PDF Conhecimentos Gerais - Lei Municipal 120-11 - Estatuto Servidores Municipais
PDF Conhecimentos Gerais - Lei Municipal 120-11 - Estatuto Servidores Municipais
PDF Conhecimentos Gerais - Lei Municipal 120-11 - Estatuto Servidores Municipais
2011.
Claudemir Matias Francisco, Prefeito de Barra Velha, Estado de Santa Catarina, faço saber
a todos os habitantes deste município, que a Câmara de Vereadores aprovou e eu
sanciono a seguinte Lei Complementar:
TÍTULO I
DOS SERVIDORES E DOS CARGOS PÚBLICOS
I - de provimento efetivo;
II - de provimento em comissão.
Art. 4º Os
cargos de provimento efetivo da Administração Pública Municipal serão
organizados em quadros.
Art. 5º Plano de Carreira, criado por lei, disciplinará a evolução funcional do servidor.
São inadmissíveis desigualdades de vencimentos quando pertinentes ao exercício de
Art. 6º
funções iguais ou assemelhadas e bem assim, proibidas a adoção de critérios de admissão
baseados em sexo, idade, cor, estado civil ou credo religioso.
Art. 7º A
investidura em cargo público de provimento efetivo dependerá de prévia
aprovação em concurso público, enquanto que os cargos de provimento em comissão e as
funções de confiança serão de livre nomeação e exoneração.
TÍTULO II
DO PROVIMENTO, DA VACÂNCIA, DA REMOÇÃO, DA REDISTRIBUIÇÃO, DA CESSÃO E DA
SUBSTITUIÇÃO
CAPÍTULO I
DO PROVIMENTO
Seção I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 10. O
ato de provimento deverá conter, necessariamente, as seguintes indicações, sob
pena de nulidade do ato e responsabilidade de quem promover a investidura:
II - o caráter da investidura;
III - o fundamento legal, bem como a indicação do padrão de vencimentos em que se dará
o provimento do cargo;
Art. 12. Os
cargos públicos serão providos por nomeação, constituindo-se, ainda, formas de
provimento de cargos dos quadros permanentes:
I - transferência;
II - readaptação;
III - reversão;
IV - reintegração;
V - aproveitamento;
VI - recondução.
Seção II
DO CONCURSO PÚBLICO
Art. 13. O
concurso público será de provas ou de provas e títulos, podendo ser realizado em
etapas, conforme dispuser lei específica ou o Plano de Carreira e, obrigatoriamente, o
edital do concurso.
Art. 14. O
prazo de validade do concurso público será de até 2 (dois) anos, prorrogável, uma
vez, por igual período.
§ 1º O prazo de inscrição, vagas, requisitos, validade e as condições de realização do
concurso serão fixados em edital, publicado em jornal diário de grande circulação estadual
e disponibilizado no site do Município durante todo o período de inscrições.
Seção III
DA NOMEAÇÃO
§ 4º O servidor ocupante de cargo em comissão poderá ser nomeado para ter exercício,
interinamente, em outro cargo em comissão, sem prejuízo das atribuições do que já
ocupa, hipótese em que deverá optar pela remuneração de um deles durante o período da
interinidade.
Seção IV
DA POSSE E DO EXERCÍCIO
Posse é o ato pelo qual o nomeado manifesta, pessoal e expressamente, sua
Art. 17.
vontade de aceitar as atribuições, os deveres, as responsabilidades e as retribuições
inerentes ao cargo público, com o compromisso de bem servir.
§ 2º O servidor será exonerado do cargo ou será tornado sem efeito o ato de sua
designação para função de confiança, se não entrar em exercício no prazo previsto no
parágrafo anterior, ressalvado motivo de força maior.
Seção V
DO ESTÁGIO PROBATÓRIO
Art. 19. Ao entrar em exercício, o servidor nomeado para cargo de provimento efetivo ficará
sujeito a estágio probatório por período de 3 (três) anos, percebendo o vencimento inicial
do cargo, de acordo com que estabelecer o Plano de Carreira, durante o qual a sua aptidão
e capacidade mental e física serão objeto de exame, como dispuser o regulamento, e
compreenderá a avaliação física, através de exames periódicos realizados pela perícia
médica, bem como avaliação de desempenho funcional, onde serão observados os
seguintes requisitos: (Vide Lei Complementar nº 286/2022)
I - Ética Profissional;
II - Assiduidade e Pontualidade;
III - disciplina;
IV - Eficiência;
§ 1º A avaliação de desempenho funcional será feita por comissão composta pelo chefe
imediato do servidor, a quem incumbirá a coordenação, e mais dois (2) servidores
estáveis, mediante o preenchimento da Ficha de Acompanhamento de Desempenho no
Estágio Probatório, onde será apontado o cumprimento ou não pelo servidor dos
requisitos relacionados nos inciso I a IV deste artigo, e realizar-se-á no período de 6 (seis),
12 (doze), 24 (vinte e quatro) meses de efetivo exercício e, ainda, 4 (quatro) meses antes
de findo o período do estágio probatório, sem prejuízo da continuidade de apuração de
seus requisitos, nos termos do § 3º deste artigo.
§ 1º A avaliação de desempenho funcional será feita por comissão composta pelo chefe
imediato do servidor, a quem incumbirá a coordenação, e mais dois (2) servidores
estáveis, mediante o preenchimento da Ficha de Acompanhamento de Desempenho no
Estágio Probatório, onde será apontado o cumprimento ou não pelo servidor dos
requisitos relacionados nos inciso I a IV deste artigo, e realizar-se-á no trimestralmente
durante o período de efetivo exercício da função, sem prejuízo da continuidade de
apuração de seus requisitos, nos termos do § 3º deste artigo. (Redação dada pela Lei
Complementar nº 156/2013)
§ 5º Nas hipóteses de interrupção do estágio probatório por razões que não importem em
exoneração, inclusive na hipótese de gozo de licenças legais, este deverá ser
complementado, salvo no caso do servidor ocupar cargo em comissão ou função de
confiança, em que seja exigida formação profissional idêntica àquela do cargo efetivo.
§ 8º Para a avaliação que trata o caput do artigo será utilizado o Anexo I e Anexo II que é
parte integrante desta Lei.
Seção VI
DO DESENVOLVIMENTO FUNCIONAL
Seção VII
DA ESTABILIDADE
Art. 21. O
servidor habilitado em concurso público, nomeado e empossado em cargo de
provimento efetivo, adquire estabilidade no serviço público ao completar 3 (três) anos de
efetivo exercício, se aprovado no estágio probatório.
