Curso de Português Apostila Capítulo 19 - Interpretação de Texto

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Interpretação de Texto

— INTRODUÇÃO; SEMÂNTICA DA LINGUAGEM VERBAL E NÃO-VERBAL; FATORES DE


TEXTUALIDADE; TIPOS DE LEITURA —

TIPOS DE LEITURA
Objetivo: saber interpretar um texto por meio de uma leitura atenciosa quanto
à pontuação; treinar questões de provas seletivas por meio da interpretação.

Diante do longo caminho da interpretação de texto, é necessário darmos o primeiro passo. Não
adianta querermos desenvolver uma análise no texto se não soubermos lê-lo adequadamente. A
leitura é , portanto, fundamental. Ao ler um texto realizamos as seguintes operações:

1. captamos o estímulo, por meio da visão, encaminhando o material a ser lido para o nosso
cérebro;
2. passamos, então, a perceber e a interpretar o dado sensorial (palavras, números, etc.), e a
organizá-lo de acordo com a nossa bagagem de conhecimento;
3. assimilamos o conteúdo lido integrando-o ao nosso arquivo mental e aplicando o conhecimento
ao nosso cotidiano;
4. também entendemos a lógica do texto que servirá, tanto para análise de questões objetivas,
como para a resolução das questões discursivas em provas seletivas.

Há dois tipos básicos de leitura:

1ª LEITURA:
O estudante deve fazer a primeira leitura de forma que responda a seguinte pergunta: “Qual é o
ASSUNTO do texto?” Aqui encontramos uma leitura genérica, rápida e sem muitas paradas. Não
se preocupe em querer entender logo o texto com essa leitura. Procure ler para saber a idéia
principal, pois tudo estará em torno dela. A idéia principal é o motivo para existir todo o texto.

2ª LEITURA:
Aqui encontraremos o segredo para uma boa interpretação. O estudante deve ler o texto até
encontrar um ponto final ou uma vírgula (mais ou menos em torno de duas linhas). Quando isso
ocorrer, PARE, ENTENDA o que acabou de ler (sempre de acordo com o texto) e ESCREVA o que
compreendeu do trecho lido (em forma de esquemas, resumos, etc.). Na Segunda parada, faça o
mesmo processo acrescentando só mais um item: PARE, ENTENDA, RELACIONE com a idéia
anterior e ESCREVA. A cada relação entre as idéias de um texto que fazemos, daremos o nome
de LÓGICA DO TEXTO.

Agora queremos fazer uma pergunta: há alguma alternativa, nas questões objetivas, que não se
relacione com a LÓGICA DE UM TEXTO? Todos os questionamentos, sejam eles certos ou
errados, devem estar relacionados com a LÓGICA DO TEXTO. Portanto, se o estudante achar
essa lógica, terá muita eficiência para resolver as questões de interpretação de texto, certo?!

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TESTANDO . . .você!

Uma boa pontuação depende de uma boa leitura. Com o uso da vírgula, procure salvar uma
pessoa que, em plena inquisição da igreja católica, afirmou: “Matar padre não é pecado.”
....................................................................................................................................
Resposta: Matar padre não, é pecado.

SINAIS DE PONTUAÇÃO — Uma ferramenta


importante para a leitura e interpretação de texto

1) VÍRGULA: é interpretada, na leitura, por uma pausa1 breve. Três considerações


precisaremos fazer sobre as vírgulas:

1. nas INVERSÕES:

a) Colocando o Sujeito depois do Predicado: Ex.: viu o espetáculo, o rapaz.

b) Colocando o Advérbio ou orações adverbiais antes da frase ou oração principal: Ex.:


Hoje, poderemos falar tudo o que quisermos. // Quando ela chegou, já era uma da
madrugada

2. nas INTERCALAÇÕES (no meio da frase)

a) seja conjunção, locução, oração, todos eles, sendo expressos no meio da frase,
deverão vir com vírgula. As explicações, por cortarem o que está ligado com lógica,
devem ser obrigatoriamente colocadas entre vírgulas. Ex.: “Não me porá, creio eu,
abaixo dos seus lazudos alunos.” (Rui)

b) Os vocativos e apostos são formas de intercalações também. Ex.: “Sabeis, cristãos,


por que não faz fruto a palavra de Deus?”

c) Os advérbios também no meio da frase devem vir entre vírgulas. Ex.: Nós vamos, sim,
é estudar para a prova.”

3. nos TERMOS VIZINHOS:

a) Orações [coordenadas] sem a presença de conjunção: Ex.: Chegou o rapaz, sorriu


para a garota, beijou-a, encheu-a de presentes.

b) Depois da conjunção aditiva “e” empregamos vírgula quando houver sujeito diferente:
Ex.: “Então Teodomiro voltou-se contra o renegado, e um violento combate travou-
se entre ambos.” (Herculano)

Importante! Para que haja vírgula antes da conjunção “e” em orações que possuam sujeitos iguais,
é necessário atentarmos para o seguinte princípio:

Observe, caro estudante, que mais importante do que memorizar esses conceitos de pontuação é
ter a SENSIBILIDADE quanto ao seu uso. A falta de sensibilidade é o maior problema do
vestibulando na resolução das provas de português. Não basta apenas conhecer os conceitos,
mas sim aplicá-los de forma interpretativa. Dentro desse contexto, veja que o uso das vírgulas

1 Entende-se por pausa um tempo mudo. Na música é a interrupção de um som. As pausas


servem para ajudar na compreensão da leitura, além de possibilitar melhor expressão na fala de
quem a lê.
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abaixo são aceitos não pelo que diz simplesmente o conceito, mas sim pelo princípio que define a
própria vírgula: “pequena pausa” para dar um efeito expressivo, seqüencial, emotivo ou
pleonástico. Perceba: “Neguei-o, e nego.” (RUI); “E suspira, e geme, e sofre, e sua . . .” (Bilac).

O uso de virgula, portanto, pode ser aplicado para dar um efeito, seqüencial, emotivo, pleonástico,
de expressões corretivas e explicativas: 1. Conseguimos pensar, isto é, achamos a resposta do
mistério. 2. O amor, por exemplo, é a chave da paz.

TESTANDO . . .você!

Justifique o uso das vírgulas nas frases abaixo e depois dê pelo menos um exemplo que ilustre o
mesmo caso:

1. “Uma noite, no seio da cabana, a virgem de Tupã tornou-se esposa de Martim.” (J. Alencar)
............................................................................................................
............................................................................................................
2. “— Teu amigo está doente e sem recursos; deves, portanto, auxiliá-lo e confortá-lo.” (S.A..)
............................................................................................................
............................................................................................................
3. “A poeira, o teatro, a oratória, a música, a ornamentação dos altares, a arte de curar, o poder
sugestionante. . .tudo comunica a esse apostolado eficácia e autoridade.” (C. Oliveira)
............................................................................................................
............................................................................................................
4. À medida que estudava, aprendia novos raciocínios para a prova.
............................................................................................................
............................................................................................................
5. “ouviram do Ipiranga, as margens plácidas (...).” (hino nacional)
............................................................................................................
............................................................................................................
Resposta: 1. “no seio da cama” = adjunto adverbial de lugar (observe sempre a idéia); 2. “portanto” é uma conjunção que está intercalad a na frase; 3.
Empregamos vírgula entre termos independentes, assim como ‘banana, maçã, uva, etc.’; 4. Inversão de oração adverbial. A outra oração é a principal, que
normalmente deveria vir antes; 5. Inversão do sujeito.{cuidado! Em alguns lugares afirmam que “as margens plácidas” não é o sujeito, pois colocam crase no “a”
deixando a expressão assim: “às margens plácidas...” }

2) PONTO: é identificado, na leitura, por uma pausa demorada; encerra totalmente um


período.

Ex.: Nós entendemos o assunto.

3) PONTO-E-VÍRGULA: Vale salientar aqui que no período encontramos uma


forma de pensamento. Quando esse pensamento é concluído temos um ponto final, mas
quando ele não foi concluído e há uma pausa MAIOR que a vírgula, então temos o ponto-e-
vírgula. Grave isto: esse sinal de pontuação refere-se sempre a uma separação maior do que
a vírgula, mas não a ponto de concluir o pensamento do autor no período. E se um período

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longo estiver entre vírgulas e necessitar de uma pausa no meio dele? Como já está entre
vírgulas, deve-se colocar um ponto-e-vírgula. Observe os exemplos abaixo:

Ex.1: Um dia da caça; outro do caçador .


Ex.2: “Lendo-os com atenção, sente-se que Vieira, ainda falando do céu, tinha os olhos nos seus
ouvintes; Bernardes, ainda falando das criaturas estava absorto no Criador.” (Castilho)
Ex.3: Bebo; fumo e morro .
Ex.4: “E ele segue-a logo, como boi que vai ao matadouro; e, como o louco ao castigo das prisões.”
(Provérbios da Bíblia).

