PREFEITURA MUNICIPAL DE PALMA
LEI COMPLEMENTAR N.º 008, de 16 de novembro de 1999.
Instituiu o Estatuto dos Servidores Públicos
da Administração Direta e Indireta dos
Poderes do Município de Palmas.
Faço saber que a CÂMARA MUNICIPAL aprova e eu sanciono a seguinte Lei
Complementar:
TÍTULO I
Das Disposições Preliminares
Art. 1º Esta Lei institui o Estatuto dos Servidores Públicos da Administração
Direta e Indireta dos Poderes do Município de Palmas, fixando-lhes os direitos, deveres
e obrigações.
Art. 2º Para os efeitos desta Lei, servidor municipal é a pessoal legalmente
investida em cargo público.
Art. 3º O cargo público é instituído por lei, e implica no desempenho, pelo seu
titular, de uma função pública, sócio-administrativa, com o objetivo de prover à
coletividade de produtos e serviços próprios da Administração Municipal e pertinentes às
atribuições que lhe sejam outorgadas.
§ 1º Os cargos públicos municipais têm denominação própria e remuneração
definida por lei e paga pelo Município, para provimento em caráter efetivo ou em
comissão.
§ 2º Os cargos públicos municipais, segundo a sua natureza, podem ser:
a) de provimento efetivo, identificadores de funções de caráter técnico ou de
apoio, de recrutamento amplo, cujos titulares sejam selecionados, exclusivamente,
mediante concurso público, de provas ou de provas e títulos;
b) de provimento em comissão, por ato de livre nomeação e exoneração dos
Chefes dos Poderes do Município, observado o preenchimento por servidores de
carreira, nos casos, condições e percentuais mínimos previsto em lei e destinados
apenas ás atribuições de direção, comando, gerência, chefia e assessoramento.
§ 3º As funções públicas municipais, segundo a sua natureza, podem ser:
a) de comando, direção, gerência ou chefia;
b) técnicas, aquelas que se referem às ações de caráter instrumental,
necessárias à habilitação do processo decisório;
c) de apoio, aquelas que se prestam à instrumentalização das demais
funções do aparelho de serviços do Município.
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Art. 4º Funções de confiança destinam-se ao desempenho de tarefas de
chefia e administração ou de elevado grau de responsabilidade, são criadas e
remuneradas por lei, de ocupação privativa por servidores municipais, efetivos ou
estabilizados.
TÍTULO II
Do Concurso Público, Provimento, Vacância, Remoção, Redistribuição e
Substituição
Art. 5º São requisitos básicos para investidura em cargo público
municipal:
I - ter nacionalidade brasileira, ou estrangeira, nos termos em que dispuser a
legislação federal;
II - estar em gozo dos direitos políticos;
III - estar quites com as obrigações militares e eleitorais;
IV - contar como nível de escolaridade exigido para exercício do cargo;
V - ter a idade mínima de dezoito anos;
VI - provar aptidão física e mental exigidas para o exercício do cargo.
Parágrafo único. As atribuições do cargo podem justificar a exigência de
outros requisitos a serem estabelecidos em lei.
CAPÍTULO I
Do Concurso Público
Art. 6º O concurso público que podeá ser de provas ou de provas e títulos,
respeitará a natureza e a complexidade do cargo, podendo ser realizado em etapas,
conforme dispuserem a lei e o regulamento do respectivo plano de carreira.
§ 1º A inscrição do candidato está condicionada ao pagamento do valor fixado
pelo edital, quando indispensável ao seu custeio, ressalvadas as hipóteses de isenção
nele expressamente previstas.
§ 2º O concurso para o provimento de cargos que exijam para o seu exercício
a aprovação em curso de formação mantido por instituição da administração dos
Poderes do Município será estruturado em etapas, uma das quais o próprio curso de
formação.
§ 3º Às pessoas portadoras de deficiência é assegurado o direito à inscrição
em concurso público para provimento de cargo cujas atribuições sejam compatíveis, nos
termos do edital, com a deficiência de que são portadoras.
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§ 4º Nos casos em que couber, será entre cinco por cento e vinte por cento
do total das vagas oferecidas em concurso, a reserva de vagas para as pessoas de que
trata o parágrafo anterior.
Art. 7º O concurso público terá validade de até dois anos, podendo ser
prorrogado uma vez, por igual período.
§ 1º As informações pertinentes ao prazo de validade do concurso, as
condições de sua realização e o percentual de suas vagas reservadas aos deficientes,
quando houver, serão fixados em edital, que será publicado e divulgado amplamente
pelo Poder do Município que o estiver realizando.
§ 2º Não se abrirá novo concurso enquanto houver candidato aprovado em
concurso anterior com prazo de validade não expirado.
CAPÍTULO II
Do Provimento
Art. 8º O provimento dos cargos públicos municipais, far-se-á mediante ato
dos Chefes dos Poderes do Município, ou a quem estes outorgarem tal atribuição.
Art. 9º A investidura em cargo público municipal, ocorrerá com a posse.
Art. 10. São formas de provimento de cargo público:
I – nomeação;
II – readaptação;
III – reversão;
IV – reintegração;
V – recondução;
VI – aproveitamento.
SEÇÃO I
Da Nomeação
Art. 11. A nomeação precederá a posse e far-se-á:
I – em caráter efetivo, quando se tratar de cargo de provimento efetivo, isolado
ou de carreira;
II– em comissão ou função de confiança, para os cargos de livre nomeação e
exoneração por parte dos Chefes dos Poderes do Município.
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Art. 12. Os demais requisitos para o ingresso e o desenvolvimento do servidor
na carreira, serão estabelecidos pelas leis que estabelecerem os planos de cargos e
salários dos servidores públicos municipais e seus regulamentos.
SUBSEÇÃO I
Da Posse
Art. 13. A posse dar-se-á pela assinatura do respectivo termo, no qual
deverão constar as atribuições, os deveres, as responsabilidades e os direitos inerentes
ao cargo.
§ 1º A posse ocorrerá no prazo de trinta dias, contados da publicação do ato
de nomeação, podendo ser prorrogado por igual período, a critério da Administração
Pública ou ainda observada a conveniência administrativa mediante requerimento do
empossando.
§2º No ato da posse, o empossando apresentará declaração de bens e
valores que constituem seu patrimônio e declaração quanto ao exercício ou não de outro
cargo, emprego ou função pública.
§3º Tornar-se-á sem efeito o ato de nomeação se a posse não ocorrer nos
prazos previstos neste artigo.
Art. 14. A posse em cargo público municipal, dependerá de prévia inspeção
pela Junta Médica Oficial do Município.
Parágrafo único. Somente poderá ser empossado aquele que for julgado apto
física e mentalmente para o exercício do cargo.
SUBSEÇÃO II
Do Exercício
Art. 15. Exercício é o efetivo desempenho das atribuições do cargo público
ou da função de confiança municipal.
§ 1º Sob pena de exoneração, ou insubsistência do ato de nomeação, será
de 30 (trinta) dias o prazo para o início do exercício no cargo público municipal, contados
da data da posse.
§ 1º Sob pena de exoneração, ou insubsistência do ato de nomeação, será
de 15 (quinze) dias o prazo para o início do exercício no cargo público
municipal,contados da data da posse. (Redação dada pela Lei Complementar nº 160, de 14 de abril de 2008.)
§ 2º Quando designado para função de confiança, o servidor efetivo ou
estabilizado deverá ter o início do seu exercício coincidindo com a data de publicação do
ato de sua designação, salvo quando estiver em licença ou afastado por qualquer outro
motivo legal, hipótese em que o exercício recairá no primeiro dia útil após o término do
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impedimento, que não poderá exceder a trinta dias da publicação.
§ 3º O ato de designação para função de confiança perderá seus efeitos senão
observados os prazos para o exercício previstos no parágrafo anterior.
§ 4º À autoridade máxima do órgão ou entidade para onde for nomeado ou
designado o servidor competirá dar-lhe o exercício.
Art. 16. O início, a suspensão, a interrupção e o reinício do exercício serão
registrados no assentamento individual do servidor.
Parágrafo único. Ao entrar em exercício o servidor deverá apresentar, ao
órgão central de administração de pessoal do respectivo Poder do Município, os
elementos necessários ao seu assentamento individual.
Art. 17. O servidor em exercício em outro Poder do Município ou na
Administração de outra Unidade Federativa, em razão de ter sido cedido, terá dez dias
de prazo, contados da publicação do ato, para a retomada do efetivo desempenho das
atribuições do cargo ou da função de confiança, incluído nesse prazo o tempo necessário
ao seu deslocamento de retorno à sede da sua repartição.
§ 1º Na hipótese de o servidor encontrar-se em licença ou afastado
legalmente, o prazo a que se refere este artigo, será contado a partir do término do
impedimento.
§ 2º É facultado ao servidor declinar do prazo estabelecido no caput.
SUBSEÇÃO III
Da Jornada de Trabalho
Art. 18. Os servidores municipais cumprirão jornada de trabalho fixada em
razão das atribuições dos respectivos cargos, respeitada a duração máxima de trabalho
semanal de 44 (quarenta e quatro) horas e observado o limite máximo de 8 (oito) horas
diárias.
Art. 18. Os servidores municipais cumprirão jornada de trabalho fixada em
razão das atribuições dos respectivos cargos, respeitada a duração máxima de trabalho
semanal de 40 (quarenta) horas e observado o limite máximo de 8(oito) horas diárias.
(Redação dada pela Lei Complementar nº 118, de 17 de abril de 2006.)
§1º O ocupante de cargo em comissão ou função de confiança submete-se
ao regime integral e dedicação exclusiva ao serviço, podendo ser convocado sempre
que houver interesse da Administração Pública Municipal.
§ 2º Regulamento no âmbito de cada Poder, disciplinará a jornada de trabalho
dos titulares de cargos de provimento efetivo cujo exercício exija regime de turno ou
plantão.
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SUBSEÇÃO IV
Do Estágio Probatório
Art. 19. Ao entrar em exercício, como condição essencial para a aquisição da
estabilidade, o servidor nomeado para cargo de provimento efetivo ficará sujeito a
estágio probatório por período de trinta e seis meses, durante o qual a sua aptidão e
capacidade serão objeto de avaliação especial de desempenho, por comissão instituída
para essa finalidade, observados os seguintes fatores e critérios:
I – comportamento:
a) assiduidade;
b) disciplina;
c) responsabilidade;
II – eficiência:
a) capacidade de iniciativa;
b) produtividade;
III – eficácia.
§1º A avaliação, de que trata o caput, dar-se-á em etapas autônomas entre si,
que ocorrerão no mínimo a cada período de seis meses, até o fim do estágio probatório.
§ 2º O Servidor que, atendidos os critérios da avaliação especial de
desempenho, nos termos em que dispuser o regulamento, não obtiver média igual ou
superior a cinquenta por cento em cada uma das etapas, será considerado reprovado e
exonerado ou, se estável, reconduzido ao cargo anteriormente ocupado.
§ 3º O Servidor em estágio probatório poderá ocupar cargos de provimento
em comissão ou exercer função de confiança em qualquer órgão ou unidade dos
Poderes do Município.
§ 4º Ao servidor em estágio probatório somente poderão ser concedidas(os):
I - as licenças:
a) para tratamento da própria saúde;
b) por motivo de doença em pessoa da família;
c) em razão de gestação, adoção ou paternidade;
d) para incorporação às Forças Armadas para o serviço militar obrigatório
ou, ainda, quando convocado pelas Forças Armadas;
e) para o exercício da atividade política;
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II – os afastamentos para:
a) exercício de cargo em comissão ou função de confiança dos Poderes do
Município;
b) desempenho de mandato eletivo Federal ou de qualquer das Unidades da
Federação;
c) atender convocação da Justiça Eleitoral, durante período eletivo;
d) servir ao Tribunal do Júri;
e) missão oficial no exterior;
f) participar em programa de treinamento regularmente instituído, mesmo
que implique em estudo no exterior;
III – férias.
§ 5º O estágio probatório ficará suspenso durante as licenças previstas no
parágrafo anterior, inciso I, alíneas “b” e “e”, sendo retomado a partir do término do
impedimento.
§ 6º Regulamento, no âmbito dos Poderes do Município, disporá sobre o
estágio probatório.
SUBSEÇÃO V
Da Estabilidade
Art. 20. O servidor municipal habilitado em concurso público e empossado
em cargo de provimento efetivo adquirirá estabilidade no serviço público ao completar
trinta e seis meses de efetivo exercício.
Parágrafo único. São também estáveis os servidores que se encontram na
situação prescrita no art. 19 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias da
Constituição Federal.
Art. 21. O servidor municipal, efetivo estável ou o estabilizado somente
perderá o cargo em virtude de:
I - sentença judicial transitada em julgado;
II - processo administrativo disciplinar no qual lhe seja assegurada ampla
defesa;
III - reprovação em procedimento de avaliação periódica de desempenho,
nos termos em que dispuser Lei Complementar de âmbito nacional.
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SEÇÃO II
Da Readaptação
Art. 22. Readaptação é a investidura do servidor municipal, efetivo estável ou
do estabilizado em cargo de atribuições e responsabilidades compatíveis com a limitação
que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental verificada em inspeção médica.
§ 1º Antes da concessão da readaptação poderá ocorrer um remanejamento
nas funções do servidor por prazo de até vinte e quatro meses, período este em que
deverá se apresentar a cada sessenta dias à Administração para comprovação,
mediante exame ou perícia médica, de que se encontra nas mesmas condições, ou não,
de quando ocorreu o remanejamento.
§ 2º Persistindo as condições que Ensejaram o remanejamento de funções,
dar-se-á readaptação, por ato do Chefe do respectivo Poder, caso contrário, o servidor
retornará à função anteriormente ocupada.
§ 3º Se, decorrido o prazo de que trata o § 1º, for julgado incapaz para o
serviço público, o readaptando será aposentado.
§ 4º A readaptação será efetivada, respeitada a habilitação exigida, nível de
escolaridade e equivalência de vencimentos e, na hipótese de inexistência de cargo
vago, o servidor exercerá suas atribuições como excedente, até a ocorrência de vaga.
§ 5º Não se dará a readaptação se o motivo que a ensejar puder ser superado
com a troca de equipamentos, materiais ou do local de exercício do servidor, hipóteses
em que a Administração Pública Municipal, adotará as medidas que o caso requerer.
.
SEÇÃO III
Da Reversão
Art. 23. Reversão é o retorno à atividade de servidor municipal, aposentado
por invalidez, quando, por junta médica nomeada pela Administração, forem declarados
insubsistentes os motivos da aposentadoria.
Art. 24. A reversão far-se-á no mesmo cargo ou no cargo resultante de sua
transformação.
Parágrafo único. Encontrando-se provido o cargo o servidor exercerá suas
atribuições como excedente, até a ocorrência de vaga.
Art. 25. Não poderá reverter ao aposentado que já tiver completado setenta
anos de idade.
