Estatuto Dos Servidores Municipais
Estatuto Dos Servidores Municipais
Estatuto Dos Servidores Municipais
004 -:
(Dispõe sobre o Estatuto dos Servidores Públicos do Município de Biritiba Mirim e dá outras
providências).
TÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
CAPÍTULO I
DO REGIME JURÍDICO
III – aos contratados por tempo determinado, para atender à necessidade temporária de
excepcional interesse público.
Art. 2º - Para os efeitos desta Lei, são servidores públicos aqueles legalmente investidos
em cargos públicos, criados por lei, com denominação própria, de provimento efetivo ou em
comissão, e pagos pelos cofres públicos.
CAPÍTULO II
DO PROVIMENTO
SEÇÃO I
DISPISIÇÕES GERAIS
Parágrafo único. O provimento dos cargos públicos far-se-á mediante ato da autoridade
competente de cada Poder, do dirigente superior de autarquia ou de fundação
pública.
VIII – habitação profissional para o exercício das atribuições inerentes ao cargo, quando
for o caso.
§3º - Caso a aplicação do percentual de que trata o parágrafo anterior resulte em número
fracionado, este deverá ser elevado até o primeiro número inteiro subseqüente.
I – nomeação;
II – promoção;
III – readaptação;
IV – reversão;
V – reintegração;
VI – recondução.
SEÇÃO II
DO CONCURSO PÚBLICO
Art. 12. O concurso público para investidura em cargo público de provimento efetivo será
de provas ou de provas e títulos, podendo ser realizado em etapas, de acordo com a
natureza e a complexidade do cargo.
Art. 13. O concurso público terá validade de até 2 (dois) anos, podendo ser prorrogada,
uma única vez, por igual período.
§2º - Não se realizará novo concurso público enquanto a ocupação do cargo puder ser
feita por servidor em disponibilidade ou por candidato aprovado em concurso anterior com
prazo de validade ainda não expirado.
§3º - A aprovação em concurso não cria direito à nomeação, mas esta, quando ocorrer,
será feita em ordem rigorosa de classificação dos candidatos.
Parágrafo único. Além das normas gerais, os concursos públicos serão regidos por
instruções especiais, com ampla publicidade, que farão parte do edital.
SEÇÃO III
DA NOMEAÇÃO
Art. 16. Nomeação é o ato administrativo pelo qual o cargo público é atribuído a uma
pessoa.
Art. 17. A nomeação para cargo efetivo, seja isolado ou de carreira, depende de prévia
habilitação em concurso público de provas ou de provas e títulos, obedecidos a ordem de
classificação e o prazo de sua validade.
Parágrafo Único. Será reservado o percentual mínimo de 20% (vinte por cento) para o
provimento dos cargos em comissão por servidores titulares de cargo de carreira.
SUBSEÇÃO I
DA POSSE E DO EXERCÍCIO
Art. 19. O candidato terá um prazo de 3 (três) dias úteis, a contar da publicação do ato de
convocação, para comparecer no órgão de recursos humanos da Administração Pública
municipal que o estiver convocando, ou através de seu procurador, devidamente constituído,
para obter as informações necessárias quanto aos documentos e aos exames médicos
necessários para que sejam apresentados no ato da posse e demonstrar o interesse ou não
da ocupação do cargo.
Art. 20. Estando correta a documentação apresentada pelo candidato, este será
empossado e entrará, concomitantemente, no exercício efetivo do desempenho das
atribuições e deveres do cargo.
Art. 21. Posse é o ato que investe o cidadão em cargos públicos e somente haverá nos
casos de provimento por nomeação.
§2º - A não observância dos requisitos exigidos para preenchimento do cargo implicará na
nulidade do ato de nomeação e a punição da autoridade responsável, nos termos da
Lei.
SUBSEÇÃO II
DO ESTÁGIO PROBATÓRIO
Art. 26. O servidor nomeado para cargo de provimento efetivo ficará sujeito a estágio
probatório pelo período de 36 (trinta e seis) meses, durante o qual sua aptidão e capacidade
serão avaliadas para o desempenho do cargo.
§1º - No caso de acumulação legal, o estágio probatório deve ser cumprido em relação a
cada cargo para o qual o servidor tenha sido nomeado.
§2º - O tempo de exercício de outro cargo público não exime o servidor do cumprimento
do estágio probatório no novo cargo.
§3º - O controle dos servidores em estágio probatório ficará a cargo do órgão responsável
pelos recursos humanos de cada entidade, que manterá informada a chefia imediata de cada
servidor em avaliação.
I – 6 (seis) meses;
II – 12 (doze) meses;
III – 24 (vinte e quatro) meses;
Art. 28. A avaliação de desempenho será feita através da aplicação de questionários, que
deverão ser elaborados pelos entes da Administração direta, das autarquias e das fundações
municipais.
Art. 29. Os conceitos de avaliação parcial de desempenho serão conferidos com base na
aferição dos critérios previstos nesta Lei, assim como em regulamentos
próprios.
Art. 30. A avaliação parcial de desempenho será feita pelo chefe imediato do servidor cujo
desempenho será avaliado, e acompanhado por pelo menos 1 (um) membro da Comissão de
Avaliação do Estágio Probatório.
§1º - Após a realização da avaliação parcial, esta será homologada pelo Diretor do
departamento onde esteja lotado o servidor cujo desempenho será avaliado.
§2º - Caso o servidor esteja vinculado diretamente ao Diretor ou a ele seja a chefia
imediata a acompanhar a avaliação, caberá à Comissão de Avaliação do Estágio Probatório a
homologação da mesma.
§3º - Após a homologação, o resultado será afixado no mural de cada Poder, das
autarquias e das fundações municipais, de forma resumida, com menção, apenas, ao cargo,
número de matrícula e lotação do servidor, para no prazo de 10 (dez) dias, a contar da data
da publicação, poder apresentar recurso solicitando reconsideração do resultado da
avaliação.
I – excelente;
II – bom;
III – regular;
IV – insatisfatório.
Art. 34. Será exonerado o servidor que nas duas primeiras avaliações parciais tiver seu
desempenho considerado como insatisfatório.
Art. 35. Caso o servidor tenha seu desempenho considerado como insatisfatório na última
avaliação, independentemente dos conceitos obtidos nas avaliações anteriores, deverá ser
aberto processo administrativo para apurar a situação, podendo levar à sua
exoneração.
Art. 36. As Comissões de Avaliação de Estágio Probatório deverão ser instituídas pelos
órgãos da Administração direta, das autarquias e das fundações públicas municipais, de
forma a proceder a avaliação de desempenho de servidor que esteja em estágio
probatório.
Parágrafo Único. Não poderá participar das Comissões cônjuge, conveniente ou parente
dom servidor em estágio probatório, consangüíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o
segundo grau. (N.R.) (Lei Complementar nº 055/2007)
Art. 37. Os servidores em estágio probatório na data da publicação desta lei deverão ser
avaliados dentro destes critérios estabelecidos, fazendo tantas avaliações parciais
necessárias, de forma a avaliar se estão desempenhando as atribuições do
cargo.
