durante o período


aquisitivo tiver ocupado cargo em comissão ou exercido função de confiança, serão
remuneradas proporcionalmente com o vencimento deste cargo ou com a gratificação de
função.

Seção IV
DA GRATIFICAÇÃO NATALINA OU DÉCIMO TERCEIRO SALÁRIO

Art. 70. A
gratificação natalina ou décimo terceiro salário corresponderá a 1/12 (um doze
avos) da remuneração a que o servidor fizer jus no mês de dezembro, por mês de exercício
no respectivo ano, acrescida da média das verbas de cunho remuneratório percebidas,
ressalvadas as exceções de lei.

§ 1º A fração igual ou superior a 15 (quinze) dias será considerada como mês integral.

§ 2º Na concessão de férias entre os meses de fevereiro a novembro, será assegurada ao


servidor a antecipação de metade do valor da gratificação ou décimo terceiro salário,
sempre que este a requerer no mês de janeiro do correspondente ano.

§ 3º O valor da gratificação ou décimo terceiro salário do servidor dos quadros


permanentes que, durante o ano, tiver ocupado cargo em comissão ou exercido função de
confiança, será calculado proporcionalmente à remuneração percebida durante o período.

Art. 71. A
gratificação ou décimo terceiro salário será paga até o dia 20 (vinte) do mês de
dezembro de cada ano.

Art. 72. O
servidor exonerado perceberá sua gratificação natalina ou décimo terceiro salário
proporcionalmente aos meses de efetivo exercício, calculada sobre a remuneração do
cargo ocupado.

Art. 73. O
servidor a quem for aplicada a pena de demissão fará jus à gratificação natalina ou
décimo terceiro salário proporcional ao tempo trabalhado no ano.

Art. 74. A
gratificação natalina ou décimo terceiro salário não será considerada para cálculo
de qualquer vantagem pecuniária.

Seção V
DO SALÁRIO-FAMÍLIA

Art. 75 - O
salário família é devido ao servidor por dependente econômico, que tenha os
proventos mensais iguais ou inferiores ao valor máximo fixado em lei federal específica.

Parágrafo Único - Consideram-se dependentes econômicos para efeito de percepção do


salário-família:

I - os filhos de qualquer condição até quatorze anos de idade ou, se inválido, de qualquer
idade;

II - o menor de quatorze anos que mediante autorização judicial viver na companhia e a


expensas do servidor;

III - a mãe e o pai inválidos e sem economia própria, devidamente comprovada.

Art. 76 - Quando o pai e mãe forem servidores públicos, o salário-família será pago a ambos.

Art. 77 - O
salário família não está sujeito a qualquer tributo, nem servirá de base para
qualquer contribuição, inclusive para o regime previdenciário.

Cada cota do salário-família corresponderá à porcentagem fixada em lei federal e


Art. 78 -
será devida a partir da data em que for protocolizado o requerimento, se devidamente
instruído com os documentos comprobatórios.

Seção VI
DOS ADICIONAIS DE INSALUBRIDADE E PERICULOSIDADE

Serão consideradas atividades ou operações insalubres aquelas que, por sua


Art. 79.
natureza, condições ou métodos de trabalho, exponham os servidores a agentes nocivos à
saúde, acima dos limites de tolerância fixados em razão da natureza e da intensidade do
agente e do tempo de exposição aos seus efeitos.

Art. 80. O
quadro das atividades e operações insalubres e normas e critérios de
caracterização da insalubridade, limites de tolerância aos agentes agressivos, meios de
proteção e o tempo máximo de exposição do servidor a esses agentes serão os fixados na
legislação federal.

Parágrafo Único - O exercício de trabalho em condições insalubres, acima dos limites de


tolerância estabelecidos pela legislação, assegura a percepção de adicional
respectivamente de 40% (quarenta por cento), 20% (vinte por cento) e 10% (dez por
cento) do salário mínimo nacional, segundo se classifiquem nos graus máximo, médio e
mínimo.

§ 1º O exercício de trabalho em condições insalubres, acima dos limites de tolerância


estabelecidos pela legislação, assegura a percepção de adicional respectivamente de 40%
(quarenta por cento), 20% (vinte por cento) e 10% (dez por cento) do salário mínimo
nacional, segundo se classifiquem nos graus máximo, médio e mínimo. (Redação acrescida
pela Lei Complementar nº 295/2022)

§ 2º Exclusivamente, aos cargos de Técnico em Radiologia, Agente de Controle da Dengue


e Agente Comunitário de Saúde, a percepção de adicional de insalubridade e/ou
periculosidade, será calculado sobre o salário-base correspondente aos cargos
mencionados. (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 295/2022)

São consideradas atividades ou operações perigosas, aquelas que, por sua natureza
Art. 81.
ou métodos de trabalho, impliquem o contato permanente com inflamáveis ou explosivos
em condições de risco acentuado e outras previstas em legislação federal.

Parágrafo Único - O trabalho em condições de periculosidade assegura ao servidor um


adicional de 30% (trinta por cento) sobre o seu vencimento padrão..

Art. 82. O
servidor que fizer jus ao adicional de insalubridade e de periculosidade optará por
um deles, não sendo estas vantagens acumuláveis.

Art. 83. O
servidor que fizer jus aos adicionais de insalubridade e de periculosidade, de
acordo com o laudo técnico das condições de ambiente de trabalho, deverá optar por um
deles, não sendo acumuláveis estas vantagens.

§ 1º É proibido à servidora gestante ou lactante o trabalho em atividade ou operações


consideradas insalubres ou perigosas.
§ 2º Os locais de trabalho e os servidores que operam com Raios X ou substâncias
radioativas devem ser mantidos sob controle permanente, de modo que as doses de
radiação ionizantes não ultrapassem o nível máximo previsto na legislação própria.

§ 3º Os servidores a que se refere o caput devem ser submetidos a exames médicos


periódicos, de acordo com a natureza do cargo, pagos pelo Município.

Art. 84. O
direito do servidor ao adicional de insalubridade ou de periculosidade cessará com
a eliminação ou neutralização do risco à sua saúde ou integridade física, ou pela
interrupção da atividade.

CAPÍTULO IV
DAS VANTAGENS INDIVIDUAIS

Seção I
DOS ACRÉSCIMOS AOS VENCIMENTOS

Art. 85. O
servidor perceberá acréscimos ao vencimento segundo seu desenvolvimento
funcional, nos termos estabelecidos no Plano de Carreira.

Seção II
DO ADICIONAL POR TEMPO DE SERVIÇO

Art. 86. O
adicional por tempo de serviço é devido à razão de 1% (hum por cento) sobre o
vencimento padrão do servidor, a cada ano de efetivo serviço no Município.

Parágrafo Único - O servidor fará jus ao adicional a partir do mês em que completar o
anuênio, passando a integrar a sua remuneração para todos os efeitos, inclusive os de
aposentadoria e disponibilidade.

Seção III
DO ADICIONAL DE FUNÇÃO E DA GRATIFICAÇÃO POR PRODUTIVIDADE

Poderão ser criados por lei adicionais ou gratificações para determinadas categorias
Art. 87.
de servidores, de modo a compensar os encargos decorrentes de funções especiais que se
apartam da atividade ordinária ou a remunerar acréscimos de trabalho que superam os
padrões de normalidade.

§ 1º - Ao servidor investido por ato do chefe do respectivo poder, em função de confiança


com cargo de chefe de setor, é devida uma gratificação pelo seu exercício. Os percentuais
de gratificação serão estabelecidos no ato da investidura em percentuais sobre o
respectivo vencimento do cargo de origem do servidor de acordo com a gama de
responsabilidade da função, não podendo, no entanto ser superior a 50% (cinqüenta por
cento) do vencimento.

§ 2º - A gratificação de que trata este artigo é transitória e será paga somente durante o
exercício da função de confiança, condição "sine qua non" para a sua percepção, não se
incorporando em hipótese alguma ao vencimento para qualquer fim.

Seção IV
DO ADICIONAL DE SOBREAVISO

Art. 88. A
lei poderá instituir adicional de sobreaviso aos ocupantes de cargos de médico ou
odontólogo, lotados em unidades hospitalares ou de pronto-atendimento, bem como aos
demais servidores dos quadros permanentes cujos serviços sejam, costumeiramente,
necessários fora do horário normal de trabalho.