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SEÇÃO IV
Da Reintegração
Art. 26. Reintegração é a reinvestidura do servidor municipal, efetivo estável
ou do estabilizado no cargo anteriormente ocupado, ou no cargo resultante de sua
transformação, quando invalidada a sua demissão por decisão administrativa ou judicial,
com ressarcimento de todas as vantagens.
§ 1º Na hipótese de o cargo ter sido extinto, o servidor ficará em
disponibilidade, observadas as regras prescritas nesta Lei.
§ 2º Encontrando-se provido o cargo, o seu eventual ocupante, se efetivo
estável ou estabilizado, será reconduzido ao cargo de origem, sem direito à indenização,
ou aproveitado em outro cargo, ou, ainda, posto em disponibilidade, com remuneração
proporcional ao tempo de serviço.
SEÇÃO V
Da Recondução
Art. 27. Recondução é o retorno do servidor municipal, efetivo estável ou do
estabilizado ao cargo anteriormente ocupado e decorrerá de:
I - inabilitação em estágio probatório relativo a outro cargo;
II reintegração ao cargo, do ocupante anterior;
III - insubsistência do ato de provimento em outro cargo, desde que para tanto
não tenha concorrido.
Parágrafo único. Encontrando-se provido o cargo de origem, o servidor será
aproveitado em outro, observadas as regras traçadas nesta Lei para o aproveitamento.
SEÇÃO VI
Do Aproveitamento
Art. 28. Extinto o cargo, ou declarada a sua desnecessidade, o servidor
efetivo estável ou o estabilizado ficará em disponibilidade, com remuneração
proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado aproveitamento em outro cargo
cuja exigência de requisitos e atribuições sejam compatíveis com a sua formação
profissional.
§1º Atendidas as condições estabelecidas no caput, os órgãos centrais de
pessoal dos Poderes do Município determinarão o imediato aproveitamento do servidor
em disponibilidade nas vagas que ocorrerem no âmbito dos respectivos Poderes.
§ 2º O servidor posto em disponibilidade ficará mantidos sob responsabilidade
dos órgãos centrais de pessoal dos respectivos Poderes do Município.
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Art. 29. Será tornado sem efeito o aproveitamento e cassada a disponibilidade
se o servidor não entrar em exercício no prazo legal, salvo doença comprovada pela
Junta Médica Oficial do Município.
CAPÍTULO III
Da Vacância
Art. 30. A vacância do cargo público decorrerá de:
I – exoneração;
II – demissão;
III – readaptação;
IV – aposentadoria;
V – posse em outro cargo inacumulável;
VI – falecimento.
Art. 31. A exoneração do servidor municipal, efetivo ou estabilizado dar-sê-a
a pedido do servidor ou de ofício pela Administração Pública.
Parágrafo único. A exoneração de ofício dar-se-á, quando:
a) não satisfeitas as condições do estágio probatório, nos termos desta Lei e
de seu regulamento;
b) não satisfeitas as condições de permanência no cargo por insuficiência e
desempenho, nos termos da legislação o e de regulamento;
c) tendo tomado posse, o servidor não entrar em exercício no prazo
estabelecido.
Art. 32. A exoneração de cargo em comissão e a dispensa de função de
confiança dar-se-á a juízo da autoridade competente, ou a pedido do próprio servidor.
CAPÍTULO IV
Da Remoção
Art. 33. Remoção é a realocação do servidor municipal, de um para outro
órgão do mesmo Poder, ou de uma para outra unidade do mesmo órgão.
§ 1º Dar-se-á a remoção, observada a respectiva ordem de precedência, nos
seguintes casos:
a) de ofício, por conveniência da Administração Pública;
b) por motivos de saúde do servidor devidamente demonstrados e justificados
perante a Junta Médica Oficial;
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c) a requerimento, por interesse do servidor, observado o interesse público e
a conveniência administrativa.
§ 2º Poderá haver remoção por permuta, igualmente a critério da
Administração Pública, mediante pedido escrito de ambos os interessados.
§ 3º A nomeação de servidor titular de cargo de provimento efetivo, ou do
estabilizado, para cargo de provimento em comissão ou função de confiança, para
exercício em outro órgão ou unidade que não o de sua lotação, dentro de um mesmo
Poder, caracteriza a remoção de que trata a alínea "a" do § 1º, independentemente de
qualquer outro ato, até que se dê a respectiva vacância, caso em que o servidor
retornará ao órgão de origem.
CAPÍTULO V
Da Redistribuição
Art. 34. Redistribuição é o deslocamento de cargo de provimento efetivo ou
em comissão, ocupado ou vago, no âmbito dos quadros gerais de pessoal, para outro
órgão ou entidade do mesmo Poder.
§ 1º A redistribuição ocorrerá de ofício para ajustamento de lotação e da força
de trabalho às necessidades dos serviços, inclusive nos casos de reorganização,
extinção ou criação de órgão ou entidade.
§ 2º Nos casos de reorganização ou extinção de órgão ou entidade, extinto o
cargo ou declarada sua desnecessidade, o servidor efetivo estável ou o estabilizado que
não for redistribuído será colocado em disponibilidade, até seu aproveitamento, nos
termos desta Lei.
§ 3º A efetivação da redistribuição será precedida de manifestação dos órgãos
centrais de pessoal, no âmbito dos respectivos Poderes do Município.
CAPÍTULO VI
Da Substituição
Art. 35. Os servidores municipais, investidos em cargo de provimento em
comissão de direção ou chefia, ou, ainda, de função de confiança, terão substitutos
indicados no regimento interno ou, no caso de omissão, previamente designados pelo
dirigente máximo do órgão ou entidade.
§ 1º O substituto assumirá, automática e cumulativamente, sem prejuízo do
cargo que ocupa nos afastamentos, férias, impedimentos legais ou regulamentares do
substituído.
§ 2º O substituto fará jus à gratificação atribuída ao substituído, nos casos de
afastamento ou impedimentos superiores a trinta dias consecutivos, paga na proporção
dos dias de efetiva substituição, que excederem o referido período.
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TÍTULO III
Dos Direitos e Vantagens
CAPÍTULO I
Do Vencimento, Subsídio e Remuneração
Art. 36. Para os efeitos desta Lei, considera-se:
I - vencimento, a retribuição pecuniária pelo exercício de cargo público, com
valor fixado em lei;
II - subsídio, a remuneração fixada em parcela única, vedado o acréscimo de
qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie
remuneratória, obedecido, em qualquer caso, o disposto nos incisos X e XI, do art. 110
da Lei Orgânica do Município.
III - remuneração, é o vencimento básico de cargo efetivo, acrescido das
vantagens pecuniárias estabelecidas em lei.
Art. 37. Nenhum servidor da administração direta ou indireta, de qualquer dos
Poderes do Município, poderá perceber, mensalmente:
I - a título de remuneração ou provento, importância inferior ao salário mínimo,
salvo se proporcional a carga horária ou ao tempo de serviço;
I - a título de remuneração ou provento, importância inferior ao salário mínimo.
(Redação dada pela Lei Complementar nº 118, de 17 de abril de 2006.)
II - importância superior ao subsídio mensal, em espécie, do Prefeito
Municipal.
Art. 38. O servidor perderá:
I - a remuneração do dia em que faltar ao serviço, sem motivo justificado;
II - a parcela de remuneração diária, proporcional aos atrasos não justificados.
Parágrafo único. As faltas justificadas, nos termos desta Lei não afetam a
remuneração ou o subsídio do servidor.
Art. 39. Salvo por imposição legal, ou mandado judicial, ou para atender
programa oficial de apoio social ou de capacitação funcional, nenhum desconto incidirá
sobre a remuneração ou provento do servidor.
Parágrafo único. As consignações, motivadas por programa oficial de apoio
social ou de capacitação funcional, necessitam para sua efetivação da autorização do
servidor.
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Art. 40. As reposições e indenizações ao erário serão previamente
comunicada são servidor e descontadas em parcelas mensais em valores monetários
devidamente atualizados.
§ 1º Para os fins do disposto nesta Lei, considera-se: reposição, a devolução
aos cofres públicos de quaisquer parcelas recebidas indevidamente pelo servidor;
a) indenização à Fazenda Pública, o ressarcimento, pelo servidor, dos
prejuízos e danos a que ele der causa, por dolo ou culpa.
§ 2º A reposição será feita em parcelas cujo valor não exceda a vinte e cinco
por cento da remuneração ou provento.
§ 3º A indenização será feita em parcelas cujo valor não exceda a dez por
cento da remuneração ou provento.
§ 4º A reposição será feita, em uma parcela, quando constatado pagamento
indevido no mês anterior ao do processamento da folha.
Art. 41. O servidor em débito com o erário que for demitido, exonerado, ou
que tiver sua aposentadoria ou disponibilidade cassada, ou, ainda, aquele cuja dívida
relativa à reposição seja superior a cinco vezes o valor de sua remuneração, terá o prazo
de sessenta dias para quitar o débito.
§ 1º A não-quitação do débito no prazo previsto implicará sua inscrição em
dívida ativa.
§ 2º Os valores percebidos pelo servidor, em razão de decisão liminar, de
qualquer medida de caráter antecipatório, ou de sentença, posteriormente cassada ou
revista, deverão ser repostos no prazo de trinta dias, contados da notificação para fazê-
lo, sob pena de inscrição em dívida ativa.
Art. 42. O vencimento, o subsídio, a remuneração e o provento não serão
objeto de arresto, sequestro ou penhora, exceto nos casos de prestação de alimentos
resultante de decisão judicial.
CAPÍTULO II
Das Vantagens
Art. 43. Além do vencimento, poderão ser pagas ao servidor municipal, as
seguintes vantagens:
I - indenizações;
II - auxílios-pecuniários;
III - gratificações;
IV - adicionais.
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§ 1º As indenizações e os auxílios-pecuniários não se incorporam ao
vencimento ou provento para qualquer efeito.
§ 2º As gratificações e os adicionais incorporam-se aos vencimentos ou
proventos, nos casos e condições previstos em lei.
§ 3º À exceção daquelas de que tratam os incisos I e II, não será permitida a
concessão das demais vantagens tratadas neste artigo aos servidores que sejam
remunerados, nos termos da lei, por subsídio.
Art. 44 Os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público municipal,
não serão computados nem acumulados para fins de concessão de acréscimos
ulteriores.
SEÇÃO I
Das Indenizações
Art. 45. Constituem indenizações ao servidor municipal:
I - ajuda de custo;
II - diárias;
III - transporte;
IV - o ressarcimento de despesas autorizadas, havidas para desempenho das
suas funções;
Art. 46. Os valores das indenizações, bem assim as condições para a sua
concessão, serão estabelecidos em regulamento.
SUBSEÇÃO I
Da Ajuda de Custo
Art. 47. A ajuda de custo destina-se a compensar as despesas de instalação
do servidor que, no interesse do serviço, passe a ter exercício em órgão ou repartição
fora dos limites urbanos da sede, com mudança de domicílio em caráter permanente.
§ 1º Fica vedado o duplo pagamento de indenização, a qualquer tempo, no
caso de o cônjuge ou companheiro, que detenha também a condição de servidor, vier a
ter exercício na mesma sede.
§ 2º A ajuda de custo será paga mediante comprovação da mudança de
domicílio, das despesas realizadas com passagens, bagagens, bens pessoais e
transporte do servidor e de sua família, não podendo exceder a importância
correspondente a dois meses de sua remuneração.
§ 3º À família do servidor que falecer na nova sede serão assegurados ajuda
de custo e transporte para a localidade de origem, dentro do prazo de um ano, contado
do óbito.
PREFEITURA MUNICIPAL DE PALMA
Art. 48. Nos casos de cessão de servidor para exercício em outro órgão
ou entidade dos Poderes da União, do Distrito Federal, dos Estados e dos Municípios,
quando cabível, a ajuda de custo será paga pelo órgão cessionário.
Art. 49. Não será concedida ajuda de custo ao servidor que se afastar do
cargo, ou reassumi-lo, em virtude de mandato eletivo.
Art. 50. O servidor ficará obrigado a restituir a ajuda de custo quando,
injustificadamente, não se apresentar no novo posto de serviço no prazo de dez dias.
SUBSEÇÃO II
Das Diárias
Art. 51. O servidor que, a serviço, afastar-se da sede do Município, em
caráter eventual ou transitório para outro ponto do território nacional ou para o exterior,
fará jus a passagens e diárias destinadas a indenizar as parcelas de despesas
extraordinárias com pousada, alimentação e locomoção urbana, conforme se dispuser
em regulamento.
§ 1º A diária será concedida por dia de afastamento, sendo devida pela
metade quando o deslocamento não exigir pernoite fora da sede, ou quando o Município
custear, por meio diverso, as despesas extraordinárias cobertas por diárias.
§ 2º Nos casos em que o deslocamento da sede constituir exigência
permanente do cargo, o servidor não fará jus a diárias.
Art. 52. O servidor que receber diárias e não se afastar da sede, por qualquer
motivo, deverá restituí-las, no prazo de cinco dias.
Parágrafo único. Na hipótese de o servidor retornar à sede em prazo menor
do que o previsto para o seu afastamento, restituirá as diárias recebidas em excesso, no
prazo previsto no caput.
SUBSEÇÃO III
Da Indenização de Transporte
Art. 53. Conceder-se-á indenização de transporte ao servidor que realizar
despesas com a utilização de meio próprio de locomoção para a execução de serviços
externos, por força das atribuições próprias do cargo, conforme se dispuser em
regulamento.
SUBSEÇÃO IV
Do Ressarcimento de Despesas Autorizadas
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Art. 54. Conceder-se-á o ressarcimento de despesas efetuadas pelo
servidor municipal para o desempenho de suas funções, desde que previamente
autorizadas pela autoridade competente nos termos de regulamento.
SEÇÃO II
Dos Auxílios-Pecuniários
Art. 55. Serão concedidos ao servidor municipal e à sua família, nos termos
de legislação específica os seguintes auxílios pecuniários:
I – auxílio-funeral;
II – salário-natalidade;
III – auxílio-reclusão;
IV – salário-família;
V- auxílio-transporte.
I – auxílio-reclusão; (Redação dada pela Lei Complementar nº 118, de 17 de abril de 2006.)
II – salário-família; (Redação dada pela Lei Complementar nº 118, de 17 de abril de 2006.)
III – auxílio-transporte. (Redação dada pela Lei Complementar nº 118, de 17 de abril de 2006.)
§ 1º Os auxílios, de que tratam os incisos I, II e III, deste artigo, serão pagos
pelos sistemas de previdência e assistência social ao qual se vinculam o servidor público
municipal, não sendo permitida, sob qualquer hipótese, a sua inclusão em folha de
pagamento.
§ 1º O auxílio, de que trata o inciso I deste artigo, será pago pelo sistema de
previdência ao qual se vincula o servidor público municipal, não sendo permitida, sob
qualquer hipótese, a sua inclusão em folha de pagamento. (Redação dada pela Lei Complementar nº
118, de 17 de abril de 2006.)