Art. 38. O servidor em estágio probatório será submetido ao regime disciplinar previsto
nesta Lei.
II – afastamento para o exercício de cargo em comissão no Município, quando este não for
correlato com o seu cargo efetivo;
SUBSEÇÃO III
DA ESTABILIDADE
Art. 39. São estáveis, após 3 (três) anos de efetivo exercício, os servidores nomeados em
virtude de concurso público.
§1º - O servidor que perder o cargo na forma do inciso IV fará jus à indenização
correspondente a um mês de remuneração por ano de serviço público no Município de
Biritiba Mirim, a contar da data da sua efetivação.
§2º - A perda do cargo, com fundamento no inciso IV, dar-se-á na forma da legislação
federal em vigor.
SEÇÃO IV
DA PROMOÇÃO
Art. 42. A promoção não interrompe nem suspende o tempo de exercício que é contado
no novo posicionamento na carreira.
Art. 43. Os critérios de avaliação do servidor para efeito de promoção serão estabelecidos
nos planos de cargos e carreiras e em regulamentos posteriores.
SEÇÃO V
DA READAPTAÇÃO
§3º - Caso não possa ser feita à readaptação conforme o previsto no parágrafo anterior, o
servidor será efetivado em cargo de carreira de atribuições afins ao anteriormente ocupado,
respeitada a habilitação exigida.
SEÇÃO VI
DA REVERSÃO
Art. 45. Reversão é o retorno à atividade de servidor aposentado por invalidez quando
declarados, por inspeção médica do Município, insubsistentes os motivos determinantes da
aposentadoria.
Art. 46. Se o servidor não retornar ao serviço público no prazo de 30 (trinta) dias
consecutivos a contar da publicação do ato de reversão, sua ausência configurará abandono
de cargo, apurado mediante processo administrativo, na forma desta Lei.
Art. 48. Não poderá reverter o aposentado que já tiver completado 70 (setenta) anos de
idade.
SEÇÃO VII
DA REINTEGRAÇÃO
§2º - Encontrando-se provido o cargo, seu eventual ocupante será reconduzido ao cargo
de origem, sem direito à indenização, aproveitado em outro cargo de atribuições e
vencimentos compatíveis ou, ainda, posto em disponibilidade remunerada.
Art. 50. Se o servidor não entrar em exercício no prazo de 30 (trinta) dias consecutivos, a
contar da publicação do ato de reintegração, sua ausência configurará abandono de cargo,
apurado mediante processo administrativo, na forma desta Lei.
SEÇÃO VIII
DA RECONDUÇÃO
III – retorno ao cargo efetivo anteriormente ocupado, quando o servidor for exonerado do
cargo em comissão.
§2º - Encontrando-se provido o cargo anterior, nas hipóteses previstas nos incisos I e II
do parágrafo anterior, o servidor será aproveitado em outro de atribuições e vencimentos
compatíveis ou colocado em disponibilidade, observado, em qualquer das hipóteses, o
disposto nos arts. 58 e seguintes.
CAPÍTULO III
DO TEMPO DE SERVIÇO
Art. 52. A apuração do tempo de serviço será feita em dias, que serão convertidos em
anos, considerando o ano de 365 (trezentos e sessenta e cinco) dias.
Art. 53. Além das ausências ao serviço previstas no art. 165, serão considerados como de
efetivo exercício os afastamentos em virtude de:
I – férias;
VI – licenças:
h) prêmio.
Parágrafo Único. Nas hipóteses previstas nos incisos IV e VI, alíneas c, e e gdeste artigo,
o tempo de serviço não será computado para efeito de promoção quando a licença for igual
ou superior a 3 (três) anos.
Art. 54. É vedada a contagem cumulativa de tempo de serviço prestado
concomitantemente em mais de um cargo ou função de órgãos ou entidades dos Poderes da
União, do Estado, do Distrito Federal e dos Municípios.
CAPÍTULO IV
DA VACÂNCIA
I – exoneração;
II – demissão;
III – promoção;
IV – readaptação;
V – aposentadoria;
VII – falecimento;
CAPÍTULO V
DA DISPONIBILIDADE E DO APROVEITAMENTO
Art. 58. Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estável ficará em
disponibilidade, com remuneração proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado
aproveitamento em outro cargo, no prazo máximo de 60 (sessenta) dias. (N.R.) (Lei
Complementar nº 055/2007)
§1º - O servidor estável poderá perder o cargo, desde que o ato normativo especifique a
atividade funcional, o órgão ou unidade administrativa objeto da redução de pessoal, caso as
medidas adotadas para o cumprimento dos limites estabelecidos no prazo fixado na
legislação federal, não tenham sido tomadas as seguintes providências:
I – redução em pelo menos 50% (cinqüenta por cento) das despesas com cargos em
comissão e funções de confiança;
§2º - O tempo de serviço público federal, estadual ou municipal será contado para efeito
de disponibilidade.
§2º - Verificando-se redução de sua capacidade física ou mental, auditiva ou visual, que
inviabilize o exercício das atribuições antes desempenhadas, observar-se-á o disposto no art.
44.
CAPÍTULO VI
DA SUBSTITUIÇÃO
§2º - A substituição poderá ser feita com servidor que possua habilitação para o
desempenho das atribuições inerentes ao substituído.
§3º - Quando a substituição for de cargo pertencente a carreira, esta deverá recair sobre
um dos seus integrantes.
§6º - Os ocupantes de cargos públicos, cujas atribuições tenham valores sob sua guarda,
em caso de impedimento, serão substituídos por servidores indicados pela autoridade
competente.
§7º - Qualquer que seja o período de substituição, o servidor substituto retornará ao seu
cargo de origem.
TÍTULO II
CAPÍTULO I
DA JORNADA DE TRABALHO
Art. 63. A jornada normal de trabalho dos servidores municipais não será superior a 8
(oito) horas diárias e o período normal da semana de trabalho não excederá a 40 (quarenta)
horas.
Art. 64. A jornada de trabalho pode ser reduzida até a metade com proporcional redução
do vencimento, sempre que essa medida for necessária e houver interesse da Administração
Municipal, nas seguintes hipóteses:
Art. 65. Enquanto o servidor estiver usufruindo uma jornada reduzida, receberá as
vantagens pecuniárias que fizer jus com base no vencimento que estiver
percebendo.
Art. 67 – O período extraordinário não está compreendido nos limites previstos no art. 63,
devendo ser remunerado com o adicional previsto no art. 99.
Art. 68. Os horários estabelecidos de entrada e saída de servidores devem ser respeitados
e cumpridos.
I – pelo ponto;
§2º - As faltas ao serviço por doença em pessoa da família, mediante atestado médico,
são justificadas, desde que comprovado que a presença do servidor é indispensável para
recuperação do parente enfermo.