4) DOIS PONTOS: introduz uma informação ou esclarece uma citação.


Ex.1: Quero uma coisa: que passes na prova .
Ex.2: Tenho vários irmãos: Antônio, Ricardo, Marcelo e Eduardo .
Ex.3: Finalmente, todos viram o inesperado problema naquela reunião: não houvera aumento de
salário.

5) ASPAS: Importante! AS ASPAS NUNCA DEVEM SER USADAS PARA TENTAR


QUERER DIZER ALGO; ELAS SÓ DEVEM SER USADAS PARA CITAÇÒES DE OUTROS
AUTORES OU DE EXPRESSÕES ESTRANGEIRAS OU POPULARES.

6) RETICÊNCIAS: assemelha-se muito ao ponto de exclamação e interrogação, pois


esconde alguma parte do texto causando algum suspense, dúvida, surpresa e ansiedade.
Também serve para exibir parte de um texto.

Ex.1: Ao vê-la triste sentada no banco da praça muito desanimada e. . . pálida, muito pálida, não
soube ajudá-la .
Ex.2: “... se ergues da Justiça a clava forte...” (parte do hino nacional) .

7) PARÊNTESES: as palavras, frases, orações e períodos são colocados em


parênteses em situação explicativa; diante de um pronunciamento mais baixo do escritor (um
pronunciamento a parte).

Ex.1: “Tive (por que não direi tudo?) tive remorsos.” (Machado de Assis)
Ex.2: Ele ganhou uma muraçanga (cacete com que o jangadeiro mata o peixe).

8) TRAVESSÃO: permite uma explicação entre o texto ou expressa a fala de alguém.


Ex.1: “Não fui ingrato; fiz-lhe um pecúlio de cinco contos — os cinco contos achados em Botafogo,
— como um pão para a velhice..” (Machado de Assis)
Ex.2: ´Hoje, aí por volta das nove horas da manhã ele me ligou. Disse apenas uma palavra, com a
voz molhada pela dor:
— acabou !
(Hermes Santos)

(FUVEST) — “Os principais problemas da agricultura brasileira referem-se muito mais à


diversidade dos impactos causados pelo caráter truncado da modernização, do que à persistência
de segmentos que dela teriam ficado imunes. Se hoje existem milhões de estabelecimentos

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agrícolas marginalizados, isso se deve muito mais à natureza do próprio processo de
modernização, do que à sua suposta falta de abrangência.” (Folha de S. Paulo)

Segundo o texto,
a) o processo de modernização deve tornar-se abrangente para implementar a agricultura.
b) Os problemas da agricultura resultam do impacto causado pela modernização progressiva do
setor.
c) Os problemas da agricultura resultam da inadequação do processo de modernização do setor.
d) Segmentos do setor agrícola recusam-se a adotar processos de modernização.
e) Os problemas da agricultura decorrem da não-modernização de estabelecimentos agrícolas
marginalizados.

01. (CARLOS CHAGAS) — Na escrita escolar estão em jogo necessariamente três pólos: alunos,
professores e texto. O aluno com seus antecedentes culturais e lingüísticos, o professor com
sua concepção de linguagem, atitudes e práticas pedagógicas, e a atividade problemática de
produção textual conhecida como redação. Na medida em que se avalia essa produção
escrita como muito problemática, a busca de soluções deveria abarcar os três elementos em
jogo. O que tem ocorrido, no entanto, é tão somente a penalização do aluno. Afinal é ele que
escreve mal, a despeito dos esforços do mestre para sanar as deficiências. De maneira geral,
resistimos em admitir que o fracasso dos alunos atesta o fracasso de nosso ensino e, portanto
da instituição escolar.

De acordo com o texto,


a) o domínio da escrita resulta da prática efetiva da linguagem.
b) O sucesso do professor em sala de aula condiciona-se à sua experiência pedagógica.
c) No universal escolar da escrita, é consensual a idéia de que os alunos não gostam de
escrever.
d) A despeito dos esforços do mestre para sanar as deficiências do aluno, a queda do nível de
ensino continua palpável.
e) A produção textual representa um tipo de exercício cuja realização implica dificuldades.

02. (MACKENZIE) — Novas pesquisas põem em dúvida a eficácia dos coquetéis de vitaminas na
prevenção de doenças e alertam sobre eventuais riscos à saúde. A ciranda dos minerais é
ainda mais complexa. Quem decide, por exemplo, tomar cápsulas de magnésio na esperança
de aumentar a agilidade mental, é obrigado a aumentar a ingestão de cálcio porque o
magnésio inibe a absorção desse mineral pelo organismo. O cálcio, por sua vez, interfere na
capacidade do corpo de absorver ferro, portanto quem toma suplemento de cálcio precisa
teoricamente elevar a dose de ferro. Porém, ferro em excesso é desaconselhável. Sabe-se
também que a vitamina C aumenta a quantidade de ferro que o corpo consegue absorver. Daí
pode-se concluir que quem toma cálcio deve também tomar vitamina C, de modo que o efeito
de ambos se anule no que diz respeito ao ferro. Certo? Teoricamente parece razoável, mas
ninguém sabe responder com rigor a essa pergunta. O corpo humano não é uma equação
matemática, mas uma selva bioquímica cheia de segredos. ( Revista Veja )

Da leitura do texto conclui-se que:


a) quatro elementos químicos diferentes são nominalmente citados.
b) o organismo do indivíduo que toma vitamina C e cálcio deixa de absorver o ferro.
c) a ingestão de magnésio favorece a absorção de cálcio pelo organismo.
d) não se tem certeza de que o mecanismo químico teórico corresponda rigorosamente ao corpo
humano.
e) vitaminas e minerais são prejudiciais ao corpo humano.

3. A explosão dos computadores pessoais, as “infovias”, as grandes redes - a internet e a World


Wide Web – atropelaram o mundo. Tornaram as leis antiquadas, reformularam a economia,
reordenaram prioridades, redefiniram os locais de trabalho, desafiaram constituições, mudaram
o conceito de realidade e obrigaram as pessoas a ficarem sentadas, durante longos períodos

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de tempo, durante de telas de computadores, enquanto o CD-Rom trabalha. Não há dúvida de
que vivemos a revolução da informação e, diz o professor de MIT, Nicholas Negroponte,
revoluções não são sutis.

(Jornal do Brasil, 13/02/96)


No texto, a expressão que sintetiza os efeitos da revolução operada pela informática é

a) “tornaram as leis antiquadas”


b) “atropelaram o mundo”
c) “reformularam a economia”
d) “redefiniram os locais de trabalho”
e) “desafiaram constituições”

Há uma dica para que o estudante avalie se o texto foi bem compreendido: 1º QUAL É O
ASSUNTO DO TEXTO? (resposta obtida por meio da primeira leitura; 2º QUAL É O PONTO DE
VISTA DO AUTOR NO TEXTO? (descobre-se isso por meio da segunda leitura, no instante em
que o estudante dominar a lógica do texto); 3º QUAIS SÃO OS ARGUMENTOS UTILIZADOS
PELO AUTOR PARA FUNDAMENTAR O PONTO DE VISTA DELE?

“A leitura torna o homem completo; a conversação torna-o ágil; e o escrever dá-lhe


precisão.”(Francis Bacon)

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Objetivo: saber achar o tema, o assunto central de um texto.

- O que é texto?
É um conjunto organizado de frases que mostram uma lógica, um sentido; possui também uma
idéia principal, e por meio desta idéia desenrola-se uma ação, opinião, reflexão, ironia ou uma
crítica. 2

A IDÉIA PRINCIPAL é a razão de existir todo o texto. Tudo está voltado para ela. Sem ela nada
do que é falado procede. Por isso, é importante que na primeira leitura o estudante ache a idéia
principal perguntando-se: “QUAL É A RAZÃO DE EXISTIR TODO O TEXTO?”

Lembremos ainda de que:

1. Ao observar as questões de vestibulares ou concursos públicos o candidato se preocupa muito


em querer responder logo as questões; lê rapidamente o texto e já se direciona para as
alternativas. Aí está o primeiro problema para a interpretação. Antes, o estudante deve ler
pelo menos duas vezes um texto. Evidentemente que treinando bem essas duas leituras antes
de ir às alternativas, o processo ficará cada vez mais rápido e simples.

2. . . . a primeira leitura3 :

Consiste em observar as dificuldades de vocabulário, assim como de saber o que o texto está
falando. Com a primeira leitura o estudante deve sair respondendo pelo menos duas
perguntas básicas: 1) O que o texto fala? e 2) Qual é o assunto principal do texto?