§ 2º O salário-família será pago em folha de pagamento, garantida a
compensação ao Tesouro Municipal, mediante encontro de contas com os sistemas
de previdência e assistência.
§ 2º As cotas do salário-família serão pagas pela administração pública
municipal, juntamente com a remuneração mensal do segurado, efetivando-se a
compensação financeira quando do recolhimento das contribuições previdenciárias.
(Redação dada pela Lei Complementar nº 118, de 17 de abril de 2006.)
SUBSEÇÃO I
DO AUXÍLIO FUNERAL
Art. 56. Vetado.
PREFEITURA MUNICIPAL DE PALMA
Art. 57. Vetado.
Art. 58. Vetado.
SUBSEÇÃO II
DO AUXÍLIO-NATALIDADE
Art. 59. Vetado.
SUBSEÇÃO III
DO AUXÍLIO-RECLUSÀO
Art. 60. Vetado.
SUBSEÇÃO IV
DO SALÁRIO-FAMÍLIA
Art. 61. Vetado.
Art. 62. Vetado.
Art. 63. Vetado.
Art. 64. Vetado.
SUBSEÇÃO V
DO AUXÍLIO-TRANSPORTE
Art.65. O auxílio-transporte será devido ao servidor ativo nos
deslocamentos de sua residência para o trabalho e do trabalho para sua residência,
na forma estabelecida em regulamento.
SEÇÃO III
Das Gratificações
Art. 66. Além do vencimento e das vantagens previstas nesta Lei, serão
deferidos aos servidores as seguintes gratificações:
I – pelo exercício de cargo em comissão ou função de confiança;
II – natalina;
III – de instrutoria;
PREFEITURA MUNICIPAL DE PALMA
IV – outras, relativas ao local ou à natureza do trabalho.
Parágrafo único. As gratificações tratadas no inciso IV, serão criadas por lei
específica, que lhes estipulará o valor e as condições de concessão.
SUBSEÇÃO I
Da Gratificação pelo Exercício de Cargo em Comissão ou Função de Confiança
Art. 67. Ao servidor ocupante de cargo de provimento efetivo ou ao
estabilizado, investido em cargo de provimento em comissão ou em função de confiança,
será devida gratificação fixada em lei própria.
§1º É facultado ao servidor titular de cargo de provimento efetivo ou ao
estabilizado, investido em cargo de provimento em comissão, optar entre a remuneração
global atribuída ao cargo comissionado mais as parcelas remuneratórias de caráter
pessoal ou sua remuneração global relativa ao cargo de provimento efetivo e a
gratificação de representação atribuída ao cargo de provimento em comissão.
§ 2º A gratificação, de que trata este artigo não se incorpora ao vencimento
do servidor para nenhum efeito.
§ 3º Poderá integrar a remuneração de contribuição, do servidor titular de
cargo efetivo, a parcela percebida pelo segurado do exercício de cargo em comissão ou
função de confiança, mediante opção por ele exercida, para efeito de cálculo de benefício
a ser concedido, respeitada, em qualquer hipótese, a limitação da remuneração ou do
subsídio do respectivo servidor, no cargo efetivo em que se der a aposentadoria. (Redação
dada pela Lei Complementar nº 118, de 17 de abril de 2006.)
SUBSEÇÃO II
Da Gratificação Natalina
Art. 68. A gratificação natalina corresponde a um doze avos da remuneração
a que o servidor fizer jus no mês de dezembro, por mês de exercício no respectivo ano.
§ 1º Independentemente da renumeração normal a que o funcionário ou
servidor fizer jus, a Gratificação Natalina deverá ser concedida no mês de dezembro de
cada ano, podendo, no entanto, por ato dos respectivos Poderes Executivo e Legislativo,
ser paga em duas parcelas, sendo a primeira de acordo com o aniversário do funcionário
ou servidor, em valor proporcional ao mês ou meses trabalhados, pagando-se a
segunda, porém no mês de dezembro, de modo a completar o valor integral da
gratificação devida. (Redação dada pela Lei Complementar nº 27, de 4 de setembro de 2000).
§ 2º A fração superior a quinze dias será considerada como mês integral.
(Paragráfo único renumerado para § 2º pelo art. 1º da Lei Complementar nº 27, de 4 de setembro de 2000.)
PREFEITURA MUNICIPAL DE PALMA
Art. 69. O servidor, exonerado ou demitido, perceberá sua gratificação
natalina, proporcionalmente aos meses de exercício, calculada sobre a remuneração do
mês da exoneração ou da sua demissão.
Art. 70. A gratificação natalina não será considerada para cálculo de qualquer
vantagem pecuniária.
SUBSEÇÃO III
Da Gratificação de Instrutoria
Art. 71. Ao servidor público municipal que for convidado ou convocado para
atividades de instrutória em programas de formação, capacitação ou treinamento,
oficialmente instituídos pela administração de pessoal dos Poderes do Município ou,
ainda, no âmbito de suas instituições de formação e capacitação funcional, será devida,
a título de pro labore, uma gratificação, cujo valor e forma de pagamento serão definidos
em regulamento a ser baixado por ato do respectivo Chefe do Poder do Município.
SEÇÃO IV
Dos Adicionais
Art. 72. Além do vencimento e das vantagens previstas nesta Lei, serão
deferidos aos servidores os seguintes adicionais:
I - pelo exercício de atividades insalubres ou perigosas;
II - Vetado;
III - pela prestação de serviço extraordinário;
IV – noturno;
V – de férias;
SUBSEÇÃO I
Do Adicional de Insalubridade ou de Periculosidade
Art. 73. Os servidores que trabalhem com habitualidade em locais insalubres ou
em contato permanente com substâncias tóxicas, radioativas, ou com risco devida,
fazem jus a um adicional limitado a quarenta por cento calculado exclusivamente sobre
o vencimento do cargo efetivo.
PREFEITURA MUNICIPAL DE PALMA
Art. 73. Os servidores que trabalhem com habitualidade em locais insalubres
ou em contato permanente com substâncias tóxicas, radioativas, ou com risco de vida,
fazem jus a um adicional sobre o vencimento do cargo efetivo. (Redação dada pela Lei Complementar
nº 160, de 14 de abril de 2008.)
§ 1º O adicional de insalubridade ou de periculosidade somente será devido
ao servidor enquanto na atividade, e na presença das condições que ensejaram a sua
concessão.
§ 2º Ainda são devidos, conforme o caso, o adicional de insalubridade ou de
periculosidade:
I - na fruição das seguintes licenças:
a) para tratamento da própria saúde;
b) por motivo de doença em pessoa da família;
c) em razão de gestação, adoção ou paternidade;
II - na fruição dos seguintes afastamentos:
a) para atender convocação da Justiça Eleitoral, durante período eletivo;
b) para servir o Tribunal do Júri;
c) para participar em programa de treinamento regularmente instituído,
mesmo que implique em estudo no exterior;
d) em missão oficial fora do local do exercício;
e) para doação de sangue;
f) para alistar-se como eleitor;
g) para casar-se;
h) nos casos de falecimento do cônjuge, companheiro, pais, madrasta ou
padrasto, filhos, enteados, menor sob guarda ou tutela e irmãos;
III - na fruição das férias.
§ 3º O servidor que fizer jus aos adicionais de insalubridade e de
periculosidade deverá optar por um deles.
§ 4º Regulamentos baixados pelos Chefes dos Poderes do Município,
disporão a respeito da matéria, considerando, quando de sua elaboração, quadro de
situações de incidência de insalubridade elaborado pela Junta Médica Oficial do
Município.
PREFEITURA MUNICIPAL DE PALMA
Art. 74. Haverá permanente controle das atividades dos servidores em
operações ou locais considerados insalubres ou perigoso.
Parágrafo único. A Servidora gestante ou lactante será afastada, e enquanto
durar a gestação e a lactação, das operações locais previstos neste em artigo, exercendo
suas atividades em local salubre e serviço salubre, não perigoso e que não haja risco de
vida.
Art. 75. Na concessão do adicional de insalubridade ou de periculosidade,
serão observadas as situações estabelecidas em legislação específica.
Art. 76. Os locais de trabalho e os servidores que operam com Raios X ou
substâncias radioativas serão mantidos sob controle permanente, de modo
que as doses de radiação ionizante não ultrapassem o nível máximo previsto na
legislação própria.
Parágrafo único. Os servidores a que se refere este artigo serão submetidos
a exames médicos a cada seis meses.
SUBSEÇÃO II
DO ADICIONAL POR TEMPO DE SERVIÇO
Art. 77. Vetado.
SUBSEÇÃO III
Do Adicional por Serviços Extraordinários
Art. 78. O serviço extraordinário será remunerado com acréscimo de
cinquenta por cento em relação à hora normal de trabalho.
§ 1º Somente será permitido serviço extraordinário para atender a situações
excepcionais e temporárias, respeitado o limite máximo de duas horas por jornada.
§ 2º O adicional de que trata este artigo será devido apenas aos servidores
ocupantes de cargos de provimento efetivo ou aos estáveis, não se incorporando à
remuneração.
SUBSEÇÃO IV
Do Adicional Noturno
Art. 79. O serviço noturno, prestado em horário compreendido entre as vinte e
duas horas de um dia e as cinco horas do dia seguinte, terá o valor-hora acrescido de
vinte e cinco por cento, computando-se cada hora como cinquenta e dois minutos e trinta
segundos.
PREFEITURA MUNICIPAL DE PALMA
Parágrafo único. O adicional de que trata este artigo não se incorpora à
remuneração para quaisquer fins.
SUBSEÇÃO V
Do Adicional de Férias
Art. 80. Independentemente de solicitação será pago ao servidor, por ocasião
das férias, um adicional correspondente a um terço da remuneração do período das
férias.
Parágrafo único. No caso de o servidor ocupar cargo de provimento em
comissão ou função de confiança a respectiva gratificação será considerada no cálculo
do adicional de que trata este artigo.
CAPÍTULO III
Das Férias
Art. 81. O servidor fará jus a trinta dias de férias, que podem ser acumuladas
até o máximo de dois períodos, no caso de necessidade do serviço, ressalvadas as
hipóteses em que haja legislação específica.
§ 1º Para qualquer período aquisitivo de férias serão exigidos doze meses
de exercício.
§2º Não será permitido levar à conta de férias qualquer falta ao serviço.
§ 3ºVetado. (Redação dada pela Lei Complementar nº 27, de 4 de setembro de 2000).
§ 4º As férias poderão ser parceladas em até duas etapas, desde que assim
requeridas pelo servidor, e no interesse da Administração Pública.
§ 5º É facultado ao Órgão Público Municipal, conceder ao servidor a
conversão de 1/3 (um terço) de suas férias em abono pecuniário, desde que o requeira
pelo menos 30 (trinta) dias antes do seu início. (Redação dada pela Lei Complementar nº 118, de 17 de abril
de 2006.)
Art. 82. Em caso de parcelamento, o servidor receberá o valor do adicional
de férias quando da utilização do primeiro período.
Art. 82. Em caso de parcelamento, de acordo com § 4º do art. 81, o servidor
receberá o valor do adicional de férias quando da utilização do primeiro período. (Redação
dada pela Lei Complementar nº 160, de 14 de abril de 2008.)
Art. 82-A. O servidor, exonerado ou demitido, perceberá indenização relativa ao
período de férias a que tiver direito, bem como ao incompleto, na proporção 1/12 (um doze
avos) por mês de efetivo exercício e/ou fração superior a 15 (quinze) dias. (Incluído pela Lei
Complementar nº 160, de 14 de abril de 2008.)
PREFEITURA MUNICIPAL DE PALMA
§1º A indenização será calculada com base na remuneração ou subsídio do
mês a partir da data do desligamento. (Incluído pela Lei Complementar nº 160, de 14 de abril de 2008.)
§ 2º O Poder Executivo expedirá instruções, objetivando a regulamentação
das demais questões relativas a pagamento de férias. (Incluído pela Lei Complementar nº 160, de 14 de
abril de 2008.)
Art. 83. O servidor que opera direta e permanentemente com Raios X ou
substâncias radioativas gozará vinte dias consecutivos de férias, por semestre de
atividade profissional, proibida, em qualquer hipótese, a acumulação e com direito à
percepção de apenas um adicional de férias.
Art. 84. As férias somente poderão ser interrompidas por motivo de
calamidade pública, comoção interna, convocação para júri, serviço militar ou eleitoral,
ou por necessidade do serviço declarada pela autoridade máxima do órgão ou entidade.
Parágrafo único. O restante do período interrompido deverá ser gozado de
uma só vez, observado o interesse e as necessidades da Administração Pública.
CAPÍTULO IV
Das Licenças
Art. 85. Conceder-se-á ao servidor licença:
I – para tratamento de saúde;
I – para tratamento de saúde ou auxílio-doença; (Redação dada pela Lei Complementar
nº 118, de 17 de abril de 2006.)
II – por motivo de doença em pessoa da família;
III – à gestante ou adotante;
III – à gestante ou adotante ou salário-maternidade; (Redação dada pela Lei Complementar
nº 118, de 17 de abril de 2006.)
IV – por motivo de afastamento do cônjuge ou companheiro;
V – para o serviço militar;
VI – para atividade política;
VII – para capacitação;
VIII – para tratar de interesses particulares;
IX – para desempenho de mandato classista.
PREFEITURA MUNICIPAL DE PALMA
§ 1º As licenças previstas nos incisos I, II e III serão precedidas de exame
médico que deverão ser avaliados ou realizados pela Junta Médica Oficial.
§ 2º Não será permitido o exercício de atividade remunerada durante os
períodos das licenças previstas nos incisos I, II e III.
SEÇÃO I
Da Licença para Tratamento de Saúde
Art. 86. Conceder-se-á ao servidor licença para tratamento de saúde, a
pedido ou de ofício, com base em perícia médica, sem prejuízo da remuneração a que
fizer jus.
Art. 87. Para licença superior a três dias a inspeção será feita pela Junta
Médica Oficial.
Art. 87. O auxílio-doença será devido ao segurado que ficar incapacitado para
a atividade de seu cargo por mais de 15 (quinze) dias consecutivos e corresponderá a
uma renda mensal correspondente ao valor da última remuneração do segurado no
cargo efetivo, sendo devido a contar do 16º (décimo sexto) dia do afastamento a este
título. (Redação dada pela Lei Complementar nº 118, de 17 de abril de 2006.)
§ 1º Sempre que necessária, a inspeção médica realizar-se-á na residência
do servidor ou estabelecimento hospitalar onde se encontrar.
§ 2º Inexistindo médico vinculado aos sistemas públicos de saúde no local de
residência do servidor, aceitar-se-á atestado passado por médico particular.
§ 3º No caso do parágrafo anterior, ao testado somente produzirá efeitos
depois de homologado pela Junta Médica Oficial.