§3º - Para a falta ter justificativa poderá ser exigida prova do motivo alegado pelo
servidor.
§4º - A falta poderá ter justificativa, porém não implica que seja abonada, podendo o
servidor sofrer a perda dos vencimentos do dia correspondente.
Art. 70. As faltas ao serviço imotivadas não são justificadas para qualquer efeito,
computando-se como ausência o domingo e feriado, quando intercalados, a exceção dos
casos previstos nesta Lei.
CAPÍTULO II
DA REMUNERAÇÃO
SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 73. Anualmente, no mês de junho, será efetivada a revisão geral da remuneração dos
servidores públicos municipais, sem distinção de índices, através de uma Comissão de
Servidores a ser nomeado pelo Prefeito.
Art. 74. Nenhum desconto incidirá sobre a remuneração ou os proventos, salvo por
imposição legal ou mandado judicial.
§1º - O servidor que, em débito com o Erário, for demitido ou exonerado, terá retido das
verbas a receber o Erário o valor de seu débito e, sendo o seu crédito insuficiente, o prazo
de 60 (sessenta) dias para quitar a diferença.
§2º - Será inscrito em dívida ativa, para cobrança judicial, o débito que não tenha sido
quitado no prazo previsto no parágrafo anterior.
Parágrafo único – O valor a ser descontado previsto no inc. II deste artigo corresponderá
o período a contar desde o primeiro minuto de tolerância.
SEÇÃO II
DO VENCIMENTO
Art. 79. Vencimento é a retribuição pecuniária pelo exercício de cargo público, com valor
fixado em lei, sendo vedada a sua vinculação.
Art. 81. O menor vencimento não será inferior a 1 (um) salário mínimo vigente no país.
CAPÍTULO III
DAS VANTAGENS
SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 82. Por vantagem compreende-se todo o pagamento diverso do vencimento recebido
pelo servidor e que represente efetivo proveito econômico.
I – gratificações;
II – adicionais;
III – auxílios;
IV – indenizações.
SEÇÃO II
Art. 85. Além dos vencimentos e vantagens previstos nesta Lei, serão deferidos as
gratificações e os adicionais seguintes:
II – gratificação natalina;
VI – adicional noturno.
SUBSEÇÃO I
Art. 86. O servidor efetivo, com mais de 5 (cinco) anos de exercício no serviço público
municipal, que tenha exercido ou venha a exercer, a qualquer título, cargo em comissão ou
função de confiança, que lhe proporcione remuneração superior à do cargo de que seja
titular, ou função para a qual foi admitido, incorporará um décimo dessa diferença, por ano,
até o limite de dez décimos.
Art. 87. O servidor fará jus à incorporação de décimo da diferença de remuneração que
tenha perdurado ao longo de todo 1 (um) ano, desde que superior a 30 (trinta)
dias.
Art. 88. O servidor, que tiver incorporado décimos de diferença de remuneração e vier a
exercer cargo ou função de remuneração ainda superior, poderá requerer:
Art. 90. O valor incorporado será computado no cálculo das vantagens pecuniárias,
incidindo sobre eles os descontos previstos em lei.
Art. 91. O valor correspondente aos décimos incorporados somente produzirá efeitos
pecuniários quando o servidor se encontrar no exercício do cargo ou função em que tenha
ocorrido a incorporação ou quando optar pelo recebimento do seu vencimento.
Art. 93. As disposições nesta subseção não se aplicam aos servidores regidos, ou que
tenham sido, à época da substituição, pela Consolidação das Leis do Trabalho, nas hipóteses
em que tiveram obtido vantagem da mesma natureza com fundamento na legislação
trabalhista.
SUBSEÇÃO II
DA GRATIFICAÇÃO NATALINA
Art. 94. A gratificação natalina será paga, anualmente, a todo servidor municipal,
inclusive os ocupantes de cargo em comissão, independentemente da remuneração a que
fizerem jus, bem como ao abono de 30% (trinta por cento) da remuneração da gratificação
natalina.
§1º - A gratificação natalina corresponderá a 1/12 (um doze avos), por mês de efetivo
exercício, da remuneração devida em dezembro do ano correspondente.
§2º - A fração igual ou superior a 15 (quinze) dias de exercício será considerada como
mês integral, para efeito do parágrafo anterior.
§3º - Caso o servidor público tenha exercido função de confiança ou ocupado cargo em
comissão durante o período aquisitivo da gratificação natalina e tenha sido exonerado antes
do mês de dezembro, a gratificação ser-lhe-á paga, de forma que os meses que esteve
exercendo a função de confiança ou cargo em comissão sejam computados
integralmente.
Art. 95. A gratificação natalina poderá ser paga em duas parcelas, sendo a primeira, que
corresponderá à metade do vencimento do servidor, no seu mês de aniversário.
§1º - O pagamento de cada parcela se fará tomando por base a remuneração do mês em
que ocorrer o pagamento, sendo que as variáveis recebidas pelo servidor serão pagas pela
média, no mês de dezembro.
§2º - A segunda parcela será calculada com base na remuneração em vigor no mês de
dezembro, abatida a importância da primeira parcela, pelo valor vago.
Art. 96. Caso o servidor deixe o serviço público municipal, a gratificação natalina ser-lhe-á
paga proporcionalmente ao número de meses de exercício no ano, com base na
remuneração do mês em que ocorrer a exoneração ou demissão.
Art. 97. A gratificação natalina será estendida aos inativos e pensionistas, com base nos
proventos e na pensão que perceberem na data do pagamento daquela.
Art. 98. A gratificação natalina não será considerada para cálculo de qualquer vantagem
pecuniária.
SUBSEÇÃO III
Art. 99. O servidor público, quando convocado para trabalhar em horário diverso do seu
expediente, fará jus a receber o adicional por serviço extraordinário.
§1º - O serviço extraordinário será remunerado com acréscimo de 50% (cinqüenta por
cento) em relação à hora normal de trabalho.
§3º - O serviço extraordinário realizado no horário previsto no art. 110 será acrescido do
percentual relativo ao serviço noturno, em função de cada hora extra.
Art. 100. Somente será permitido serviço extraordinário para atender a situações
excepcionais e temporárias.
Art. 102. Évedado conceder adicional por serviço extraordinário com o objetivo de
remunerar outros serviços ou encargos, bem como a ocupante de cargo em comissão.
SUBSEÇÃO IV
Art. 103. O adicional por tempo de serviço é a vantagem permanente, calculada sobre o
vencimento do cargo efetivo adquirida em razão do transcurso de cada 5 (cinco) anos de
efetivo exercício no Município.
§1º Por qüinqüênio de efetivo exercício no serviço público municipal, será concedido, ao
servidor um adicional correspondente a 5% (cinco por cento) do vencimento de seu cargo
efetivo, até o limite de 7 (sete) qüinqüênios, sendo devido a partir da primeira remuneração
a ser paga a partir do mês em que completar o qüinqüênio.