Art. 22. O
servidor público estável só perderá o cargo em virtude de sentença judicial
transitada em julgado ou mediante decisão em Processo Administrativo Disciplinar em que
lhe sejam assegurados o contraditório e ampla defesa.
Seção VIII
DA TRANSFERÊNCIA
Art. 23. O
servidor dos quadros permanentes poderá ser transferido de um cargo para outro
de igual denominação, no mesmo ou em outro órgão ou entidade da Administração
pública direta ou indireta, observada a existência de vaga.
Seção IX
DO REMANEJAMENTO E READAPTAÇÃO
Parágrafo Único - O programa instituído neste artigo será conduzido pela Equipe Técnica
do Programa de Reabilitação Profissional, designada pelo Secretário de Administração,
composta por profissionais que possuam conhecimento técnico específico na área de
saúde, como dispuser o regulamento.
Seção X
DA REVERSÃO
§ 5º O servidor de que trata o inciso II deste artigo, somente terá os proventos calculados
com base nas regras atuais se for servidor efetivo e estável.
Seção XI
DA REINTEGRAÇÃO
Parágrafo Único - Estando provido o cargo, seu eventual ocupante será lotado em outro de
atribuições e vencimentos compatíveis com o até então ocupado, seja no mesmo ou em
outro órgão ou entidade, ou posto em disponibilidade com remuneração integral.
Seção XII
DA DISPONIBILIDADE E DO APROVEITAMENTO
Extinto o cargo ou declarada por lei a sua desnecessidade, o servidor estável que o
Art. 29.
ocupava ficará em disponibilidade, com remuneração integral.
Seção XIII
DA RECONDUÇÃO
CAPÍTULO II
DA VACÂNCIA
I - exoneração;
II - demissão;
III - transferência;
IV - readaptação;
V - aposentadoria;
VII - falecimento.
Art. 33. A exoneração do servidor dos quadros permanentes dar-se-á a pedido ou de ofício.
Art. 34. O
servidor efetivo será demitido através de Processo Administrativo Disciplinar ou
por decisão judicial transitada em julgado.
CAPÍTULO III
DA REMOÇÃO
Parágrafo Único - Para fins do disposto neste artigo, entende-se por modalidades de
remoção:
CAPÍTULO IV
DA REDISTRIBUIÇÃO
I - interesse da administração;
II - equivalência de vencimentos;
CAPÍTULO V
DA CESSÃO
Art. 37. O
Poder Executivo Municipal e a Câmara de Vereadores poderão, por solicitação,
através de ato próprio e mediante exposição fundamentada, fazer a cessão de servidores
dos quadros permanentes, condicionada à anuência destes, a órgãos da Administração
direta ou indireta da União, dos Estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná, de
Municípios destes mesmos Estados e de entidades educacionais, assistenciais ou
filantrópicas conveniadas com o Município de Barra Velha, por tempo determinado, sem
vencimentos ou qualquer outro tipo de ônus para o cedente, salvo se a despesa
correspondente estiver autorizada na Lei de Diretrizes Orçamentárias e na Lei
Orçamentária Anual e se demonstrado excepcional e relevante interesse público na
cessão.
Parágrafo Único - A cessão do servidor em estagio probatório será limitada pelo período
Maximo de 01 (hum) ano.
Art. 38. O
servidor dos quadros permanentes também poderá ser cedido, nas seguintes
hipóteses:
Art. 39. Ao
servidor, que vier a ser cedido nos termos dos arts. 37 e 38, fica assegurada a
Avaliação de Desempenho, para fins de progressão funcional, na forma prevista no Plano
de Carreira, que será realizado pelo superior hierárquico do ente público ou instituição a
que estiver cedido.
I - para os servidores cedidos com ônus para o cedente, quando cumpridas as condições
previstas no Plano de Carreira;
II - para os servidores cedidos sem ônus para o cedente, na data de retorno do servidor ao
órgão ou entidade de origem do Município de Barra Velha, desde que cumpridas as
condições previstas no Plano de Carreira.
CAPÍTULO VI
DA SUBSTITUIÇÃO
Art. 41. O
servidor ocupante de cargo em comissão ou designado para exercer função de
confiança poderá ser substituído, quando afastado do cargo em conseqüência de férias,
licença ou impedimento temporário, desde que por período igual ou superior a 20 (vinte)
dias.
Parágrafo Único - A substituição dar-se-á por servidor dos quadros permanentes, que
perceberá o vencimento ou gratificação equivalente ao respectivo cargo em comissão ou
função de confiança, na proporção dos dias em que ela ocorrer.
TÍTULO III
DO REGIME DE TRABALHO
Art. 42. A
jornada de trabalho dos servidores será de quarenta (40) horas semanais,
ressalvadas eventuais hipóteses de compensação, ficando em qualquer caso assegurado o
cumprimento da carga horária prevista no Plano de Carreira.
Parágrafo Único - Poderão ser estabelecidos horários especiais para determinados serviços
ou para categorias específicas de servidores, de modo a atender às características próprias
da prestação dos serviços ou à natureza das atividades, tendo sempre em vista o interesse
público e os limites quanto a jornada diária ou semanal e de carga horária do caput.
Art. 43. A
jornada de trabalho poderá ser reduzida, a requerimento do servidor, com a
proporcional redução da remuneração, sempre que essa medida for necessária, em caso
de servidor estudante ou de outras situações especiais, observado o interesse público.
Art. 44. A carga horária dos Servidores da Educação será previsto em quadro próprio.
Art. 45. O
ocupante de cargo em comissão ou função de confiança submete-se a regime de
integral dedicação ao serviço, podendo ser convocado sempre que houver interesse da
Administração.
Art. 46. O
servidor será obrigado a comunicar à sua chefia imediata, no próprio dia em que,
por doença ou por força maior, não puder comparecer ao serviço, salvo em situações em
que estiver impossibilitado desde que seja devidamente comprovado.
§ 5º Ocorrendo o trabalho em 7 (sete) dias consecutivos sem folga, o 7º (sétimo) dia será
remunerado em dobro.
Art. 48. Os
servidores dos quadros permanentes submeter-se-ão a controle de ponto, que
poderá ser manual, mecânico ou eletrônico, a critério da Administração, onde serão
registrados os horários de entrada e saída, bem como de intervalo, este se houver.