Art. 88. Findo o prazo da licença o servidor deverá ser submetido à nova
inspeção, que concluirá pela volta ao serviço, pela prorrogação da licença ou pela
aposentadoria.
Art. 89. O atestado e o laudo da Junta Médica deverão conter o código da
doença, que será especificada quando se tratar de lesões produzidas por acidente em
serviço, doença profissional ou quaisquer das doenças contagiosas ou incuráveis, assim
consideradas por legislação própria.
Art. 90. O servidor que apresente indícios de lesões orgânicas ou funcionais,
causadas por exposição em serviço de raios X e substâncias radioativas ou tóxicas,
deverá ser afastado do trabalho e submetido à inspeção médica.
PREFEITURA MUNICIPAL DE PALMA
Art. 91. O servidor que se recusar à inspeção médica será punido com
suspensão de até quinze dias, cessando os efeitos da sanção logo que se verificar a
inspeção.
Art. 92. O servidor que durante o mesmo exercício atingir o limite de trinta
dias de licença para tratamento de saúde, consecutivos ou não, para a concessão de
nova licença, independentemente do prazo de sua duração, deverá ser submetido à
inspeção pela Junta Médica Oficial.
Art. 92. A Lei específica que trata do Regime Próprio de Previdência dos
Servidores Públicos do Município de Palmas disporá sobre o auxílio-doença. (Redação dada
pela Lei Complementar nº 118, de 17 de abril de 2006.)
SEÇÃO II
Da Licença por Motivo de Doença em Pessoa da Família
Art. 93. Poderá ser concedida licença ao servidor por motivo de doença do
cônjuge ou companheiro, dos pais, dos filhos, do padrasto ou madrasta e enteado, ou
dependente que viva às suas expensas e conste do seu assentamento funcional,
mediante comprovação pela Junta Médica Oficial.
§ 1º A licença somente será deferida se a assistência direta do servidor for
indispensável e não puder ser prestada simultaneamente como exercício do cargo ou
mediante compensação de horário.
§ 2º A licença será concedida sem prejuízo da remuneração do cargo
efetivo, até trinta dias, podendo ser prorrogada por igual período, mediante parecer de
Junta Médica Oficial e, excedendo estes prazos, sem remuneração, por até noventa
dias.
SEÇÃO III
Da Licença por Motivo de Gestação ou Adoção
Art. 94. Será concedida licença à servidora gestante por cento e vinte dias
consecutivos, sem prejuízo da remuneração. (Redação dada pela Lei Complementar nº 189, de 9 de
setembro de 2009).
§ 1º A licença poderá ter início a partir do primeiro dia do oitavo mês de
gestação, salvo prescrição médica em contrário.
§ 2º No caso de nascimento prematuro a licença deverá ter início a partir do
dia imediato ao do parto.
§ 3º No caso de natimorto, decorridos trinta dias do evento, a servidora
deverá ser submetida a exame médico e, se julgada apta, reassumirá o exercício.
§ 4º No caso de aborto, atestado por médico oficial, a servidora terá direito
a trinta dias de repouso remunerado.
PREFEITURA MUNICIPAL DE PALMA
Art. 95. Para amamentar o próprio filho, até a idade de seis meses, a
servidora lactante terá direito, durante a jornada de trabalho, a uma hora de descanso,
que poderá ser parcelada em dois períodos de meia hora.
Art. 96.A servidora que adotar criança de zero a quatro meses deidade será
concedida licença de sessenta dias.
Art. 96. A servidora que adotar criança, nos termos do Estatuto da Criança
e do Adolescente, Lei 8.069, de 13 de julho de 1990, será concedida licença de cento
e vinte e dias, a qual será apontada como licença maternidade, sem qualquer menção
à natureza da adoção. (Redação dada pela Lei Complementar nº 24, de 26 de agosto de 2000)
Art. 96. A Lei específica que trata do Regime Próprio de Previdência dos
Servidores Públicos do Município de Palmas disporá sobre o salário-maternidade.
(Redação dada pela Lei Complementar nº 118, de 17 de abril de 2006.)
SEÇÃO IV
Da Licença por Motivo de Afastamento do Cônjuge
Art. 97. Poderá ser concedida licença ao servidor efetivo estável ou ao
estabilizado para acompanhar cônjuge ou companheiro, igualmente servidor do
Município, que foi deslocado por motivo de serviço para outro ponto do território
nacional ou do exterior.
§ 1º A licença será por prazo indeterminado e sem remuneração, não
contando esse tempo para quais quer fins, observado o disposto no parágrafo
seguinte.
§ 2º Existindo no novo local de residência repartição da administração direta
ou indireta dos Poderes do Município, o servidor nela terá exercício, enquanto durar o
afastamento do cônjuge ou companheiro, correndo sua remuneração à conta do órgão
em que tiver lotação.
SEÇÃO V
Da Licença para o Serviço Militar
Art. 98. Ao servidor convocado para o serviço militar obrigatório, em
qualquer serviço ou dependência das Forças Armadas, será concedida licença, na
forma e condições previstas na legislação específica.
Parágrafo único. Concluído o serviço militar o servidor terá até trinta dias
sem remuneração para reassumir o exercício do cargo.
SEÇÃO VI
Da Licença para Atividade Política
PREFEITURA MUNICIPAL DE PALMA
Art. 99. O servidor, titular de cargo efetivo, ou o estabilizado, terá direito à
licença, sem remuneração, durante o período que mediar entre a sua escolha em
convenção partidária, como candidato a cargo eletivo, e a véspera do registro de sua
candidatura perante a Justiça Eleitoral.
§ 1º A partir do registro da candidatura e até o décimo dia seguinte ao da
eleição, o servidor fará jus à licença, assegurada a remuneração do cargo efetivo.
§ 2º O servidor, candidato a cargo eletivo na localidade onde desempenha
suas funções e que exerça cargo de provimento em comissão ou função de confiança,
ou cujas atividades estejam voltadas para a arrecadação ou a fiscalização, dele será
afastado, a partir do dia imediato ao do registro de sua candidatura perante a Justiça
Eleitoral, até o décimo dia seguinte ao do pleito.
SEÇÃO VII
Da Licença para Capacitação
Art. 100. Após cada quinquênio de exercício o servidor efetivo estável ou
o estabilizado poderá, no interesse da Administração Pública, e nos termos do
regulamento, afastar-se do exercício do cargo efetivo, por até três meses, para
participar de curso de capacitação, que tenha relação com a área de atuação de seu
cargo.
§ 1ºA licença de que trata este artigo dar-se-á com o vencimento do cargo
efetivo, acrescido das vantagens permanentes.
§ 2º Os períodos de licença, de que trata o caput, não são acumuláveis.
§ 3º Não será permitida a concessão da licença, de que trata este artigo,
concomitantemente ao exercício de cargo em comissão ou de função de confiança.
§ 4º Sob pena:
a) de cassação da licença, o servidor deverá, mensalmente, comprovar a
frequência no respectivo curso;
b) da perda da remuneração por período igual ao da licença, o servidor
deverá, ao final do curso, apresentar o respectivo certificado ou diploma.
SEÇÃO VIII
Da Licença para Tratar de Interesses Particulares
Art. 101. A critério da Administração Pública, poderá ser concedida ao
servidor de cargo efetivo, desde que não esteja em estágio probatório, licença para o
trato de assuntos particulares pelo prazo de até 3 (três) anos consecutivos, sem
remuneração, prorrogável uma única vez por período não superior a esse limite.
PREFEITURA MUNICIPAL DE PALMA
Art. 101. A critério da Administração Pública, poderá ser concedida ao
servidor de cargo efetivo, desde que não esteja em estágio probatório, licença para o
trato de assuntos particulares pelo prazo de 3 (três) anos consecutivos, sem
remuneração, prorrogável uma única vez por período não superior a esse limite. (Redação
dada pela Lei Complementar nº 24, de 26 de agosto de 2000)
§ 1º A licença poderá ser interrompida, a qualquer tempo, a pedido do
servidor ou no interesse do serviço.
§ 2º O tempo de licença não será contado para qualquer efeito. (Revogado pela
Lei Complementar nº 24, de 26 de agosto de 2000.)
§ 3º Não se concederá nova licença antes de decorrido 2 (dois) anos do
término da anterior ou de sua revogação.
§ 3º Não se concederá nova licença antes do decorrido 2 (dois) anos do
término da anterior ou de sua revogação. (Redação dada pela Lei Complementar nº 24, de 26 de agosto de
2000)
§ 4º Não se concederá a licença a servidor nomeado, antes de completar
três anos de exercício. (Revogado pela Lei Complementar nº 24, de 26 de agosto de 2000)
§ 5º Não se concederá a licença a servidor nomeado, removido ou
redistribuído antes de completar dois anos de exercício. (Alterado pela Lei Complementar nº
24, de 26/08/2000.) (Revogado pela Lei Complementar nº 24, de 26 de agosto de 2000)
§ 6º A licença será interrompida na hipótese de o servidor exercer outro
cargo, emprego ou função pública nos Poderes do Município.
SEÇÃO IX
Da Licença para o Desempenho de Mandato Classista
Art. 102. Será assegurado ao servidor efetivo estável ou ao estabilizado, o
direito à licença, sem remuneração, para o desempenho de mandato em confederação,
federação, associação de classe de âmbito nacional, sindicato representativo da
categoria ou entidade fiscalizadora da profissão, conforme disposto em regulamento e
observados os seguintes limites:
Art. 102. É assegurado ao servidor ocupante de cargo efetivo estável ou
estabilizado o direito à licença com remuneração ou subsídio do cargo efetivo para o
desempenho de mandato em central sindical, confederação, federação, associação de
classe de âmbito nacional, estadual ou municipal, sindicato representativo da categoria
ou entidade fiscalizadora da profissão, conforme disposto em regulamento e observados
os seguintes limites: (Redação dada pela Lei Complementar nº 308 de 19 de dezembro de 2014).
I – para entidades com 300 a 2.000 associados, um servidor;
PREFEITURA MUNICIPAL DE PALMA
I – para entidades com até 1.000 associados, um servidor;
I – para entidades com 2.001 a 3.000 associados, dois servidores;
II – para entidades com 1.001 a 2.000 associados, dois servidores; (Redação
dada pela Lei Complementar nº 308 de 19 de dezembro de 2014).
II – para entidades com mais de 3.000 associados, três servidores.
III – para entidades com mais 2.000 associados, três servidores. (Redação dada
pela Lei Complementar nº 308 de 19 de dezembro de 2014).
§ 1º Somente poderão ser licenciados servidores eleitos para cargos de direção
ou representação nas referidas entidades, desde que constituídas legalmente.
§ 1º Somente poderão ser licenciados os servidores eleitos para cargos de
direção ou de representação nas referidas entidades, desde que cadastradas no órgão
competente. (Redação dada pela Lei Complementar nº 308 de 19 de dezembro de 2014).
§ 2º A licença terá duração igual à do mandato, podendo ser prorrogada, no caso
de reeleição, apenas uma única vez.
§ 2º A licença terá duração igual à do mandato, podendo ser renovada, no
caso de reeleição. (Redação dada pela Lei Complementar nº 308 de 19 de dezembro de 2014).
§ 3° O servidor, investido em mandato classista, não pode ser removido ou
redistribuído de ofício para localidade diversa daquela de onde se afastou para exercer
o mandato. (Incluído pela Lei Complementar nº 308 de 19 de dezembro de 2014).
§ 4º O servidor ocupante de cargo em comissão ou função de confiança, para a
obtenção de licença, deverá desincompatibilizar-se do cargo ou função. (Incluído pela Lei Complementar
nº 308 de 19 de dezembro de 2014).
CAPÍTULO V
Dos Afastamentos
Art. 103. O servidor poderá afastar-se:
I – para servir a outro órgão ou entidade;
II – para o exercício de mandato eletivo;
III – para estudo no exterior;
IV – para missão oficial no exterior;
PREFEITURA MUNICIPAL DE PALMA
V – para atender convocação da Justiça Eleitoral durante o período eletivo;
VI – para servir ao Tribunal do Júri.
§ 1º O afastamento de servidor para participar de programa de treinamento
regularmente instituído dar-se-á sem qualquer prejuízo e nos termos de regulamento.
§ 2º Os afastamentos para atender convocação da Justiça Eleitoral, durante
o período eletivo, e para servir ao Tribunal do Júri dar-se-ão sem prejuízos ao servidor
e nos termos da legislação.
SEÇÃO I
Do Afastamento para servir a outro Órgão ou Entidade
Art. 104. O servidor, titular de cargo de provimento efetivo ou o estabilizado,
poderá ser cedido para ter exercício em outro órgão ou entidade dos Poderes da
União, do Distrito Federal, dos Estados, dos demais Municípios e de suas autarquias,
fundações e empresas, nas seguintes hipóteses:
I – para o exercício de cargo em comissão ou função de confiança;
II – em casos previstos em leis específicas;
III – para execução de acordos, contratos e convênios que prevejam cessão
de mão-de-obra do Município.
§ 1º O ato de cessão é de competência exclusiva dos Chefes dos
respectivos Poderes do Município.
§ 2º Na hipótese do inciso I a cessão deverá ser com ônus para o
requisitante e nas hipóteses previstas nos incisos II e III a onerosidade da cessão dar-
se-á conforme dispuser a lei ou o instrumento autorizativo, respectivamente.
§ 3º Cessada a investidura no cargo ou função de confiança, ou vencido o
prazo pactuado, o servidor terá o prazo de dez dias para retornar ao órgão ou entidade
de origem.
SEÇÃO II
Do Afastamento para Exercício de Mandato Eletivo
Art. 105. Ao servidor titular de cargo de provimento efetivo ou ao
estabilizado, investido em mandato eletivo aplicam-se as seguintes disposições:
I – tratando-se de mandato federal, estadual ou distrital, ficará afastado do
cargo;
II – investido no mandato de Prefeito ou Vice-Prefeito, será afastado do
cargo, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração;
III – investido no mandato de vereador:
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a) havendo compatibilidade de horário, perceberá as vantagens de seu
cargo, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo;
b) não havendo compatibilidade de horário, será afastado do cargo,
sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração.
Parágrafo único. No caso de afastamento do cargo, o servidor contribuirá
para a seguridade social como se em exercício estivesse.
SEÇÃO III
Do Afastamento para Estudo no Exterior
Art. 106. O servidor efetivo estável ou o estabilizado poderá ausentar-se do
País para estudo que integre programa regular de formação profissional, mediante
autorização dos Chefes dos respectivos Poderes do Município, com a remuneração do
cargo efetivo.
§ 1º O programa do curso deverá guardar correlação com os requisitos do
cargo ocupado pelo servidor.
§ 2º O período do afastamento não excederá a quatro anos e, concluído o
estudo, somente decorrido igual período, será permitida nova ausência por mesmo
fundamento.
