Compilação Técnica

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EMPREITADA DE

“Rede de Abastecimento de Água e


Arruamentos em Mascarenhas”

COMPILAÇÃO TÉCNICA DA OBRA

Fase de Execução
Desenvolvimento/actualização (3) Acompanhamento (4)
RSE: R-CSO:
DTE: R-FCZ:
Data: Data:
(1)
Responsável pelo exercício da Coordenação de Segurança em Projecto (R-CSP) e o Responsável do Projecto (R-PRJ) e representante do Coordenador de Segurança em
Projecto; (2) Responsável da Fiscalização da Obra (R-FCZ) e o Representante do Dono da Obra (RDO); (3)Director Técnico da Empreitada (DTE); (4) Responsável pelo exercício
da Coordenação de Segurança em Obra (R-CSO) e o Responsável da Fiscalização da Obra (R-FCZ) e representante do Coordenador de Segurança em Obra.

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PROMULGAÇÃO

A presente Compilação Técnica (CT) respeita à obra do Município de Mirandela, designada por
“REDE DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ARRUAMENTOS EM MASCARENHAS”, e
destina-se a ser actualizada e complementada desde logo a partir da data da consignação da
empreitada ou, se for o caso, na data da primeira consignação parcial.
Esta CT, que faz parte integrante do caderno de encargos da empreitada, estabelece as regras /
especificações a observar durante a fase de execução dos trabalhos, pretendendo-se com a
implementação do preconizado a adopção de soluções técnicas durante a execução que tenham em
conta as intervenções posteriores à conclusão da empreitada, nomeadamente para a futura
conservação / manutenção do produto construído, de forma a eliminar ou reduzir o risco de
ocorrência de acidentes e doenças profissionais nessas intervenções.
Compete ao Empreiteiro, no âmbito das suas obrigações e competências, manter esta CT
permanentemente actualizada e implementá-la desde o início da execução dos trabalhos até à
recepção provisória da empreitada ou, se for o caso, até à última recepção provisória parcial,
devendo o Empreiteiro devolvê-la ao Dono da Obra, através da Fiscalização, com toda a
documentação nela requerida.
São destinatários do presente documento: a Fiscalização e o Empreiteiro, nas pessoas dos seus
representantes para esta empreitada.
O Empreiteiro deverá controlar, registar e manter permanentemente actualizada a ficha de
distribuição da CT utilizando para o efeito modelo idêntico ao modelo S01 apresentado no anexo 1
do Plano de Segurança e Saúde, anexando essas fichas no anexo 2 do presente documento. É proibida
a distribuição desta CT a entidades externas não intervenientes na presente empreitada, salvo
autorização expressa por escrito para o efeito do representante do Dono da Obra.

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ÍNDICE

1 - INTRODUÇÃO.............................................................................................................................. 5
1.1 - Organização da CT ........................................................................................................ 6
1.2 - Adaptação / complemento da CT................................................................................... 6
1.3 - Identificação dos Arquivos ............................................................................................ 7
1.4 - Alterações à CT ............................................................................................................. 8
1.5 - Entrega da Compilação Técnica .................................................................................... 9
1.6 - Controlo de Assinaturas e Rubricas............................................................................... 9
2 - MEMÓRIA DESCRITIVA ........................................................................................................... 11
2.1 - Objectivos deste documento ........................................................................................ 11
2.2 - Ficha de realização da obra.......................................................................................... 11
2.3 - Regulamentação Aplicável .......................................................................................... 11
3 - CARACTERIZAÇÃO DA OBRA .................................................................................................. 14
3.1 - Descrição sumária da obra ........................................................................................... 14
3.2 - Projecto “Como Construído” ....................................................................................... 14
3.3 - Condicionalismos Existentes no Local e Envolvente .................................................. 15
3.4 - Caracterização sumária do terreno............................................................................... 15
3.5 - Livro de Registo da Obra ............................................................................................. 16
3.6 - Materiais aplicados com Riscos Especiais e Medidas Preventivas ............................. 17
3.7 - Equipamentos instalados com riscos na utilização, conservação e manutenção................... 18
3.8 - Trabalhos cujo acesso e circulação apresentam riscos ....................................................... 18
3.9 - Registos da Qualidade ................................................................................................. 20
3.10 - Registos da Segurança e Saúde no Trabalho ............................................................... 21
4 - ACÇÕES PARA A PREVENÇÃO DE RISCOS ................................................................................ 22
4.1 - Plano de Monitorização Periódica ............................................................................... 22
4.2 - Identificação e Controlo de Equipamentos de Apoio .................................................. 23
4.3 - Registo de não conformidades e acções correctivas / preventivas .............................. 25
4.4 - Formação e Informação de Pessoal designado pelo Dono da Obra ............................. 26
4.5 - Registo de Acidentes de Trabalho ............................................................................... 27
4.6 - Plano de Emergência e Evacuação .............................................................................. 28
4.7 - Plano de Acesso e Sinalização Temporária ................................................................. 29