Parágrafo Único - O registro de ponto poderá ser dispensado pelo dirigente do órgão ou da
entidade, acaso as condições da prestação dos serviços do servidor impossibilitem tal
procedimento, cujo ato deve ser fundamentado.
TÍTULO IV
DOS DIREITOS E VANTAGENS
CAPÍTULO I
DA REMUNERAÇÃO
Parágrafo Único - Nenhum servidor ativo ou inativo poderá perceber, mensalmente, dos
cofres públicos municipais, importância superior àquela fixada como remuneração, em
espécie, para o Prefeito.
Art. 50. A
menor remuneração percebida pelos servidores não será inferior ao salário
mínimo mensal, para uma jornada de 200 (duzentas) horas mensais.
§ 1º Poderá ser paga remuneração inferior ao mínimo legal quando a jornada de trabalho
cumprida for inferior a 200 (duzentas) horas mensais observadas a sua equivalência.
Art. 51. O
servidor, além das sanções disciplinares previstas nesta Lei Complementar,
perderá:
I - em dobro, as horas ou fração de horas, quando comparecer ao serviço com atraso sem
justificativa ou quando se retirar antes do término do horário de trabalho, sem a devida
autorização da chefia imediata;
Parágrafo Único - As faltas ao serviço por motivos particulares não serão justificadas para
qualquer efeito.
Art. 52. O
servidor dos quadros permanentes poderá optar em não receber o vencimento do
cargo em comissão, acaso seja assim provido, mantendo o seu vencimento original
acrescido dos adicionais de caráter individual.
§ 2º Para o servidor que receba remuneração variável, a gratificação de que trata este
artigo é a definida em lei específica.
Art. 53. O
servidor não será remunerado por sua participação em órgão de deliberação
coletiva da Administração municipal, salvo nos casos especificados em lei.
I - vencimento;
II - vantagens gerais:
IV - compensações financeiras:
a) vale transporte;
b) reembolso de despesas de viagem;
c) diárias;
d) vale refeição. (Vide Lei Complementar nº 286/2022)
V - auxílios:
a) auxílio natalidade;
b) auxílio ao servidor que possua dependente pessoa com deficiência - PCD;
c) auxílio funeral;
d) auxílio escola;
e) auxílio saúde;
f) auxílio alimentação. (Redação dada pela Lei Complementar nº 282/2021)
I - vencimento;
II - vantagens gerais:
a) abono de férias;
b) gratificação natalina;
c) salário família, na forma da lei federal;
IV - compensações financeiras:
a) vale transporte;
b) reembolso de despesas de viagem;
c) diárias.
CAPÍTULO II
DO VENCIMENTO
Art. 56. Vencimento é a retribuição pecuniária do cargo, consoante nível próprio, fixado em
lei.
Parágrafo Único - O vencimento será pago por hora-plantão, nos valores e limites
estabelecidos no Plano de Carreira, aos ocupantes dos cargos de médico ou odontólogo
que trabalharem sob regime de plantão nas unidades hospitalares ou de pronto-
atendimento, conforme escalas pré-determinadas.
Art. 57. Os
vencimentos dos servidores públicos são irredutíveis, ressalvadas as hipóteses
previstas nos arts. 29 e 43 desta lei.
CAPÍTULO III
DAS VANTAGENS GERAIS
Art. 58. As
vantagens pecuniárias percebidas pelo servidor não serão computadas nem
acumuladas para fins de concessão de acréscimos ulteriores, sob o mesmo título ou
idêntico fundamento.
Seção I
DOS SERVIÇOS EXTRAORDINÁRIOS
Art. 59. O
serviço extraordinário será remunerado com acréscimo de 50% (cinquenta por
cento) em relação à hora normal de trabalho, de segunda a sábado, e 100% (cem por
cento) nos dias de domingo e feriados. (Redação dada pela Lei Complementar
nº 266/2021)
§ 1º Aos servidores dos quadros permanentes que tiverem fixado o vencimento como
mensalista, observar-se-á, para efeito de horas extras, a carga horária constante do Plano
de Carreira, mesmo que, por decreto venha a ser estabelecida jornada de trabalho
inferior.
Art. 60. Os
servidores ocupantes de cargos de provimento em comissão ou funções de
confiança não fazem jus ao disposto no artigo anterior.
Seção II
DO ADICIONAL NOTURNO
Art. 61. O
serviço noturno, prestado em horário compreendido entre 22 (vinte e duas) horas
de um dia e 5 (cinco) horas do dia seguinte, terá o valor-hora acrescido de 20% (vinte por
cento) do valor da hora normal, computando-se cada hora como 52 (cinqüenta e dois)
minutos e 30 (trinta) segundos.
Seção III
DAS FÉRIAS
Art. 62. O
servidor terá direito a 30 (trinta) dias de férias por ano de serviço, que serão
gozadas de acordo com a escala organizada pela respectiva chefia imediata, salvo os casos
especificados nos parágrafos deste artigo.
IV - acima de 32 (trinta e duas) faltas, o servidor perderá o direito de que trata o caput
deste artigo.
§ 2º As férias poderão ser parceladas em até 2 (duas) etapas, desde que assim requeridas
pelo servidor, e no interesse da Administração.
Parágrafo Único - O servidor que opera direta e permanentemente com "Raio X" ou
substâncias radioativas gozará 20 (vinte) dias consecutivos de férias, por semestre de
atividades profissionais, vedada a acumulação, sob qualquer hipótese.
II - tiver gozado, no caso de efetivo, licença para tratamento de saúde por mais de 6 (seis)
meses;
Art. 66. O
servidor que pedir exoneração antes de completar 12 (doze) meses de efetivo
exercício, terá direito às férias proporcionais nos termos do art. 65, desta lei.
Art. 67.É facultado ao servidor converter 1/3 (um terço) das férias em abono pecuniário,
desde que o requeira com pelo menos 30 (trinta) dias de antecedência da data de seu
início.
Art. 68. Ao
entrar em gozo de férias, faz jus o servidor a um adicional correspondente a 1/3
(um terço) da remuneração devida no período das férias, a ser pago antes do seu início.
Art. 69. As
férias serão remuneradas com os vencimentos atuais, acrescidos da média das
verbas de cunho remuneratório percebidas durante o correspondente período aquisitivo,
ressalvadas as exceções previstas em lei. (Redação dada pela Lei Complementar
nº 292/2022)
Seção IV
DA GRATIFICAÇÃO NATALINA OU DÉCIMO TERCEIRO SALÁRIO
Art. 70. A
gratificação natalina ou décimo terceiro salário corresponderá a 1/12 (um doze
avos) da remuneração a que o servidor fizer jus no mês de dezembro, por mês de exercício
no respectivo ano, acrescida da média das verbas de cunho remuneratório percebidas,
ressalvadas as exceções de lei.