§ 3º O servidor beneficiado pelo disposto neste artigo não será exonerado a
pedido, nem lhe serão concedidas licenças, à exceção das motivadas por questões de
saúde, de gestação e para exercício de atividade política e mandato eletivo, antes de
decorrido período de carência igual ao do afastamento, ressalvada a hipótese de
ressarcimento da despesa havida com seu afastamento.
§ 4º No caso de demissão, durante o período de carência de que trata o
parágrafo anterior, o servidor ressarcirá ao Tesouro do Município, proporcionalmente ao
tempo restante para o término da carência, os custos havidos com o seu afastamento.
SEÇÃO IV
Do Afastamento para Missão no Exterior
Art. 107. Por designação dos Chefes dos Poderes do Município o servidor
poderá ser afastado para cumprimento de missão oficial no exterior, em caráter
temporário e sem perda de sua remuneração ou de seu subsídio.
Parágrafo único. Do ato de designação constarão período de afastamento,
objeto da missão e demais condições para sua execução.
Art. 108. O afastamento de servidor para servirem organismo internacional de
que o Brasil ou o Município participe ou coopere dar-se-á com perda total da
remuneração.
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CAPÍTULO VI
Das Concessões
Art. 109. Sem qualquer prejuízo, à exceção do disposto em lei, poderã o
servidor ausentar-se do serviço:
I - por um dia, para doação de sangue;
II - por até dois dias, para se alistar como eleitor;
III - por cinco dias consecutivos:
a) por casamento;
b) ao pai pelo nascimento do filho;
c) pelo falecimento do cônjuge, companheiro, pais, madrasta ou padrasto,
filhos, enteados, menor sob guarda ou tutela, irmãos ou curatelados.
III - por 5 (cinco) dias consecutivos: (Redação dada pela Lei Complementar n° 422, de 16 de
dezembro de 2022.)
a) por casamento; (Redação dada pela Lei Complementar n° 422, de 16 de dezembro de 2022.)
b) pelo falecimento do cônjuge, companheiro, pais, madrasta ou padrasto,
filhos, enteados, menor sob guarda ou tutela, irmãos ou curatelados; (Redação dada pela Lei
Complementar n° 422, de 16 de dezembro de 2022.)
IV - por 20 (vinte) dias consecutivos, ao pai pelo nascimento do filho. (Redação
dada pela Lei Complementar n° 422, de 16 de dezembro de 2022.)
Art. 110. Poderá ser concedido horário especial ao servidor estudante,
quando comprovada a incompatibilidade entre o horário escolar e o da repartição, sem
prejuízo do exercício do cargo.
Parágrafo único. Para efeito do disposto neste artigo, será exigida a
compensação de horário no órgão ou entidade que tiver exercício, respeitada a duração
semanal do trabalho.
Art. 111. Ao servidor estudante que mudar de sede no interesse da
Administração Pública será assegurada, na localidade da nova residência ou na mais
próxima, matrícula em instituição de ensino congênere, em qualquer época,
independentemente de vaga.
Parágrafo único. O disposto neste artigo estende-se ao cônjuge ou
companheiro, aos filhos, ou enteados do servidor que vivam na sua companhia, bem
assim aos menores sob sua guarda, com autorização judicial.
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CAPÍTULO VII
Da Contagem de Tempo de Serviço
Art. 112. Para efeito desta Lei considera-se tempo de serviço o período no
qual o servidor, titular de cargo efetivo, ou o estabilizado, se manteve em efetivo exercício
nos órgãos e instituições dos Poderes do Município de Palmas.
Art. 112. Para efeito desta Lei considera-se tempo de serviço público o
período no qual o servidor, titular de cargo efetivo, ou o estabilizado, se manteve em
efetivo exercício nos órgãos e instituições dos Poderes do Município de Palmas. (Redação
dada pela Lei Complementar nº 118, de 17 de abril de 2006.)
§ 1º A apuração do tempo de serviço será feita em dias, que serão convertidos
em anos, considerado o ano como de trezentos e sessenta e cinco dias.
§ 2º Não será permitida a averbação de tempo de serviço com qualquer
acréscimo ou concorrente, salvo, neste caso, por acumulação legal de cargos.
Art. 113. São considerados como de efetivo exercício:
I – as férias;
II – as licenças:
a) para tratamento de saúde;
a) para tratamento de saúde ou auxílio-doença; (Redação dada pela Lei Complementar
nº 118, de 17 de abril de 2006.)
b) por motivo de doença em pessoa da família;
c) à gestante ou adotante;
c) à gestante ou adotante ou salário-maternidade; (Redação dada pela Lei
Complementar nº 118, de 17 de abril de 2006.)
d) por motivo de afastamento do cônjuge ou companheiro, desde que
remunerada pelo Tesouro do Município;
e) para o serviço militar;
f) para atividade política;
g) para capacitação;
h) para desempenho de mandato classista. (Incluído pela Lei Complementar nº 308 de 19
de dezembro de 2014).
III – os afastamentos:
a) para servir a outro órgão ou entidade;
b) para o exercício de mandato eletivo;
c) para estudo no exterior;
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d) para missão oficial no exterior;
e) para participar em programa de treinamento regularmente instituído;
f) para atender à convocação da Justiça Eleitoral durante o período eletivo;
g) para servir ao Tribunal do Júri;
IV – pelo período das concessões autorizadas nos termos do art. 109.
Art. 114. O tempo de serviço público, prestado nos termos do artigo
anterior, aos órgãos e instituições do Município, será contado para fins de adicionais
e disponibilidade.
Parágrafo único. O tempo de serviço público prestado à União, ao Distrito
Federal, aos Estados e aos Municípios, será contado exclusivamente para efeito de
disponibilidade.
Art. 115. Contar-se-á, apenas para efeito de aposentadoria, o tempo de
contribuição previdenciária, em razão de serviços públicos prestado à União, ao
Distrito Federal, aos Estados e aos Municípios.
Art. 116. O tempo de contribuição na atividade privada será contado
apenas para fins de aposentadoria, nos termos do art. 201, da Constituição Federal.
CAPÍTULO VIII
Do Direito de Petição
Art. 117. É assegurado ao servidor o direito de requerer aos Poderes do
Município, em defesa de direito ou interesse legítimo.
Art. 118. O requerimento será dirigido à autoridade competente para
decidi-lo e encaminhado por intermédio daquela a que estiver imediatamente
subordinado o requerente.
Art. 119. Cabe pedido de reconsideração à autoridade que houver
expedido o ato ou proferido a primeira decisão, não podendo ser renovado.
Parágrafo único. O requerimento e o pedido de reconsideração, de que
tratam os artigos anteriores, deverão ser despachados no prazo de cinco dias e
decididos dentro de trinta dias.
Art. 120. Caberá recurso:
I – do indeferimento do pedido de reconsideração;
II – das decisões sobre os recursos sucessivamente interpostos;
III– das decisões que aplicarem sanções disciplinares.
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§ 1º O recurso será dirigido à autoridade imediatamente superior à que tiver
expedido o ato ou proferida a decisão, e, sucessivamente, em escala ascendente, às
demais autoridades, ou, no caso de aplicação das sanções disciplinares de
advertência, suspensão, demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade, à
autoridade que a prolatou.
§ 2º O recurso será encaminhado por intermédio da autoridade a que
estiver imediatamente subordinado o requerente.
Art. 121. O prazo para interposição de pedido de reconsideração ou de
recurso será de trinta dias, a contar da publicação ou da ciência, pelo interessado, da
decisão recorrida.
Art. 122. O recurso poderá ser recebido com efeito suspensivo, a juízo da
autoridade competente.
Parágrafo único. Em caso de provimento do pedido de reconsideração ou
do recurso, os efeitos da decisão retroagirão à data do ato impugnado.
Art. 123. O direito de requerer prescreve:
I – em cinco anos, quanto aos atos de demissão e de cassação de
aposentadoria ou disponibilidade, ou que afetem interesse patrimonial e créditos
resultantes das relações de trabalho;
II – em cento e vinte dias, nos demais casos, salvo quando outro prazo
for fixado em lei.
Parágrafo único. O prazo de prescrição é contado da data da publicação
do ato impugnado ou da data da ciência pelo interessado, quando o ato não for
publicado.
Art. 124. O pedido de reconsideração e o recurso, quando cabíveis,
interrompem a prescrição.
Art. 125. A prescrição é de ordem pública, não podendo ser relevada pela
Administração Pública.
Art. 126. Para o exercício do direito de petição, será assegurada vista do
processo ou documento, na repartição, ao servidor ou a procurador por ele constituído.
Art. 127. A Administração Pública deverá rever seus atos, a qualquer tempo,
quando eivados de ilegalidade.
Art. 128. São fatais e improrrogáveis os prazos estabelecidos neste
Capítulo, salvo por motivo de força maior.
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TÍTULO IV
Da Conduta e do Regime Disciplinar
Art. 129. São princípios de conduta profissional dos servidores públicos,
a dignidade, o decoro, a eficácia e a consciência dos princípios morais.
Art. 130. Constitui falta, na conduta do servidor público, o desprezo pelo
elemento ético, pela justiça, pela moralidade na Administração Pública, pelo bem
comum, pela legalidade, pela verdade, pela celeridade, pela responsabilidade e pela
eficácia de seus atos, pela cortesia e urbanidade, pela disciplina, pela boa vontade e
pelo trabalho em harmonia com os demais servidores e com a estrutura organizacional
do Município.
CAPÍTULO I
Dos Deveres e Proibições
SEÇÃO I
Dos Deveres
Art. 131. São deveres do servidor:
I – exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo;
II – ser leal às instituições a que servir;
III – observar as normas legais e regulamentares;
IV – cumprir as ordens superiores, exceto quando manifestamente ilegais;
V – atender com presteza:
a) ao público em geral, prestando as informações requeridas, ressalvadas
as protegidas por sigilo;
b) à expedição de certidões requeridas para defesa de direito ou
esclarecimento de situações de interesse pessoal;
c) às requisições para a defesa da Fazenda Pública;
VI – levar ao conhecimento da autoridade superior as irregularidades de
que tiver ciência em razão do cargo;
VII – zelar pela economia do material e a conservação do patrimônio
público;
VIII – guardar sigilo sobre assunto da repartição;
IX – manter conduta compatível com a moralidade administrativa;
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X – ser assíduo e pontual ao serviço;
XI – tratar com urbanidade as pessoas;
XII – representar contra ilegalidade, omissão ou abuso de poder.
Parágrafo único. A representação de que trata o inciso XII será
encaminhada pela via hierárquica e apreciada pela autoridade superior àquela contra
a qual é formulada, assegurando-se ao representada ampla defesa.
SEÇÃO II
Das Proibições
Art. 132. Ao servidor público não será permitido:
I – ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia autorização
do chefe imediato;
II – retirar, sempre via anuência da autoridade competente, qualquer
documento ou objeto da repartição;
III – recusar fé a documentos públicos;
IV – opor resistência injustificada ao andamento de documento e
processo ou execução de serviço;
V – promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto da
repartição;
VI – cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos previsto sem
lei, o desempenho de atribuição que seja de sua responsabilidade ou de seu
subordinado;
VII – coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiarem-se a associação
profissional ou sindical, ou a partido político;
VIII – manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de confiança,
cônjuge, companheiro ou parente até o segundo grau civil;
IX – valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de terceiros, em
detrimento da dignidade da função pública;
X – participar de gerência ou administração de empresa privada, de
sociedade civil, ou exercer o comércio, exceto na qualidade de acionista, quotista ou
comanditário;
XI – atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições públicas,
salvo quando se tratar de benefícios previdenciários ou assistenciais de parentes até
o segundo grau, e de cônjuge ou companheiro;
XII – receber propina, comissão, presente ou vantagem de qualquer
espécie, em razão de suas atribuições;
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XIII – aceitar comissão, emprego ou pensão de Estado estrangeiro;
XIV – praticar usura sob qualquer de suas formas;
XV – proceder com desídia;
XVI – utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em serviços ou
atividades particulares;
XVII – cometer a outro servidor atribuições estranhas ao cargo que ocupa,
exceto em situações de emergência e transitórias;
XVIII – exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis com o
exercício do cargo ou função e com o horário de trabalho;
XIX – recusar-se a atualizar seus dados cadastrais e previdenciários
quando solicitado.
Art. 133. Será cassada a aposentadoria ou a disponibilidade do inativo
que houver praticado, na atividade, falta punível com a demissão.
Art. 134. A destituição de cargo em comissão, exercido por não ocupante
de cargo efetivo, será aplicada nos casos de infração sujeita às penalidades de
suspensão e de demissão.
Parágrafo único. Constatada a hipótese de que trata este artigo, a
exoneração efetuada a pedido do titular do cargo será convertida em destituição do
cargo em comissão.
Art. 135. A demissão ou a destituição de cargo em comissão motivada por
improbidade administrativa, pela aplicação irregular de dinheiro público, lesão aos
cofres públicos e dilapidação do patrimônio público estadual e nacional, ou por
corrupção ativa ou passiva, implica a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao
erário, sem prejuízo da ação penal cabível.
Art. 136. A demissão ou a destituição de cargo em comissão, fundada em
processo administrativo disciplinar incompatibiliza o ex-servidor para nova investidura
em cargo público estadual, pelo prazo de cinco anos.
Parágrafo único. Não poderá retornar ao serviço público municipal o
servidor que for demitido ou destituído do cargo em comissão por decisão fundada em
processo administrativo disciplinar que concluir pela prática de:
a) crime contra a Administração Pública;
b) improbidade administrativa;
c) aplicação irregular de dinheiros públicos;
d) lesão aos cofres públicos ou dilapidação do patrimônio estadual ou
nacional;
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e) corrupção, ativa ou passiva.
Art. 137. Configura abandono de cargo a ausência do servidor ao serviço,
sem justificativa legal, superior a trinta dias consecutivos.
Art. 138. Entende-se por inassiduidade habitual a falta ao serviço, sem
causa justificada, por sessenta dias, intercaladamente, durante o período de doze
meses.
Art. 139. A ação disciplinar prescreverá:
I – em cinco anos, quanto às infrações puníveis com demissão, cassação
de aposentadoria ou disponibilidade e destituição de cargo em comissão;
II – em dois anos, quanto à suspensão;
III – em cento e oitenta dias, quanto à advertência.
§ 1º O prazo de prescrição começa a correr da data em que o fato se
tornou conhecido.
2º Os prazos de prescrição previstos na lei penal aplicam-se às
§
infrações disciplinares capituladas também como crime.
§ 3º A abertura de sindicância ou a instauração de processo administrativo
disciplinar interrompe a prescrição, até a decisão final proferida por autoridade
competente.
§ 4º Interrompido o curso da prescrição, o prazo começará a correr a
partir do dia em que cessar a interrupção.