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1 - Introdução
A presente Compilação Técnica (CT) respeita à empreitada de “REDE DE
ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ARRUAMENTOS EM MASCARENHAS”, tendo sido
preparada atendendo ao estipulado nos n.ºs 1 e 2 do Artigo 16.º do Decreto-Lei n.º 273/2003 de 29 de
Outubro (adiante designado abreviadamente por DL 273), devendo conter todos os elementos
relevantes em matéria de segurança e saúde tendo em vista as intervenções posteriores à conclusão da
obra.
Na fase de concepção, os autores do projecto e o coordenador do projecto em matéria de
segurança e saúde (adiante designado abreviadamente por Coordenador de Segurança em Projecto –
CSP) procuraram adoptar soluções arquitectónicas, técnicas e organizativas com vista a eliminar ou
reduzir os riscos nas intervenções posteriores à conclusão da obra nomeadamente para a futura
conservação / manutenção da obra. Pretende-se que o Empreiteiro, no âmbito das suas obrigações e
competências, tenha também em conta tais riscos, avaliando-os e determinando as respectivas
medidas preventivas a implementar durante a fase de execução. Deve assim privilegiar o emprego de
materiais que não ofereçam riscos durante a fase de utilização / exploração da obra, caso contrário
deverá registar tais situações e as medidas a ter em atenção nessa fase.
Deverá também considerar todas as situações da obra que tenham que ser objecto de
manutenção e/ou conservação periódica, adoptando ou propondo soluções técnicas alternativas e
medidas preventivas para se proceder a essas acções de conservação / manutenção, sem risco ou com
risco reduzido, nessas intervenções necessárias durante a vida técnica da obra. Deverá em particular,
ter em atenção estas situações sempre que sejam introduzidas alterações ao projecto da obra, quer por
determinação do dono da obra ou seu representante, quer por iniciativa do próprio empreiteiro,
nomeadamente, tratando-se de variantes ao projecto.
Neste último caso (variantes ao projecto apresentadas pelo empreiteiro), competirá ao
Empreiteiro cumprir e fazer cumprir pelos seus Subcontratados todas as obrigações legais decorrentes
dessa situação, nomeadamente, quer quanto às obrigações atribuídas aos autores dos projectos quer
em matéria de coordenação de segurança e saúde durante a elaboração desse projecto variante.
No caso de equipamentos a incorporar na obra, com ou sem especificações técnicas definidas
no projecto da obra, o empreiteiro deverá ter em atenção especial quanto ao atrás referido.
Em todos estes casos, deverá o Empreiteiro manter permanentemente informada a
Fiscalização / Coordenador de Segurança em Obra, obtendo as necessárias autorizações.
Tratando-se de intervenções durante um longo período (vida técnica da obra, com várias
dezenas de anos), esta Compilação Técnica deverá também incluir um conjunto de informação que
será útil em qualquer momento posterior à conclusão da obra, constituindo assim também um
documento que conterá a “história” da obra, permitindo prever e prevenir os riscos associados à sua
utilização e às intervenções que venham a ser necessárias.
Ao Dono da Obra (ou à entidade que será responsável pela sua utilização ou pela
conservação/manutenção) compete-lhe posteriormente manter e actualizar a CT durante toda a vida técnica
dessa obra, nomeando para o efeito uma pessoa ou serviço que ficará responsável por esta CT. Sempre que
a “propriedade” da obra seja transferida para outrem ou outra entidade, os documentos de transferência (ou