3. Sabendo o que o texto fala e qual é o assunto principal do texto ( tema ou idéia principal ) e
ainda tirando as dúvidas de vocabulário do texto, o estudante já pode fazer a Segunda leitura
(ainda nessa etapa não recomendamos que observem as alternativas );

4. . . . a Segunda leitura:

O estudante agora irá ler o texto procurando entender, por meio da idéia principal que achou
na primeira leitura, o que está acontecendo do início ao fim do texto. Não prossiga o texto sem
que antes entenda o que já leu. A CADA PONTO FINAL, PARE, PENSE, ENTENDA e ANOTE
com suas palavras o que o texto expressou. Se for o caso, volte um pouco e releia a parte que
você não tenha compreendido. Cada vez que você parar em um ponto estará tentando
estabelecer uma LÓGICA entre os demais pontos finais de um texto, Isso é a LÓGICA DO
TEXTO, certo? (depois daqui, vá às alternativas)

5. Feito esses passos, leia a questão da prova e observe o que é pedido. Volte ao texto baseado
no que foi pedido e resolva o problema. Perguntemos: ALGUMA COISA PODERÁ SER
PEDIDA FORA DA LÓGICA DO TEXTO? NÃO! Isso quer dizer que se você compreendeu a
lógica do texto de acordo com os passos acima então terá oportunidades de resolver os
problemas de interpretação.

2
De acordo com o professor de lingüística da USP, FIORIM, texto é “ (...) um todo organizado de sentido, delimitado por
dois brancos e produzido por um sujeito num dado tempo e num determinado espaço. “
3
Reveja folha de interpretação de texto ( 01 e 02 )

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TESTANDO . . .você!

Escreva a idéia principal (a razão de existir todo o texto) e as idéias que a ela estão ligadas nos
textos abaixo:

TEXTO 1

Entre as inúmeras lendas que envolvem o café, uma certamente ainda está fresca na lembrança dos
produtores brasileiros. Na época colonial, enquanto suavam nos cafezais, os escravos tinham o
costume de entoar cânticos africanos. O que soava como música para os feitores era, na verdade,
praga para que as próximas colheitas fenecessem e os fazendeiros quebrassem. O mau-olhado
parece ter dado resultados nos primeiros anos da década de 90, quando o café nacional amargava
péssima fama no exterior e o consumo interno estava em baixa. Hoje, o cenário é outro. O trabalho
árduo, a bênção da natureza, a estabilização da moeda e o emprego acentuado da tecnologia de
ponta foram os antídotos utilizados pelos cafeicultores do cerrado mineiro para combater o feitiço e
transformar o café produzido na região em uma griffe no exterior. Assim como os vinhos bordeaux e
os charutos havana, o café fino do cerrado tem preferências de um público seleto no Japão, nos
Estados Unidos e em países europeus, e alavanca a economia local. O pacote de financiamento
agrícola, anunciado recentemente pelo governo, reforça ainda mais os ânimos do setor. ( obs.: griffe
= marca de prestígio )( Revista ISTO É – nº 1446, 18/06/97 )

IDÉIA PRINCIPAL: ..............................................................................

OUTAS IDÉIAS: .....................................................................................................

TEXTO 2

Em algum instante de nossas vidas de estudante já nos perguntamos por que precisamos
estudar a matéria Língua Portuguesa por tantos anos, uma vez que já conseguimos expressar-nos
de maneira proficiente.
Acreditamos que a resposta a essa questão esteja no processo da interpretação de texto.
Saber a Língua Portuguesa não consiste em decorar algumas regras que já acreditamos dominá-
las. Usamos até o recurso das famosas perguntas! Para achar o sujeito, por exemplo,
costumamos perguntar ao verbo: “quem?” e para achar o objeto direto mudamos a pergunta: “o
quê?”, etc.
Ao pé da letra, a gramática também afirma que o verbo transitivo direto (que não vem
acompanhado com preposição obrigatória) fornece a possibilidade da frase está na voz passiva.
Logo, se dissermos: ‘O garoto perdeu a bola’ então a voz passiva seria ‘A bola foi perdida pelo
garoto.’ Agora, como ficaria a frase: ‘O garoto perdeu o pai?’ Não há como dizer: ‘O pai foi
perdido pelo garoto’, não é?!
Acredite, esquecemos que a língua é mais do que um sistema gramatical estático
(atrasado e cômodo aquele estudante abitolado). Ela sofre muitas variações lingüísticas ao longo
do tempo. Por isso é necessário compreender a importância do estudo da nossa língua dentro de
uma concepção da interpretação (que requer do estudante mais raciocínio e visão crítica da
linguagem) e não apenas no âmbito de um entendimento das regras gramaticais; pobre, portanto,
se não consideradas no contexto social e lingüístico que as compõem, pois a comunicação é um
processo gerado principalmente pela fala, o que envolve enorme variação lingüística, e não pelo
sistemático e limitado padrão estabelecido na considerada norma culta da língua.
(SOUZA, wallas cabral de — lingüistica - USP)
IDÉIA PRINCIPAL: ..............................................................................

OUTRAS IDÉIAS: .....................................................................................................

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“. . . agora é pra valer!”
- Nos vestibulares, inúmeras questões referem-se ao TEMA, ou seja, idéia principal do texto.
Observemos algumas delas:

01. (FUVEST) — “Vivia longe dos homens, só se dava bem com animais. Os seus pés duros
quebravam espinhos e não sentiam a quentura da terra. Montado, confundia-se com o cavalo,
guardava-se a ele. E falava uma linguagem cantada, monossilábica e glutal, que o
companheiro entendia. A pé, não se agüentava bem. Pendia para um lado, para o outro lado,
cambaio, tort e feio. Às vezes utilizava nas relações com as pessoas a mesma língua com que
se dirigia aos brutos — exclamações, onomatopéias. Na verdade falava pouco. Admirava as
palavras compridas e difíceis da gente da cidade, tentava reproduzir algumas, em vão, mas
sabia que elas eram inúteis e talvez perigosas.” (Graciliano Ramos — Vidas Secas)

O texto, no seu conjunto, enfatiza:

a) a pobreza física de Fabiano.


b) a falta de escolaridade de Fabiano.
c) a identificação de Fabiano com o mundo animal.
d) a miséria moral de Fabiano.
e) a brutalidade e grossura de Fabiano.

02. (ITA) — Antes de responder a questão seguinte leia com atenção o texto abaixo:

VANDALISMO

Meu coração tem catedrais imensas,


Templos de priscas e longínquas datas,
Onde um nume de amor, em serenatas,
Canta a aleluia virginal das crenças.

Na ogiva fúlgida e nas colunatas,


Vertem lustrais irradiações intensas
Cintilações de lâmpadas suspensas
E as ametistas e os florões e as pratas.

Como os velhos Templários medievais


Entrei um dia nessas catedrais
E nesses templos claros e risonhos...

E erguendo os gládios e brandindo as hastas,


No desespero dos iconoclastas
Quebrei a imagem dos meus próprios sonhos!
(Eu, 30. Ed. Rio de Janeiro,
Livr. São José, 1963, p.145)

Com relação às duas estrofes iniciais, pode-se afirmar que nelas permanece respectivamente a
idéia de:

a) saudosismo e brilho d) antigüidade e clareza


b) plasticidade e musicalidade e) exaltação e riqueza
c) otimismo e suntuosidade

03. Considere os seguintes provérbios:


1. “Uma andorinha só não faz verão.”
2. “Nem tudo o que reluz é ouro.”

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3. “Quem semeia ventos, colhe tempestades.”
4. “Quem não tem cão caça com gato.”

A idéia central de cada um deles é, respectivamente:

a) solidariedade, aparência, vingança, dissimulação;


b) cooperação, aparência, conseqüência, adaptação;
c) egoísmo, ambição, conseqüência, dissimulação;
d) cooperação, ambição, conseqüência, dissimulação;
e) solidão, prudência, punição, adaptação.

04. (FUVEST) — “A crítica no neomodernismo”

“Os críticos do neomodernismo, longe de se preocuparem com as próprias sensações, como


queria o humanismo impressionista, ou com o autor e a sua obra em sua globalidade e suas
repercussões estéticas e paraestéticas, como queria o expressionismo crítico — concentram-se
vigorosamente num só elemento, no qual vêem a súmula de tudo aquilo que dispensava a atenção
dos críticos modernistas ou naturalistas. O novo elemento é o estilo, a forma, de modo que é afinal
na linguagem, como síntese e finalidade de toda obra literária, que se concentra a atenção
formalista. E daí a importância dos estudos de estilística, como base dessa nova crítica.” ( Tristão
de Athayde)

No texto, Tristão de Athayde trata:

a) de características da crítica neomodernista.


b) do neomodernismo naturalista.
c) da estilística na crítica impressionista.
d) da polêmica entre impressionistas e expressionistas.
e) da crítica dirigida ao neomodernismo.