CAPÍTULO II
Da Acumulação
Art. 140. Ressalvados os casos previstos na Lei Orgânica do Município,
não será permitida a acumulação remunerada de cargos, empregos e funções dos
Poderes, autarquias, fundações públicas, empresas públicas, sociedades de
economia mista do Município, da União, do Distrito Federal, dos Estados, dos
Territórios e dos demais Municípios.
Art. 140. Ressalvados os casos previstos na Constituição Federal, não será
permitida a acumulação remunerada de cargos, empregos e funções dos Poderes,
autarquias, fundações públicas, empresas públicas, sociedades de economia mista do
Município, da União, do Distrito Federal, dos Estados e dos demais Municípios. (Redação
dada pela Lei Complementar nº 118, de 17 de abril de 2006.)
§ 1º A acumulação de cargos, ainda que lícita, fica condicionada à
comprovação da compatibilidade de horários e de local.
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§ 2º É vedada a percepção simultânea de proventos de aposentadoria de
correntes do art. 40 ou dos arts. 42 e 142 da Constituição Federal, com a remuneração
de cargo, emprego ou função pública, ressalvados os cargos acumuláveis na forma
da Lei Orgânica do Município, os cargos eletivos e os cargos sem comissão
declarados em lei de livre nomeação e exoneração.
§ 2º É vedada a percepção simultânea de proventos de aposentadoria de
correntes do art. 40 ou dos arts. 42 e 142 da Constituição Federal, com a remuneração
de cargo, emprego ou função pública, ressalvados os cargos acumuláveis na forma da
Constituição Federal, os cargos eletivos e os cargos em comissão declarados em lei de
livre nomeação e exoneração. (Redação dada pela Lei Complementar nº 118, de 17 de abril de 2006.)
Art. 141. O servidor não poderá exercer mais de um cargo em comissão,
função de confiança ou ser remunerado pela participação em órgão de deliberação
coletiva.
Art. 142. O servidor vinculado ao regime desta Lei, que acumular
licitamente dois cargos efetivos, quando investido em cargo de provimento em
comissão, ficará afastado de ambos os cargos efetivos, salvo na hipótese em que
houver compatibilidade de horário e local com o exercício de um deles, declarada pelas
autoridades máximas dos órgãos ou entidades envolvidos.
Art. 143. Detectada a qualquer tempo a acumulação ilegal de cargo,
emprego ou função, o servidor será notificado, por intermédio da sua chefia imediata,
para apresentar opção no prazo improrrogável de dez dias, contados da data da
ciência.
Art. 144. Na hipótese de omissão por parte do servidor, o titular do órgão
ou unidade onde este tem lotação, compulsoriamente, adotará alternativamente uma
das seguintes providências:
I – constituição de comissão específica para processar o feito, fazendo
publicar o ato;
II – encaminhamento do expediente à unidade de corregedoria
permanente quando houver, ou a comissão de que trata o inciso anterior, dando notícia
dos eventos para que esta proceda à apuração dos fatos.
§ 1º Em qualquer das hipóteses será adotado o seguinte procedimento:
a) instauração, mediante portaria da autoridade competente, da qual
constará a qualificação do servidor, os cargos e a circunstância em que se dá a
acumulação;
d) instrução sumária, que compreende indiciação, defesa e relatório;
e) julgamento.
§ 2º A unidade de corregedoria permanente, no prazo de três dias do
recebimento formal do expediente, ou a comissão no prazo de três dias da publicação
do ato que a constituiu, lavrarão termo de indiciação em que serão transcritas as
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informações de que trata o parágrafo anterior, bem como promoverá a citação pessoal
do servidor indiciado, ou por intermédio de sua chefia imediata, para, no prazo de
cinco dias, apresentar defesa escrita.
§ 3º A ampla defesa e as situações de revelia serão tratadas da forma
prescrita na presente Lei.
§ 4º Apresentada a defesa, será elaborado o relatório conclusivo quanto
à inocência ou à responsabilidade do servidor, em que resumirá as peças principais
dos autos, opinará sobre a licitude ou ilicitude da acumulação em exame, indicará o
respectivo dispositivo legal e remeterá o processo para julgamento dos Chefes dos
Poderes do Município.
§ 5º Se até o último dia do prazo para apresentação da defesa o servidor
declarar opção por um dos cargos acumulados dele pedindo exoneração caracterizar-
se-á sua boa-fé, extinguindo-se o processo, desde que haja reposição ao Erário
Público, na forma do art. 40, § 2º.
§ 5º Se até o último dia do prazo para apresentação da defesa o servidor
declarar opção por um dos cargos acumulados dele pedindo exoneração caracterizar-
se-á sua boa-fé, extinguindo-se o processo, desde que haja reposição ao erário público,
na forma do art. 40 e seus parágrafos, desta Lei Complementar. (Redação dada pela Lei
Complementar nº 118, de 17 de abril de 2006.)
§ 6º Caracterizada a acumulação ilegal e provada a má-fé, aplicar-se-á a
sanção de demissão, destituição ou cassação de aposentadoria ou disponibilidade em
relação aos cargos, empregos ou funções públicas em regime de acumulação ilegal,
hipótese em que os órgãos ou entidades de vinculação serão comunicados.
§ 7º Na hipótese do parágrafo anterior, o servidor infrator deverá devolver
ao Erário Público as remunerações recebidas ilegalmente, sob pena de inscrição na
dívida ativa.
§ 8º O procedimento de que trata este artigo, rege-se pelas disposições
nele estabelecidas, observando-se, no que lhe for aplicável, subsidiariamente, as
regras do procedimento e do processo administrativo disciplinar, conforme disposto
nesta Lei.
CAPÍTULO III
Do Regime Disciplinar
SEÇÃO I
Das Disposições Preliminares
Art. 145. O servidor responde civil, penal e administrativamente pelo
exercício irregular das suas atribuições, bem assim pelas informações incorretas que
prestar, por culpa ou dolo.
Art. 146. A responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou comissivo,
doloso ou culposo que resulte em prejuízo para a Fazenda Pública ou a terceiros.
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Parágrafo único. A indenização de prejuízo causado ao erário dar-se-á
análise forma desta Lei e tratando-se de dano causado a terceiros, responderá o
servidor perante a Fazenda Pública, em ação regressiva.
Art. 147. A obrigação de reparar o dano estende-se aos sucessores e
contra eles será executada, até o limite do valor da herança recebida.
Art. 148. A responsabilidade penal abrange os crimes e contravenções
imputadas ao servidor, nessa qualidade.
Art. 149. A responsabilidade administrativa resulta de atos omissivos ou
comissivos praticado no desempenho do cargo ou função.
Art. 150. As sanções civis, penais e disciplinares poderão acumular-se,
sendo umas e outras independentes entre si, bem assim as instâncias civil, penal e
administrativa.
Art. 151. A responsabilidade administrativa do servidor será afastada no
caso de absolvição criminal que negue a existência do fato ou sua autoria.
Art. 152. A absolvição criminal somente afasta a responsabilidade civil ou
administrativa se negar a existência do fato ou afastar do acusado a respectiva autoria.
Art. 153. Assegurar-se-ão transporte e diárias:
I – ao servidor convocado para prestar depoimento fora da sede da sua
repartição, na condição de testemunha;
II – aos membros de comissão e ou de corregedoria permanente, quando
obrigados a se deslocar da sede dos trabalhos para a realização de missão essencial
ao esclarecimento dos fatos.
SEÇÃO II
Das Penalidades
Art. 154. São sanções disciplinares:
I – advertência;
II – suspensão;
III – demissão;
IV – cassação de aposentadoria ou disponibilidade;
V – destituição de cargo de provimento em comissão;
VI – destituição de função comissionada.
Parágrafo único. As penas disciplinares serão aplicadas:
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a) pelos Chefes dos Poderes do Município, as de demissões, destituição
de cargo em comissão e de função de confiança, e as de cassação de aposentadoria
e disponibilidade;
b) pelo Secretário de Município ou autoridade equivalente, a de suspensão;
c) pelo chefe da repartição e outras autoridades, na forma dos respectivos
regimentos ou regulamentos, nos casos de advertência.
Art. 155. Na aplicação das sanções disciplinares, serão considerados:
I – a natureza da infração, sua gravidade e as circunstâncias em que foi
praticada;
II – os danos que dela provierem para o serviço público;
III – a repercussão do fato;
IV – os antecedentes do servidor;
V – a reincidência;
VI – as circunstâncias agravantes ou atenuantes.
§ 1º Será circunstância agravante da falta disciplinar, o fato de ter sido
praticada em concurso de dois ou mais servidores.
§ 2º O ato de imposição da penalidade mencionará sempre o fundamento
legal e a causa da sanção disciplinar.
Art. 156. A advertência será aplicada, pela inobservância de dever
funcional previsto em lei, regulamentação ou norma interna, que não justifique
imposição de penalidade mais grave, bem assim nos seguintes casos:
I – ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia autorização do
chefe imediato;
II – retirar, sem prévia anuência da autoridade competente, qualquer
documento ou objeto da repartição;
III – recusar fé a documentos públicos;
IV – opor resistência injustificada ao andamento de documento e processo
ou execução de serviço;
V- promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto da
repartição;
VI – cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos previstos em
lei, o desempenho de atribuição que seja de sua responsabilidade ou de seu subordinado;
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VII – coagir ou aliciar subordinados no sentido de se filiarem à associação
profissional ou sindical, ou a partido político;
VIII – manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de confiança,
cônjuge, companheiro ou parente até o segundo grau civil;
IX – recusar-se a atualizar seus dados cadastrais e previdenciários quando
solicitado.
Art. 157. A suspensão será aplicada em caso de reincidência das faltas
punidas com advertência e de violação das demais proibições que não tipifiquem
infração sujeita à penalidade de demissão, não podendo ser superior a noventa dias.
Art. 158. As penalidades de advertência e de suspensão terão seus
registros cancelados após o decurso de três e cinco anos de efetivo exercício,
respectivamente, se o servidor não houver, nesse período, praticado nova infração
disciplinar.
Parágrafo único. O cancelamento da penalidade não surtirá efeitos
retroativos.
Art. 159. A demissão será aplicada nos seguintes casos:
I – crime contra a Administração Pública;
II – abandono de cargo;
III – inassiduidade habitual;
IV – improbidade administrativa;
V – incontinência pública e conduta escandalosa, na repartição;
VI – insubordinação grave em serviço;
VII – ofensa física, em serviço, a servidor ou a particular, salvo em legítima
defesa própria ou de terceiros;
VIII – aplicação irregular de dinheiros públicos;
IX – revelação de segredo do qual se apropriou em razão do cargo;
X – lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio estadual ou
nacional;
XI – corrupção, ativa ou passiva;
XII – acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas;
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XIII – valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de terceiros, em
detrimento da dignidade da função pública;
XIV – participar de gerência ou administração de empresa privada, de
sociedade civil, ou exercer o comércio, exceto na qualidade de acionista, quotista ou
comanditário;
XV – atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições públicas,
salvo quando se tratar de benefícios previdenciários ou assistenciais de cônjuge, ou
companheiro, e de parentes até o segundo grau;
XVI – receber propina, comissão, presente ou vantagem de qualquer
espécie, em razão de suas atribuições;
XVII – aceitar comissão, emprego ou pensão de Município estrangeiro;
XVIII – praticar usura sob qualquer de suas formas;
XIX – proceder com desídia;
XX – utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em serviços ou
atividades particulares;
XXI – cometer a outro servidor atribuições estranhas ao cargo que ocupa,
exceto em situações de emergência e transitórias;
XXII – exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis com o
exercício do cargo ou função e com o horário de trabalho;
XXIII – destruir, subtrair ou queimar documentos do serviço público,
acondicionados em qualquer meio.
TÍTULO V
Do Processo Disciplinar
CAPÍTULO I
Disposições Preliminares
Art. 160. O processo administrativo disciplinar é o instrumento destinado a
apurar a responsabilidade de servidor por falta ou irregularidade praticada no exercício
do cargo ou função, por ação ou omissão, dolosa ou culposa ou que tenha relação com
as atribuições do cargo em que se encontre investido, compreendendo dois
procedimentos:
I – sindicância;
II – processo administrativo disciplinar.
§ 1º As sindicâncias poderão ser processadas nos respectivos órgãos de
lotação do indiciado e os processos administrativos disciplinares nas unidades
permanentes de corregedoria, ou comissão especialmente designada para tanto.
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§ 2º Para os fins do disposto no parágrafo anterior, a autoridade
competente, ao julgar o relatório da sindicância remeterá os respectivos autos à
unidade permanente de corregedoria, ou comissão designada para apuração dos
fatos, para a obrigatória instauração do processo administrativo disciplinar ordinário,
quando:
a) constatar que à falta ou ao ilícito praticado pelo indiciado forem
cominadas as sanções disciplinares de demissão, cassação de aposentadoria ou
disponibilidade, destituição de cargo em comissão ou de função comissionada;
b) ensejar, ao indiciado, a obrigação de indenizar ao erário público, os
prejuízos ou danos eventualmente causados, dolosa ou culposamente.
§ 3º As penalidades de advertência e de suspensão serão apuradas
mediante sindicância, sendo que desta poderá resultar:
a) arquivamento do processo;
b) aplicação de penalidade de advertência ou de suspensão de até
noventa dias;
c) instauração de processo administrativo disciplinar.
§ 4º O prazo para a conclusão da sindicância não excederá a trinta dias,
podendo ser prorrogado por igual período, a critério da autoridade superior.
Art. 161. Todo aquele que tiver ciência de irregularidade no serviço público
será obrigado a comunicá-la à autoridade superior.
Art. 162. As denúncias fundadas sobre irregularidades serão objeto de
apuração.
§ 1º Quando o fato narrado não configurar evidente infração disciplinar ou
ilícito penal, a denúncia será arquivada, por falta de objeto.
§ 2º As denúncias anônimas não serão objeto de apuração.
Art. 163. O servidor que responder à sindicância ou a processo
administrativo disciplinar, por falta ou irregularidade cuja sanção prescrita seja a de
demissão, ou que ensejar a obrigação de indenizar, por prejuízos ou danos causados
ao erário público, não será exonerado de ofício nem a pedido, enquanto não concluído
o processo e cumprida a penalidade aplicada.
Art. 164. Havendo indícios da prática de crime, a autoridade que instaurar
o procedimento comunicará, de imediato, ao Ministério Público para a necessária
persecução criminal.
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SEÇÃO I
Do Afastamento Preventivo
Art. 165. Como medida cautelar e a fim de que o servidor não venha a influir
na apuração da irregularidade, a autoridade que instaurar o processo administrativo
disciplinar, sempre que julgar necessário, poderá ordenar o seu afastamento do cargo,
pelo prazo de até sessenta dias, sem a perda da sua remuneração.
§ 1º O afastamento poderá ser prorrogado por igual prazo, findo o qual
cessarão os seus efeitos, ainda que não concluído o processo.
§ 2º Tratando-se de alcance ou malversação de dinheiro público o
afastamento será obrigatório durante todo o período do processo administrativo
disciplinar.