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contratos) de “propriedade” deverão conter uma cláusula relativa à entrega da Compilação Técnica para o
novo “proprietário”. Tal poderá ser o caso de transferência do produto construído da entidade que realizou a
obra para a entidade que será responsável pela sua utilização ou pela conservação/manutenção.
De acordo com o acima citado Decreto-Lei n.º 273/2003, utilizam-se aqui as expressões
abreviadas de Coordenador de Segurança em Projecto (CSP) e Coordenador de Segurança em Obra
(CSO), e os responsáveis pelo exercício da coordenação de segurança em projecto e em obra são aqui
referenciados pelas abreviaturas R-CSP e R-CSO, respectivamente. Estando a coordenação de
segurança em obra cometida à Fiscalização, a referência no presente documento à Fiscalização
pretende significar a Fiscalização / Coordenador de Segurança em Obra.
Sempre que se faça referência ao Empreiteiro (significando a Entidade Executante na acepção
do DL 273), à Fiscalização ou a qualquer dos acima referidos coordenadores de segurança, pretende-
se significar os respectivos representantes para a presente empreitada.
Por outro lado, sempre que se faça referência a Subcontratados pretende-se significar os
subempreiteiros, subcontratados de cedência de mão-de-obra ou de equipamento, trabalhadores
independentes, prestadores de serviços e, nos casos aplicáveis, as respectivas sucessivas cadeias de
subcontratação.
Salvo nos casos expressamente indicados, os prazos estabelecidos em dias neste documento
referem-se a dias úteis, excluindo-se portanto Sábados, Domingos e Feriados, independentemente de o
Empreiteiro estar autorizado a trabalhar nestes dias. Por outro lado, sempre que o início da contagem
dos prazos indicados neste documento seja a data da consignação da empreitada, pretende significar-
se esta ou, se aplicável, a data da primeira consignação parcial.

1.1 - ORGANIZAÇÃO DA CT
A presente CT é constituída por um Documento Base e por um Apêndice que inclui um conjunto
de anexos. O Documento Base corresponde à presente CT iniciada na fase de projecto e apresentada no
processo de concurso pelo Dono da Obra. O Apêndice deverá ser elaborado e mantido permanentemente
actualizado pelo Empreiteiro de acordo com o que se especifica adiante.
O presente documento base está organizado em quatro partes: Introdução; Memória
Descritiva; Caracterização da Obra; Acções para a Prevenção de Riscos. Inclui também um conjunto
de modelos referidos ao longo desta CT e que se apresentam no anexo 1 deste documento que o
Empreiteiro poderá utilizar como referência para o desenvolvimento dos seus próprios modelos, os
quais deverão ter no mínimo a informação contida nos que são aqui apresentados incluindo as
posições para assinaturas para demonstração das acções implementadas.
A referência em qualquer momento durante a execução da empreitada à CT, deve sempre
entender-se como significando este documento base com todas as alterações, adaptações /
complementos e registos integrados até esse momento no Apêndice.
Independentemente da inclusão desta CT na fase de concurso, o empreiteiro deverá apresentar
a declaração modelo S04 incluída no anexo 1 do Plano de Segurança e Saúde (PSS) com as
necessárias adaptações ao presente documento, integrando-a no anexo 2.

1.2 - ADAPTAÇÃO / COMPLEMENTO DA CT


Esta CT foi elaborada de forma a ter um carácter dinâmico e evolutivo durante a execução dos
trabalhos da empreitada, devendo integrar os projectos, planos e registos de todas as medidas do

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âmbito da segurança e saúde que tenham influência nas intervenções posteriores à conclusão da obra,
nomeadamente, quanto às intervenções de conservação / manutenção.
Assim, todas as adaptações / complementos devem considerar a inclusão / integração dos
elementos preparados nos prazos estabelecidos. As adaptações / complementos serão sempre feitas
atendendo aos processos construtivos e métodos de trabalho utilizados na execução dos trabalhos pelo
Empreiteiro, aos condicionalismos existentes, à organização do Estaleiro e ao planeamento da obra.
Os documentos a integrar deverão estar redigidos em língua portuguesa ou ser acompanhados de
tradução legalizada.
Para a integração dos elementos que constituem as adaptações / complementos da Compilação
Técnica resultante da implementação do preconizado nesta CT, deverá o Empreiteiro constituir os
anexos referidos no texto com uma numeração sequencial (cuja lista se apresenta no início do Apêndice
a esta CT, e que poderá e deverá ser complementada com outros anexos a criar durante a execução dos
trabalhos) e acrescentar outros que durante a execução da empreitada o Empreiteiro ou a Fiscalização
venha a considerar necessários.
O desenvolvimento / complemento da CT consiste assim essencialmente na preparação e
integração de projectos, planos e procedimentos referidos neste documento e na realização de registos
das acções executadas que no seu conjunto serão incluídos nos anexos e que farão parte integrante da
CT.
A manutenção actualizada da documentação da CT é responsabilidade do Empreiteiro, no que
respeita aos elementos referidos no presente documento.
Sempre que o volume de documentos a integrar num dado anexo justifique a criação de um arquivo
próprio (dossier), deve o Empreiteiro proceder à sua preparação, identificação e organização nos moldes
previstos e registar o facto no respectivo anexo.
Todos os arquivos do âmbito da CT deverão permanecer no Estaleiro arrumados de modo
organizado em estantes durante toda a fase de construção. Caso seja necessário utilizar documentos
noutros locais devem ser efectuadas cópias.