§ 1º A fração igual ou superior a 15 (quinze) dias será considerada como mês integral.
Art. 71. A
gratificação ou décimo terceiro salário será paga até o dia 20 (vinte) do mês de
dezembro de cada ano.
Art. 72. O
servidor exonerado perceberá sua gratificação natalina ou décimo terceiro salário
proporcionalmente aos meses de efetivo exercício, calculada sobre a remuneração do
cargo ocupado.
Art. 73. O
servidor a quem for aplicada a pena de demissão fará jus à gratificação natalina ou
décimo terceiro salário proporcional ao tempo trabalhado no ano.
Art. 74. A
gratificação natalina ou décimo terceiro salário não será considerada para cálculo
de qualquer vantagem pecuniária.
Seção V
DO SALÁRIO-FAMÍLIA
Art. 75 - O
salário família é devido ao servidor por dependente econômico, que tenha os
proventos mensais iguais ou inferiores ao valor máximo fixado em lei federal específica.
I - os filhos de qualquer condição até quatorze anos de idade ou, se inválido, de qualquer
idade;
Art. 76 - Quando o pai e mãe forem servidores públicos, o salário-família será pago a ambos.
Art. 77 - O
salário família não está sujeito a qualquer tributo, nem servirá de base para
qualquer contribuição, inclusive para o regime previdenciário.
Seção VI
DOS ADICIONAIS DE INSALUBRIDADE E PERICULOSIDADE
Art. 80. O
quadro das atividades e operações insalubres e normas e critérios de
caracterização da insalubridade, limites de tolerância aos agentes agressivos, meios de
proteção e o tempo máximo de exposição do servidor a esses agentes serão os fixados na
legislação federal.
São consideradas atividades ou operações perigosas, aquelas que, por sua natureza
Art. 81.
ou métodos de trabalho, impliquem o contato permanente com inflamáveis ou explosivos
em condições de risco acentuado e outras previstas em legislação federal.
Art. 82. O
servidor que fizer jus ao adicional de insalubridade e de periculosidade optará por
um deles, não sendo estas vantagens acumuláveis.
Art. 83. O
servidor que fizer jus aos adicionais de insalubridade e de periculosidade, de
acordo com o laudo técnico das condições de ambiente de trabalho, deverá optar por um
deles, não sendo acumuláveis estas vantagens.
Art. 84. O
direito do servidor ao adicional de insalubridade ou de periculosidade cessará com
a eliminação ou neutralização do risco à sua saúde ou integridade física, ou pela
interrupção da atividade.
CAPÍTULO IV
DAS VANTAGENS INDIVIDUAIS
Seção I
DOS ACRÉSCIMOS AOS VENCIMENTOS
Art. 85. O
servidor perceberá acréscimos ao vencimento segundo seu desenvolvimento
funcional, nos termos estabelecidos no Plano de Carreira.
Seção II
DO ADICIONAL POR TEMPO DE SERVIÇO
Art. 86. O
adicional por tempo de serviço é devido à razão de 1% (hum por cento) sobre o
vencimento padrão do servidor, a cada ano de efetivo serviço no Município.
Parágrafo Único - O servidor fará jus ao adicional a partir do mês em que completar o
anuênio, passando a integrar a sua remuneração para todos os efeitos, inclusive os de
aposentadoria e disponibilidade.
Seção III
DO ADICIONAL DE FUNÇÃO E DA GRATIFICAÇÃO POR PRODUTIVIDADE
Poderão ser criados por lei adicionais ou gratificações para determinadas categorias
Art. 87.
de servidores, de modo a compensar os encargos decorrentes de funções especiais que se
apartam da atividade ordinária ou a remunerar acréscimos de trabalho que superam os
padrões de normalidade.
§ 2º - A gratificação de que trata este artigo é transitória e será paga somente durante o
exercício da função de confiança, condição "sine qua non" para a sua percepção, não se
incorporando em hipótese alguma ao vencimento para qualquer fim.
Seção IV
DO ADICIONAL DE SOBREAVISO
Art. 88. A
lei poderá instituir adicional de sobreaviso aos ocupantes de cargos de médico ou
odontólogo, lotados em unidades hospitalares ou de pronto-atendimento, bem como aos
demais servidores dos quadros permanentes cujos serviços sejam, costumeiramente,
necessários fora do horário normal de trabalho.
Seção V
DA GRATIFICAÇÃO POR MINISTRAÇÃO DE AULAS DE CAPACITAÇÃO
Fica instituída uma gratificação aos servidores dos quadros permanentes que vierem
Art. 89.
a ministrar aulas em eventos de capacitação de pessoal, assim entendidos os cursos,
oficinas, seminários ou assemelhados, conduzidos ou realizados sob a supervisão da
Secretaria de Administração, como dispuser o regulamento.
CAPÍTULO V
DAS COMPENSAÇÕES FINANCEIRAS
III - diárias;
Art. 91. O
vale transporte será devido ao servidor nos deslocamentos de ida e volta, no
trajeto entre sua residência e seu local de trabalho, na forma estabelecida em lei federal.
Art. 93. O
servidor que se deslocar a serviço do Município poderá ser reembolsado das
despesas de viagem que excederem ao valor da diária.
Art. 93-A O
vale refeição tem caráter indenizatório para ressarcimento de despesas com
alimentação quando o servidor estiver em jornada de trabalho, não sendo considerado
como verba remuneratória para quaisquer efeitos.
Parágrafo único. O vale refeição será regulamentado através de decreto ou resolução, que
fixará os servidores, critérios e valores da compensação. (Redação acrescida pela Lei
Complementar nº 282/2021)
CAPÍTULO VI
DOS AUXÍLIOS
Seção I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
I - Auxílio natalidade;
V - Auxílio saúde;
Seção II
DO AUXÍLIO NATALIDADE
Art. 95. O
auxílio natalidade será devido ao servidor por ocasião do nascimento de filho ou
adoção e corresponderá ao menor vencimento dos servidores.
Art. 96. Quando o pai e a mãe forem servidores, o benefício será devido uma única vez e
pago à mãe.
Art. 98. Oauxílio natalidade será pago à viúva se o servidor falecer antes do nascimento do
filho, estando a viúva já grávida ao tempo do falecimento.