Há um tipo de leitor que se chama “AMPULHETA”, ou seja, ler muito, mas logo deixa escapar tudo.
Um outro se chama “CUADOR” : só retém o que não serve para o entendimento central do texto.
Já o leitor “ESPONJA” solta tudo o que recebe, não consegue separar o que é mais importante.
Que leitor devemos ser? “GARIMPEIRO” , aquele que dia e noite labuta, trabalha, persevera para
achar o que há de mais proveitoso: o ouro, ou seja, a idéia principal do texto !!! . Vamos
garimpar?!

O HOMEM NU: CRÔNICAS

Fernando Sabino

Ao acordar, disse para a mulher:


– Escuta, minha filha: hoje é dia de pagar a prestação da televisão, vem ai o sujeito com a
conta, na certa. Mas acontece que ontem eu não trouxe dinheiro da cidade, estou a nenhum.
– Explique isso ao homem – ponderou a mulher.
– Não gosto dessas coisas. Dá um ar de vigarice, gosto de cumprir rigorosamente as minhas

obrigações. Escuta: quando ele vier a gente fica quieto aqui dentro, não faz barulho, para ele

pensar que não tem ninguém. Deixa ele bater até cansar – amanhã eu pago.

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Pouco depois, tendo despido o pijama, dirigiu-se ao banheiro para tomar um banho, mas a
mulher já se trancara lá dentro. Enquanto esperava, resolveu fazer um café. Pôs a água a ferver e
abriu a porta de serviço para apanhar o pão. Como estivesse completamente nu, olhou com
cautela para um lado e para outro antes de arriscar-se a dar dois passos até o embrulhinho
deixado pelo padeiro sobre o mármore do parapeito. Ainda era muito cedo, não poderia aparecer
ninguém. Mal seus dedos, porém, tocavam o pão, a porta atrás de si fechou-se com estrondo,
impulsionada pelo vento.
Aterrorizado, precipitou-se até a campainha e, depois de tocá-la, ficou a espera, olhando
ansiosamente ao redor.
Ouviu lá dentro o ruído da água do chuveiro interromper-se de súbito, mas ninguém veio abrir.
Na certa a mulher pensava que já era o sujeito da televisão. Bateu com o nó dos dedos:
– Maria! Abre aí, Maria. Sou eu – chamou, em voz baixa.
Quanto mais batia, mais silêncio fazia lá dentro.
Enquanto isso, ouvia lá embaixo a porta do elevador fechar-se, viu o ponteiro subir lentamente
os andares... Desta vez, era o homem da televisão!
Não era. Refugiado no lanço de escada entre os andares, esperou que o elevador passasse, e
voltou para a porta de seu apartamento, sempre a segurar nas mãos nervosas o embrulho de pão:
– Maria, par favor! Sou eu!
Desta vez não teve tempo de insistir: ouviu passos na escada, lentos, regulares, vindos lá de
baixo... Tomado de panico, olhou ao redor, fazendo uma pirueta, e assim despido, embrulho na
mão, parecia executar um ballet grotesco e mal ensaiado. Os passos na escada se aproximavam,
e ele sem onde se esconder. Correu para o elevador, apertou o botão. Foi o tempo de abrir a porta
e entrar, a empregada passava, vagarosa, encetando a subida de mais um lanço de escada. Ele
respirou aliviado, enxugando o suor de testa com o embrulho do pão. Mas eis que a porta interna
do elevador se fecha e ele começa a descer.
– Ah, isso é que não! – fez o homem nu, sobressaltado.
E agora? Alguém lá embaixo abriria a porta do elevador e daria com ele ali, em pêlo, podia
mesmo ser algum vizinho conhecido... Percebeu, desorientado, que estava sendo levado cada vez
para mais longe de seu apartamento, começava a viver um verdadeiro pesadelo de Kafka,
instaurava-se naquele momento o mais autêntico e desvairado Regime do Terror!
– Isso é que não – repetiu, furioso.
Agarrou-se à porta do elevador e abriu-a com força entre os andares, obrigando-o a parar.
Respirou fundo, fechando os olhos, para ter a momentanea ilusão de que sonhava. Depois
experimentou apertar o botão do seu andar. Lá embaixo continuavam a chamar o elevador. Antes
de mais nada: “Emergência: parar”. Muito bem. E agora? Iria subir ou descer? Com cautela
desligou a parada de emergência, largou a porta, enquanto insistia em fazer o elevador subir. O
elevador subiu.
– Maria! Abre esta porta! – gritava, desta vez esmurrando a porta, já sem nenhuma cautela.
Ouviu que outra porta se abria atrás de si. Voltou-se, acuado, apoiando o traseiro no batente e
tentando inutilmente cobrir-se com o embrulho de pão. Era a velha do apartamento vizinho:
– Bom dia, minha senhora – disse ele, confuso. – Imagine que eu...
A velha, estarrecida, atirou os braços para cima, soltou um grito:
– Valha-me Deus! O padeiro esta nu!
E correu ao telefone para chamar a radiopatrulha:
– Tem um homem pelado aqui na porta!
Outros vizinhos, ouvindo a gritaria, vieram ver o que se passava:
– É um tarado!
– Olha, que horror!
– Não olha não! Já pra dentro, minha filha!
Maria, a esposa do infeliz, abriu finalmente a porta para ver o que era. Ele entrou como um
foguete e vestiu-se precipitadamente, sem nem se lembrar do banho. Poucos minutos depois,
restabelecida a calma lá fora, bateram na porta.
– Deve ser a polícia – disse ele, ainda ofegante, indo abrir.
Não era: era o cobrador da televisão.

254
Interdisciplinaridade

Nota do articulador: é com muita satisfação que esta prova foi elaborada, revisada, aperfeiçoada
e, agora, aplicada aos alunos do segundo colegial do colégio Salgueiro de 2005. A forte tendência
dos principais vestibulares no país de fazer uma avaliação em que haja maior diversificação do
conhecimento por meio da INTERPRETAÇÃO DE TEXTO veio como um fator motivador para a
elaboração desta avaliação que, além do apoio incondicional pelos professores-colaboradores
frente essa tendência, possui conhecimentos variados de matemática, história, física, geografia e
biologia dentro dos conceitos de língua portuguesa, principalmente no que se refere à
interpretação das questões e alternativas (com gráficos, tabelas, imagens, etc.), sem cálculos ou
dados muito específicos de cada disciplina. Sabedores de que as TÉCNICAS de interpretação
foram abordadas em sala de aula, assim como as dicas e esquemas para uma boa leitura e
compreensão do texto, confiamos na prática e habilidade dos alunos para fazerem uma boa prova.
Lembre-se de que estamos num eterno aprendizado e esse projeto inderdisciplinar fornece tão
somente um treino que, mesmo em sua fase inicial de implantação, já tem a construtiva ambição
de auxiliar o caro aluno nessa habilidade para facilitar o processo de eficiência diante das provas
tanto na escola como também extra-escola. Não é uma prova difícil, mas o aluno terá quer ter
paciência e usar as técnicas de interpretação de texto, assim como os tipos de leitura para fazê-la
bem, articulando os conceitos com a proposta do enunciado e do que que pedido nas alternativas.
Como é a primeira prova interdisciplinar, a dica para esquematizar o raciocínio será facilitada com
a presença de algumas expressões grifadas no enunciado. Desejamos um ótimo aprendizado e
eficiência daqui pra frente. Um forte abraço para todos do 2º colegial...o penúltimo, heim!

(SOUZA, wallas cabral de)

01. durante as férias, cinco alunos do Salgueiro decidem organizar uma confraternização “dá
hora”. Para marcar o dia e o local da confraternização, precisavam comunicar-se por
telefone, certo? Bom, cada um conhece o telefone de alguns colegas e desconhece o de
outros. Essa é a situação! No quadro abaixo, a letra C (conhece) indica que o colega da
linha correspondente conhece o colega da coluna; as letras NC (não conhece) indica que o
colega da linha correspondente não conhece o telefone do colega da coluna. Exemplo:
José Freixa conhece o telefone de Douglas que não conhece o telefone de Kraft..

KRAFT JOSÉ TALITA DOUGLAS AMANDA

KRAFT C C NC C NC

JOSÉ F. NC C NC C NC
TALITA C NC C C NC
DOUGLAS NC NC NC C C
AMANDA C C C C C

O número mínimo de telefonemas que KRAFT deve fazer para se comunicar com TALITA é:
a) 1 b) 2 c) 3 d) 4 e) 5

255
O AMOR E O PODER

A música na sombra, o ritmo do luar,


Um animal que ronda no véu do luar.