1.3 - IDENTIFICAÇÃO DOS ARQUIVOS


As lombadas das pastas de arquivo que sejam criadas no âmbito da CT devem ser de cor
diferente da do Plano de Segurança e Saúde (documento apresentado em separado) e será definida
pela Fiscalização por solicitação do Empreiteiro e identificar objectivamente o seu conteúdo
conforme seguidamente se exemplifica, apresentando-se também algumas regras para a identificação
de documentos e arquivos.

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− Todos os documentos que devam ser assinados e/ou datados não
poderão ser integrados nesta CT sem as correspondentes
assinaturas e/ou datas respectivas.
− Todos os projectos, planos, procedimentos e registos
deverão referenciar o Empreiteiro e a designação da
empreitada.
− Cada projecto, plano ou registo pode ser composto por várias
páginas, indicando-se o Número de página / Total de páginas do
Designação da Empreitada
documento. Eventuais anexos dos documentos serão objecto do
mesmo tipo de paginação.
− Dentro de cada pasta de arquivo os documentos serão
Símbolo e
organizados de acordo com os sistemas de codificação
designação
do Empreiteiro estabelecidos pelo Empreiteiro e por numeração sequencial
no caso dos registos, atendendo às datas da sua realização.
− Em todas as pastas de arquivo ou secção das mesmas os
documentos mais recentes são arquivados sobrepondo-se aos
Compilação mais antigos (números maiores sobre os menores).
Técnica da Obra − Todos os documentos substituídos serão mantidos em
arquivo devendo ser mencionado sobre os mesmos a data da
substituição e a referência do documento que os substituiu.
Anexo N.º
− No início de cada pasta haverá um índice com o conteúdo da
Designação do anexo pasta. Quando estas forem organizadas por secções estará
patente no início da pasta o índice das secções e dentro de
cada secção, uma folha para averbamento do seu conteúdo.
− Nas pastas de registos existirá cópia actualizada do Controlo
de Assinaturas e Rubricas, onde estarão identificadas todas
as pessoas autorizadas a assinar documentos do âmbito da
CT (elementos do Empreiteiro e da Fiscalização).

1.4 - ALTERAÇÕES À CT
Qualquer dos intervenientes na execução da obra pode propor à Fiscalização as alterações à
presente CT elaborada na fase de Projecto.
O conteúdo da CT elaborada na fase de Projecto (documento base), quando considerado
desadequado, pode ser adaptado, sendo para tal obrigatória a identificação dos pontos alterados e a
nova descrição, que tem que ser aprovada pela Fiscalização e pelo representante do Dono da Obra.
As propostas de alterações a esta CT deverão ser apresentadas pelo Empreiteiro no prazo de
11 (onze) dias a contar da data da consignação, utilizando para o efeito o modelo S02 apresentado no
anexo 1 do PSS assinalando-se a posição referente à CT.
Compete ao Empreiteiro elaborar e manter o Registo das alterações aprovadas, para o que
utilizará o modelo Mod. S03 incluído no anexo 1 do PSS assinalando-se a posição referente à CT.
Após aprovação de nova situação, compete ao Empreiteiro, assinalar no original da CT em
sua posse, as partes alteradas na margem direita da página por traço vermelho e inscrição do termo
"alterado" e respectiva data e número do Registo de Alteração.

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O Empreiteiro deverá incluir no anexo 3, os Registos das propostas de alterações e alterações
aprovadas da CT.

1.5 - ENTREGA DA COMPILAÇÃO TÉCNICA


Concluídos todos os trabalhos da empreitada, incluindo o comissionamento, o Empreiteiro deverá
entregar, no acto da Recepção Provisória (ou da última recepção provisória, se aplicável), à Fiscalização,
e esta ao Dono da Obra, a CT organizada nos termos previstos. Este facto será registado no Auto da
Recepção Provisória, anexando-se declaração, conforme o modelo S05 incluído no anexo 1 do PSS com as
necessárias adaptações ao presente documento, devidamente preenchida e assinada por todos os
elementos previstos. Deverá ser incluída uma cópia dessa declaração no início da CT.
Caso haja lugar à execução de trabalhos durante o prazo de garantia, o Empreiteiro obriga-se
a elaborar e promover a integração dos elementos desenvolvidos na CT, sempre que se justifique. No
final desses trabalhos deverá entregar à Fiscalização os complementos à CT elaborados, incluindo
registos para ser anexados à CT em poder do Dono da Obra