§ 1º Os períodos de sobreaviso, fixados em escalas, serão remunerados pelo valor


correspondente a 1/3 (um terço) da hora-padrão do servidor.

§ 2º As horas efetivamente trabalhadas durante o período de sobreaviso serão


remuneradas com base na hora-padrão do servidor.

Seção V
DA GRATIFICAÇÃO POR MINISTRAÇÃO DE AULAS DE CAPACITAÇÃO

Fica instituída uma gratificação aos servidores dos quadros permanentes que vierem
Art. 89.
a ministrar aulas em eventos de capacitação de pessoal, assim entendidos os cursos,
oficinas, seminários ou assemelhados, conduzidos ou realizados sob a supervisão da
Secretaria de Administração, como dispuser o regulamento.

CAPÍTULO V
DAS COMPENSAÇÕES FINANCEIRAS

Art. 90 Constituem compensações financeiras:


I - vale transporte;
II - reembolso de despesas de viagem;
III - diárias.

Art. 90. Constituem compensações financeiras:


I - vale transporte;

II - reembolso de despesas de viagem;

III - diárias;

IV - vale refeição. (Redação dada pela Lei Complementar nº 282/2021)

Art. 91. O
vale transporte será devido ao servidor nos deslocamentos de ida e volta, no
trajeto entre sua residência e seu local de trabalho, na forma estabelecida em lei federal.

Consiste o vale transporte na complementação, pelo Município, da parcela de


Art. 92.
despesas a esse título que, suportada pelo servidor, exceda a 6% (seis por cento) do seu
vencimento.

Art. 93. O
servidor que se deslocar a serviço do Município poderá ser reembolsado das
despesas de viagem que excederem ao valor da diária.

Art. 93-A O
vale refeição tem caráter indenizatório para ressarcimento de despesas com
alimentação quando o servidor estiver em jornada de trabalho, não sendo considerado
como verba remuneratória para quaisquer efeitos.

Parágrafo único. O vale refeição será regulamentado através de decreto ou resolução, que
fixará os servidores, critérios e valores da compensação. (Redação acrescida pela Lei
Complementar nº 282/2021)

CAPÍTULO VI
DOS AUXÍLIOS

Seção I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 94 Conceder-se-á aos servidores os seguintes auxílios:


I - auxílio natalidade;
II - auxílio ao servidor com filho com deficiência ou perturbação mental;
III - assistência a funeral.

Art. 94. Conceder-se-á aos servidores os seguintes auxílios:

I - Auxílio natalidade;

II - Auxílio ao servidor que possua dependente pessoa com deficiência - PCD;

III - Auxílio funeral;


IV - Auxílio escola;

V - Auxílio saúde;

V - Auxílio alimentação. (Redação dada pela Lei Complementar nº 282/2021)

Seção II
DO AUXÍLIO NATALIDADE

Art. 95. O
auxílio natalidade será devido ao servidor por ocasião do nascimento de filho ou
adoção e corresponderá ao menor vencimento dos servidores.

Parágrafo Único - O auxílio-natalidade deverá ser requerido no prazo de 90 (noventa) dias


que se seguirem à data de nascimento, devendo ser instruído com a certidão de
nascimento do menor.

Art. 96. Quando o pai e a mãe forem servidores, o benefício será devido uma única vez e
pago à mãe.

Tratando-se de parto múltiplo, serão devidos tantos auxílios-natalidade quantos


Art. 97.
forem os filhos nascidos.

Art. 98. Oauxílio natalidade será pago à viúva se o servidor falecer antes do nascimento do
filho, estando a viúva já grávida ao tempo do falecimento.

Parágrafo Único - Na hipótese da servidora falecer durante o parto, o viúvo receberá o


auxílio-natalidade.

Art. 99. O auxílio-natalidade será pago, ainda, em caso de natimorto.

Seção III
DO AUXÍLIO AO SERVIDOR COM FILHO COM DEFICIÊNCIA OU PERTURBAÇÃO MENTAL
SEÇÃO III
DO AUXÍLIO AO SERVIDOR QUE POSSUI DEPENDENTE PESSOA COM DEFICIÊNCIA - PCD
(Redação dada pela Lei Complementar nº 282/2021)

Será concedido auxílio mensal ao servidor com filho com deficiência ou perturbação
Art. 100
mental, que corresponderá a 30% (trinta por cento) do menor vencimento dos servidores,
mais a assunção das despesas de matrícula e mensalidades em escola especial e/ou
tratamento especializado, que serão pagas a essas instituições até o limite de 70% (setenta
por cento) do menor vencimento citado.
§ 1º A concessão do auxílio dependerá da verificação da condição da deficiência ou
perturbação, mediante apresentação de atestado médico atualizado anualmente, que
avaliará a condição de portador de deficiência, para fins deste artigo, nos termos da
regulamentação própria.
§ 2º O auxílio ao servidor com filho com deficiência ou perturbação deverá ser requerido
com laudo médico pericial atestado pela Perícia Médica Oficial junto à Diretoria de
Recursos Humanos.

Será concedido auxílio mensal ao servidor com dependente pessoa com deficiência
Art. 100.
- PCD, que corresponderá a 30% (trinta por cento) do menor vencimento dos servidores,
mais a assunção das despesas de matrícula e mensalidades em escola especial e/ou
tratamento especializado, que serão pagas a essas instituições até o limite de 70% (setenta
por cento) do menor vencimento citado.

§ 1º A concessão do auxílio dependerá da verificação da condição do dependente,


mediante apresentação de atestado médico atualizado anualmente, que avaliará a
condição de pessoa com deficiência, para fins deste artigo, nos termos da regulamentação
própria.

§ 2º O auxílio ao servidor que possui dependente pessoa com deficiência - PCD, deverá ser
requerido com laudo médico pericial atestado pela Junta Médica do Município. (Redação
dada pela Lei Complementar nº 282/2021)

Seção IV
DA ASSISTÊNCIA À FUNERAL

Art. 101. A
assistência a funeral será devida à família do servidor por ocasião de seu
falecimento, em valor equivalente ao montante dos gastos com funeral, até o limite de 2
(duas) vezes o valor do menor vencimento dos servidores.

Parágrafo Único - O benefício será pago no prazo de 10 (dez) dias úteis a partir de seu
requerimento, por meio de procedimento sumaríssimo, à pessoa que houver custeado o
funeral.

Em caso de falecimento de servidor em serviço fora do Município, inclusive no


Art. 102.
exterior, as despesas de transporte do corpo correrão à conta de recursos da Unidade na
qual o servidor estiver lotado.

Seção V
Do Auxílio Escola (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 282/2021)

Art. 102-A Entende-se porauxílio escola o auxílio oneroso aos cofres municipais concedidos
ao funcionário ativo e efetivo, ainda que em estágio probatório e ao funcionário estável,
que efetivamente frequentar curso superior, especialização, pós-graduação, mestrado ou
doutorado, na área de atuação do servidor, a critério da administração.

§ 1º O auxílio escola será concedido através de bolsa de estudo cujo valor será
determinado em lei complementar que dispõe sobre plano de cargos e carreiras.

§ 2º A concessão de bolsa de estudos processar-se-á através de reembolso e da


comprovação da frequência escolar. (Redação acrescida pela Lei Complementar
nº 282/2021)

Seção VI
Do Auxílio Saúde (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 282/2021)

Art. 102-B Entende-se porauxílio-saúde o auxílio oneroso aos cofres municipais concedidos
aos servidores ativos e inativos do município de Barra Velha, ainda que em estágio
probatório, regulamentado por lei específica. (Redação acrescida pela Lei Complementar
nº 282/2021)

Seção VII
Do Auxílio Alimentação (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 282/2021)

Art. 102-C O
auxílio alimentação será concedido ao servidor nas condições estabelecidas em
lei específica.

§ 1º Cada poder regulamentará o auxílio alimentação em seu âmbito.