Seção III
DO AUXÍLIO AO SERVIDOR COM FILHO COM DEFICIÊNCIA OU PERTURBAÇÃO MENTAL
SEÇÃO III
DO AUXÍLIO AO SERVIDOR QUE POSSUI DEPENDENTE PESSOA COM DEFICIÊNCIA - PCD
(Redação dada pela Lei Complementar nº 282/2021)
Será concedido auxílio mensal ao servidor com filho com deficiência ou perturbação
Art. 100
mental, que corresponderá a 30% (trinta por cento) do menor vencimento dos servidores,
mais a assunção das despesas de matrícula e mensalidades em escola especial e/ou
tratamento especializado, que serão pagas a essas instituições até o limite de 70% (setenta
por cento) do menor vencimento citado.
§ 1º A concessão do auxílio dependerá da verificação da condição da deficiência ou
perturbação, mediante apresentação de atestado médico atualizado anualmente, que
avaliará a condição de portador de deficiência, para fins deste artigo, nos termos da
regulamentação própria.
§ 2º O auxílio ao servidor com filho com deficiência ou perturbação deverá ser requerido
com laudo médico pericial atestado pela Perícia Médica Oficial junto à Diretoria de
Recursos Humanos.
Será concedido auxílio mensal ao servidor com dependente pessoa com deficiência
Art. 100.
- PCD, que corresponderá a 30% (trinta por cento) do menor vencimento dos servidores,
mais a assunção das despesas de matrícula e mensalidades em escola especial e/ou
tratamento especializado, que serão pagas a essas instituições até o limite de 70% (setenta
por cento) do menor vencimento citado.
§ 2º O auxílio ao servidor que possui dependente pessoa com deficiência - PCD, deverá ser
requerido com laudo médico pericial atestado pela Junta Médica do Município. (Redação
dada pela Lei Complementar nº 282/2021)
Seção IV
DA ASSISTÊNCIA À FUNERAL
Art. 101. A
assistência a funeral será devida à família do servidor por ocasião de seu
falecimento, em valor equivalente ao montante dos gastos com funeral, até o limite de 2
(duas) vezes o valor do menor vencimento dos servidores.
Parágrafo Único - O benefício será pago no prazo de 10 (dez) dias úteis a partir de seu
requerimento, por meio de procedimento sumaríssimo, à pessoa que houver custeado o
funeral.
Seção V
Do Auxílio Escola (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 282/2021)
Art. 102-A Entende-se porauxílio escola o auxílio oneroso aos cofres municipais concedidos
ao funcionário ativo e efetivo, ainda que em estágio probatório e ao funcionário estável,
que efetivamente frequentar curso superior, especialização, pós-graduação, mestrado ou
doutorado, na área de atuação do servidor, a critério da administração.
§ 1º O auxílio escola será concedido através de bolsa de estudo cujo valor será
determinado em lei complementar que dispõe sobre plano de cargos e carreiras.
Seção VI
Do Auxílio Saúde (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 282/2021)
Art. 102-B Entende-se porauxílio-saúde o auxílio oneroso aos cofres municipais concedidos
aos servidores ativos e inativos do município de Barra Velha, ainda que em estágio
probatório, regulamentado por lei específica. (Redação acrescida pela Lei Complementar
nº 282/2021)
Seção VII
Do Auxílio Alimentação (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 282/2021)
Art. 102-C O
auxílio alimentação será concedido ao servidor nas condições estabelecidas em
lei específica.
CAPÍTULO VII
DAS LICENÇAS
Seção I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
V - à gestante e à adotante;
Seção II
DA LICENÇA PARA DIRIGIR O SINDICATO DA CATEGORIA E A ASSOCIAÇÃO DOS SERVIDORES
PÚBLICOS DO MUNICÍPIO DE BARRA VELHA
Art. 104. O servidor dos quadros permanentes poderá ser licenciado para:
Seção III
DA LICENÇA-PRÊMIO POR ASSIDUIDADE
Art. 106. A
cada qüinqüênio de efetivo e ininterrupto exercício no serviço público municipal,
o servidor dos quadros permanentes fará jus a 3 (três) meses de licença remunerada, a
título de prêmio por assiduidade.
Art. 108. O
direito à licença-prêmio por assiduidade poderá ser exercido a qualquer tempo, a
requerimento do interessado, desde que atendido o interesse do serviço público, de modo
ainda, que possa ser usufruída integralmente antes da aposentadoria.
Art. 110. A requerimento do servidor poderá ser convertida a licença-prêmio por assiduidade
em pecúnia, o que se dará a título de indenização, a critério da administração.
Seção IV
DA LICENÇA PARA TRATAR DE INTERESSES PARTICULARES
Art. 112. A
critério da Administração, poderá ser concedida ao servidor dos quadros
permanentes, excetuados aqueles em estágio probatório, licença para o trato de assuntos
particulares, pelo prazo de até 4 (quatro) anos consecutivos, sem remuneração, a
requerimento do Servidor.
Art. 113. Ao
servidor dos quadros permanentes, excetuados aqueles em estágio probatório,
cujo cônjuge for servidor federal, estadual ou municipal e tiver sido mandado servir, ex-
officio, em outro ponto do território nacional, ou no estrangeiro, será concedida licença
sem remuneração, pelo prazo de até 4 (quatro) anos consecutivos, desde que atendido o
interesse público.
Seção V
DA LICENÇA PARA TRATAMENTO DE SAÚDE
I - o afastamento pelo prazo inferior ou igual a 30 (trinta) dias dar-se-á mediante avaliação
do médico do trabalho vinculado à Área de Medicina e Segurança do Trabalho, a quem
incumbirá emitir o correspondente atestado;
Art. 117. O
médico do trabalho e o médico-perito, ao seu respectivo critério, poderão, a
qualquer tempo, no curso da licença para tratamento de saúde, fixar data na qual o
servidor deverá se submeter à avaliação médica intermediária de suas condições de saúde.
Art. 118. O
servidor dos quadros permanentes em licença para tratamento de saúde,
receberá durante o período de afastamento, o valor do seu vencimento, acrescido das
vantagens e auxílios.
Fica assegurado ao servidor dos quadros permanentes que tiver sido nomeado para
Art. 119.
cargo em comissão ou função de confiança, cuja licença para tratamento de saúde seja
concedida no seu exercício, perceber nos primeiros 180 (cento e oitenta) dias o
vencimento ou gratificação, como for o caso, e vantagens deste cargo ou função, data a
partir da qual obrigatoriamente será exonerado.