1.6 - CONTROLO DE ASSINATURAS E RUBRICAS


Todos as pessoas com tarefas de preparação, actualização e verificação de projectos, planos e/ou
procedimentos, assim como de realização de verificações e respectivos registos, devem ser identificadas
no registo de Controlo de Assinaturas e Rubricas, o qual será efectuado pela utilização do modelo S06
incluído no anexo 1 do PSS, em cópia independente da dos registos do PSS.
Essa lista de assinaturas e rubricas deverá ser preparada pelo Empreiteiro até à data da
consignação, devendo ser mantida actualizada por este durante toda a empreitada até à recepção
provisória da empreitada (ou última recepção provisória parcial, se for o caso), sempre que entrem
novas pessoas e/ou se verifiquem novas atribuições de competências às pessoas incluídas nessa lista.
A Verificação dessa ficha deverá ser feita pelo Director Técnico da Empreitada, competindo à
Fiscalização aprová-la, sendo que esta poderá determinar alterações nomeadamente quanto aos
documentos que cada um poderá assinar. Os elementos da Fiscalização e o R-CSO serão também
identificados em registo separado, utilizando o mesmo modelo, devendo o Empreiteiro solicitar
àqueles o seu preenchimento e manter actualizado esse registo sempre que a Fiscalização indicar
alterações ocorridas durante a execução da obra.
O Empreiteiro deverá arquivar no anexo 4, o Registo de Controlo de Assinaturas e Rubricas.

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2 - Memória Descritiva

2.1 - OBJECTIVOS DESTE DOCUMENTO


A presente Compilação Técnica “REDE DE
referente à empreitada de
ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ARRUAMENTOS EM MASCARENHAS”, pretende
responder ao exigido na legislação em vigor com o objectivo de prevenir os riscos nas intervenções
posteriores à conclusão da obra, identificando-se nomeadamente as seguintes intervenções:
− Operações de reparação, manutenção e conservação das redes instaladas, podendo incluir,
eventualmente, o arranque e a reposição de pavimentos e a abertura, entivação e fecho de valas;
− Outros trabalhos de manutenção
Em todas estas situações ou outras idênticas, o acesso e a permanência do pessoal dessas
intervenções às diferentes partes da obra deverão ser objecto de atenção em todas as fases de
realização da obra, devendo privilegiar-se as soluções que melhor possam prevenir o risco de
acidentes de trabalho nessas intervenções, sem prejuízo da exigência legal de elaboração de um Plano
de Segurança e Saúde ou de Fichas de Procedimentos de Segurança para a execução desses trabalhos,
conforme for aplicável.

2.2 - FICHA DE REALIZAÇÃO DA OBRA


No decurso da execução da obra, o Empreiteiro deverá enviar à Fiscalização a informação que
lhe compete conforme referido na Ficha de Realização da Obra, modelo S21 incluído no anexo 1 do
presente documento. Tal informação deverá ser enviada no prazo de 5 (cinco) dias após o seu
conhecimento pelo Empreiteiro, e deverá incluir essa informação no anexo 5 assim como as alterações
a essa Ficha que venham a ser entregues pela Fiscalização.
Com a recepção provisória da empreitada, ou se for o caso com a última recepção provisória,
o Empreiteiro deverá actualizar esta ficha e anexar a última lista de subempreiteiros a que
corresponde o anexo CP1 da Comunicação Prévia, incluindo nessa lista os trabalhadores
independentes cujas intervenções tenham sido relevantes.

2.3 - REGULAMENTAÇÃO APLICÁVEL


Nas intervenções posteriores à conclusão da obra de “REDE DE ABASTECIMENTO DE
ÁGUA E ARRUAMENTOS EM MASCARENHAS”, aplica-se toda a regulamentação de
segurança e de saúde que se encontre em vigor, nomeadamente a seguinte:
- Decreto-lei nº 41821 de 11 de Agosto de 1958 (Aprova o Regulamento de Segurança no Trabalho da
Construção Civil - RSTCC).
- Decreto-lei nº 46427 de 10 de Julho de 1965 (Aprova o Regulamento das Instalações Provisórias do
pessoal Empregado nas Obras - RIPPEO).