Eu saio dos teus olhos; eu rolo pelo chão


Feito um amor que queima, “magia negra”,
Sedução. . .

Como uma deusa você me mantém,


E as coisas que você me diz me levam além.

Aqui nesse lugar, não há rainha ou rei;


Há uma mulher e um homem trocando sonhos
Fora da lei. . .

Como uma deusa você me mantém,


E as coisas que você me diz me levam além.

Tão perto das lendas, tão longe do fim;


A fim de dividir, no fundo do prazer,
O amor e o poder.

A música na sombra, o ritmo do luar,


Um animal que ronda no véu do luar.

( pausa )

Tão perto das lendas, tão longe do fim;


A fim de dividir, no fundo do prazer,
O amor e o poder.

Como uma deusa você me mantém,


E as coisas que você me diz me levam além.

Tão perto das lendas, tão longe do fim;


A fim de dividir, no fundo do prazer,
O amor e o poder.

(O amor e o poder, voz de Rosana —


transcrição e adaptação
feitas por SOUZA, w. c. de)

256
RECORDANDO! INTERPRETAÇÃO DO TEXTO

Para interpretarmos um texto é necessário que o caro aluno faça pelo menos duas leituras. A
primeira leitura serve para reconhecer o assunto do texto; já a segunda o desafio é achar o que o
professor chamou de LÓGICA DO TEXTO. Para que isso aconteça é necessário abandonarmos a
nossa opinião e observarmos atentamente o que o texto diz por si mesmo, ou seja, o que o próprio
texto apresenta como meio para explicar o sentido dele em sua totalidade. Por isso mesmo tenha
paciência e analise cada questão baseado na lógica do texto que você encontrar e veja se as
alternativas que se apresentam são corretas ou falsas. Veja a lógica do texto!

05. O trecho:
” A música na sombra, o ritmo do luar,
Um animal que ronda no véu do luar.”

a) mostra que o assunto que será explorado ao longo da música é algo que faz parte do
mundo das trevas e, portanto, é algo impuro e negro.
b) Exibe uma forma de fotografia do espaço em que se apresentam os amantes provocados
por vários ritmos sonoros mostrando a ação clara das personagens no texto.
c) Mostra um cenário exposto pela impressão do autor para provocar um clima diferente
diante do conteúdo que será explorado no contexto da música.
d) Exibe as características fundamentais da personagem principal frente ao tema que é o
“amor inalcançável”
e) As alternativas “c” e “d” completam-se.

06. De acordo com a letra da música e considerando a questão do PODER expresso no título
dela, encontramos uma relação mais lógica entre as expressões:

a) “olhos” e “amor que queima” (2º parágrafo)


b) “animal” e “sedução” (2º parágrafo)
c) “deusa” e “sedução” (2º e 3º parágrafos)
d) “rainha ou rei” e “amor e poder” (4º e 6º parágrafos)
e) “lendas” e “fundo do prazer” (6º parágrafo)

07. Observe o seguinte trecho:


“Aqui nesse lugar, não há rainha ou rei;
Há uma mulher e um homem trocando sonhos
Fora da lei. . .”

Veja agora o seguinte comentário: nesse trecho o autor faz referência à figura do “rei” e da
“rainha” para mostrar que o relacionamento da “mulher” com o “homem”, no texto, não é divinal;
não é superior.

a) Você, de acordo com o texto, concorda com esse comentário? Por quê?
............................................................................................................
............................................................................................................
b) o que o autor sugere com a expressão “trocando sonhos Fora da lei. . .” no contexto
desse parágrafo?
.................................................................................................................
.................................................................................................................

257
06. “Como uma deusa você me mantém,
E as coisas que você me diz me levam além.”

O trecho acima traz uma idéia de que o “amor”:

a) é muito forte como uma magia e não tem limites.


b) Só existe na mitologia grega.
c) É um conjunto de lendas e mitos e , portanto, não existe no mundo real.
d) É fruto de sentimentos provocados por situações comuns do dia a dia.
e) Não existe; é constituído no imaginário das pessoas que gostam de simplesmente sonhar.
. . como os queridos alunos do primeiro colegial do Albert Einstein/2005.

07. A relação que há entre o AMOR e o PODER se dá pelo fato

a) de haver a comparação dos sentimentos com a figura poderosa do rei.


b) De existir lendas e sonhos fora da lei.
c) Da liberdade infinita do amor envolver o ser amado de forma lendária..
d) Do amor ser representado no imaginário das pessoas como um ser superior. . . um deus
e) Do amor ser um forte sentimento ilimitado comparado com uma magia que nos envolve e
nos domina.

08. No trecho da explicação da interpretação de texto encontramos uma palavra que é


derivada da expressão CONHECER, veja: “A primeira leitura serve para reconhecer o
assunto do texto” De acordo com as dicas e esquemas nas aulas de português,
explique por que essa palavra é DERIVADA e diga qual é o tipo de derivação dela.

............................................................................................................
............................................................................................................
............................................................................................................
............................................................................................................
........................................................................
7.7 ( )
De modo geral, o são paulino é delicado demais, sabe! Agora o Michel é uma exceção: ele...
7.8 ( )
...como descreveríamos? Não é delicado demais; é sim carinhoso, claro e amoroso, além de
determinado; tem muito amor pra dar! mas é cauteloso, enfim ele é um branco doce silencioso!
7.9 ( )
Nilmara ouve a sua colega dizer: — minha amiga, eu vi com os olhos meus que ela teve uma séria
hemorragia de sangue... aí eu corri com as minhas pernas rapidamente e falei com a minha
própria boca o que os meus próprios olhos viu... ai, amiga, foi horrível o horror do barulho que
escutei...quando ela gritou alto pedindo ajuda e ainda gritou com a boca que Deus lhe deu, ai...
(Nilmara ouve tudo isso pensando: Minha amiga, peça para Jesus te levar! Lá é melhor!)
8.0 ( )
Fala sério, meu, o Lenildo é um chuchuzinho, heim! .

Obs. Essas questões acima teve como intenção cômica brincar um pouco com os amados alunos do 3º colegial do A. Einstein dentro da
proposta do conteúdo programático. (SOUZA, wallas c de)

08. Considerando a colocação dos pronomes (me, te, se, nos vos, o, a, os, as, lhe) indique V
(verdadeiro) ou F (falso) nos parênteses abaixo: [2,5]

258
( ) "Amo a liberdade! Por isso, todas as coisas que amo, deixo-as livre. Se voltar é porque as
conquistei, se não é porque jamais as possuí."

( ) "Não fique triste se alguém lhe virara as costas. Isso significa apenas que essa pessoa não
pode agüentar a firmeza de seu olhar. "

( ) "O destino une e separa as pessoas. Mas nenhuma força é tão grande para fazer esquecer
pessoas, que por algum motivo, um dia, nos fizeram feliz."

( ) “Não importa muitas vezes o quanto eu importo-me com as pessoas a minha


volta, certas pessoas, simplesmente não se importam com isso mas também não vive
em harmonia e amor consigo mesmo”

( ) quanto aos meus alunos o que direi eu? Ama-los-ei com todo fervor possível,
mas isso será cada vez mais intenso quando o outro, com reciprocidade de carinho e
consideração, puder fazer a mesma coisa incondicionalmente. Aí teremos uma razão
simples e barata para viver!

Voto de confiança: combustível de uma sincera e inesquecível amizade

Sabe de uma coisa: gosto muito de vocês! Quero continuar considerando cada um de vocês e ser
ao mesmo tempo alguém que não só meramente esteja de passagem em suas vidas intelectuais,
sem emoção; mas as marque, assim como vocês na consideração, dedicação e respeito me
marcaram. Por isso mesmo, se na mais obscura forma de entendimento ou na confusa luta que
porventura tenhamos no nosso dia-a-dia para compreendermos as coisas a nossa volta e até a nós
mesmos, faltarem-lhe o mínimo de orientação, deverá então ser lembrado isto: que eu me
disponho humildemente para dar uma saída prática, orientar e estar sempre perto de vocês!; na
certeza de que somos sempre amigos, porque colegas vêm e vão, mas amigo surge para ficar e
amizade é fundamental! E que nela haja o combustível que a sustenta e sem o qual será
impossível uma verdadeira entrega. Esse combustível chama-se voto de confiança e o motor que
impulsiona essa locomotiva da vida é o coração e a lembrança de que um dia estivemos juntos
entendendo aos poucos e com paciência que as verdadeiras amizades continuam crescendo e
amadurecendo uma idéia fixa em mim mesmo a longas distâncias! A idéia de que amo muito
vocês! Nunca se esqueçam disso.
(SOUZA, wallas c. de, 2004)

259
FÁCIL

Tudo é tão bom e azul e calmo como sempre.