§ 2º O auxílio alimentação será estendido a demais órgãos descentralizados como


autarquias, fundações municipais e conselho tutelar. (Redação acrescida pela Lei
Complementar nº 282/2021)

CAPÍTULO VII
DAS LICENÇAS

Seção I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 103. Conceder-se-á ao servidor dos quadros permanentes as seguintes licenças:

I - para dirigir o sindicato da categoria e a Associação dos Servidores Públicos do Município


de Barra Velha;
II - prêmio por assiduidade;

III - para tratar de interesses particulares;

IV - para tratamento de saúde;

V - à gestante e à adotante;

VI - por acidente em serviço;

VII - por motivo de doença em pessoa da família;

VIII - para o serviço militar;

IX - para atividade política;

X - para exercer cargo eletivo.

Seção II
DA LICENÇA PARA DIRIGIR O SINDICATO DA CATEGORIA E A ASSOCIAÇÃO DOS SERVIDORES
PÚBLICOS DO MUNICÍPIO DE BARRA VELHA

Art. 104. O servidor dos quadros permanentes poderá ser licenciado para:

I - dirigir o sindicato de representação dos servidores do Município;

II - dirigir a Associação dos Servidores Públicos do Município de Barra Velha.

Art. 105. A licença será concedida:

I - a 2 (dois) servidores, para dirigir o sindicato da categoria, eleitos e indicados pela


entidade sindical, com remuneração;

II - a 1 (hum) servidor, para dirigir a Associação dos Servidores Públicos do Município de


Barra Velha, eleito e indicado pela entidade, com remuneração;

§ 1º O servidor será exonerado do cargo em comissão ou função de confiança antes do


início da licença.

§ 2º A remuneração de que tratam os incisos I e II corresponderá ao vencimento,


vantagens e auxílios devidos aos quadros permanentes.

Seção III
DA LICENÇA-PRÊMIO POR ASSIDUIDADE

Art. 106. A
cada qüinqüênio de efetivo e ininterrupto exercício no serviço público municipal,
o servidor dos quadros permanentes fará jus a 3 (três) meses de licença remunerada, a
título de prêmio por assiduidade.

§ 1º As faltas individuais injustificadas ao serviço, retardarão o período aquisitivo da


licença-prêmio por assiduidade, na proporção de 1 (um) mês para cada falta.

§ 2º Em caso de penalidade disciplinar de suspensão, o período aquisitivo da licença-


prêmio por assiduidade ficará retardado na proporção de 2 (dois) anos para cada
penalidade aplicada.

§ 3º O servidor será exonerado do cargo em comissão ou função de confiança antes do


início da licença.

§ 4º A remuneração da licença que trata este artigo corresponderá ao vencimento,


vantagens e auxílios devidos aos quadros permanentes.

Será suspensa a contagem de tempo para efeito de aquisição do direito à licença-


Art. 107.
prêmio por assiduidade durante os períodos em que o servidor afastar-se de seu cargo em
virtude de:

I - licença para tratar de interesses particulares, sem remuneração;

II - condenação a pena privativa de liberdade, por sentença definitiva;

III - licença por motivo de doença em pessoa da família, sem remuneração.

Art. 108. O
direito à licença-prêmio por assiduidade poderá ser exercido a qualquer tempo, a
requerimento do interessado, desde que atendido o interesse do serviço público, de modo
ainda, que possa ser usufruída integralmente antes da aposentadoria.

§ 1º A licença-prêmio poderá ser usufruída em até 3 (três) períodos, ressalvado o interesse


público, ficando a critério do interessado à época da fruição, desde que se manifeste com
antecedência mínima de 45 (quarenta e cinco) dias.

§ 2º O número de servidores em gozo simultâneo de licença-prêmio não poderá ser


superior a 1/5 (um quinto) da lotação da respectiva unidade administrativa, órgão ou
entidade.

Será pago à família do servidor falecido o valor correspondente à licença-prêmio


Art. 109.
por assiduidade a que fizer jus, se ainda não concedida.

Art. 110. A requerimento do servidor poderá ser convertida a licença-prêmio por assiduidade
em pecúnia, o que se dará a título de indenização, a critério da administração.

Art. 111. Por


ocasião da aposentadoria, caso a licença-prêmio por assiduidade não tenha
sido gozada ou indenizada a requerimento do servidor será ela indenizada de ofício pela
Administração, e dar-se-á até a data da concessão deste benefício previdenciário.

Seção IV
DA LICENÇA PARA TRATAR DE INTERESSES PARTICULARES

Art. 112. A
critério da Administração, poderá ser concedida ao servidor dos quadros
permanentes, excetuados aqueles em estágio probatório, licença para o trato de assuntos
particulares, pelo prazo de até 4 (quatro) anos consecutivos, sem remuneração, a
requerimento do Servidor.

Parágrafo Único - A licença poderá ser interrompida, a qualquer tempo, a pedido do


servidor ou no interesse do serviço.

Art. 113. Ao
servidor dos quadros permanentes, excetuados aqueles em estágio probatório,
cujo cônjuge for servidor federal, estadual ou municipal e tiver sido mandado servir, ex-
officio, em outro ponto do território nacional, ou no estrangeiro, será concedida licença
sem remuneração, pelo prazo de até 4 (quatro) anos consecutivos, desde que atendido o
interesse público.

Parágrafo Único - A licença será concedida mediante pedido, devidamente instruído.

Não se concederá nova licença antes de decorridos 2 (dois) anos do término da


Art. 114.
anterior, independentemente dela ter sido concedida por ato discricionário da
Administração ou em face do cônjuge ter sido mandado servir, ex-officio, em outro ponto
do território nacional, ou no estrangeiro.

Seção V
DA LICENÇA PARA TRATAMENTO DE SAÚDE

Será concedida licença para tratamento de saúde ao servidor dos quadros


Art. 115.
permanentes incapacitado ao trabalho, respeitados os seguintes critérios:

I - o afastamento pelo prazo inferior ou igual a 30 (trinta) dias dar-se-á mediante avaliação
do médico do trabalho vinculado à Área de Medicina e Segurança do Trabalho, a quem
incumbirá emitir o correspondente atestado;

II - o afastamento superior a 31 (trinta e um) dias, inclusive, dar-se-á mediante avaliação


por médico-perito vinculado à Área de Medicina e Segurança do Trabalho, a quem
incumbirá emitir o correspondente atestado.

Sempre que necessária, a inspeção médica será realizada na residência do servidor


Art. 116.
ou no estabelecimento hospitalar onde se encontrar internado.

Art. 117. O
médico do trabalho e o médico-perito, ao seu respectivo critério, poderão, a
qualquer tempo, no curso da licença para tratamento de saúde, fixar data na qual o
servidor deverá se submeter à avaliação médica intermediária de suas condições de saúde.

Parágrafo Único - O servidor que se recusar a se submeter a estas avaliações médicas


intermediárias, terá sua licença suspensa, com a perda da remuneração deste período.

Art. 118. O
servidor dos quadros permanentes em licença para tratamento de saúde,
receberá durante o período de afastamento, o valor do seu vencimento, acrescido das
vantagens e auxílios.

Fica assegurado ao servidor dos quadros permanentes que tiver sido nomeado para
Art. 119.
cargo em comissão ou função de confiança, cuja licença para tratamento de saúde seja
concedida no seu exercício, perceber nos primeiros 180 (cento e oitenta) dias o
vencimento ou gratificação, como for o caso, e vantagens deste cargo ou função, data a
partir da qual obrigatoriamente será exonerado.

Art. 120. Oservidor, no curso da licença para tratamento de saúde, abster-se-á de exercer
qualquer atividade remunerada, de caráter contínuo, ou mesmo gratuita, mas que possa
interferir ou retardar sua recuperação, sob pena de cassação imediata da licença, com
perda total da remuneração correspondente ao período já gozado, sujeitando-se, ainda, às
sanções disciplinares previstas nesta Lei Complementar.

Caberá ao perito-médico a avaliação quanto a incapacidade laborativa definitiva do


Art. 121.
servidor.

Seção VI
DA LICENÇA À GESTANTE E À ADOTANTE

Será concedida licença à servidora gestante por 180 (cento e oitenta) dias
Art. 122.
consecutivos, sem prejuízo da remuneração.