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- Decreto-lei nº 441/91 de 14 de Novembro (Transpõe a directiva nº 89/391/CEE relativa à aplicação de
medidas destinadas a promover a melhoria da segurança e da saúde dos trabalhadores no trabalho).
- Decreto Regulamentar nº 1/92 de 18 de Fevereiro (Regulamento de Segurança de Linhas Eléctricas
de Alta Tensão).
- Decreto-lei nº 72/92 de 28 de Abril (Transpõe a Directiva nº 86/188/CEE de 12 de Maio relativa à
protecção dos trabalhadores contra os riscos devidos à exposição ao ruído durante o trabalho).
- Decreto Regulamentar nº 9/92 de 28 de Abril (Regulamenta o Decreto-Lei nº 72/92 de 28 de Abril).
- Decreto-lei nº 128/93 de 22 de Abril (Estabelece as exigências técnicas de segurança a observar pelos
equipamentos de protecção individual, de acordo com a directiva nº 89/686/CEE de 21 de Dezembro).
- Decreto-lei nº 330/93 de 25 de Setembro (Transpõe a Directiva nº 90/269/CEE de 29 de Maio
relativa às prescrições mínimas de segurança e de saúde na movimentação manual de cargas).
- Decreto-lei nº 347/93 de 1 de Outubro (Transpõe a Directiva nº 89/654/CEE de 30 de Novembro
relativa às prescrições mínimas de segurança e de saúde para os locais de trabalho).
- Decreto-lei nº 348/93 de 1 de Outubro (Transpõe a Directiva nº 89/656/CEE de 30 de Novembro relativa
às prescrições mínimas de segurança e de saúde na utilização de equipamentos de protecção individual).
- Portaria nº 987/93 de 6 de Outubro (Estabelece as normas técnicas de execução do Decreto-lei nº
347/93 de 1 de Outubro).
- Portaria nº 988/93 de 6 de Outubro (Estabelece a descrição técnica do equipamento de protecção
individual, de acordo com o artº 7º do Decreto-lei nº 348/93 de 1 de Outubro).
- Decreto-lei nº 362/93 de 15 de Outubro (Estabelece as regras relativas à informação estatística sobre
acidentes de trabalho e doenças profissionais).
- Portaria nº 1131/93 de 4 de Novembro (Estabelece as exigências essenciais relativas à saúde e
segurança aplicáveis aos equipamentos de protecção individual, de acordo com o artº 2º do Decreto-
lei nº 128/93 de 22 de Abril).
- Decreto-lei nº 48/95 de 15 de Março (Código Penal - Art.ºs 277º a 280º).
- Decreto-lei nº 141/95 de 14 de Junho (Transpõe para o direito interno a Directiva nº 92/58/CEE de
24 de Junho, relativa a prescrições mínimas para a sinalização de segurança e de saúde no trabalho).
- Decreto-lei nº 214/95 de 18 de Agosto (Estabelece as condições de utilização e comercialização de
máquinas usadas visando eliminar riscos para a saúde e segurança das pessoas).
- Portaria nº 1456-A/95 de 11 de Dezembro (Regulamenta as prescrições mínimas de colocação e
utilização da sinalização de segurança e saúde no trabalho).
- Portaria nº 101/96 de 3 de Abril (Regulamenta o Decreto-Lei n.º 155/95 de 1 de Julho relativo às
prescrições mínimas de segurança e saúde a aplicar nos estaleiros temporários ou móveis, mantido
em vigor pelo Decreto-Lei n.º 273/2003 de 29 de Outubro).
- Portaria nº 109/96 de 10 de Abril (Altera os anexos I, II, IV e V da Portaria 1131/93 de 4 de Novembro).
- Portaria nº 695/97 de 19 de Agosto (Altera os anexos I e V da Portaria 1131/93 de 4 de Novembro).
- Decreto Regulamentar nº 22-A/98 de 1 de Outubro (Regulamento de Sinalização do Trânsito, com as
alterações introduzidas pelo Decreto Regulamentar nº 41/2002 de 20 de Agosto).
- Decreto-lei nº 374/98 de 24 de Novembro (Altera os Decretos-Lei n.º 128/93 de 22/4, n.º 383/93 de
18/11, n.º 130/92 de 6/6, n.º 117/88 de 12/4 e n.º 113/93 de 10/4, relativos a EPI e marcação CE).
- Decreto-lei nº 82/99 de 16 de Março (Altera o regime relativo às prescrições mínimas de segurança e
de saúde para a utilização de equipamentos de trabalho, transpondo a Directiva n.º 95/63/CE de
5/12/95).