Art. 120. Oservidor, no curso da licença para tratamento de saúde, abster-se-á de exercer
qualquer atividade remunerada, de caráter contínuo, ou mesmo gratuita, mas que possa
interferir ou retardar sua recuperação, sob pena de cassação imediata da licença, com
perda total da remuneração correspondente ao período já gozado, sujeitando-se, ainda, às
sanções disciplinares previstas nesta Lei Complementar.
Seção VI
DA LICENÇA À GESTANTE E À ADOTANTE
Será concedida licença à servidora gestante por 180 (cento e oitenta) dias
Art. 122.
consecutivos, sem prejuízo da remuneração.
§ 1º O direito a licença poderá ser exercido entre o 28º (vigésimo oitavo) dia antes do
parto e a ocorrência deste, mediante a apresentação de atestado médico.
§ 2º Em caso de parto antecipado, a servidora terá direito aos 120 (cento e vinte) dias
previstos neste artigo.
Art. 123. No caso de natimorto, decorridos 30 (trinta) dias do evento, a servidora será
submetida a avaliação médica, e se julgada apta, reassumirá o exercício do cargo.
Parágrafo Único - Idêntica regra adotar-se-á à servidora cujo filho falecer no prazo de até
15 (quinze) dias do seu nascimento.
No caso de aborto espontâneo atestado por médico oficial, a servidora terá direito
Art. 124.
a 15 (quinze) dias de repouso remunerado.
Art. 125. À
servidora que adotar ou tiver a guarda judicial de criança, serão concedidos 120
(cento e vinte) dias de licença remunerada para a adaptação do adotado ao novo lar.
Parágrafo Único - Idêntica licença conceder-se-á ao servidor do sexo masculino que conste
como único adotante.
Seção VII
DA LICENÇA POR ACIDENTE EM SERVIÇO
Configura acidente em serviço o dano físico ou mental sofrido pelo servidor que se
Art. 128.
relacione, mediata ou imediatamente, com as atribuições do cargo exercido.
Art. 129. O
nexo causal deverá ser estabelecido no prazo de dez dias, prorrogável quando as
circunstâncias o exigirem.
Art. 130. Os
acidentes de trabalho serão registrados na Diretoria de Recursos Humanos, cuja
emissão do formulário Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) incumbirá ao chefe
imediato do servidor, mediante a homologação do médico do trabalho ou médico-perito,
conforme for o caso.
Seção VIII
DA LICENÇA POR MOTIVO DE DOENÇA EM PESSOA DA FAMÍLIA
Art. 132. O
servidor dos quadros permanentes poderá obter licença por motivo de doença
do cônjuge ou companheiro, dos filhos, dos enteados menores sob guarda tutelar e dos
pais que vivam as suas expensas e conste do seu assentamento individual, desde que
prove ser indispensável a sua assistência pessoal, e esta não possa ser prestada
simultaneamente com o exercício do cargo, o que deverá ser apurado através de parecer
médico-social.
Parágrafo Único - A licença será concedida por até 90 (noventa) dias, prorrogável por até
outros 90 (noventa) dias, com a remuneração prevista aos quadros permanentes, incluídos
os auxílios, e, a partir daí, até se completarem 4 (quatro) anos, sem remuneração.
Seção IX
DA LICENÇA PARA O SERVIÇO MILITAR
Art. 134. Ao
servidor efetivo convocado para o serviço militar será concedida licença à vista
de documento oficial.
§ 2º Ao servidor desincorporado será concedido prazo não excedente a 7 (sete) dias para
reassumir o exercício do cargo sem perda do vencimento.
Seção X
DA LICENÇA PARA ATIVIDADE POLÍTICA
Art. 135. Oservidor dos quadros permanentes terá direito a licença, sem remuneração,
durante o período que mediar entre a sua escolha, em convenção partidária, como
candidato a cargo eletivo, e a véspera do registro de sua candidatura perante a Justiça
Eleitoral.
Parágrafo Único - A partir do registro da candidatura e até o 10º (décimo) dia seguinte ao
da eleição, o servidor fará jus a licença como se em efetivo exercício estivesse, sem
prejuízo da correspondente remuneração, mediante comunicação, por escrito, do
afastamento.
Seção XI
DA LICENÇA PARA EXERCER CARGO ELETIVO
Art. 136. O
servidor dos quadros permanentes eleito e empossado ou nomeado para cargo
eletivo, será afastado com prejuízo da remuneração.
§ 1º Se eleito Prefeito ou Vice-Prefeito de Barra Velha, poderá optar pela remuneração dos
quadros permanentes.
Seção XII
DE OUTRAS LICENÇAS
Art. 138. O
servidor poderá ausentar-se do serviço, na data ou a partir do evento
considerado, sem prejuízo de sua remuneração e auxílios:
I - por 1 (um) dia, para doação de sangue, a cada período de 6 (seis) meses;
III - por 8 (oito) dias consecutivos, por falecimento de cônjuge, irmãos, ascendentes e
descendentes até 2º grau;
Art. 139. O
servidor dos quadros permanentes eleito para exercer o cargo de Conselheiro
Tutelar ficará licenciado, podendo optar pela sua remuneração.
Parágrafo Único - Durante a licença deste artigo, o servidor continuará contribuindo para a
previdência social sobre a sua remuneração, cujo período não será contado para a
progressão funcional prevista em Plano de Carreira.
TÍTULO V
DO TEMPO DE SERVIÇO
§ 1º Fica expressamente reconhecido como tempo de serviço, para fins deste artigo e
demais direitos e vantagens previstos nesta lei complementar, o período em que o
servidor tenha prestado serviços na condição de empregado, submetido à Consolidação
das Leis do Trabalho - CLT, ou estatutário subordinado à Lei Complementar nº 03, de 27 de
dezembro de 1993.
§ 2º Não se inclui neste artigo o tempo de serviço que eventualmente o servidor tenha
prestado ao Município na qualidade de contratado, para a execução de serviço temporário
de excepcional interesse público, salvo para fins previdenciários.
Art. 141. A
apuração do tempo de serviço será feita em dias, que serão convertidos em anos,
considerado o ano de 365 (trezentos e sessenta e cinco) dias, através de certidão oficial de
tempo de serviço.