§ 1º O direito a licença poderá ser exercido entre o 28º (vigésimo oitavo) dia antes do
parto e a ocorrência deste, mediante a apresentação de atestado médico.

§ 2º Em caso de parto antecipado, a servidora terá direito aos 120 (cento e vinte) dias
previstos neste artigo.

Art. 123. No caso de natimorto, decorridos 30 (trinta) dias do evento, a servidora será
submetida a avaliação médica, e se julgada apta, reassumirá o exercício do cargo.

Parágrafo Único - Idêntica regra adotar-se-á à servidora cujo filho falecer no prazo de até
15 (quinze) dias do seu nascimento.

No caso de aborto espontâneo atestado por médico oficial, a servidora terá direito
Art. 124.
a 15 (quinze) dias de repouso remunerado.

Art. 125. À
servidora que adotar ou tiver a guarda judicial de criança, serão concedidos 120
(cento e vinte) dias de licença remunerada para a adaptação do adotado ao novo lar.

Parágrafo Único - Idêntica licença conceder-se-á ao servidor do sexo masculino que conste
como único adotante.

Art. 126. Para


amamentar o próprio filho, até a idade de seis meses, a servidora lactante terá
direito, durante a jornada de trabalho, a uma hora de descanso, que poderá ser parcelada
em dois períodos de meia hora.

Seção VII
DA LICENÇA POR ACIDENTE EM SERVIÇO

Será licenciado, com remuneração integral, incluindo-se os auxílios, o servidor dos


Art. 127.
quadros permanentes acidentado em serviço.

Configura acidente em serviço o dano físico ou mental sofrido pelo servidor que se
Art. 128.
relacione, mediata ou imediatamente, com as atribuições do cargo exercido.

Art. 129. O
nexo causal deverá ser estabelecido no prazo de dez dias, prorrogável quando as
circunstâncias o exigirem.

Art. 130. Os
acidentes de trabalho serão registrados na Diretoria de Recursos Humanos, cuja
emissão do formulário Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) incumbirá ao chefe
imediato do servidor, mediante a homologação do médico do trabalho ou médico-perito,
conforme for o caso.

Parágrafo Único - Em caso da ausência de emissão da Comunicação de Acidente de


Trabalho (CAT) pela chefia imediata, fica facultada a sua emissão pelo servidor acidentado,
seus dependentes e ao Sindicato dos Servidores Públicos do Município de Barra Velha.

Art. 131. Aplicar-se-ão


a esta licença, no que couber, os critérios e condições previstos em
face da licença para tratamento de saúde.

Seção VIII
DA LICENÇA POR MOTIVO DE DOENÇA EM PESSOA DA FAMÍLIA

Art. 132. O
servidor dos quadros permanentes poderá obter licença por motivo de doença
do cônjuge ou companheiro, dos filhos, dos enteados menores sob guarda tutelar e dos
pais que vivam as suas expensas e conste do seu assentamento individual, desde que
prove ser indispensável a sua assistência pessoal, e esta não possa ser prestada
simultaneamente com o exercício do cargo, o que deverá ser apurado através de parecer
médico-social.

Parágrafo Único - A licença será concedida por até 90 (noventa) dias, prorrogável por até
outros 90 (noventa) dias, com a remuneração prevista aos quadros permanentes, incluídos
os auxílios, e, a partir daí, até se completarem 4 (quatro) anos, sem remuneração.

No curso da licença por motivo de doença em pessoa da família o servidor abster-


Art. 133.
se-á de exercer qualquer atividade remunerada, de caráter contínuo, ou mesmo gratuita,
sob pena de cassação imediata da licença, com perda total da remuneração
correspondente ao período já gozado, sujeitando-se, ainda, às sanções disciplinares
previstas nesta Lei Complementar.

Seção IX
DA LICENÇA PARA O SERVIÇO MILITAR

Art. 134. Ao
servidor efetivo convocado para o serviço militar será concedida licença à vista
de documento oficial.

§ 1º Do vencimento do servidor será descontada a importância percebida na qualidade de


incorporado, salvo se fizer opção pelas vantagens remuneratórias do serviço militar.

§ 2º Ao servidor desincorporado será concedido prazo não excedente a 7 (sete) dias para
reassumir o exercício do cargo sem perda do vencimento.

Seção X
DA LICENÇA PARA ATIVIDADE POLÍTICA

Art. 135. Oservidor dos quadros permanentes terá direito a licença, sem remuneração,
durante o período que mediar entre a sua escolha, em convenção partidária, como
candidato a cargo eletivo, e a véspera do registro de sua candidatura perante a Justiça
Eleitoral.

Parágrafo Único - A partir do registro da candidatura e até o 10º (décimo) dia seguinte ao
da eleição, o servidor fará jus a licença como se em efetivo exercício estivesse, sem
prejuízo da correspondente remuneração, mediante comunicação, por escrito, do
afastamento.

Seção XI
DA LICENÇA PARA EXERCER CARGO ELETIVO

Art. 136. O
servidor dos quadros permanentes eleito e empossado ou nomeado para cargo
eletivo, será afastado com prejuízo da remuneração.

§ 1º Se eleito Prefeito ou Vice-Prefeito de Barra Velha, poderá optar pela remuneração dos
quadros permanentes.

§ 2º Se eleito Vereador de Barra Velha e havendo compatibilidade de horários, poderá


acumular os cargos, bem como a sua remuneração com o subsídio.

§ 3º Se eleito Vereador de Barra Velha e não havendo compatibilidade de horários, será


afastado do cargo, podendo optar pela remuneração.

Em todos os casos de afastamento para o exercício de cargo eletivo, o servidor


Art. 137.
continuará contribuindo para a previdência social sobre a sua remuneração, cujo período
não será contado para a progressão funcional prevista em Plano de Carreira.

Seção XII
DE OUTRAS LICENÇAS

Art. 138. O
servidor poderá ausentar-se do serviço, na data ou a partir do evento
considerado, sem prejuízo de sua remuneração e auxílios:

I - por 1 (um) dia, para doação de sangue, a cada período de 6 (seis) meses;

II - por 1 (um) dia, para se alistar como eleitor;

III - por 8 (oito) dias consecutivos, por falecimento de cônjuge, irmãos, ascendentes e
descendentes até 2º grau;

IV - por 8 (oito) dias consecutivos, em virtude de seu casamento;

V - por 5 (cinco) dias consecutivos, a título de licença paternidade, pelo nascimento ou


adoção de filhos.

Art. 139. O
servidor dos quadros permanentes eleito para exercer o cargo de Conselheiro
Tutelar ficará licenciado, podendo optar pela sua remuneração.
Parágrafo Único - Durante a licença deste artigo, o servidor continuará contribuindo para a
previdência social sobre a sua remuneração, cujo período não será contado para a
progressão funcional prevista em Plano de Carreira.

TÍTULO V
DO TEMPO DE SERVIÇO

Considera-se tempo de serviço todo aquele em que o servidor tenha estado à


Art. 140.
disposição do Município, prestando-lhe seus serviços e deste percebendo remuneração.

§ 1º Fica expressamente reconhecido como tempo de serviço, para fins deste artigo e
demais direitos e vantagens previstos nesta lei complementar, o período em que o
servidor tenha prestado serviços na condição de empregado, submetido à Consolidação
das Leis do Trabalho - CLT, ou estatutário subordinado à Lei Complementar nº 03, de 27 de
dezembro de 1993.

§ 2º Não se inclui neste artigo o tempo de serviço que eventualmente o servidor tenha
prestado ao Município na qualidade de contratado, para a execução de serviço temporário
de excepcional interesse público, salvo para fins previdenciários.

Art. 141. A
apuração do tempo de serviço será feita em dias, que serão convertidos em anos,
considerado o ano de 365 (trezentos e sessenta e cinco) dias, através de certidão oficial de
tempo de serviço.