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- Decreto-lei nº 133/99 de 21 de Abril (Altera o Decreto-Lei n.º 441/91 de 14/11 relativo aos
princípios de prevenção de riscos profissionais).
- Decreto-lei nº 159/99 de 11 de Maio (Regulamenta a Lei n.º 100/97 de 13/9, no que respeita ao
seguro de acidentes de trabalho para os trabalhadores independentes).
- Lei nº 113/99 de 3 de Agosto (Desenvolve e concretiza o regime geral das contra-ordenações
laborais em certos sectores de actividade).
- Lei nº 116/99 de 4 de Agosto (Aprova o regime geral das contra-ordenações laborais).
- Lei nº 118/99 de 11 de Agosto (Desenvolve e concretiza o regime geral das contra-ordenações laborais,
nomeadamente, D. L. 441/91 de 14/11 e D.L. 26/94 de 1/2).
- Portaria nº 172/2000 de 23 de Março (Definição das máquinas usadas que pela sua complexidade e
características revistam especial perigosidade).
- Decreto-lei nº 292/2000 de 14 de Novembro (Estabelece o regime legal sobre a poluição sonora -
Regulamento Geral do Ruído).
- Portaria n.º 762/2002 de 1 de Julho (Aprova o Regulamento de Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho
na Exploração dos Sistemas Públicos de Distribuição de Água e Drenagem de Águas Residuais).
- Decreto-lei nº 4/2001 de 10 de Janeiro (Estabelece as condições de entrada, permanência, saída e
afastamento de estrangeiros do território português - Vd em especial o artigo 144.º).
- Decreto-lei nº 320/2001 de 12 de Dezembro (Transpõe a designada Directiva Máquinas - Estabelece as
regras a que deve obedecer a colocação no mercado e a entrada em serviço das máquinas e componentes de
segurança colocados no mercado isoladamente).
- Decreto Regulamentar nº 41/2002 de 20 de Agosto (Altera o Decreto Regulamentar n.º 22-A/98
relativo ao Regulamento de Sinalização de Trânsito).
- Decreto-lei nº 34/2003 de 25 de Fevereiro (Altera alguns artigos do D. L. N.º 4/2001 de 10 de
Janeiro - Vd em especial a alteração do artigo 144.º).
- Decreto-lei nº 273/2003 de 29 de Outubro (Altera o D. L. N.º 155/95 de 1 de Julho - Transpõe para o
direito interno a Directiva nº 92/57/CEE de 24 de Junho, relativa a prescrições mínimas de segurança e
saúde a aplicar nos estaleiros temporários ou móveis).

Diversos:
- Contrato Colectivo de Trabalho Vertical aplicável às empresas que se dedicam à actividade da
construção civil e obras públicas.
- Regulamento n.º 27/99-R de 8 de Novembro de 1999 do Instituto de Seguros de Portugal (Apólice
uniforme do seguro de acidentes de trabalho para trabalhadores por conta de outrem).
Nos casos aplicáveis deverá ainda incluir-se o seguinte:
Trabalhos em estradas da jurisdição do IEP:
- Manual de Sinalização Temporária (1997) da Junta Autónoma de Estradas – Tomo I e Tomo II
Trabalhos na área Municipal de Mirandela

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3 - Caracterização da Obra
Na presente secção da Compilação Técnica inclui-se uma descrição sumária da obra, refere-se
a importância da organização do projecto “como construído”, identificam-se condicionalismos
existentes e aspectos relevantes relativos à natureza do terreno. Refere-se ainda ao livro de registo de
obra, aos materiais incorporados com riscos a ter em conta e inclui-se uma lista não exaustiva de
registos da qualidade e da segurança e saúde no trabalho.
Essa informação que deve ser devidamente organizada, constitui uma importante ferramenta
para a prevenção de acidentes e doenças profissionais dos trabalhadores intervenientes nos trabalhos
de conservação / manutenção do produto construído.

3.1 - DESCRIÇÃO SUMÁRIA DA OBRA


A empreitada de “REDE DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ARRUAMENTOS EM
MASCARENHAS”, consiste na execução de trabalhos previstos no projecto que se refere adiante,
apresentando-se a seguir os aspectos mais relevantes.

No troço a intervir, pretende-se proceder à substituição da conduta de abastecimento de água


e ao levantamento e reposição do pavimento existente da Rua Olímpio Cabral, em Mascarenhas.
A rede de abastecimento de água existente na Rua Olímpio Cabral atingiu uma idade
considerável, pelo que se prevê a substituição da conduta de água existente na mesma, as derivações
para as ruas com as quais se cruza, assim como os respetivos ramais domiciliários.

O arruamento pavimentado a cubos de granito, apresenta algumas deformações e


irregularidades.

É necessário proceder ao levantamento da calçada existente e fazer a sua reposição de forma a


garantir uma regularidade longitudinal e transversal.