I - férias;
TÍTULO VI
DO DIREITO DE PETIÇÃO
Art. 144. O
requerimento será dirigido à autoridade competente para decidir, por intermédio
daquela a que estiver imediatamente subordinado o requerente, devendo, em todos os
casos, ser fornecida resposta formal ao servidor.
Caberá pedido de reconsideração, que não pode ser renovado, à autoridade que
Art. 145.
tenha expedido o ato ou proferido a primeira decisão.
Art. 149. O
pedido de reconsideração e o recurso, quando cabíveis, interrompem a
prescrição.
Art. 150. A prescrição é de ordem pública, não podendo ser relevada pela Administração.
Art. 152. A
Administração deverá rever seus atos, a qualquer tempo, quando eivados de
ilegalidade.
TÍTULO VII
DO REGIME DISCIPLINAR
CAPÍTULO I
DOS DEVERES
CAPÍTULO II
DAS PROIBIÇÕES
XII - atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições públicas, salvo quando
se tratar de percepção de remuneração, benefícios previdenciários ou assistenciais de
parentes até segundo grau e de cônjuge ou companheiro;
XIII - proceder de forma desidiosa;
CAPÍTULO III
DA ACUMULAÇÃO
Art. 156. O
servidor dos quadros permanentes que acumular licitamente dois cargos, quando
investido em cargo de provimento em comissão ou função de confiança, ficará afastado de
ambos, salvo na hipótese em que houver compatibilidade de horário e local com o
exercício de um deles, declarada pelas autoridades máximas dos órgãos ou entidades
envolvidos.
CAPÍTULO IV
DAS RESPONSABILIDADES
Art. 157. O servidor responde civil, penal e administrativamente pelo exercício irregular de
suas atribuições.
Art. 158. A
responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou culposo,
de que resulte prejuízo ao Erário ou a terceiros.
Art. 159. A
responsabilidade penal abrange os crimes e contravenções imputados aos
servidores, nesta qualidade.
Art. 160. A
responsabilidade administrativa resulta de ato omissivo ou comissivo praticado
no desempenho de cargo ou função.
Art. 161. As
sanções civis, penais e administrativas poderão acumular-se, sendo
independentes entre si.
Art. 162. A
responsabilidade administrativa do servidor será afastada no caso de absolvição
criminal que negue a existência do fato ou sua autoria.
É isento de pena o servidor que, por doença mental, era, ao tempo da ação ou da
Art. 163.
omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de
acordo com esse entendimento.
CAPÍTULO V
DAS PENALIDADES
I - advertência;
II - suspensão;
III - demissão;
Art. 166. A
advertência será aplicada por escrito, nos casos de violação dos deveres
constantes do art. 154, I, II, III, IV e V, além da inobservância dos deveres previstos em lei,
regulamento ou norma interna, que não justifique imposição de penalidade mais grave.
Art. 167. A
suspensão será aplicada em caso de reincidência das faltas punidas com
advertência ou de violação dos demais deveres e proibições que não tipifiquem infração
sujeita a penalidade de demissão, não podendo exceder a 60 (sessenta) dias.
Art. 169. As
penalidades de advertência e de suspensão terão seus registros cancelados,
após o decurso de 3 (três) e 5 (cinco) anos de efetivo exercício, respectivamente, se o
servidor não houver, nesse período, praticado nova infração disciplinar.
I - crime praticado por funcionário público contra a administração em geral, na forma dos
artigos 312 a 327 do Código Penal;
II - abandono de cargo;
IV - improbidade administrativa;
VII - ofensa física, em serviço, a servidor ou a particular, salvo em legítima defesa própria
ou de outrem;
X - corrupção;
XII - transgressão do art. 154, VII, VIII, IX, X, XI, XII, XIII e XIV;
§ 1º A opção pelo servidor até o último dia de prazo para defesa configurará sua boa-fé,
hipótese em que se converterá automaticamente em pedido de exoneração do outro
cargo.
Art. 172. A
destituição de cargo em comissão exercido por não ocupante de cargo do quadro
permanente será aplicada nos casos de infração sujeita às penalidades de suspensão e de
demissão.
Parágrafo Único - Constatada a hipótese de que trata este artigo, a exoneração efetuada
nos termos do art. 33, § 2º, será convertida em destituição de cargo em comissão.
II - inassiduidade habitual, a falta ao serviço, sem causa justificada, por 60 (sessenta) dias,
interpoladamente, durante o período de doze meses;
III - atrasos ou faltas injustificadas contumazes, quando se repetirem por mais de 5 (cinco)
vezes no prazo de 30 (dias).
Art. 174. O
ato de imposição de penalidade mencionará sempre o fundamento legal e a
causa da sanção disciplinar.
Art. 175. As penalidades disciplinares serão aplicadas:
III - pelo Gerente ou ocupante de cargo equivalente nas autarquias e fundações, nos casos
de advertência ou suspensão de até 15 (quinze) dias.
Art. 176. A
demissão ou a destituição de cargo em comissão, incompatibiliza o ex-servidor
para nova investidura em cargo público municipal pelo prazo de 5 (cinco) anos.
Art. 177. A
demissão ou a destituição de cargo em comissão, nos casos do art. 171, IV, VIII, IX
e X, implica a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, nos termos da lei
nacional, sem prejuízo da ação penal cabível.
I - desde o dia em que o ilícito se tornou conhecido da autoridade competente para aplicar
a punição;
Art. 179. A
instauração de Sindicância ou a instauração de Processo Administrativo
Disciplinar interrompe a prescrição, até a decisão final proferida por autoridade
competente.
TÍTULO VIII
DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 181. A
autoridade que tiver ciência de irregularidade no serviço público é obrigada a
promover ou propor a sua apuração através de Sindicância ou Processo Administrativo
Disciplinar.
§ 3º A apuração de que trata o caput deste artigo, por solicitação da autoridade a que se
refere, poderá ser promovida pelo Secretário de Gestão de Pessoas, ficando de pronto
delegada a ele a competência para instauração de Sindicâncias ou Processos
Administrativos Disciplinares, conforme for o caso, preservadas as competências para o
julgamento que se seguir à apuração.
Art. 182. As
denúncias sobre irregularidades serão objeto de apuração, desde que
contenham a identificação e o endereço do denunciante e sejam formuladas por escrito,
confirmada a autenticidade.
Parágrafo Único - Quando o fato narrado não configurar evidente infração disciplinar ou
ilícito penal, a denúncia será arquivada, por falta de objeto.