Os olhos piscaram de repente um sonho.
As coisas são assim quando se está amando;
As bocas não se deixam e o segundo não tem fim. .

Um dia feliz às vezes é muito raro;


Falar é complicado quero uma canção fácil,
Extremamente fácil pra você, e eu,
E todo mundo cantar junto.

fácil, extremamente fácil pra você, e eu,


E todo mundo cantar junto.

Tudo se torna claro, pateticamente pálido;


O coração dispara se eu vejo o teu carro.
A vida é tão simples, mas dá medo de tocar;
As mãos se procuram sós como a gente mesmo quis.

Um dia feliz às vezes é muito raro;


Falar é complicado quero uma canção fácil,
Extremamente fácil pra você, e eu,
E todo mundo cantar junto.

fácil, extremamente fácil pra você, e eu,


E todo mundo cantar junto.

fácil, extremamente fácil pra você, e eu,


E todo mundo cantar junto.

(FÁCIL, voz de Jota Quest —


transcrição e adaptação
feitas por SOUZA, w. c. de)

01. Para o autor a ilustração do amor se revela por meio

a) da cor do céu e de forma muito rara


b) do tema que é “simplicidade” , daí a razão do título ser “fácil”
c) por meio de um beijo sem limites de tempo.
d) Através da figura do “coração”
e) Por meio de uma canção fácil e muito rara.

02. de acordo com o texto:


a) ser feliz é mais simples do que imaginamos e é ao mesmo tempo muito constante no dia a
dia do autor.
b) O autor tem um certo receio de experimentar viver e, assim, de experimentar a felicidade
encontrada na vida que, nessas condições, é comparada pela figura de uma canção fácil,
simples e acessível.

260
c) A “canção” seria uma forma do autor vivenciar a experiência de diferentes formas de
realizar um amor verdadeiro e prazeroso como era costume dele.
d) A vida é extremamente fácil para o autor.
e) Viver a vida, de acordo com o texto, seria como experimentar, com todo gás, a música do
Latino que diz: “hoje é festa lá no meu apê, pode aparecer vai rolar...” , ou seja, viver de
festas e muita alegria com os amigos dançando muito e cantando várias canções. . .mas
que sejam bem fáceis para ninguém perder o compasso.

03. O trecho:
(...) quero uma canção fácil,
Extremamente fácil pra você, e eu,
E todo mundo cantar junto.

Mostra a figura de uma “canção” para revelar o tema do (a)

a) liberdade e autonomia
b) simplicidade e acessibilidade
c) alegria e entusiasmo
d) corporativismo e socialização
e) sonhos e planos

04. Marque a alternativa abaixo (que são compostas de frases tiradas da música) que
justificaria a resposta da questão anterior:

a) “Tudo é tão bom e azul e calmo como sempre”


b) “As coisas são assim quando se está amando; as bocas não se deixam”
c) “Falar é complicado quero uma canção fácil”
d) “A vida é tão simples, mas dá medo de tocar”
e) “Um dia feliz às vezes é muito raro”

CICLO SEM FIM

(INTRODUÇÃO MUSICAL, DIAELETO AFRICANO)

Desde o dia em que ao mundo chegamos


Caminhamos ao rumo do sol.
Há mais coisas pra ver, mais que a imaginação
Muito mais pro tempo permitir.

São tantos caminhos pra se seguir


Em lugares pra se descobrir.
E o sol a girar sobre o azul deste céu
Nos mantém nesse rio a fluir. . .

É o Ciclo sem Fim!


Que os guiará
A dor e a emoção,
Pela fé e o amor.

261
Até encontrar
O nosso caminho.
Neste Ciclo;
Neste Ciclo sem fim. . .

(P A U S A COM F L A U T A)

O Ciclo sem Fim. . .


Que os guiará
A dor e a emoção,
Pela fé e o amor.

Até encontrar
O nosso caminho.
Neste Ciclo;
Neste Ciclo sem fim. . .

(CICLO SEM FIM. Filme: O Rei Leão —


transcrição e adaptação
feitas por SOUZA, wallas. c. de)

03. Qual das afirmações abaixo reflete melhor o título da música: Ciclo sem Fim:
a) Há, na vida, muitos caminhos para escolhermos. Independente disso, temos experiências
de dor e emoção que parecem não ter fim, mas que é particular e intransferível.
b) Muitas coisas temos ainda para experimentar durante o tempo que nos resta na vida. O
sol que gira em torno de nós no azul do céu é uma pequena ilustração de que precisamos
viver em um ciclo entre dia e noite até encontrarmos o nosso verdadeiro caminho, mesmo
que haja dor e emoção nesse processo.
c) A dor e a emoção, pela fé e o amor que existe dentro de nós, são itens básicos que fazem
com que vivenciemos e experimentemos um mundo cheio de caminhos e mistérios, mas
que está, inevitavelmente, diante de nós. Essa experiência, inicialmente, servirá como
mais um caminho para os que vierem depois de nós, guiando-os em novas experiências,
assim como um ciclo que vem de geração em geração e transforma cada um fazendo-o
encontrar o seu próprio caminho.
d) A fé e o amor são bases do ciclo de experiências que passamos em nossas vidas. Neles
há a dor e emoção que nos levam à alegrias e tristezas, ou seja, leva-nos a experimentar
vitórias e derrotas que servirão de exemplo para aqueles que estiverem depois de nós.
Daí cada um saber o seu próprio caminho sem precisar imitar a dos outros.
e) O ciclo sem fim tem relação direta com a experiência de vida que cada um tem com a fé e
o amor e que serve ao mesmo tempo de ilustração positiva ou negativa para os que estão
a nossa volta.

05. A letra da música revela que a experiência na vida de cada pessoa é: (1.0 ponto)

i. intransferível
ii. contínua
iii. individual
iv. coletiva
v. emotiva

262
06. A justificativa para a questão anterior se revela no trecho: (1.0 ponto)

a) São tantos caminhos pra se seguir


Em lugares pra se descobrir.
b) Até encontrar
O nosso caminho.
c) E o sol a girar sobre o azul deste céu
Nos mantém nesse rio a fluir
d) Desde o dia em que ao mundo chegamos
Caminhamos ao rumo do sol.
e) A dor e a emoção,
Pela fé e o amor.

04. O trecho: São tantos caminhos pra se seguir


Em lugares pra se descobrir.
E o sol a girar sobre o azul deste céu
Nos mantém nesse rio a fluir
Revela tudo que se afirma nas afirmativas abaixo, exceto (1.5 ponto):
a) Que a experiência de nossas vidas é uma seqüência de outras que vieram antes de nós. E
nela passamos por muita dor e emoção. Daí a necessidade da fé e do amor para
prosseguir.
b) Mesmo em situações em que não sabemos em qual caminho devemos seguir, temos
exemplos para dar ao menos o primeiro passo.
c) Andamos sem saber para onde vamos, mas é assim que podemos testar o nosso próprio
caminho que é particular e intransferível.
d) Apesar de não sabermos ao certo para onde vamos, entendemos que é a e experiência
das pessoas que estão a nossa volta que nos ajudará escolher o nosso próprio caminho.
e) A vida continua, mesmo diante de nossas dúvidas, anseios, temores e mistérios.
Precisamos nesse trilho usar a fé e o amor para prosseguirmos firmes e continuarmos
nossa história.

05. O tema da música é: (1.0 ponto)


a) Experiência de Fé
b) Continuidade da Vida
c) Valor da Experiência
d) Ciclo sem Fim
e) Experiência de Dor e Emoção.