Art. 142. Além


das ausências ao serviço do art. 139, desta lei, serão considerados como de
efetivo exercício os afastamentos em virtude de:

I - férias;

II - licença para tratamento de saúde;

III - licença por acidente em serviço;

IV - licença para dirigir o sindicato da categoria e a Associação dos Servidores Públicos do


Município de Barra Velha;

V - licença prêmio por assiduidade;

VI - licença à gestante e ao adotante;

VII - licença para o serviço militar;

VIII - licença para exercer cargo eletivo;


IX - atuação como Conselheiro Tutelar;

X - cessão, nos termos dos arts. 37 e 38.

TÍTULO VI
DO DIREITO DE PETIÇÃO

Será assegurado ao servidor requerer, pedir reconsideração e recorrer de decisões


Art. 143.
que digam respeito aos seus interesses individuais.

Art. 144. O
requerimento será dirigido à autoridade competente para decidir, por intermédio
daquela a que estiver imediatamente subordinado o requerente, devendo, em todos os
casos, ser fornecida resposta formal ao servidor.

Caberá pedido de reconsideração, que não pode ser renovado, à autoridade que
Art. 145.
tenha expedido o ato ou proferido a primeira decisão.

Parágrafo Único - O requerimento e o pedido de reconsideração deverão ser decididos


dentro de 60 (sessenta) dias, prorrogáveis por igual período, em caso de diligência.

Art. 146. Caberá recurso do indeferimento do pedido de reconsideração.

§ 1º O recurso será dirigido à autoridade imediatamente superior à que tenha proferido a


decisão, devendo ser decidido no prazo de 60 (sessenta) dias.

§ 2º Os pedidos de reconsideração e os recursos não têm efeito suspensivo, porém os que


forem providos darão lugar às retificações necessárias, retroagindo seus efeitos à data do
ato impugnado.

Art. 147. Oprazo para interposição de pedido de reconsideração ou de recurso é de 30


(trinta) dias, a contar da publicação ou da ciência, pelo interessado, da decisão recorrida.

Art. 148. O direito de pleitear na esfera administrativa prescreverá:

I - em 2 (dois) anos quanto aos atos de que decorram demissão, disponibilidade e


aposentadoria compulsória ou em virtude de cassação de disponibilidade;

II - em 30 (trinta) dias, nos demais casos.

Art. 149. O
pedido de reconsideração e o recurso, quando cabíveis, interrompem a
prescrição.

Parágrafo Único - Interrompida a prescrição, o prazo recomeça a correr, pelo restante, no


dia em que cessar a interrupção.

Art. 150. A prescrição é de ordem pública, não podendo ser relevada pela Administração.

Art. 151. Para


o exercício do direito de petição será assegurada vista do processo ou
documento, na unidade, ao servidor ou a procurador por ele constituído.

Art. 152. A
Administração deverá rever seus atos, a qualquer tempo, quando eivados de
ilegalidade.

TÍTULO VII
DO REGIME DISCIPLINAR

CAPÍTULO I
DOS DEVERES

Art. 153. São deveres do servidor:

I - exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo;

II - observar as normas legais e regulamentares;

III - cumprir as ordens superiores, exceto quando manifestadamente ilegais;

IV - atender com urbanidade, presteza e de maneira isonômica e imparcial:

a) ao público em geral, prestando às informações requeridas, ressalvadas as protegidas


por sigilo;
b) à expedição de certidões requeridas para defesa de direito ou esclarecimento de
situações de interesse pessoal;
c) às requisições para a defesa da Fazenda Pública;

V - levar ao conhecimento da autoridade superior as irregularidades de que tiver ciência


em razão do cargo;

VI - zelar pela economia do material e conservação do patrimônio público;

VII - guardar sigilo sobre assuntos da repartição;

VIII - manter conduta compatível com a moralidade administrativa;

IX - ser assíduo e pontual ao serviço;

X - preservar a imagem, decoro, eficiência e credibilidade;


XI - submeter-se a avaliação médica e/ou avaliações complementares que forem
determinadas pela autoridade competente.

CAPÍTULO II
DAS PROIBIÇÕES

Art. 154. Ao servidor é proibido:

I - apresentar-se injustificadamente ao serviço após o horário de início do expediente ou


ausentar-se antes do seu término, sem a prévia autorização da chefia imediata;

II - apresentar-se ao serviço sob o efeito de drogas, ou utilizar-se delas durante o


expediente;

III - retirar, modificar, adulterar ou substituir, sem prévia autorização da autoridade


competente, qualquer documento ou objeto de órgão ou entidade da administração
municipal;

IV - recusar fé a documentos públicos;

V - opor resistência injustificada ao andamento de documento, processo e/ou execução de


serviço;

VI - promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto da repartição;

VII - valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da


dignidade da função pública ou dos interesses da Administração;

VIII - receber propina, comissão, presente ou vantagem de qualquer espécie, em razão de


suas atribuições;

IX - cometer a outro servidor atribuições estranhas às do cargo que ocupa, exceto em


situações de emergência ou transitórias;

X - pagar remuneração ou facilitar o seu recebimento por servidor reconhecidamente


ausente do serviço, fora dos casos expressamente previstos em lei;

XI - praticar usura em qualquer de suas formas;

XII - atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições públicas, salvo quando
se tratar de percepção de remuneração, benefícios previdenciários ou assistenciais de
parentes até segundo grau e de cônjuge ou companheiro;
XIII - proceder de forma desidiosa;

XIV - utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em serviços ou atividades


particulares;

XV - exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis com o exercício do cargo ou


função e com o horário de trabalho;

XVI - coagir ou aliciar servidor no sentido de filiar-se a associação profissional ou sindical


ou a partido político;

XVII - requerer ou utilizar indevidamente vale transporte;

XVIII - recusar-se a atualizar seus dados cadastrais, quando solicitado.

CAPÍTULO III
DA ACUMULAÇÃO

Ressalvados os casos previstos na Constituição Federal, é vedada a acumulação


Art. 155.
remunerada de cargos públicos.

§ 1º A proibição de acumular estende-se a cargos, empregos e funções em autarquias,


fundações públicas, empresas públicas, sociedades de economia mista da União, do
Distrito Federal, dos Estados, dos Territórios e de outros Municípios.

§ 2º A acumulação de cargos, ainda que lícita, fica condicionada à comprovação da


compatibilidade de horários.

§ 3º Fica vedada a acumulação do cargo de técnico em radiologia, ainda que permitida a


acumulação de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, levando em
conta o risco da atividade.

Art. 156. O
servidor dos quadros permanentes que acumular licitamente dois cargos, quando
investido em cargo de provimento em comissão ou função de confiança, ficará afastado de
ambos, salvo na hipótese em que houver compatibilidade de horário e local com o
exercício de um deles, declarada pelas autoridades máximas dos órgãos ou entidades
envolvidos.

CAPÍTULO IV
DAS RESPONSABILIDADES

Art. 157. O servidor responde civil, penal e administrativamente pelo exercício irregular de
suas atribuições.

Art. 158. A
responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou culposo,
de que resulte prejuízo ao Erário ou a terceiros.

§ 1º Tratando-se de dano causado ao patrimônio municipal, o ressarcimento poderá


ocorrer mediante desconto em folha, total ou em parcelas, a requerimento ou de ofício.

§ 2º Tratando-se de dano causado a terceiros, responderá o servidor perante a Fazenda


Pública, em ação regressiva.

Art. 159. A
responsabilidade penal abrange os crimes e contravenções imputados aos
servidores, nesta qualidade.

Art. 160. A
responsabilidade administrativa resulta de ato omissivo ou comissivo praticado
no desempenho de cargo ou função.

Art. 161. As
sanções civis, penais e administrativas poderão acumular-se, sendo
independentes entre si.

Art. 162. A
responsabilidade administrativa do servidor será afastada no caso de absolvição
criminal que negue a existência do fato ou sua autoria.

É isento de pena o servidor que, por doença mental, era, ao tempo da ação ou da
Art. 163.
omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de
acordo com esse entendimento.

CAPÍTULO V
DAS PENALIDADES

Art. 164. São penalidade disciplinares:

I - advertência;

II - suspensão;

III - demissão;

IV - destituição de cargo em comissão ou função gratificada;

V - multa alternativa à penalidade de suspensão.