SEÇÃO II
Das Unidades Permanentes de Corregedoria Administrativa
Art. 166. Os Chefes dos Poderes do Município poderão criar, nos
respectivos âmbitos de atuação, unidade permanente de corregedoria administrativa,
cuja competência e atribuições serão definidas em regulamento próprio.
CAPÍTULO II
Da Sindicância
Art. 167. A sindicância, como meio sumário de verificação, será conduzida
pela unidade permanente de corregedoria ou por comissão composta de três
servidores, designados pela autoridade competente, titulares de cargos de provimento
efetivo, no mesmo ato em que determinar a sua instauração, que indicará, também,
dentre eles, o respectivo Presidente.
§ 1º A comissão terá, como Secretário, servidor designado pelo seu
Presidente.
§ 2º Não poderá participar de comissão de sindicância, parente do acusado,
consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, ou terceiros que,
de alguma forma, tenham qualquer interesse com relação aos fatos apurados.
Art. 168. A sindicância será instaurada:
I – quando não houver indícios suficientes quanto à materialidade e à
autoria dos fatos;
II – como preliminar do processo administrativo disciplinar ordinário;
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III – para apuração da materialidade e autoria de fato punido com
advertência ou suspensão de até noventa dias, caso em que poderá resultar na
aplicação da sanção administrativa disciplinar.
Parágrafo único. A sindicância poderá ser dispensada para o caso da
existência de evidência se indícios fortes e suficientes para a formação do
convencimento, ao menos em tese, da prática de falta ou irregularidade que enseja as
sanções de demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade, destituição de
cargo em comissão ou de função de confiança, casos em que será instaurado de
imediato o processo administrativo disciplinar ordinário.
Art. 169. Têm competência para instaurar as sindicâncias:
I – os Chefes dos Poderes do Município;
II – os dirigentes máximos dos órgãos de lotação do indiciado, da
administração direta ou indireta dos Poderes do Município.
Parágrafo único. O chefe da repartição e outras autoridades, na forma dos
respectivos regimentos ou regulamentos, poderão requerer às autoridades
mencionadas nos incisos deste artigo a instauração de sindicância.
Art. 170. Publicado o ato de instauração da sindicância, o Presidente da
Comissão procederá às seguintes diligências:
I – se instaurada em razão de ausência do serviço durante o expediente
sem prévia autorização ou pela retirada desautorizada de qualquer documento ou
objeto do órgão:
a) ouvirá as testemunhas necessárias ao esclarecimento dos fatos
referidos na portaria de designação, e o acusado, permitindo-lhe a juntada de
documentos;
b) diligenciará o esclarecimento dos fatos que julgar necessários, emitirá o
competente relatório conclusivo quanto à existência ou não de fato punido com a
sanção de demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade, e destituição de
cargo em comissão ou função de confiança, remetendo o feito à autoridade que
instaurou a sindicância;
II – se em razão da recusa de fé a documentos públicos, o indiciado será
notificado para que, em dia e hora designados pela comissão de sindicância,
compareça ao local determinado, acompanhado de eventuais testemunhas que
pretenda sejam ouvidas, de defensor, ou da solicitação de que lhe seja nomeado um
dativo, bem assim de eventuais documentos que queira juntar.
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§ 1º No caso do disposto no inciso II, na data ali estabelecida, serão
ouvidas, também, eventuais testemunhas de acusação, desde que sua oitiva seja
anterior às que o indiciado, eventualmente, deseje que sejam ouvidas, adotando-se,
ainda, o seguinte procedimento:
a) encerrada a instrução, terão indiciado prazo de três dias para alegações
finais;
b) apresentadas as alegações finais à comissão, no prazo de três dias, esta
apresentará seu relatório, indicando ou não a aplicação de advertência ou de
suspensão, inclusive sugerindo o prazo desta última, e remeterá o feito à autoridade
instauradora.
§ 2º Se o indiciado não for localizado, será notificado por edital, com prazo
de cinco dias.
Art. 171. A autoridade competente, à vista do respectivo relatório, se for o
caso, procederá ao arquivamento ou ao julgamento da sindicância e à imposição da
respectiva sanção de advertência, ou suspensão, ou, então, determinará a instauração
do processo administrativo disciplinar.
CAPÍTULO III
Do Processo Administrativo Disciplinar
Art. 172. O processo administrativo disciplinar, nos termos estabelecidos
por Lei e demais regulamentos, será processado pelas unidades de corregedoria
permanente, ou comissão especialmente designada, e será instaurado sempre que:
I – à falta ou irregularidade cometida, for cominada as sanções de
demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade, e destituição de cargo em
comissão ou função de confiança, à exceção de abandono de cargo ou inassiduidade
habitual, cujo procedimento obedecerá ao rito sumário;
II – ensejar, ao indiciado, a obrigação de indenizar ao erário público, os
prejuízos ou danos eventualmente causados por dolo ou culpa.
§ 1º O processo administrativo disciplinar será contraditório, assegurado ao
acusado ampla defesa, com a utilização dos meios e recursos admitidos em direito.
§ 2º De todas as ocorrências e atos do processo administrativo disciplinar,
inclusive do relatório final, dar-se-á ciência ao indiciado e a o seu defensor, se houver,
ou, se revel, ao defensor.
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§ 3º A sindicância integrará o processo administrativo disciplinar, como
peça informativa da instrução do processo.
Art. 173. O prazo para a realização do processo administrativo disciplinar
será de sessenta dias, contados da data de publicação do ato que constituir a
comissão, prorrogável por igual prazo, quando as circunstâncias o exigirem.
Art. 174. Recebidos os autos da sindicância, ou o expediente devidamente
instruído, a unidade de corregedoria permanente, ou a comissão, os autuará,
submetendo – o à autoridade competente, que baixará ato instaurando o processo
administrativo disciplinar.
Parágrafo único. Publicado o ato, de que trata o caput, dar-se-á início ao
processo administrativo disciplinar.
Art.175. A unidade de corregedoria permanente, ou comissão
especialmente designada, promoverá a tomada de depoimentos, acareações,
investigações e diligências cabíveis, objetivando a coleta de prova, e recorrendo,
quando necessário, a técnicos e peritos com vistas à completa elucidação dos fatos.
Art. 176. É assegurado ao servidor o direito de acompanhar o processo,
pessoalmente ou por intermédio de defensor, de arrolar, inquirir e reinquirir
testemunhas, de produzir provas e de formular quesitos, quando se tratar de prova
pericial.
§ 1º O chefe da unidade permanente de corregedoria, ou o presidente da
comissão, poderá denegar pedidos considerados impertinentes, meramente
protelatórios ou de nenhum interesse para o esclarecimento dos fatos.
§ 2º Será indeferido o pedido de prova pericial quando a comprovação do
fato resultar inconteste, ante provas já produzidas, e quando independer de
conhecimento especial de perito.
SEÇÃO I
Da Citação e do Interrogatório do Indiciado
Art. 177. Instaurado o processo administrativo disciplinar, o chefe da unidade
de corregedoria permanente, ou o presidente da comissão, lavrará termo de indiciação
do servidor, com a especificação dos fatos a ele imputados, bem assim as circunstâncias
que o fundamentam, designará dia e hora para o interrogatório do indiciado, ordenando
a sua citação, de tudo notificando as autoridades interessadas.
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§ 1º O processo administrativo disciplinar será contraditório,assegurado ao
indiciado ampla defesa, com a utilização de todos os meios e recursos probatórios em
direito admitidos.
§ 2º O interrogatório será prestado oralmente e reduzido a termo.
§ 3º No caso demais de um acusado, os prazos previstos neste Capítulo serão
contados sucessivamente, cada um deles será ouvido separadamente, e sempre que
divergirem em suas declarações sobre atos ou circunstâncias, proceder-se-á à
acareação entre eles.
Art. 178. A citação do indiciado será pessoal e poderá se dar por mandado ou
por aviso de recebimento dos correios.
§ 1º Do mandado de citação constará cópia do termo de indiciamento, ou o
seu resumo.
§ 2º O indiciado que mudar de residência fica obrigado a comunicar ao órgão
de corregedoria permanente ou à comissão o lugar onde poderá ser encontrado.
§ 3º A cópia do mandado com o recebimento do indiciado ou o aviso de
recebimento dos correios, serão juntados aos autos.
Art. 179. Dar-se-á a citação por edital:
I - com prazo de cinco dias, quando o indiciado estiver se ocultando, ou sendo
ocultado, ou quando, por qualquer outro modo fraudulento, dificultar a sua citação;
II - com prazo de quinze dias, quando o indiciado não for encontrado ou se
achar em local incerto e não sabido.
Parágrafo único. A citação por edital deverá conter os elementos exigíveis ao
mandado de citação.
Art. 180. Se o indiciado não puder constituir defensor, ou não o fizer no prazo
legal, se citado por edital não comparecer, ou recusar-se a se defender, ser- lhe-á
nomeado um defensor dativo, que poderá ser um servidor ocupante de cargo de nível
igual ou superior ao do indiciado.
Art. 181. O defensor do acusado poderá assistir ao interrogatório, bem como
à inquirição das testemunhas, não lhe sendo permitido influir, de qualquer modo, nas
perguntas e respostas, facultando -lhe, porém, inquirir ou reinquiriras testemunhas,
através do chefe da unidade de corregedoria permanente, ou do presidente da comissão.
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SEÇÃO II
Da Instrução
Art. 182. O indiciado, por si ou por seu defensor, poderá, logo após o
interrogatório, ou no prazo de três dias, oferecer defesa prévia, juntar documentos e
arrolar testemunhas, no número máximo de três.
Art. 183. Decorrido o prazo do artigo anterior, apresentada ou não a defesa
prévia, proceder-se-á à inquirição das testemunhas, devendo as da acusação serem
ouvidas em primeiro lugar, em data e hora previamente designadas, do que será
intimado o indiciado e seu defensor.
Parágrafo único. Se as testemunhas de defesa não forem encontradas, ou
se não comparecerem na data e hora designadas para sua oitiva, o indiciado poderá,
no prazo de três dias, sob pena de preclusão, indicar outras em substituição.
Art. 184. As testemunhas serão intimadas a depor mediante mandado
expedido pelo chefe da unidade de corregedoria permanente, ou pelo presidente da
comissão, devendo a segunda via, com o ciente do intimado, ser juntada aos autos.
Parágrafo único. Se a testemunha for servidor público, a expedição do
mandado será imediatamente comunicada ao chefe da repartição onde serve, com
indicação do dia e hora marcados.
Art. 185. O depoimento deverá ser prestado oralmente e reduzido a termo,
não sendo lícito à testemunha trazê-lo por escrito.
§ 1º As testemunhas serão inquiridas, uma de cada vez, de modo que umas
e outras não saibam nem ouçam os demais depoimentos.
§ 2º Na hipótese de depoimentos contraditórios, proceder-se-á à
acareação entre os depoentes.
Art. 186. Inquiridas as testemunhas, no prazo de vinte e quatro horas,
poderão indiciado requerer novas diligências, ou juntada de novos documentos, cuja
necessidade ou conveniência se origine de circunstâncias ou de fatos apurados na
instrução.
Art. 187. Esgotado o prazo do artigo anterior, não havendo novas
diligências, ou concluídas aquelas deferidas, serão abertas vistas dos autos ao
indiciado para, no prazo de cinco dias, apresentar suas alegações finais, após o que o
processo administrativo disciplinar será relatado e submetido à apreciação da
autoridade competente que:
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I - acolhendo o, remeterá, para julgamento final, às autoridades
competentes;
II - se não o acolher, determinará as novas diligências que entender
necessárias, saneando eventuais irregularidades, procedendo, após, conforme o
disposto no inciso anterior.
§ 1º O relatório deverá ser circunstanciado, onde resumirá as peças principais
dos autos e mencionará as provas em que se baseou para formar a sua convicção e
conclusivo quanto à procedência ou não do inquérito.
§ 2º Reconhecida a responsabilidade do servidor, a comissão indicará as
circunstâncias agravantes ou atenuantes, bem assim o dispositivo legal ou regulamentar
transgredido.
SEÇÃO III
Do Julgamento
Art. 188. Recebido o processo administrativo disciplinar, a autoridade
proferirá a sua decisão.
§ 1º O julgamento fora do prazo não implica nulidade.
§ 2º Havendo mais de um indiciado e diversidade de sanções, o julgamento
caberá à autoridade competente para a imposição de pena mais grave.
§ 3º Julgado procedente o processo administrativo disciplinar, a autoridade
julgadora deverá:
I - baixar o ato de imposição da sanção, determinando a sua respectiva
publicação;
II - remeter os autos à unidade permanente de corregedoria que
providenciará:
a) a intimação do indiciado e seu eventual defensor da decisão;
b) remessa dos autos ao órgão competente para efetivar o recebimento, se a
sanção imposta ensejara indenização, nos termos desta Lei.
§ 4º A recusa do servidor em efetivar os pagamentos devidos implicará a sua
inscrição na dívida ativa, com posterior execução.
Art. 189. Verificada a existência de vício insanável, a autoridade julgadora
declarará a nulidade total ou parcial do processo e ordenará o seu refazimento.
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Art. 190. Sendo o indiciado revel, publicar-se-á o despacho da autoridade
julgadora.
SEÇÃO IV
Da Revelia
Art. 191. A revelia no processo administrativo disciplinar, será decretada por
termo nos autos, sempre que:
I - citado por edital, o indiciado deixar de comparecer para o interrogatório;
II - citado inicialmente, por mandado ou aviso de recebimento, ou intimado
para qualquer ato do processo, deixar de comparecer sem motivo justificado.
Parágrafo único. Declarada a revelia do indiciado, em razão do disposto no
inciso I, ou após a citação por mandado ou aviso de recebimento, ser-lhe-á nomeado
defensor dativo, devolvendo-se o prazo para a defesa prévia.
SEÇÃO V
Do Incidente de Sanidade Mental
Art. 192. Quando houver dúvida sobre a sanidade mental do acusado, em
qualquer fase do processo administrativo disciplinar, a unidade de corregedoria
permanente, ou a comissão, proporá à autoridade competente seu encaminhamento a
exame pela Junta Médica Oficial, a qual, para o feito, deverá contar com o concurso de
um médico psiquiatra.
Parágrafo único. A apuração da dúvida quanto à sanidade mental processar-
se-á em auto apartado e será apenso ao processo principal após a expedição do laudo
pericial.
SEÇÃO VI
Da Revisão
Art. 193. O processo administrativo disciplinar poderá ser revisto, a qualquer
tempo, a pedido ou de ofício, quando se aduzirem fatos novos ou circunstâncias
suscetíveis de justificar a inocência do punido ou a inadequação da penalidade aplicada.
§ 1º Em caso de falecimento, ausência ou desaparecimento do servidor,
qualquer pessoa da família poderá requerer a revisão do processo.