263
FERA FERIDA
Acabei com tudo,
Escapei com vida
Tive as roupas e os sonhos
Rasgados na minha saída.
Mas saí ferido,
Sufocando o meu gemido
Fui o alvo perfeito
Muitas vezes no peito atingido
Animal arisco,
Domesticado esquece o risco
Me deixei enganar
e até me levar por você
Eu sei, quanta tristeza eu tive
Mas mesmo assim se vive
Morrendo aos poucos por amor. . .
Eu sei, o coração perdoa
Mas não esquece à toa
e eu não me esqueci.
Eu andei demais
Não olhei pra trás
Era solto em meus passos
Destruído, sem rumo, sem laços. . .
Me senti sozinho
Tropeçando em meu caminho.
A procura de abrigo, uma ajuda, um lugar
Um amigo. . .
Animal ferido.
Puro instinto decidido.
Os meus rastros desfeitos
Tentativa infeliz de esquecer. . .
Eu sei que flores existiram
Mas que não resistiram
A vendavais constantes.
Não vou mudar, esse caso não tem solução
Sou fera ferida, no corpo e na alma
E no coração.
Não vou mudar,
Esse caso não tem solução.
Sou fera ferida, no corpo, na alma
E no coração. (BIS)

INTERPRETAÇÃO DA MÚSICA

01. Observe o trecho: ( 1.5 pontos)


Animal arisco,
Domesticado esquece o risco
Me deixei enganar
e até me levar por você

De acordo com o dicionário, “arisco” significa, entre outros sentidos, “que não se deixa apanhar ou domesticar
facilmente (diz-se de animais); bravio, assustado” (dicionário Houaiss). Baseado nessa informação e no contexto em
que o trecho acima da música se insere, podemos depreender:

264
a) Que essa “fera” nunca foi domesticada, ela é bruta e tem instintos agressivos.
b) Que essa “fera” representa alguém frustrado com alguma experiência sentimental, e sofre muito por não ter
sido domesticada, ou seja, orientada diante dos problemas que o amor poderia lhe trazer traiçoeiramente.
c) O momento em que essa pessoa, representada pela figura de uma “fera” está abatida, enganada e triste. Isso
se deve pelo fato de ter sido domesticada, acostumada a uma certa ingenuidade que não lhe era próprio como
um ser arisco.
d) A passagem de uma “fera” domesticada, ingênua, para uma “fera” vitoriosa, feroz, pois venceu os obstáculos,
mesmo ficando ferida.
e) Que há uma pessoa que não aparenta ser civilizada, dado por ser uma “fera”, mas que possui qualidades de
vencer as dificuldades e obstáculos trazidos pelo engano de quem a ama.

02. Justifique a alternativa anterior. ( 2.0 pontos)


..........................................................................................................................................
..........................................................................................................................................
..........................................................................................................................................
...............................................................................................................

03. De acordo com o texto: ( 1.5 ponto)

I. A “fera” é uma figura que remete a pessoa que se expressa na letra da música, mostrando que a sua vida
sentimental foi marcada por determinação, coragem diante das cicatrizes enganosas do coração.
II. “Fera Ferida” significa que há alguém que sofreu por amor, mas ainda continua sendo feroz e vivo pela
sua determinação.
III. A “fera” demonstra uma fragilidade total e que, por isso mesmo, vem a sua inevitável entrega aos seus
sentimentos amargos, uma derrota agonizante. Isso se expressão principalmente no trecho: “Eu sei que
as cicatrizes falam, mas as palavras calam o que eu não me esqueci.”
IV. A pessoa que encarna a figura da “fera” é determinada, mas tornou-se carente diante das ciladas do
amor.

Está correto o que se afirma:

a) nos itens I e II
b) nos itens I, II e III
c) nos itens II e IV
d) nos itens II, III e IV
e) nos itens I e IV

04. Mostre um trecho da música em que revele, por parte da “fera” a idéia ( 1.5 ponto)

a) que ela possuía um ideal de vida e que foi terminado.

..........................................................................................................................................
.....................................................................................................................
b) que ela possuía forte determinação.

..........................................................................................................................................
.....................................................................................................................

265
c) que ela possuía boas lembranças no seu passado.

..........................................................................................................................................
.....................................................................................................................
04. “Não vou mudar,
Esse caso não tem solução.” ( 1.5 ponto)

I. Podemos trocar a forma verbal destacada pelo tempo composto TENHO MUDADO”
II. O verbo destacado está no futuro do presente do indicativo e dá uma idéia de ação posterior ao ato da fala desse
personagem, ou seja, a ação não foi realizada por ele, apenas está num desejo que venha ser realizado.
III. Podemos substituir essa forma verbal por NÃO DESEJO MUDAR que o sentido será o mesmo.
IV. A forma verbal tem o mesmo tempo que o verbo na frase: ” Não mudaria nada.”

Está correto o que se afirma:

a) nos itens I, II e IV
b) nos itens I, II e III
c) nos itens II e IV
d) nos itens II e III
e) nos itens I, II e III

Amor Perfeito
Fecho os olhos pra não ver passar o tempo, sinto falta de você.
Anjo bom, amor perfeito no meu peito, sem você não sei viver.

Vem, que eu conto os dias conto as horas pra te ver;


Que eu não consigo te esquecer!
Cada minuto é muito tempo sem você, sem você.

Os segundos vão passando lentamente, não tem hora pra chegar.


Até quando te querendo, te amando, coração quer te encontrar.

Então vem, que eu conto os dias conto as horas pra te ver;


Que eu não consigo te esquecer!
Cada minuto é muito tempo sem você, sem você. . .

Eu não vou saber me acostumar sem sua mão pra me acalmar; Sem seu olhar pra me entender,
sem seu carinho, amor, sem você!

Vem me tirar da solidão, fazer feliz meu coração


Já não importa quem errou, o que passou, passou.

Os segundos vão passando lentamente, não tem hora pra chegar.


Até quando te querendo, te amando, coração quer te encontrar.

Então vem que eu conto os dias conto as horas pra te ver;


Que eu não consigo te esquecer!
Cada minuto é muito tempo sem você, sem você. . .

266
Eu não vou saber me acostumar sem sua mão pra me acalmar; Sem seu olhar pra me entender,
sem seu carinho, amor, sem você!

Vem me tirar da solidão, fazer feliz meu coração


Já não importa quem errou, o que passou, passou.

Então vem, que nos seus braços esse amor é ma canção;


Que eu não consigo te esquecer!
Cada minuto é muito tempo sem você, sem você. . .

(“Amor Perfeito”, voz de jota quest —


música do Roberto Carlos
transcrição, pontuação e adaptação
feitas por SOUZA, w. c. de)

Festa no Apê
Hoje é festa lá no meu apê,
Pode aparecer, Vai rolar bundalelê.
Hoje é festa lá no meu apê
Tem birita até amanhecer.

Chega aí, Pode entrar;


Quem tá aqui tá em casa. (bis)

Olá, Prazer! A noite. . . é nossa! Garçom, por favor, venha aqui e sirva bem a visita.

Tá Bom! Tá é Bom! Aqui ninguém fica só.


Entra aí e toma um drink,
Porquê a noite é uma criança.

Hoje é festa lá no meu apê,


Pode aparecer, Vai rolar bundalelê.
Hoje é festa lá no meu apê;
Tem birita até o amanhecer. (bis)

Tesão, Sedução, líbido no ar;


No meu quarto tem gente até fazendo orgia.

Tá Bom! Tá é Bom! Tudo é festa, Pegação.


Vou zoar o mulherio e a chapa vai esquentar. . .

Hoje é festa lá no meu apê,


Pode aparecer, vai rolar bundalelê.
Hoje é festa lá no meu apê;
Tem birita até amanhecer. (bis)

Chega aí Pode entrar;


Quem tá aqui tá em casa. (3x)

267
(pausa)

Hoje é festa lá no meu apê,


Pode aparecer, vai rolar bundalelê.
Hoje é festa lá no meu apê;
Tem birita até amanhecer. (3x)

(“Festa do Apê”, voz e letra do Latino —


transcrição, pontuação e adaptação
feitas por SOUZA, w. c. de)

01. A leitura atenciosa das duas músicas faz-nos depreender que:

a) o tema comum aos dois textos é o amor, revelado no primeiro como a razão
exclusiva do sentido de um viver perfeito; e no segundo caso, pela vulgaridade dos
sentimentos que dele advém.
b) a tese em destaque nos dois textos são unidos quando falam sobre os sentimentos
amorosos no “Amor Perfeito” e dos sentimentos desagradáveis encontrados na
“Festa do Apê”, mostrando com essa comparação que há diferencias no ato de
amar e o que se denominou modernamente chamar de “ficar”.
c) Juntos, exibem temas diversificados como a saudade, vulgaridade, prazer,
arrependimento, sexo e pré-julgamentos.
d) a tese do primeiro texto pode aproximar-se mais do trecho: ”Os segundos vão
passando lentamente, não tem hora pra chegar.”:
e) a tese do segundo texto pode aproximar-se mais do trecho: ”Chega aí Pode entrar;
Quem tá aqui tá em casa”

02. De acordo com a interpretação das duas músicas, marque V (verdadeiro) ou F (falso) nas
opções abaixo:

a. _____ A voz que canta em “Amor Perfeito” pode ser realizada, no texto, tanto por um
homem como por uma mulher, não fazendo diferença quanto ao sentido do contexto em
que é inserida a música.
b. _____ No título “Festa do Apê”, encontramos uma expressão lingüística indicadora de
variação no contexto social que significaria semanticamente “vulgaridade”.
c. _____ No trecho da primeira música: “Os segundos vão passando lentamente(...)” faz uma
referência, no texto, ao tempo, que, às vezes, passa desapercebido de nossas
consciências, exceto quando se ama, de fato; quando há o forte desejo de encontrar a
pessoa amada e com ela trocar os sentimentos que traduziria aí como um amor genuíno,
um amor perfeito.
d. _____ A saudade intensa do protagonista de “Amor Perfeito” expõe a necessidade e
carência sentimental dele(a) por quem ama, motivado por um amor sentido, construído e
transparente entre os dois. Tal característica, no entanto, não pode ser observada no
protagonista da música “Festa no Apê”, pois a saudade sentimental, nesse caso, seria
deixada de lado em favor da impulsividade da emoção por quem deseja obter apenas
prazer.

e. _____ O sentido que o “Apê” adquire e se constrói na segunda música pode ser inserido
na primeira música (“Amor Perfeito”)no trecho: “Fecho os olhos pra não ver passar o
tempo, sinto falta de você(...) E eu não consigo te esquecer.”
f. _____ No trecho da primeira música “coração quer te encontrar” revela uma figura cujo
tema pode sugerir os temas: saudade e carência afetiva.
g. _____ O “Apê” pode ser considerado como uma figura cujos temas seriam assim
sugeridos: prazer, impulsividade, alegria, “descomprometi- mento” e sexo sem limites.