§3º - O servidor que exercer, cumulativamente, mais de 1 (um) cargo, terá direito ao
adicional calculado sobre o vencimento de maior monta.
§4º - O servidor que estiver exercendo cargo em comissão, terá o seu adicional por tempo
de serviço calculado apenas sobre o vencimento do seu cargo efetivo.
Art. 104. O adicional de que trata o artigo anterior será incorporado para todos os
efeitos.
Art. 105. Será considerado tempo de serviço, para concessão do benefício previsto
no caput deste artigo, os afastamentos computados como de efetivo exercício, assim
estabelecido no art. 53 deste Estatuto.
SUBSEÇÃO V
DOS ADICIONAIS PELO EXERCÍCIO DE ATIVIDADE
§2º - Os valores dos adicionais de que trata este artigo serão calculados sobre a menor
referência de vencimento do Município, devendo os percentuais ser fixados através de
legislação própria. (N.R.) (Lei Complementar nº 103/2010)
§3º - O servidor que fizer jus a mais de um dos adicionais dispostos nesta Subseção
deverá optar por um deles, sendo vedado o recebimento cumulativo dessas
vantagens.
§5º - A servidora gestante ou lactante será afastada das operações e locais previstos no
caput deste artigo, enquanto durar a gestação ou a lactação, exercendo suas atividades em
local salubre e em serviço não perigoso.
Art. 109. Os locais de trabalho e os servidores que operam com raios X ou substâncias
radioativas devem ser mantidos sob controle permanente, de modo que as doses de radiação
ionizante não ultrapassem o nível máximo previsto na legislação própria.
Parágrafo único. Os servidores a que se refere este artigo devem ser submetidos a
exames médicos a cada 6 (seis) meses.
SUBSEÇÃO VI
DO ADICIONAL NOTURNO
Art. 110. O serviço noturno prestado em horário compreendido entre 22 (vinte e duas)
horas de um dia a 5 (cinco) horas do dia seguinte terá o valor/hora acrescido de mais 25%
(vinte e cinco por cento).
§1º - A hora do trabalho noturno será computada como de 52 (cinqüenta e dois) minutos
e 30 (trinta) segundos.
§3º - Nos casos em que a jornada de trabalho diária compreender um horário entre os
períodos diurno e noturno, o adicional será pago proporcionalmente às horas de trabalho
noturno.
SEÇÃO III
DOS AUXÍLIOS
I – abono familiar;
II – auxílio-alimentação;
SUBSEÇÃO I
DO ABONO FAMILIAR
Art. 112. O abono familiar será concedido a todo servidor, que tenha:
Art. 113. Quando pai e mãe forem servidores e viverem em comum, o abono familiar será
concedido para os dois.
Parágrafo único. Caso não coabitem, o abono familiar será concedido ao que tiver os
dependentes sob sua guarda.
Art. 116. O valor do abono familiar obedecerá ao disposto na legislação federal vigente à
época do respectivo pagamento.
Parágrafo único. O abono familiar não será devido ao servidor licenciado sem direito a
remuneração.
SUBSEÇÃO II
DO AUXÍLIO-ALIMENTAÇÃO
Art. 117. O auxílio-alimentação será devido aos servidores ativos, na forma e condições
estabelecidas em lei.
SUBSEÇÃO III
DO AUXÍLIO FUNERAL
Art. 118. O auxílio funeral será devido ao cônjuge ou ao dependente legal do servidor
falecido na atividade ou inativo, em valor equivalente a 1 (um) mês de remuneração ou
provento.
§1º No caso de acumulação legal de cargos, o auxílio será pago somente em razão do
cargo de maior remuneração.
§2º O auxílio será pago dentro de 15 (quinze) dias a contar da data em que o requerente
protocolar a solicitação do auxílio, por meio de procedimento administrativo sumaríssimo.
SEÇÃO IV
DAS INDENIZAÇÕES
Art. 119. Considera-se indenização todo valor pecuniário percebido pelo servidor para
evitar ocorrência de gastos pessoais extraordinários pelo exercício de suas
atribuições.
I – as diárias;
II – as de transporte.
SUBSEÇÃO I
DAS DIÁRIAS
Art. 121. Ao servidor, inclusive o ocupante de cargo em comissão, que for designado para
serviço, curso ou outra atividade fora do Município, em caráter eventual ou transitório, serão
concedidas diárias, para custeio das despesas de alimentação e hospedagem.
Parágrafo único. A diária será concedida por dia de afastamento, sendo devida pela
metade quando o deslocamento não exigir pernoite fora da sede do Município.
Art. 122. O servidor que receber diárias e não se afastar do Município, por qualquer
motivo, fica obrigado a restituí-las integralmente, no prazo de 2 (dois) dias úteis, sujeito à
punição disciplinar, se for considerado de má fé.
Art. 123. Os critérios e os valores das diárias serão fixados através de decreto do Poder
Executivo, ato da Mesa pelo Poder Legislativo, ou de atos próprios dos titulares das
autarquias e das fundações públicas municipais.
SUBSEÇÃO II
DO TRANSPORTE
Art. 124. Conceder-se-á indenização de transporte ao servidor que realizar despesas com
a utilização de veículo próprio de locomoção para a execução de serviços externos, por força
das atribuições próprias do cargo.
Parágrafo único. Os critérios e os valores para a indenização de que trata o caput deste
artigo serão estabelecidos em decreto do Poder Executivo, Ato da Mesa pelo Poder
Legislativo, ou de atos próprios dos titulares das autarquias e das fundações públicas
municipais.
CAPÍTULO IV
DAS LICENÇAS
SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
IX – por prêmio.
§2º - Ao ocupante de cargo em comissão, não ocupante de cargo efetivo, só poderão ser
concedidas as licenças previstas nos incisos I, II, III e IV.
§3º - O servidor somente poderá permanecer em licença da mesma espécie por período
superior a 24 (vinte e quatro) meses nos casos dos incisos III, V e VII.
§4º - Findo o período de licença, deverá o servidor retornar ao seu cargo no primeiro dia
útil subseqüente, sob pena de ser considerado como faltoso neste e nos demais dias em que
não comparecer, salvo justificação prevista em lei.
§5º - A licença que depender de exame médico, será concedida pelo prazo indicado no
laudo ou no atestado proveniente da inspeção médica.
§6º - Fica vedado o exercício de atividade remunerada durante o período das licenças
previstas nos incisos I a IV.
Art. 126. A licença concedida dentro de 60 (sessenta) dias do término de outra da mesma
espécie será considerada como prorrogação.
SEÇÃO II
Art. 129. Para licença de até 15 (quinze) dias, a inspeção será feita por médico indicado
pelo Município. (N.R.) (Lei Complementar nº 055/2007)
§1º - Sempre que necessária, a inspeção médica será realizada na residência do servidor
ou no estabelecimento hospitalar onde se encontrar internado.
§2º - Inexistindo médico do órgão ou entidade no local onde se encontra o servidor será
aceito atestado passado por médico particular, que deverá ser ratificado por médico indicado
pelo Município, caso a licença seja superior a 15 (quinze) dias.