CAPÍTULO II
DO AFASTAMENTO PREVENTIVO
Como medida cautelar e a fim de que o servidor não venha a influir na apuração da
Art. 184.
irregularidade, a autoridade instauradora do Processo Administrativo Disciplinar, de ofício
ou mediante solicitação do Presidente da Comissão, poderá ordenar o seu afastamento do
cargo, mediante decisão fundamentada, pelo prazo de 60 (sessenta) dias, sem prejuízo da
remuneração.
Parágrafo Único - O afastamento poderá ser prorrogado por igual prazo, findo o qual
cessarão os seus efeitos, ainda que não concluído o processo.
CAPÍTULO III
DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR
Art. 185. O
Processo Administrativo Disciplinar é o instrumento destinado a apurar
responsabilidade do servidor, por infração praticada no exercício de suas atribuições ou
que tenha relação mediato com as atribuições do cargo em que se encontre investido.
Art. 186. O
Processo Administrativo Disciplinar rege-se pelas regras desta lei complementar e
subsidiariamente, pelo Código de Processo Civil, Código Civil, Código Penal, Código de
Processo Penal, analogia, os costumes, bem como pelos seguintes princípios:
I - legalidade objetiva;
II - oficialidade;
III - impessoalidade ou finalidade;
IV - moralidade;
V - publicidade;
VI - informalismo;
Art. 187. O
Processo Administrativo Disciplinar será conduzido por comissão composta de
três (3) servidores estáveis, de hierarquia ou nível de escolaridade igual, equivalente ou
superior à do acusado, designados pela autoridade competente mencionada no art. 176, II,
ou pela Diretoria de Recursos Humanos, em face da delegação do art. 182, § 4º, através de
portaria, que indicará, dentre eles, o seu presidente.
Art. 188. A
Comissão exercerá suas atividades com independência e imparcialidade,
assegurado o sigilo necessário à elucidação do fato ou o exigido pelo interesse do serviço
público.
III - julgamento.
Art. 190. A
portaria que instaurar o Processo Administrativo Disciplinar deverá descrever,
ainda que de forma sucinta, os fatos a serem apurados.
Art. 191. O
prazo para conclusão do inquérito administrativo não excederá 60 (sessenta)
dias, contados da data do ato que constituir a comissão, admitida a sua prorrogação por
igual prazo, quando as circunstâncias o exigirem.
Seção I
DO INQUÉRITO ADMINISTRATIVO
Art. 192. O
inquérito administrativo obedecerá ao princípio do contraditório, assegurada ao
acusado ampla defesa, com a utilização dos meios e recursos admitidos em direito.
Art. 193. Os
autos da Sindicância integrarão o Processo Administrativo Disciplinar como peça
informativa da instrução do processo.
Art. 194. Constará dos autos do Processo a folha de antecedentes funcionais do acusado.
§ 1º O indiciado será citado por mandado expedido pelo Presidente da Comissão, para
apresentar defesa escrita, no prazo de 10 (dez) dias, sob pena de revelia, ficando
assegurada vista do Processo Administrativo Disciplinar na repartição.
§ 3º O prazo de defesa poderá ser prorrogado por igual período, para diligências reputadas
indispensáveis.
Art. 202. Fica permitida a elaboração antecipada do relatório final pela Comissão, quando:
II - opção tempestiva pelo servidor, desde que comprovada a sua boa fé, por um dos
cargos que acumulava ilegalmente;
Art. 203. Acomissão proporá à autoridade instauradora do Processo, quando houver dúvida
sobre a sanidade mental do acusado, que seja ele submetido a exame por junta médica
oficial, da qual participe pelo menos um médico psiquiatra.
§ 1º O incidente de insanidade mental será juntado aos autos, ficando este sobrestado até
a apresentação do laudo, sem prejuízo da realização de diligências imprescindíveis.
Seção II
DO JULGAMENTO
Art. 205. O julgamento acatará o relatório da Comissão, salvo quando contrário às provas
dos autos.
Parágrafo Único - A autoridade julgadora que der causa à prescrição será responsabilizado
na forma do Título VII, Capítulo IV.
Deverão constar dos assentamentos individuais do servidor as penas que lhe forem
Art. 208.
impostas.
Art. 210. O
servidor que responder a Sindicância Administrativa ou Processo Administrativo
Disciplinar só poderá ser exonerado a pedido, ou aposentado voluntariamente, após a sua
conclusão e a publicação da penalidade, acaso aplicada.
Seção III
DA REVISÃO DO PROCESSO
Art. 211. OProcesso Administrativo Disciplinar poderá ser revisto, a qualquer tempo, a
pedido ou de ofício, quando se aduzirem fatos novos ou circunstâncias suscetíveis de
justificar a inocência do punido ou a inadequação da penalidade aplicada.
Art. 213. A
simples alegação de injustiça da penalidade não constitui fundamento para a
revisão, que requer elementos novos, ainda não apreciados no processo originário.
Art. 214. O
requerimento de revisão do Processo será dirigido ao Chefe de Poder que, se
autorizar a revisão, encaminhará o pedido ao dirigente do órgão ou entidade onde se
originou o Processo Administrativo Disciplinar.
Parágrafo Único - Na petição inicial, o requerente pedirá dia e hora para produção de
provas e inquirição das testemunhas que arrolar.
Art. 216. A
Comissão terá 60 (sessenta) dias para a conclusão dos trabalhos, prorrogáveis por
mais 60 (sessenta), quando as circunstâncias assim o exigirem.
Art. 219. O
julgamento caberá à autoridade que aplicou a penalidade, nos termos do artigo
nº 176, desta lei complementar.
TÍTULO IX
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 221. O dia do Servidor Público será comemorado em 28 de outubro.
Art. 223. O direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei federal.
Fica instituída a data-base no dia 1º de maio de cada ano, para o fim da revisão
Art. 224
geral de vencimentos.
TÍTULO X
DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS
Art. 227. Os
servidores do art. 19, dos Atos das Disposições Constitucionais Transitórias da
Constituição Federal e aqueles do art. 33, da Emenda Constitucional nº 19, de 04 de junho
de 1998, quadros em extinção, submetem-se a esta lei complementar, compondo,
juntamente com os servidores efetivos, os quadros permanentes de pessoal do Município
de Barra Velha.
TÍTULO XI
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 228. Os
Conselheiros Tutelares, ainda que remunerados pelo Município e desempenhem
funções de interesse da coletividade, não são servidores públicos, não se aplicando a eles
as disposições desta lei complementar.
Art. 229. Esta lei complementar entra em vigor na data de sua publicação.