Na aplicação das penalidades serão consideradas a natureza e a gravidade da


Art. 165.
infração cometida, os danos que dela provierem para o serviço público, as circunstâncias
agravantes ou atenuantes, o tempo de serviço e os antecedentes funcionais.

Parágrafo Único - Fica permitida a atenuação ou a substituição da pena quando da


ausência de prejuízos à Administração ou, ainda, em caso de serem irrisórios, observados
os princípios da insignificância ou da bagatela, da razoabilidade e da proporcionalidade.

Art. 166. A
advertência será aplicada por escrito, nos casos de violação dos deveres
constantes do art. 154, I, II, III, IV e V, além da inobservância dos deveres previstos em lei,
regulamento ou norma interna, que não justifique imposição de penalidade mais grave.

Art. 167. A
suspensão será aplicada em caso de reincidência das faltas punidas com
advertência ou de violação dos demais deveres e proibições que não tipifiquem infração
sujeita a penalidade de demissão, não podendo exceder a 60 (sessenta) dias.

Art. 168. Quando


houver conveniência para a continuidade do serviço público, a pena de
suspensão poderá ser convertida em multa de até 50% (cinqüenta por cento) por dia de
vencimento ou remuneração, sendo obrigatória, neste caso, a permanência do servidor
em serviço.

Art. 169. As
penalidades de advertência e de suspensão terão seus registros cancelados,
após o decurso de 3 (três) e 5 (cinco) anos de efetivo exercício, respectivamente, se o
servidor não houver, nesse período, praticado nova infração disciplinar.

Parágrafo Único - O cancelamento do registro, na forma do caput, não gerará nenhum


direito para fins de concessão ou revisão de vantagens.

Art. 170. A demissão será aplicada nos seguintes casos:

I - crime praticado por funcionário público contra a administração em geral, na forma dos
artigos 312 a 327 do Código Penal;

II - abandono de cargo;

III - inassiduidade habitual;

IV - improbidade administrativa;

V - incontinência pública ou conduta escandalosa, na repartição;

VI - insubordinação grave em serviço;

VII - ofensa física, em serviço, a servidor ou a particular, salvo em legítima defesa própria
ou de outrem;

VIII - aplicação irregular de dinheiro público;


IX - lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio municipal;

X - corrupção;

XI - acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas;

XII - transgressão do art. 154, VII, VIII, IX, X, XI, XII, XIII e XIV;

XIII - não utilização de equipamentos de proteção individual fornecidos pelo Município.

Detectada a qualquer tempo a acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções


Art. 171.
públicas, a autoridade a que se refere o art. 176, II, ou o Diretoria de Recursos Humanos,
notificará o servidor, por intermédio de sua chefia imediata, para apresentar opção no
prazo improrrogável de 10 (dez) dias, contados da data da ciência e, na hipótese de
omissão, será instaurado o Processo Administrativo Disciplinar, para apuração da infração
ao art. 171, inciso IX, desta lei.

§ 1º A opção pelo servidor até o último dia de prazo para defesa configurará sua boa-fé,
hipótese em que se converterá automaticamente em pedido de exoneração do outro
cargo.

§ 2º Caracterizada a acumulação ilegal e provada a má-fé, aplicar-se-á a pena de demissão


ou destituição em relação aos cargos, empregos ou funções públicas em regime de
acumulação ilegal, hipótese em que os órgãos ou entidades de vinculação serão
comunicados.

Art. 172. A
destituição de cargo em comissão exercido por não ocupante de cargo do quadro
permanente será aplicada nos casos de infração sujeita às penalidades de suspensão e de
demissão.

Parágrafo Único - Constatada a hipótese de que trata este artigo, a exoneração efetuada
nos termos do art. 33, § 2º, será convertida em destituição de cargo em comissão.

Art. 173. Configuram:

I - abandono de cargo, a ausência injustificada do servidor ao serviço por mais de 30


(trinta) dias consecutivos;

II - inassiduidade habitual, a falta ao serviço, sem causa justificada, por 60 (sessenta) dias,
interpoladamente, durante o período de doze meses;

III - atrasos ou faltas injustificadas contumazes, quando se repetirem por mais de 5 (cinco)
vezes no prazo de 30 (dias).

Art. 174. O
ato de imposição de penalidade mencionará sempre o fundamento legal e a
causa da sanção disciplinar.
Art. 175. As penalidades disciplinares serão aplicadas:

I - pelo Chefe do Poder, dirigente máximo de autarquia ou de fundação pública, quando se


tratar de demissão ou suspensão superior a 30 (trinta) dias;

II - pelas autoridades administrativas de hierarquia imediatamente inferior àquelas


mencionadas no inciso I, quando se tratar de suspensão superior a 15 (quinze) dias;

III - pelo Gerente ou ocupante de cargo equivalente nas autarquias e fundações, nos casos
de advertência ou suspensão de até 15 (quinze) dias.

Art. 176. A
demissão ou a destituição de cargo em comissão, incompatibiliza o ex-servidor
para nova investidura em cargo público municipal pelo prazo de 5 (cinco) anos.

Art. 177. A
demissão ou a destituição de cargo em comissão, nos casos do art. 171, IV, VIII, IX
e X, implica a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, nos termos da lei
nacional, sem prejuízo da ação penal cabível.

Art. 178. A ação disciplinar prescreverá:

I - em 01 (hum) ano, quanto às infrações puníveis com demissão e destituição de cargo em


comissão ou função gratificada;

II - em 90 (noventa) dias, quanto à suspensão;

III - em 30 (trinta) dias, quanto à advertência.

Parágrafo Único - O prazo de prescrição começa a correr:

I - desde o dia em que o ilícito se tornou conhecido da autoridade competente para aplicar
a punição;

II - desde o dia em que cessa a permanência ou a continuação, em caso de ilícitos


permanentes ou continuados.

Art. 179. A
instauração de Sindicância ou a instauração de Processo Administrativo
Disciplinar interrompe a prescrição, até a decisão final proferida por autoridade
competente.

Interrompido o curso da prescrição, o prazo começará a correr, novamente, do dia


Art. 180.
em que cessar a interrupção.

TÍTULO VIII
DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 181. A
autoridade que tiver ciência de irregularidade no serviço público é obrigada a
promover ou propor a sua apuração através de Sindicância ou Processo Administrativo
Disciplinar.

§ 1º A apuração dos fatos pode limitar-se à Sindicância, à instauração imediata de


Processo Administrativo Disciplinar ou à realização de Sindicância seguida de Processo
Administrativo Disciplinar.

§ 2º São competentes para instaurar Sindicância as autoridades elencadas no artigo 176.

§ 3º A apuração de que trata o caput deste artigo, por solicitação da autoridade a que se
refere, poderá ser promovida pelo Secretário de Gestão de Pessoas, ficando de pronto
delegada a ele a competência para instauração de Sindicâncias ou Processos
Administrativos Disciplinares, conforme for o caso, preservadas as competências para o
julgamento que se seguir à apuração.

Art. 182. As
denúncias sobre irregularidades serão objeto de apuração, desde que
contenham a identificação e o endereço do denunciante e sejam formuladas por escrito,
confirmada a autenticidade.

Parágrafo Único - Quando o fato narrado não configurar evidente infração disciplinar ou
ilícito penal, a denúncia será arquivada, por falta de objeto.

Art. 183. A Sindicância divide-se:

I - Investigatória, que se constitui no procedimento de preparação e investigação das


irregularidades, não comportando contraditório, com o objetivo de apurar os fatos e
indícios de autoria;

II - Administrativa, que se destina a apurar a existência de irregularidade praticada no


serviço público, que possa resultar na aplicação da penalidade de advertência ou de
suspensão de até 15 (quinze) dias.

§ 1º Aplicam-se à Sindicância Administrativa as disposições do Processo Administrativo


Disciplinar relativos ao contraditório e à ampla defesa, processando-se na forma que
dispuser o regulamento.

§ 2º Da Sindicância Investigatória poderá resultar:

I - arquivamento, acaso não configurada infração disciplinar ou quando não resultar


comprovada a autoria;
II - instauração de Processo Administrativo Disciplinar.