§ 2º No caso de incapacidade mental do servidor, a revisão será requerida
pelo respectivo curador.
Art. 194. O requerimento será dirigido ao Secretário de Município ou
autoridade equivalente que, se autorizar a revisão, encaminhará o pedido ao dirigente
do órgão ou entidade onde se originou o processo administrativo disciplinar.
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Art. 195. A revisão correrá em apenso ao processo originário.
§ 1º Na petição inicial, o requerente pedirá dia e hora para a produção de
provas e inquirição das testemunhas que arrolar.
§ 2º Será considerada informante a testemunha que, residindo fora da sede
onde funciona a unidade de corregedoria permanente, ou a comissão, prestar
depoimento por escrito.
Art. 196. A unidade de corregedoria permanente, ou a comissão, terá
sessenta dias para a conclusão dos trabalhos, prorrogável por igual prazo, quando as
circunstâncias o exigirem.
Art. 197. O julgamento da revisão caberá à autoridade que prolatou o
respectivo julgamento.
§ 1º O prazo para julgamento será de sessenta dias, contados do recebimento
do processo, no curso do qual a autoridade julgadora poderá determinar diligências.
§ 2º Concluídas as diligências, renovar-se-á o prazo para julgamento.
Art. 198. Julgada procedente a revisão, tornar-se-á sem efeito a penalidade
aplicada, restabelecendo-se todos os direitos atingidos.
Art. 199. Na revisão o ônus da prova cabe ao requerente.
Art. 200. A simples alegação de injustiça da penalidade não constitui
fundamento para a revisão, que requer elementos novos, ainda não apreciados no
processo originário.
TÍTULO VI
Da Seguridade Social do Servidor
Art. 201. O Município deverá manter sistema de seguridade social para o
servidor e sua família, formalizado em legislação própria.
Parágrafo único. O sistema de seguridade social do Município compreenderá
as obrigações e ações pertinentes à previdência, à assistência social e à saúde dos seus
servidores.
Art. 202. O sistema de seguridade social do Município será custe a do com
produto da arrecadação de contribuições sociais dos seus segurados e pelo Tesouro
Municipal.
PREFEITURA MUNICIPAL DE PALMA
Art. 202. O sistema de seguridade social do Município será custeado com
produto da arrecadação de contribuições sociais dos seus segurados e do Município.
(Redação dada pela Lei Complementar nº 118, de 17 de abril de 2006.)
Parágrafo único. A contribuição social ao sistema de seguridade social será fixada
em lei própria.
Parágrafo único. A contribuição social ao sistema de seguridade social será
fixada em lei própria para a saúde e em Lei própria para a previdência. (Redação dada pela Lei
Complementar nº 118, de 17 de abril de 2006.)
Art. 203. O sistema de seguridade social do Município visa dar cobertura aos
riscos a que estão sujeitos os seus segurados, e compreende um conjunto de benefícios
e ações que atendam às seguintes finalidades:
I - garantir meios de subsistência nos eventos de doença, invalidez, velhice,
inatividade, reclusão e falecimento;
II - proteção à maternidade, à adoção e à paternidade;
III - assistência à saúde.
Parágrafo único. Os benefícios serão concedidos nos termos e condições
definidos em lei própria e regulamentos, observadas as disposições desta Lei.
Art. 204. Os benefícios do sistema de seguridade social do Município
compreendem:
I - aposentadoria;
II - assistência à saúde;
III - garantia de condições individuais e ambientais de trabalho
satisfatórias;
IV - pensão vitalícia e temporária;
V - assistência social.
§ 1ºAs aposentadorias e pensões serão concedidas pelos Chefes dos
Poderes do Município nos termos da lei.
§ 1º As aposentadorias e pensões serão concedidas nos termos da lei
especificado Regime Próprio de Previdência Social dos Servidores Públicos do Município
de Palmas. (Redação dada pela Lei Complementar nº 118, de 17 de abril de 2006.)
§ 2º O recebimento indevido de benefícios havidos por fraude, dolo ou má-fé,
implicará na devolução ao Erário Público do total auferido, sem prejuízo da ação penal
cabível.
PREFEITURA MUNICIPAL DE PALMA
Art. 204 - A. Os benefícios previdenciários do Plano de Seguridade Social do
servidor compreendem: (Incluída pela Lei Complementar nº 118, de 17 de abril de 2006.)
I - quanto ao servidor: (Incluída pela Lei Complementar nº 118, de 17 de abril de 2006.)
a) aposentadoria por invalidez permanente; (Incluída pela Lei Complementar nº 118, de
17 de abril de 2006.)
b) aposentadoria voluntária por idade; (Incluída pela Lei Complementar nº 118, de 17 de abril de
2006.)
c) aposentadoria voluntária por tempo de contribuição; (Incluída pela Lei Complementar nº
118, de 17 de abril de 2006.)
d) aposentadoria compulsória, ao completar a idade definida
constitucionalmente; (Incluída pela Lei Complementar nº 118, de 17 de abril de 2006.)
e) auxílio-doença; (Incluída pela Lei Complementar nº 118, de 17 de abril de 2006.)
f) salário-família; (Incluída pela Lei Complementar nº 118, de 17 de abril de 2006.)
g) salário-maternidade. (Incluída pela Lei Complementar nº 118, de 17 de abril de 2006.)
II - quanto ao dependente: (Incluída pela Lei Complementar nº 118, de 17 de abril de 2006.)
a) pensão por morte; (Incluída pela Lei Complementar nº 118, de 17 de abril de 2006.)
b) auxílio-reclusão. (Incluída pela Lei Complementar nº 118, de 17 de abril de 2006.)
Parágrafo único. Lei Municipal disporá sobre o Regime Próprio de Previdência
Social do Município de Palmas, cuja unidade gestora é a Secretaria Municipal de Gestão
e Recursos Humanos por meio da Coordenação de Previdência - PREVIPALMAS, e
regulamentará a concessão dos benefícios de que trata o art. 204-A, dispondo sobre
beneficiários, critérios e requisitos necessários, forma de cálculo e reajuste dos proventos
e pensões. (Incluída pela Lei Complementar nº 118, de 17 de abril de 2006.)
CAPÍTULO I
DOS BENEFÍCIOS
SEÇÃO I
DA APOSENTADORIA
Art. 205. É garantido o direito de aposentadoria ao servidor público titular de
cargo de provimento efetivo ou estável nos termos em que estabelecer a Constituição
Federal e legislação pertinente.
PREFEITURA MUNICIPAL DE PALMA
Art. 206. Para fins de aposentadoria por invalidez, consideram-se doenças
graves, contagiosas, incuráveis, a tuberculose ativa, a alienação mental, a esclerose
múltipla, a neoplasia, maligna, a cegueira posterior ao ingresso no serviço público, a
hanseníase, a cardiopatia grave, a doença de parkinson, a para lisia irreversível e
incapacitante, a espondiloartrose, a nefropatia grave, os estados avançados do mal de
Paget, osteite deformante, a síndrome de imunodeficiência adquirida-AIDS,e outros
indicados em lei, com base na medicina especializada. (Revogada pela Lei Complementar nº 118, de
17 de abril de 2006.)
Art. 207. Nos casos de exercício de atividades consideradas insalubre ou
perigosas, a aposentadoria observará o disposto em Lei Complementar de âmbito
nacional. (Revogada pela Lei Complementar nº 118, de 17 de abril de 2006.)
Art. 208. Nas aposentadorias por invalidez, o servidor deverá ser submetido
à junta médica oficial, que atestará a incapacidade para o desempenho das atribuições
do cargo ou impossibilidade de readaptação.
Art. 209. A aposentadoria compulsória deverá ser automática, e declarada
por ato específico, com vigência a partir do dia imediato àquele em que o servidor
atingir a idade limite de permanência no serviço ativo.
Art. 210. A aposentadoria voluntária ou por invalidez vigorará a partir da data
da publicação do respectivo ato.
§ 1º A aposentadoria por invalidez será precedida de licença para tratamento
de saúde, pelo período de vinte e quatro meses.
§ 2º Expirado o período de licença e não estando em condições de reassumir
o cargo ou de ser readaptado, o servidor será aposentado.
§ 3º O lapso de tempo compreendido entre o término da licença e publicação
do ato de aposentadoria será considerado como de prorrogação da licença.
Art. 211. Ao servidor aposentado será paga a gratificação natalina.
SEÇÃO II
DA PENSÃO
Art. 212. Por morte do servidor titular de cargo de provimento efetivo, ou
estável, os dependentes farão jus a uma pensão mensal, nos termos e condições
estabelecidas na Constituição Federal e na legislação pertinente.
Art. 213. As pensões serão automaticamente atualizadas na mesma data e
proporção dos reajustes dos vencimentos dos servidores. (Revogada pela Lei Complementar nº 118,
de 17 de abril de 2006.)
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Parágrafo único. Aos pensionistas será paga a gratificação natalina.
CAPÍTULO II
DA ASSISTÊNCIA À SAÚDE
Art. 214. Vetado.
TÍTULO VII
Das Disposições Transitórias, Gerais e Finais
CAPÍTULO I
Das Disposições Transitórias
Art. 215. Ficam assegurados aos servidores efetivos estáveis e aos
estabilizados, dos Poderes do Município, os seguintes direitos:
I - o gozo da licença-prêmio por assiduidade desde que, observadas as
regras de concessão até então estabelecidas, e que tenham completado o interstício
necessário à concessão, até a data da vigência deste Estatuto, ou, alternativamente, a
contagem em dobro daquelas não gozadas até 16 de dezembro de 1998;
II -- o recebimento dos adicionais por tempo de serviço, calculados a razão de
1% (um) por cento por ano de efetivo exercício, concedido e/ou adquirido até a data de
início da vigência deste Estatuto;
II – o recebimento dos adicionais por tempo de serviço/contribuição,
calculados à razão de 1% (um) por cento por ano de efetivo exercício, concedido e/ou
adquirido até a data de início da vigência deste Estatuto: (Redação dada pela Lei Complementar nº 118,
de 17 de abril de 2006.)
III – a percepção do adicional de incentivo funcional aos servidores que, a
data do início da vigência desta Lei, já o vinham recebendo, ou que, atendidas as
condições de sua concessão, o tenham requerido até essa data;
IV – a concessão de aposentadoria e pensão, a qualquer tempo, aos
servidores, e aos seus dependentes, que até a data de 16 de dezembro de 1998 tenham
cumprido os requisitos para a obtenção destes benefícios, com base nos critérios da
legislação até então vigentes, aplicando-se lhes o disposto no art. 3º, §§ 1º, 2º e 3º, bem
como no art. 4º todos da Emenda à Constituição Federal de nº 20, de 16 de dezembro de
1998, e demais disposições nela contidas. (Revogada pela Lei Complementar nº 118, de 17 de abril de 2006.)
V - aos servidores dos Poderes do Município, que tenham contribuído
regularmente para o sistema de previdência e assistência, o recebimento do auxílio-
funeral e do auxílio-natalidade, até a vigência de nova lei que disponha sobre o sistema
de previdência e assistência dos servidores do Município de Palmas.
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§ -1º Nos termos do art. 13 da Emenda à Constituição Federal de nº 20,de 16
de dezembro de 1998, até que lei disponha sobre o acesso ao salário-famíliae ao auxílio
reclusão para servidores de baixa renda,seguradoseseusdependentes,esses benefícios
serão concedidos apenas àqueles que tenham renda bruta mensal igual ou inferior a
trezentos e sessenta reais, que, até a publicação da lei, serão corrigidos pelos mesmos
índices aplicados aos benefícios do regime-geral deprevidência social. (Revogada pela Lei
Complementar nº 118, de 17 de abril de 2006.)
§ 2º Em nenhuma hipótese será permitido prover as vagas de servidores
licenciados nos termos do inciso I.
Art. 216. Até que o Município estabeleça a legislação previdenciária, são
assegurados aos servidores municipais os benefícios da Seguridade Social, obedecidos
os termos prescritos nas Constituições da República e do Estado.
CAPÍTULO II
Das Disposições Gerais e Finais
Art. 217. Não será permitida a prestação de serviços gratuitos, salvo os casos
previstos em lei.
Art. 218. A contratação para atender necessidade temporária de excepcional
interesse público e a admissão de empregado público será precedida de expressa,
formal e justificada autorização dos Chefes dos Poderes do Município, respectivamente,
e se dará nos termos de legislação específica.
Parágrafo único. As contratações somente poderão ser feitas com
observância da dotação orçamentária.
Art. 219. Fica criado o Conselho de Política de Administração Pública e
Remuneração de Pessoal, que será constituído por servidores efetivos, estável ou
estabelecido, para tanto designados pelos respectivos Chefes dos Poderes do Município,
nos termos em que dispuser o regulamento que deverá ser homologado por ato conjunto,
até noventa dias após a publicação desta lei.
Art. 220. Os regulamentos, tratados neste Estatuto, serão homologados por
a todos Chefes dos Poderes do Município, no âmbito de suas respectivas atuações.
Art. 221. O exercício de cargo em provimento em comissão e de função de
confiança repercutirá positivamente na carreira do servidor titular de cargo de provimento
efetivo.
Art. 222. Os Chefes dos Poderes do Município instituirão os seguintes
incentivos funcionais:
I – prêmio pela produção de ideias, inventos ou trabalhos que favoreçam o
aumento da produtividade, a redução dos custos operacionais e a preservação do
patrimônio público;
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II – concessão de medalhas, diploma de honra ao mérito, condecoração e
elogio.
Art. 223. São contados por dias corridos os prazos previstos nesta Lei.
Parágrafo único. Na contagem exclui-se o dia do começo e inclui-se o do
vencimento, ficando prorrogado, para o primeiro dia útil seguinte, o prazo vencido em dia
que não haja expediente.
Art. 224. Por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política,
nenhum servidor, nesta qualidade, poderá ser privado de quaisquer de seus direitos ou
sofrer discriminação em sua vida funcional, nem eximir-se do cumprimento de seus
deveres.
Art. 225. Nenhum servidor poderá ser compelido a associar-se a entidade de
classe, organização, profissional ou sindical, a partido político ou a credo religioso.
Art. 226. São assegurados ao servidor público os direitos de associação
profissional, sindical e o de greve.
Parágrafo único. O direito de greve será exercido nos termos e nos limites
definidos em lei, resguardando-se, entretanto, o funcionamento dos serviços de natureza
essencial.
Art. 227. Para os efeitos desta Lei, considera-se sede o local onde a
repartição estiver instalada e onde o servidor tiver exercício, em caráter permanente.
Art. 228. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 229. Revogam-se as disposições em contrário, em especial a Lei n.º 87,
de 7 de fevereiro de 1991.
PREFEITURA MUNICIPAL DE PALMAS, aos 16 dias de novembro de1999,
178º da Independência, 111º da Republica, 11º do Estado e 10º de Palmas.
PREFEITURA MUNICIPAL DE PALMAS
MANOEL ODIR ROCHA
Prefeito Municipal