268
h. _____ com as ações mostradas durante a música “Festa do Apê” é possível afirmarmos
que há uma valorização sentimental do protagonista para com as companhias (colegas)
encontradas no cenário. Sentimento este que é invejável em “Amor Perfeito”. É o que se
observa, por exemplo, no trecho “Olá, Prazer! A noite é nossa. Garçom, por favor, venha
aqui e sirva bem a visita.”
i. ______ As gírias e expressões comum como “birita”, às vezes vulgar como é encontrado
em “bundalelê” recebem um contraste na abordagem de vocábulos considerados mais
cultos em nossa língua como “libido” e “orgia”, dando a entender, dentre outros aspectos,
que até a confusão da expressão lingüística serviu como recurso para mostrar o que se
define na “festa do apê” pelo verbo criado: “zuar”.
j. ______ A forte necessidade de prazer é um tema explorado nos dois textos.
k. _____ A abordagem do sentimento amoroso, ou pelo que se entende por esse assunto
nos dois textos, são diferentes para “Amor Perfeito” e “Festa do Apê”, principalmente
porque os sentimentos demonstrados neste último são intensos no relacionamento entre
as pessoas de forma transparente e genuína.
l. ______ O trecho “Vem me tirar da solidão, fazer feliz meu coração Já não importa quem
errou, o que passou, passou.” Demonstra que o afastamento do protagonista com a
pessoa amada é justificada por algum tipo de desentendimento que não foi escrito na
música.
m. ______ O jogo de interesses criando uma expectativa de encontrar a pessoa a quem se
quer algo é semelhante nos dois protagonistas das músicas ouvidas.l

AQUARELA

Numa folha qualquer eu desenho um sol amarelo


E com cinco ou seis retas é fácil fazer um castelo
Corro o lápis em torno da mão e me dou uma luva
E se faço chover com dois riscos tenho um guarda-chuva.

Se um pinguinho de tinta cai num pedacinho azul do papel


Num instante imagino uma linda gaivota a voar no céu. . .

Vai voando contornando a imensa curva norte sul;


Vou com ela viajando Havaí, Pequim ou Istambul.
Pinto um barco a vela branco navegando
É tanto céu e mar num beijo azul . . .

Entre as nuvens vem surgindo um lindo avião rosa e grená;


Tudo em volta colorindo com suas luzes a piscar.
Basta imaginar e ele está partindo sereno indo
E se a gente quiser . . . Ele vai pousar . . .

(pausa)

Numa folha qualquer eu desenho um navio de partida!


Com alguns bons amigos, bebendo de bem com a vida.
De uma América à outra consigo passar num segundo;
Giro um simples compasso e num círculo eu faço o mundo.

Um menino caminha e caminhando chega no muro.


E ali logo em frente a esperar pela gente o futuro está!

E o futuro é uma astronave que tentamos pilotar;


Não tem tempo nem piedade, nem tem hora de chegar.

269
Sem pedir licença muda nossa vida e depois convida a rir ou chorar. .

Nessa estrada não nos cabe conhecer ou ver o que virá;


O fim dela ninguém sabe bem ao certo onde vai dar.

Vamos todos numa linda passarela de uma aquarela que um dia


enfim . . .
Descolorirá!

(Numa folha qualquer eu desenho um sol amarelo)


Que descolorirá!

(E com cinco ou seis retas é fácil fazer um castelo)


Que descolorirá!

(Giro um simples compasso e num círculo eu faço o mundo)


Que descolorirá ....
(AQUARELA, vz de toquinho —
transcrição de adaptação
feitas por SOUZA, wallas c. de)

1) De acordo com a música e considerando o objetivo central do trecho: "E o futuro é uma
astronave que tentamos pilotar, não tem tempo, nem piedade, nem tem hora de chagar. Sem
pedir licença muda a nossa vida e depois convida rir ou chorar. .” (1.0)

A referência ao "futuro" adquire um sentido:

a) otimista mas duvidoso


b) incerto e inesperado
c) irônico mas otimista
d) pessimista e inseguro
e) extraordinário mas inesperado

2) Considere as afirmações abaixo: (1.0)

I. A música tem características descritivas, mas há um seqüência de ação; ou seja, o término do


movimento de um objeto descrito já é um gancho para a próxima ação.

II. A melodia da música "Aquarela" sugere, na imaginação do ouvinte, os movimentos dos objetos
descritos. É o que se percebe, por exemplo, no trecho "(pausa)" em que podemos imaginar o
"avião" pousando.

a) Só a I é verdadeira.
b) Só a II é verdadeira.
c) As duas afirmações são verdadeiras.
d) As duas afirmações são mais ou menos certas.
e) As duas afirmações são mentirosas.

3) A expressão "Uma folha qualquer eu desenho..' introduz uma idéia, na música, de:. Justifique
a resposta exemplificando com elementos do próprio texto. (2.0)

a) Determinação e organização
b) Possibilidade e incerteza
c) Estratégia e planejamento
d) Criatividade e imaginação
e) Inquietação e subjetividade

270
INTERPRETAÇÃO: LIGAÇÃO DE IDÉIAS TEMÁTICAS POR MEIO DE
RECURSOS COMUNICATIVOS

29/09/2006 14:19
SBC!

Ainda por cima disse isso aí:

"Não tem nada mais importante na minha vida, na minha trajetória política, do que fazer o último comício da
minha campanha na terra onde eu nasci politicamente, junto com meus companheiros", disse Lula, em discurso
numa praça de São Bernardo do Campo.

E o resto do povo não conta molusco?


Lamentável!

29/09/2006 11:07
Hoje fizemos eleições simuladas em minha faculdade(particular)
Deu Geraldo... fiquei super preocupada até que um professor chegou e disse:
Queria ver se o Geraldo ganharia se esse eleição tivesse sendo feita em uma escola pública, onde os alunos são

271
pessoas humildes, parte da grande maioria pobre do país que é beneficiado pelo nosso atual presidente, Alkimin não
teria vez!

Aécio
A ausência do Aécio no debate foi meramente CITADA, en passant, pela Globo Minas no noticiário local do dia seguinte.
Não foi esse abuso que fizeram com o Lula, enfatizando que "as regras não permitem ofensas" - não permitem ofensas
dando direito de resposta? Não permitem ofensas ao fazer o MÍNIMO que qualquer debate DECENTE deve fazer?

Faça-me o favor.

Vou votar no Lula (não ia, votaria no Cristóvam) agora por dois motivos:
1) pirraça com a Globo;
2) para garantir que o Geraldo não leve para o 2o turno (ou tentar garantir, né).

O Lula deveria revogar o padrão japonês de TV Digital e pegar o que for mais sacana com a Rede Globo (e melhor para
o Brasil).

Uma palavra de amor. . .

“A glória da amizade não é a mão estendida, nem o sorriso carinhoso, nem mesmo a delícia da
companhia. É a inspiração espiritual e ilimitada vinda quando descobrimos que alguém acredita
em você, exalta os seus valores internos e os compreende; sempre sabedor de que precisa de
arte para iniciar uma amizade e de ser artista para conservá-la. Portanto, quem em algum
obscuro e indesejado dia deixar de ser amigo, saiba, com todas as letras, que nunca o foi de
fato. O que temos proposto em relação a uma forte amizade é genuíno, e nela estarei firme,
pois parte do que somos estão compartilhadas em nossos verdadeiros amigos; sinceros,
confiáveis e fiéis.”

(SOUZA, wallas c. de, 2005)

272

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