§ 3º Da Sindicância Administrativa poderá resultar:

I - arquivamento, acaso não configurada infração disciplinar ou quando não resultar


comprovada a autoria;

II - punição do servidor, com a aplicação de penalidade de advertência ou suspensão de


até 15 (quinze) dias.

III - instauração de Processo Administrativo Disciplinar quando, de acordo com a natureza


e gravidade da infração e dos danos dela decorrentes, verificar-se que a penalidade
aplicável é a de suspensão por mais de 15 (quinze) dias, demissão ou destituição de cargo
em comissão ou função gratificada.

CAPÍTULO II
DO AFASTAMENTO PREVENTIVO

Como medida cautelar e a fim de que o servidor não venha a influir na apuração da
Art. 184.
irregularidade, a autoridade instauradora do Processo Administrativo Disciplinar, de ofício
ou mediante solicitação do Presidente da Comissão, poderá ordenar o seu afastamento do
cargo, mediante decisão fundamentada, pelo prazo de 60 (sessenta) dias, sem prejuízo da
remuneração.

Parágrafo Único - O afastamento poderá ser prorrogado por igual prazo, findo o qual
cessarão os seus efeitos, ainda que não concluído o processo.

CAPÍTULO III
DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR

Art. 185. O
Processo Administrativo Disciplinar é o instrumento destinado a apurar
responsabilidade do servidor, por infração praticada no exercício de suas atribuições ou
que tenha relação mediato com as atribuições do cargo em que se encontre investido.

Art. 186. O
Processo Administrativo Disciplinar rege-se pelas regras desta lei complementar e
subsidiariamente, pelo Código de Processo Civil, Código Civil, Código Penal, Código de
Processo Penal, analogia, os costumes, bem como pelos seguintes princípios:

I - legalidade objetiva;

II - oficialidade;
III - impessoalidade ou finalidade;

IV - moralidade;

V - publicidade;

VI - informalismo;

VII - verdade material ou real;

VIII - contraditório e ampla defesa.

Art. 187. O
Processo Administrativo Disciplinar será conduzido por comissão composta de
três (3) servidores estáveis, de hierarquia ou nível de escolaridade igual, equivalente ou
superior à do acusado, designados pela autoridade competente mencionada no art. 176, II,
ou pela Diretoria de Recursos Humanos, em face da delegação do art. 182, § 4º, através de
portaria, que indicará, dentre eles, o seu presidente.

§ 1º Não poderá participar de Comissão de Sindicância ou de Processo Administrativo


Disciplinar o cônjuge, companheiro ou parente do acusado, consangüíneo ou afim, em
linha reta ou colateral, até o terceiro grau, bem como quem já tenha sido punido em
procedimento disciplinar.

§ 2º Os membros da Comissão não poderão atuar no Processo como testemunha.

Art. 188. A
Comissão exercerá suas atividades com independência e imparcialidade,
assegurado o sigilo necessário à elucidação do fato ou o exigido pelo interesse do serviço
público.

Art. 189. O Processo Administrativo Disciplinar desenvolve-se nas seguintes fases:

I - instauração, com a publicação do ato que constituir a Comissão;

II - inquérito administrativo, que compreende instrução, defesa e relatório;

III - julgamento.

Parágrafo Único - Concluída a fase do inquérito administrativo e antes do julgamento,


poderá a autoridade instauradora ou julgadora, como for o caso, submetê-lo à análise e
parecer da Secretaria de negócios jurídicos do Município ou órgão jurídico competente.

Art. 190. A
portaria que instaurar o Processo Administrativo Disciplinar deverá descrever,
ainda que de forma sucinta, os fatos a serem apurados.

Parágrafo Único - Poderá ser aditada a portaria de instauração do Processo Administrativo


Disciplinar, quando no curso do procedimento surgirem fatos novos imputáveis ao
acusado e que guardem relação com a infração que está sendo investigada, para o fim de
apuração desta nova falta, reabrindo-se, neste caso, a oportunidade de defesa e produção
de provas.

Art. 191. O
prazo para conclusão do inquérito administrativo não excederá 60 (sessenta)
dias, contados da data do ato que constituir a comissão, admitida a sua prorrogação por
igual prazo, quando as circunstâncias o exigirem.

Parágrafo Único - A não observância do prazo para conclusão do Processo Administrativo


Disciplinar não acarretará nulidade.

Seção I
DO INQUÉRITO ADMINISTRATIVO

Art. 192. O
inquérito administrativo obedecerá ao princípio do contraditório, assegurada ao
acusado ampla defesa, com a utilização dos meios e recursos admitidos em direito.

Art. 193. Os
autos da Sindicância integrarão o Processo Administrativo Disciplinar como peça
informativa da instrução do processo.

Parágrafo Único - Na hipótese do relatório da Sindicância concluir pela prática de crime, a


autoridade competente oficiará à autoridade policial, para abertura do inquérito
respectivo, independentemente da imediata instauração do Processo Administrativo
Disciplinar.

Art. 194. Constará dos autos do Processo a folha de antecedentes funcionais do acusado.

Na fase do inquérito administrativo a Comissão, objetivando a coleta de provas,


Art. 195.
promoverá a tomada de depoimentos, acareações, investigações e diligências cabíveis,
recorrendo, quando necessário, a técnicos e peritos, de modo a permitir a completa
elucidação dos fatos e apuração de responsabilidades.

Parágrafo Único - O Prefeito poderá regulamentar o processamento do inquérito


administrativo.

É assegurado ao servidor o direito de acompanhar o processo, mediante a


Art. 196
assistência de advogado legalmente constituído, podendo arrolar e reinquirir
testemunhas, produzir provas e contraprovas e formular quesitos, quando se tratar de
prova pericial.

É assegurado ao servidor o direito de acompanhar o processo pessoalmente ou por


Art. 196
intermédio de procurador legalmente constituído, podendo arrolar e reinquirir
testemunhas, produzir provas e contraprovas e formular quesitos, quando se tratar de
prova pericial. (Redação dada pela Lei Complementar nº 210/2017)

§ 1º O Presidente da Comissão poderá denegar pedidos considerados impertinentes,


meramente protelatórios, ou de nenhum interesse para o esclarecimento dos fatos.

§ 2º Será indeferido o pedido de prova pericial, quando a comprovação do fato


independer de conhecimento especial de perito.

Se o servidor não constituir advogado, ser-lhe-á nomeado defensor dativo, cuja


Art. 197
escolha recairá preferencialmente sobre o advogado do Sindicato dos Servidores Públicos
do Município de Barra Velha.

Se o servidor, regularmente citado, não apresentar defesa no prazo legal, a


Art. 197
autoridade instauradora do processo, designará um servidor como defensor dativo, que
deverá ser ocupante de cargo efetivo superior ou de mesmo nível, ou ter nível de
escolaridade igual ou superior ao do indiciado. (Redação dada pela Lei Complementar
nº 210/2017)

Tipificada a infração disciplinar, será formulada a indiciação do servidor, com a


Art. 198.
especificação dos fatos a ele imputados e das respectivas provas.

§ 1º O indiciado será citado por mandado expedido pelo Presidente da Comissão, para
apresentar defesa escrita, no prazo de 10 (dez) dias, sob pena de revelia, ficando
assegurada vista do Processo Administrativo Disciplinar na repartição.

§ 2º Havendo dois ou mais indiciados, o prazo será comum de 20 (vinte) dias.

§ 3º O prazo de defesa poderá ser prorrogado por igual período, para diligências reputadas
indispensáveis.

§ 4º No caso de recusa do indiciado em apor o ciente na cópia da citação, o prazo para


defesa contar-se-á da data declarada em termo próprio, pelo membro da comissão que fez
a citação, com assinatura de duas testemunhas.

Art. 199. Achando-se o


indiciado em lugar incerto e não sabido, será citado por edital,
publicado em jornal de grande circulação no Município e o valor correspondente à
publicação descontado posteriormente do mesmo.

Considerar-se-á revel o indiciado que, regularmente citado, não apresentar defesa


Art. 200.
no prazo legal.

§ 1º A revelia será declarada por termo nos autos do processo.