Art. 130. Findo o prazo da licença, o servidor será submetido à nova inspeção médica,
que poderá concluir pela volta ao serviço, pela prorrogação da licença ou pela
aposentadoria.
§1º - No curso da licença poderá o servidor requerer inspeção médica, caso se julgue em
condições de reassumir o exercício ou com direito à aposentadoria.
Art. 131. O servidor não poderá recusar a inspeção médica, sob pena de ser punido com
suspensão, conforme o disposto no art. 197, § 1º desta Lei.
Art. 132. Caso fique comprovado que o servidor gozou, indevidamente, de licença para
tratamento de saúde, o mesmo estará sujeito à penalidade de suspensão, pelo período de 60
(sessenta) dias, observado o disposto no art. 197, § 2º desta Lei.
Art. 133. O atestado e o laudo da junta médica não se referirão ao nome ou natureza da
doença, salvo quando se tratarem de lesões produzidas por acidentes em serviço, doença
profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável.
SEÇÃO III
E DA LICENÇA PATERNIDADE
Art. 134. Será concedida licença à servidora gestante, por 120 (cento e vinte) dias
consecutivos, sem prejuízo da remuneração.
§1º A servidora deve, mediante atestado médico, informar ao órgão de recursos humanos
do ente público que estiver lotada da data provável do início do afastamento, que poderá
ocorrer entre o 28º (vigésimo oitavo) dia antes do parto e a ocorrência deste.
§2º Ocorrido e comprovado o parto, sem que tenha sido requerida a licença, a servidora
entrará automaticamente em licença, pelo prazo previsto no parágrafo
anterior.
§3º No caso de nascimento prematuro, a licença será de 120 (cento e vinte) dias
consecutivos, a contar do parto.
§4º No caso de natimorto, decorrido 30 (trinta) dias do evento, a servidora será
submetida o exame médico e, se julgada apta, reassumirá o exercício.
§5º No caso de aborto atestado por médico oficial, a servidora terá direito a 30 (trinta)
dias de repouso remunerado.
I - a partir de 1 (um) ano até 4 ( quatro) anos de idade, o período de licença será de 60
(sessenta) dias;
II - a partir de 4 (quatro) anos até 8 (oito) anos de idade, o período de licença será de 30
(trinta) dias.
§8º - A licença maternidade nos casos de adoção ou guarda judicial para fins de adoção
somente será concedida mediante apresentação do termo judicial de guarda definitiva pela
adotante ou guardiã. (N.R.) (Lei Complementar nº 071/2007)
Art. 135. Para amamentar o próprio filho a servidora lactante terá direito a prorrogar por
60 (sessenta) dias a licença à gestante prevista co caput do artigo 134 desta Lei. (N.R.) (Lei
Complementar nº 060/2007)
§6º - No caso da perda de direito de prorrogação como previsto no §5º deste artigo,
para amamentar o próprio filho a servidora lactante terá direito, durante a jornada de
trabalho, sem direito a concessão de dias de licença por acumulação de horas, a dispor de 1
(uma) hora , que poderá ser parcelada em 2 (dois) períodos de meia hora". (N.R.) (Lei
Complementar nº 071/2007)
Art. 136. Pelo nascimento de filho ou da obtenção da guarda judicial definitiva da criança
de até 01 (um) ano de idade, o servidor terá direito à licença-paternidade de 15 (quinze)
dias consecutivos. (N.R.) (Lei Complementar nº 065/2007)
SEÇÃO IV
Parágrafo único. O tratamento previsto neste artigo deverá ser recomendado por junta
médica oficial, composta por 3 (três) médicos ou seus respectivos suplentes, designados
pela Chefia da Seção de Perícias Médicas e saúde Ocupacional.
Art. 140. A comprovação do acidente deverá ser feita no prazo de 10 (dez) dias, a contar
do evento, prorrogável por igual período, quando as circunstâncias assim o exigirem.
SEÇÃO V
EM PESSOAS DA FAMÍLIA
Art. 141. Será concedida licença ao servidor por motivo de doença do cônjuge ou
convivente, padrasto ou madrasta, ascendente, descendente, mediante procedimento
administrativo e comprovação médica.
§1º - A licença somente será deferida se a assistência direta do servidor for indispensável
e não puder ser prestada simultaneamente com o exercício do cargo, o que será comprovado
através de acompanhamento do serviço social.
§2º - Quando mais de um servidor guardar com o adoecido a relação prevista no caput,
somente um deles poderá licenciar-se, sendo este o parente mais próximo, se não houver
acordo entre os servidores.
Art. 142. A licença será concedida, sem prejuízo da remuneração do cargo efetivo, por até
30 (trinta) dias consecutivos, podendo ser prorrogada por igual período, mediante parecer de
junta médica, e excedendo estes prazos, sem remuneração.
§1º - Não será considerado como de efetivo exercício o período de licença sem
remuneração previsto no caput deste artigo.
SEÇÃO VI
Art. 143. Ao servidor convocado para o serviço militar será concedida licença à vista de
documento oficial, que comprove a obrigatoriedade de incorporação ou a matrícula em curso
de formação da reserva.
Parágrafo único. O prazo previsto no caput deste artigo terá início a contar da data da
desincorporação do servidor do serviço militar.
SEÇÃO VII
§1º - Somente poderão ser licenciados servidores eleitos para cargos de direção ou
representação na referida entidade, até o máximo de 2 (dois).
§2º - A licença terá duração igual à do mandato, podendo ser prorrogada no caso de
reeleição, e por uma única vez.
§3º - A licença será concedida sem remuneração, caso o desempenho do mandato seja
remunerado, tendo o servidor o direito à opção pela remuneração que lhe for mais
conveniente.
SEÇÃO VIII
Art. 146. Poderá ser concedida ao servidor estável, observada prioritariamente as razões
de conveniência, oportunidade e interesse público, a licença para o trato de interesse
particular, pelo prazo de 02 (dois) anos consecutivos, sem remuneração, podendo ser
prorrogado por igual período, não se computando o tempo de licença para nenhum efeito.
(N.R.) (Lei Complementar nº 055/2007)
§2º - O pedido da licença deverá ser analisado pela autoridade competente, no prazo de
15 (quinze) dias, a contar da data que o servidor protocolou o seu pedido. (N.R.) (Lei
Complementar nº 055/2007)
§5º - Não se concederá nova licença de igual natureza antes de decorridos 2 (dois) anos
do término, da interrupção da anterior ou da eventual prorrogação.
§6º - Ao servidor ocupante do cargo em comissão, não ocupante de cargo efetivo, não se
concederá a licença de que trata o caput deste artigo.
§7º - Não fará jus ao auxílio-alimentação o servidor em gozo da licença para tratar de
assuntos particulares.
SEÇÃO IX
DA LICENÇA-PRÊMIO
Art. 147. Após cada qüinqüênio de ininterrupto exercício, o servidor fará jus a 3 (três)
meses de licença, a título de prêmio por assiduidade, com remuneração do cargo efetivo,
admitida a conversão de 1/3 (um terço) do período em pecúnia. (N.R.) (Lei Complementar
nº 055/2007)
§2º - A licença-prêmio poderá ser gozada de uma só vez ou em parcelas e, neste último
caso, em períodos não inferiores a 30 (trinta) dias, devendo o servidor, para esse fim,
declarar expressamente, no requerimento, o número de dias que pretende
gozar.
§4º - A concessão da licença-prêmio dependerá de novo ato, quando o servidor não iniciar
seu gozo dentro dos 30 (trinta) dias seguintes ao da publicação do ato que a
deferiu.
Parágrafo único – A licença prêmio deverá ser usufruída no prazo de 4 (quatro) anos e 9
(nove) meses, a contar do término do período aquisitivo, sob pena de perda do direito.
CAPÍTULO V
DAS FÉRIAS
Art. 150. Todo servidor, inclusive o ocupante de cargo em comissão, terá direito, após
cada período de 12 (doze) meses de exercício, ao gozo de 1 (um) período de 30 (trinta) dias
de férias, sem prejuízo da remuneração.
§1º - As férias serão reduzidas a 20 (vinte) dias quando o servidor contar, no período
aquisitivo, com 9 (nove) a 14 (quatorze) faltas abonadas, justificadas ou injustificadas ao
trabalho.
§2º - As férias serão reduzidas a 15 (quinze) dias quando o servidor contar, no período
aquisitivo, acima de 15 (quinze) faltas abonadas, justificadas ou injustificadas no
trabalho.
§3º - O servidor, profissional da área de saúde, que atua em regime de plantão, após
cada período de 12 (doze) meses, terá o seu período de férias reduzidos, na seguinte
proporção:
Art. 151. É facultado ao servidor converter 1/3 (um terço) das férias em abono
pecuniário, desde que o requeira com pelo menos 30 (trinta) dias de antecedência de seu
início.
Art. 152. Será pago ao servidor, por ocasião das férias, adicional de 1/3 (um terço) da
remuneração correspondente ao período de férias.
Art. 154. As férias serão concedidas de acordo com a escala organizada pela chefia
imediata, nos 12 (doze) meses subseqüentes à data em que o servidor adquiriu o
direito.
Art. 155. Durante as férias, o servidor terá direito, além do vencimento, a todas as
vantagens que percebia no momento em que passou a fruí-las.
Art. 156. É proibida a acumulação de férias, salvo por imperiosa necessidade do serviço e
pelo máximo de 2 (dois) períodos, desde que atestada a necessidade pelo chefe imediato do
servidor, sob pena de responsabilidade.
Parágrafo único. Se, por necessidade do serviço público, ficaram mais que 2 (dois)
períodos de férias a serem gozadas, poderão ser concedidas as férias por todo o período
acumulado, ou o reembolso financeiro correspondente a 1 (um) período de férias, desde que
exista conveniência administrativa.
Art. 157. O servidor que opera direta e permanentemente com raios X ou substâncias
radioativas gozará, obrigatoriamente, 20 (vinte) dias consecutivos de férias, por semestre de
atividade profissional, proibida, em qualquer hipótese, a acumulação.
Parágrafo único. O servidor exonerado antes de 12 (doze) meses de serviço terá direito
também à remuneração relativa ao período aquisitivo incompleto, na proporção de 1/12 (um
doze avos) por mês de serviço ou fração superior a 14 (quatorze) dias.
Art. 161. As férias somente poderão ser interrompidas por motivo de calamidade pública,
comoção interna, ou por motivo de superior interesse público, caso que poderá utilizar-se do
fracionamento ou indenização financeira do período não gozado.
CAPÍTULO VI
DAS CONCESSÕES
b) casamento.
IV – por 2 (dois) dias consecutivos, em razão de falecimento dos avós e pais dos cônjuges
ou companheiros;
Art. 164. Poderá ser concedido horário especial ao servidor estudante, quando
comprovada a incompatibilidade entre o horário escolar e o de trabalho, sem prejuízo do
exercício do cargo.
Parágrafo único. Para efeito do disposto neste artigo, será exigida a compensação de
horários no órgão público, respeitada a duração semanal do trabalho.
Art. 165. O servidor poderá ser cedido para ter exercício em outro órgão ou entidade dos
Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Município, nas seguintes
hipóteses:
CAPÍTULO VII
§2º - O servidor investido em mandato eletivo municipal é inamovível e não poderá ser
exonerado de ofício pelo tempo de duração de seu mandato.
CAPÍTULO VIII
DO DIREITO DE PETIÇÃO
Art. 167. É assegurado ao servidor o direito de requerer aos Poderes Públicos em defesa
de direito ou de interesse legítimo, independentemente de qualquer pagamento.
Art. 169. Cabe pedido de reconsideração à autoridade que houver expedido o ato ou
proferido a primeira decisão denegatória.
§1º - O recurso será dirigido à autoridade imediatamente superior à que tiver expedido o
ato ou proferido a decisão e, sucessivamente, em escala ascendente, às demais
autoridades.
II – em 120 (cento e vinte) dias, nos demais casos, salvo quando outro prazo for fixado
em lei.
Art. 176. A prescrição é de ordem pública, não podendo ser relevada pela
Administração.
Art. 178. A Administração deverá rever seus atos, a qualquer tempo, quando eivados de
ilegalidade e de inconstitucionalidade.
TÍTULO III
DO REGIME DISCIPLINAR
CAPÍTULO I
DOS DEVERES
XVII – providenciar para que esteja sempre atualizado o seu assentamento individual,
bem como sua declaração de família;
§1º - A representação de que trata o inciso XII será apreciada pela autoridade superior
àquela contra a qual é formulada, assegurando-se ao representado o direito de
defesa.
§2º - Será considerado como co-autor o superior hierárquico que, recebendo denúncia ou
representação verbal ou escrita a respeito de irregularidades no serviço ou de falta cometida
por servidor seu subordinado, deixar de tomar as providências necessárias à sua apuração.
CAPÍTULO II
DAS PROIBIÇÕES
XVI – cometer a outro servidor atribuições estranhas às do cargo que ocupa, exceto em
situações transitórias de emergência;
XVII – exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis com o exercício do cargo ou
função e com o horário de trabalho;
CAPÍTULO III
DA ACUMULAÇÃO
Art. 183. O servidor que acumular licitamente 2 (dois) cargos de carreira, quando
investido em cargo de provimento em comissão, ficará afastado de ambos os cargos
efetivos.
Parágrafo único. O Servidor que se afastar dos 2 (dois) cargos que ocupa poderá optar
pela soma da remuneração destes ou pela do cargo em comissão.
§1º - Provada a má-fé, perderá o cargo ou função que exercia há mais tempo e será
obrigado a restituir o que tiver percebido indevidamente, sem prejuízo do procedimento
penal cabível.