§ 2º Incumbirá ao advogado dativo a apresentação da defesa do servidor, respeitados os


prazos do art. 199.
Apreciada a defesa, a Comissão elaborará relatório minucioso, onde resumirá as
Art. 201.
peças principais dos autos e mencionará as provas em que se baseou para formar a sua
convicção.

§ 1º O relatório será sempre conclusivo quanto à inocência ou à responsabilidade do


servidor e, se for o caso, conterá proposta da penalidade.

§ 2º Reconhecida a responsabilidade do servidor, a Comissão indicará o dispositivo legal


ou regulamentar transgredido, bem como as circunstâncias agravantes ou atenuantes.

Art. 202. Fica permitida a elaboração antecipada do relatório final pela Comissão, quando:

I - demonstrada manifestamente a inocência do acusado;

II - opção tempestiva pelo servidor, desde que comprovada a sua boa fé, por um dos
cargos que acumulava ilegalmente;

III - insanidade mental do servidor.

Art. 203. Acomissão proporá à autoridade instauradora do Processo, quando houver dúvida
sobre a sanidade mental do acusado, que seja ele submetido a exame por junta médica
oficial, da qual participe pelo menos um médico psiquiatra.

§ 1º O incidente de insanidade mental será juntado aos autos, ficando este sobrestado até
a apresentação do laudo, sem prejuízo da realização de diligências imprescindíveis.

§ 2º Comprovada a insanidade, a Comissão pugnará pelo arquivamento do Processo


Administrativo Disciplinar, nos termos do inciso III, do art. 203, cuja autoridade julgadora,
acaso acate a proposição, encaminhará o servidor à Unidade de Saúde do Servidor, para o
fim do tratamento e licenças adequadas.

Seção II
DO JULGAMENTO

No prazo de 30 (trinta) dias, contados do recebimento do Processo, a autoridade


Art. 204.
julgadora proferirá a sua decisão.

§ 1º Se a penalidade a ser aplicada exceder a alçada da autoridade instauradora do


Processo, este será encaminhado à autoridade competente, que decidirá em igual prazo.

§ 2º Havendo mais de um indiciado e diversidade de sanções, o julgamento caberá à


autoridade competente para a imposição da pena mais grave.

Art. 205. O julgamento acatará o relatório da Comissão, salvo quando contrário às provas
dos autos.

§ 1º Quando o relatório da Comissão contrariar as provas dos autos, a autoridade


julgadora poderá, motivadamente, agravar a penalidade proposta, abrandá-la ou isentar o
servidor de responsabilidade.

§ 2º O parecer ou manifestação do art. 190, parágrafo único, desta lei complementar,


poderá servir de elemento de convicção da autoridade julgadora, ainda que contrário ao
relatório da Comissão.

Verificada a existência de vício insanável, a autoridade julgadora declarará a


Art. 206.
nulidade total ou parcial do processo e ordenará a constituição de outra comissão para
instauração de novo processo.

Parágrafo Único - Não se declarará a nulidade se as irregularidades não constituírem vícios


substanciais insanáveis, suscetíveis de influírem na apuração da verdade ou decisão do
processo, bem como não resultarem prejuízo para a defesa.

Art. 207. O julgamento fora do prazo não implicará na nulidade do processo.

Parágrafo Único - A autoridade julgadora que der causa à prescrição será responsabilizado
na forma do Título VII, Capítulo IV.

Deverão constar dos assentamentos individuais do servidor as penas que lhe forem
Art. 208.
impostas.

Extinta a punibilidade pela prescrição, a autoridade determinará o registro da


Art. 209.
prescrição nos assentamentos individuais do servidor.

Art. 210. O
servidor que responder a Sindicância Administrativa ou Processo Administrativo
Disciplinar só poderá ser exonerado a pedido, ou aposentado voluntariamente, após a sua
conclusão e a publicação da penalidade, acaso aplicada.

Seção III
DA REVISÃO DO PROCESSO

Art. 211. OProcesso Administrativo Disciplinar poderá ser revisto, a qualquer tempo, a
pedido ou de ofício, quando se aduzirem fatos novos ou circunstâncias suscetíveis de
justificar a inocência do punido ou a inadequação da penalidade aplicada.

§ 1º Em caso de falecimento, ausência ou desaparecimento do servidor, qualquer pessoa


da família poderá requerer a revisão do processo.

§ 2º No caso de incapacidade mental do servidor, a revisão será requerida pelo respectivo


curador.

Art. 212. No processo revisional, o ônus da prova cabe ao requerente.

Art. 213. A
simples alegação de injustiça da penalidade não constitui fundamento para a
revisão, que requer elementos novos, ainda não apreciados no processo originário.

Art. 214. O
requerimento de revisão do Processo será dirigido ao Chefe de Poder que, se
autorizar a revisão, encaminhará o pedido ao dirigente do órgão ou entidade onde se
originou o Processo Administrativo Disciplinar.

Parágrafo Único - Deferido o requerimento, a autoridade competente providenciará a


constituição de comissão, na forma do art. 188.

Art. 215. A revisão correrá em apenso ao Processo originário.

Parágrafo Único - Na petição inicial, o requerente pedirá dia e hora para produção de
provas e inquirição das testemunhas que arrolar.

Art. 216. A
Comissão terá 60 (sessenta) dias para a conclusão dos trabalhos, prorrogáveis por
mais 60 (sessenta), quando as circunstâncias assim o exigirem.

É impedido de funcionar na revisão quem compôs a Comissão de Processo


Art. 217.
Administrativo Disciplinar.

Art. 218. Aplicam-se


aos trabalhos da Comissão Revisora, no que couber, as normas e
procedimentos próprios da Comissão de Processo Administrativo Disciplinar.

Art. 219. O
julgamento caberá à autoridade que aplicou a penalidade, nos termos do artigo
nº 176, desta lei complementar.

Parágrafo Único - O prazo para julgamento será de 30 (trinta) dias, contados do


recebimento do processo, no curso do qual a autoridade julgadora poderá determinar
diligências.

Art. 220. Julgada


procedente a revisão, será declarada sem efeito a penalidade aplicada,
restabelecendo-se todos os direitos do servidor, exceto em relação à destituição de cargo
em comissão ou função gratificada, que será convertida em exoneração.

Parágrafo Único - Da revisão do Processo não poderá resultar agravamento de penalidade.

TÍTULO IX
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 221. O dia do Servidor Público será comemorado em 28 de outubro.

Art. 222. É garantido ao servidor público o direito à livre associação sindical.

Art. 223. O direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei federal.

Fica instituída a data-base no dia 1º de maio de cada ano, para o fim da revisão
Art. 224
geral de vencimentos.

Fica instituída a data-base no dia 1º de março de cada ano, a revisão geral de


Art. 224.
vencimentos. (Redação dada pela Lei Complementar nº 261/2021)

Art. 225. Os servidores sujeitam-se ao regime previdenciário previsto em lei.

TÍTULO X
DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS

Ficam submetidos ao regime jurídico estabelecido nesta lei complementar os


Art. 226.
servidores públicos que tenham sido nomeados nos termos da Lei nº 03/93 de 27 de
dezembro de 1993, que constituirão quadro especial, em extinção.

Art. 227. Os
servidores do art. 19, dos Atos das Disposições Constitucionais Transitórias da
Constituição Federal e aqueles do art. 33, da Emenda Constitucional nº 19, de 04 de junho
de 1998, quadros em extinção, submetem-se a esta lei complementar, compondo,
juntamente com os servidores efetivos, os quadros permanentes de pessoal do Município
de Barra Velha.

TÍTULO XI
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 228. Os
Conselheiros Tutelares, ainda que remunerados pelo Município e desempenhem
funções de interesse da coletividade, não são servidores públicos, não se aplicando a eles
as disposições desta lei complementar.

Art. 229. Esta lei complementar entra em vigor na data de sua publicação.

Ficam revogadas a, Lei Complementar nº 03/93 de 27 de dezembro de 1.993 e Lei


Art. 230.
nº 432/2001 de 19 de Dezembro de 2001, suas alterações e as demais disposições em
contrário.

Barra Velha SC, 11 de novembro de 2011.


CLAUDEMIR MATIAS FRANCISCO
Prefeito

Você também pode gostar