Art. 185. As autoridades municipais que tiverem conhecimento de que qualquer de seus
subordinados acumula, indevidamente, cargos ou funções públicas, comunicarão o fato ao
órgão de pessoal, para os fins indicados no artigo anterior, sob pena de co-
responsabilidade.
CAPÍTULO IV
DAS RESPONSABILIDADES
Art. 186. O servidor responde civil, penal e administrativamente pelo exercício irregular
de suas atribuições.
Art. 187. A responsabilidade civil decorre de ato omissivo, doloso ou culposo, que resulte
em prejuízo ao Erário ou a terceiros.
§3º - A obrigação de reparar o dano estende-se aos sucessores e contra eles será
executada, até o limite do valor da herança recebida.
Art. 188. A responsabilidade penal abrange os crimes e as contravenções imputados ao
servidor, nessa qualidade.
Art. 191. A responsabilidade civil e administrativa dos servidores será afastada no caso de
absolvição criminal que negue a inexistência do fato ou a sua autoria.
CAPÍTULO V
DAS PENALIDADES
I – advertência;
II – suspensão;
III – demissão;
Art. 194. A advertência será aplicada, por escrito, nos casos de violação da proibição
constante do art. 180, incisos I a IX, e de inobservância de dever funcional previsto nesta lei,
em regulamentos ou normas internas, desde que não justifique imposição de penalidade
mais grave.
Art. 195. A suspensão será aplicada em caso de reincidência das faltas punidas com a
advertência e de violação das demais proibições que não tipifiquem infração sujeita à
penalidade de demissão, não podendo exceder a 90 (noventa) dias.
§1º - Será punido com suspensão de até 15 (quinze) dias o servidor que,
injustificadamente, recusar-se a ser submetido à inspeção médica oficial determinada pela
autoridade competente, cessando os efeitos da penalidade, uma vez cumprida a
determinação.
II – abandono do cargo;
IV – improbidade administrativa;
XI – corrupção;
Art. 199. A destituição de servidor comissionado, não ocupante de cargo efetivo, será
aplicada nos casos de infração sujeita às penalidades de suspensão e de
demissão.
Art. 200. A demissão de cargo efetivo ou a destituição de cargo em comissão, nos casos
dos incisos IV, VIII e X do art. 197, implica o ressarcimento ao Erário, sem prejuízo de ação
penal cabível.
§1º - O prazo a que se refere o caput deste artigo será de 15 (quinze) anos nos casos de
infringência ao art. 197, incisos I, VIII, X e XI.
§2º - Ainda que haja transcorrido o prazo a que se refere este artigo, a nova investidura
somente poderá se dar após o ressarcimento, com valor atualizado, dos danos ou prejuízos
decorrentes das faltas em razão das quais foram as penas aplicadas.
Art. 202. Configura abandono de cargo a ausência injustificada do servidor ao serviço por
mais de 30 (trinta) dias consecutivos.
Art. 203. Entende-se por inassiduidade habitual a falta ao serviço, sem causa justificada,
por 30 (trinta) dias, interpoladamente, durante o período de 12 (doze) meses.
§1º - O prazo de prescrição começa a correr da data em que o fato se tornou conhecido
pela autoridade competente para aplicação da pena.
TÍTULO IV
DO PROCESSO ADMINISTRATIVO
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 207. A Autoridade que tiver ciência de irregularidade no serviço público é obrigada a
promover a sua apuração imediata e averiguação sumária dos atos e da responsabilidade,
mediante sindicância ou processo disciplinar, assegurado ao acusado o direito ao
contraditório e a ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes. (N.R.) (Lei
Complementar nº 087/2009)
Art. 208. As denúncias sobre irregularidades deverão ser feitas por escrito, contendo a
identificação e o endereço do denunciante, e, sendo fundadas, serão apuradas.
Parágrafo único. Quando o fato narrado não configurar infração disciplinar ou ilícito
penal, a denúncia será arquivada, por falta de objeto.
CAPÍTULO II
DA SINDICÂNCIA
Art. 210. A sindicância deverá estar concluída no prazo de 30 (trinta) dias, prorrogável
por um único e igual período, mediante solicitação fundamentada.
Art. 212. Sempre que o ilícito praticado pelo servidor ensejar a imposição de penalidade
de suspensão por mais de 30 (trinta) dias, demissão, cassação de aposentadoria ou
disponibilidade, ou ainda destituição de cargo em comissão, será obrigatória a instauração de
processo disciplinar.
CAPÍTULO III
DO AFASTAMENTO PREVENTIVO
Art. 213. Como medida cautelar, e a fim de que o servidor não venha a influir na
apuração da irregularidade, a autoridade instauradora do processo disciplinar poderá ordenar
o seu afastamento do exercício do cargo, pelo prazo de até 30 (trinta) dias, sem prejuízo da
remuneração.
Parágrafo único. O afastamento poderá ser prorrogado por até 30 (trinta) dias, findo os
quais cessarão os seus efeitos, ainda que não concluído o processo.
CAPÍTULO IV
SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 214. O processo disciplinar é o instrumento destinado a apurar as responsabilidades
do servidor por infração praticada no exercício de suas atribuições, ou que tenha relação
mediata com as atribuições do cargo em que se encontre investido.
Art. 215. O processo disciplinar será realizado por uma comissão designada pela
Autoridade Municipal, composta de 3 (três) servidores, devendo ser, no mínimo, um (1)
integrante do Quadro efetivo dos Servidores do Município de Biritiba Mirim e os demais em
comissão, de categoria igual ou superior a do processado." (N.R.) (Lei Complementar nº
087/2009)
III – julgamento.
Art. 218. O prazo para a conclusão do processo disciplinar não excederá a 60 (sessenta)
dias, contados da data de publicação do ato que constituir a Comissão, admitida a sua
prorrogação por até 60 (sessenta) dias, quando as circunstâncias o exigirem.
§1º - Sempre que necessário, a Comissão dedicará tempo integral aos seus
trabalhos.
Art. 219. Nos casos omissos, o Código de Processo Penal será fonte subsidiária do
processo administrativo, exceto naquilo em que for incompatível com as normas deste
Capítulo.
SEÇÃO II
DO INQUÉRITO
Art. 221. Os autos da sindicância integrarão o processo disciplinar, como peça informativa
da instrução.
Art. 225. As testemunhas serão intimadas a depor mediante mandado expedido pelo
Presidente da Comissão, devendo a segunda via, com o ciente do interessado, ser anexada
aos autos.
Art. 226. O depoimento será prestado oralmente e reduzido a termo, não sendo lícito à
testemunha trazê-lo por escrito.
§1º - As testemunhas serão inquiridas separadamente, de modo a evitar que uma ouça o
depoimento da outra.
Art. 227. Quando houver dúvida sobre a sanidade mental do acusado, a Comissão
proporá à autoridade competente que ele seja submetido a exame, por junta médica oficial,
da qual participe pelo menos um médico psiquiatra.
Art. 228. Tipificada a infração disciplinar, será formulada a indiciação do servidor, com a
especificação dos fatos a ele imputados e das respectivas provas.
§1º - A Comissão determinará a citação do indiciado, por mandado expedido pelo
Presidente da Comissão, juntando cópia do Termo Inicial, para apresentar defesa escrita, no
prazo de 10 (dez) dias, assegurando-lhe vista aos autos do processo na
repartição.
§3º - O prazo de defesa poderá ser prorrogado pelo dobro para diligências reputadas
indispensáveis, a critério da Comissão.
§4º - No caso de recusa do indiciado em apor o ciente na cópia da citação, o prazo para
defesa contar-se-á da data declarada em termo próprio pelo membro da Comissão que fez a
citação, com a assinatura de 2 (duas) testemunhas.
Art. 229. O indiciado que mudar de residência fica obrigado a comunicar à Comissão o
lugar onde poderá ser encontrado.
Parágrafo único. Na hipótese deste artigo, o indiciado será citado via postal, em carta
registrada, juntando-se ao processo o comprovante do registro e aviso de
recebimento.
Art. 230. Achando-se o indiciado em lugar incerto e não sabido, será citado por edital,
publicado por 2 (duas) vezes, com intervalo de 8 (oito) dias, em órgão oficial do Município e
em jornal de grande circulação na localidade do último domicílio conhecido, para apresentar
defesa.
Parágrafo único. Na hipótese deste artigo, o prazo para defesa será de 15 (quinze) dias
a partir da última publicação do edital.
Art. 231. Considerar-se-á revel o indiciado que, regularmente citado, não apresentar
defesa no prazo legal.
§1º - A revelia será declarada por termo nos autos do processo e devolverá o prazo para
a defesa.
Art. 232. Apreciada a defesa, que deverá ser apresentada no prazo de 15 (quinze) dias, a
Comissão elaborará relatório minucioso, onde resumirá as peças principais dos autos e
mencionará as provas em que se baseou para formar a sua convicção.
Art. 233. O processo disciplinar, com o relatório da Comissão, será remetido à autoridade
que determinou sua instauração, para julgamento.
SEÇÃO III
DO JULGAMENTO
Art. 234. No prazo de 15 (quinze) dias, prorrogáveis por até 15 (quinze) dias, contados
do recebimento do processo, a autoridade julgadora proferirá a sua decisão.
§1º - Se a penalidade a ser aplicada exceder a alçada da autoridade instauradora do
processo, este será encaminhado à autoridade competente, que decidirá em igual
prazo.
Art. 235. O julgamento será baseado no relatório da Comissão, salvo quando este for
contrário às provas dos autos.
§1º - O julgamento fora do prazo legal não implica nulidade do processo ou extinção da
punibilidade prevista nesta lei.
§2º - A autoridade que tiver ciência da irregularidade no serviço público e der causa à
prescrição, será responsabilizada na forma desta Lei.
Art. 238. Quando a infração estiver capitulada como crime, o Presidente da Comissão
deverá expedir cópias do processo disciplinar, que será remetido ao Ministério Público, para
eventual instauração de ação penal, ficando um traslado na repartição.
Art. 239. O servidor que responde a processo disciplinar somente poderá ser exonerado a
pedido ou aposentado voluntariamente após a conclusão do processo e o cumprimento da
penalidade, acaso aplicada.
SEÇÃO IV
DA REVISÃO DO PROCESSO
Art. 241. O processo disciplinar poderá ser revisto, a qualquer tempo, a pedido ou de
ofício, quando se aduzirem fatos novos ou circunstâncias suscetíveis de justificarem a
inocência do punido ou a inadequação da penalidade aplicada.
Art. 243. A simples alegação da injustiça da penalidade não constitui fundamento para a
revisão, que requer elementos novos ainda não apreciados no processo
originário.
Parágrafo único. Na petição inicial, o requerente pedirá dia e hora para a produção de
provas e a inquirição das testemunhas que arrolar.
Art. 246. A Comissão Revisora terá até 30 (trinta) dias para a conclusão dos trabalhos,
prorrogáveis por até 30 (trinta) dias, quando as circunstâncias o exigirem.
Art. 247. Aplicam-se aos trabalhos da Comissão Revisora, no que couber, as normas e os
procedimentos próprios da Comissão do processo disciplinar.
Parágrafo único. O prazo para julgamento será de até 20 (vinte) dias contados do
recebimento do processo, no curso do qual a autoridade julgadora poderá determinar
diligências.
Art. 249. Julgada procedente a revisão, será declarada sem efeito a penalidade aplicada,
restabelecendo-se todos os direitos do servidor, exceto em relação à destituição de cargo em
comissão que será convertida em exoneração.
TÍTULO V
DA APOSENTADORIA
Art. 250. O regime de previdência social será regido por Lei específica.
TÍTULO VI
DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 251. O Prefeito Municipal baixará, por decreto, os regulamentos necessários à fiel
execução da presente Lei.
§1º - Aplica-se este Estatuto aos servidores da Câmara Municipal, cabendo ao seu
Presidente as atribuições reservadas ao Prefeito Municipal, devendo ser elaborado também o
plano de cargos e carreiras dos servidores do Poder Legislativo, de cada autarquia e
fundação.
Art. 253. Para efeitos das leis que disponham sobre servidores públicos, consideram-se
dependentes do servidor, além do cônjuge e dos filhos, quaisquer pessoas que
comprovadamente vivam às suas expensas e constem de seu assentamento
individual.
Art. 254. Poderão ser instituídos, no âmbito dos Poderes Públicos Municipais, os seguintes
incentivos funcionais, além daqueles que poderão ser previstos nos respectivos planos de
cargos e carreiras:
Art. 257. É vedado exigir atestado de ideologia como condição de posse ou exercício em
cargo público.
Art. 259. Enquanto não for aprovada a legislação municipal que discipline a concessão dos
adicionais pelo exercício de atividades insalubres, perigosas ou penosas, bem como os
valores a serem pagos, os servidores farão jus a percebê-los, conforme determina o § 2º do
art. 106 desta Lei.
Art. 260. Na contagem dos prazos previstos neste Estatuto, não se computará o dia
inicial, prorrogando-se para o primeiro dia útil o vencimento que incidir em sábado, domingo
ou feriado.
Parágrafo único. Considera-se também prorrogado o prazo até o primeiro dia útil,
quando:
Art. 265. Para fazer face às despesas decorrentes da aplicação desta Lei, serão utilizados
recursos orçamentários próprios em cada exercício.
Art. 266. Esta Lei Complementar entra em vigor em 1º de janeiro de 2005, revogando as
disposições em contrário, em especial as Leis nºs. 144, de 02 de março de 1970; 699, de 15
de dezembro de 1992; 718, de 08 de setembro de 1993; 779, de 31 de outubro de 1994;
861, de 12 de fevereiro de 1997; 1.064, de 04 de abril de 2002.
Prefeito