3.2 - PROJECTO “COMO CONSTRUÍDO”


O Projecto “Como Construído” (“As build” na terminologia anglo-saxónica) constitui um dos
documentos mais importantes da Compilação Técnica, o qual servirá de referência para todas as
intervenções posteriores à conclusão da obra.
Esse Projecto permite saber em qualquer momento durante a vida técnica da obra o que foi
realmente executado, incluindo a localização de eventuais condicionalismos (nomeadamente serviços
afectados) que importa ter em consideração nas intervenções que possam interferir com esses
condicionalismos.
Esse Projecto “Como Construído” é assim o resultado quer do projecto apresentado pelo dono
da obra na fase de concurso para os emissários, condutas elevatórias e estações elevatórias (e
eventualmente complementado no acto de consignação da empreitada e alterações no decurso da sua
execução) quer do projecto adjudicado pelo dono de obra para a estação de tratamento de águas
residuais (e eventualmente complementado no acto de consignação da empreitada e alterações no

14
decurso da sua execução), com todos os elementos exigidos ao Empreiteiro no caderno de encargos e
que este deverá cumprir.
O empreiteiro deverá preparar documento contendo uma lista organizada de todos os
projectos, planos e estudos que forem elaborados após a assinatura do contrato para a execução da
obra, nomeadamente:
− Peças complementares recebidas do dono da obra, quer no acto de consignação, quer durante a
execução dos trabalhos;
− Variantes ao projecto apresentados pelo empreiteiro;
− Desenhos de construção e pormenores de execução elaborados pelo empreiteiro;
− Telas finais elaboradas nos termos do caderno de encargos;

Todos os projectos, planos ou estudos deverão ser devidamente assinados pelos seus autores e
acompanhados dos respectivos termos de responsabilidade, sempre que a Fiscalização o exija,
nomeadamente, os que envolvam aspectos de segurança estrutural. Os elementos escritos deverão ser
fornecidos em formato A4 e os desenhados deverão, sempre que possível, ser fornecidos no mesmo
formato ou em A3, desde que legíveis.
O Empreiteiro arquivará esse documento no anexo 6 com toda a informação referida
devidamente organizada e contendo índices adequados no início.

3.3 - CONDICIONALISMOS EXISTENTES NO LOCAL E ENVOLVENTE


O Empreiteiro deverá elaborar até à recepção provisória da obra, documento contendo a
identificação de todos os condicionalismos existentes ou executados na área consignada ao Empreiteiro e
que permanecem após a conclusão dos trabalhos, nomeadamente serviços afectados, (enterrados e/ou
aéreos).
Tal documento deverá, nos casos aplicáveis, ser acompanhado de plantas reduzidas (formato A4 ou A3, desde
que legíveis, por áreas devidamente identificadas) abrangendo toda a área consignada ao empreiteiro, onde este
registará esses condicionalismos existentes (serviços afectados, enterrados ou aéreos).
Identificam-se nomeadamente os seguintes condicionalismos que importa registar:
− Implantação de condutas ao longo de estradas municipais e arruamentos urbanos;

O Empreiteiro arquivará esse documento no anexo 7 com toda a informação referida


devidamente organizada e contendo índices adequados no início.

3.4 - CARACTERIZAÇÃO SUMÁRIA DO TERRENO


O empreiteiro deverá elaborar até à recepção provisória da obra, documento contendo as
principais características dos terrenos encontrados durante a execução dos trabalhos (tipo de terreno,
natureza, particularidades hidrológicas, etc.).
Tal documento deverá, nos casos aplicáveis, ser acompanhado de plantas reduzidas (formato
A4 ou A3, desde que legíveis, por áreas devidamente identificadas) abrangendo toda a área
consignada ao Empreiteiro, onde este inscreverá de forma resumida essas principais características,
incluindo sempre que possível e nos casos aplicáveis as respectivas tensões admissíveis desses
terrenos que tenham sido consideradas em resultado de ensaios aos terrenos efectuados. Nessas
plantas deverão também ser assinalados os condicionalismos existentes (serviços afectados,

15
enterrados ou aéreos), com indicações sobre a sua exacta localização, quer na horizontal (por ex.
distâncias a pontos fixos existentes), quer na vertical (por ex. profundidades).
O Empreiteiro deverá arquivar esse documento no anexo 8 com toda a informação referida
devidamente organizada e contendo índices adequados no início.

3.5 - LIVRO DE REGISTO DA OBRA


A legislação de obras públicas obriga o Empreiteiro a expressamente organizar um registo da obra, em
livro concebido para tal efeito, com as folhas numeradas e rubricadas por si e pela Fiscalização na data de
assinatura do auto de consignação da empreitada, o qual conterá uma informação sistemática e de fácil
consulta dos acontecimentos mais importantes relacionados com a execução dos trabalhos. No início desse
livro devem registar-se os elementos que a Fiscalização determinar, nomeadamente os seguintes:
− Data de abertura das propostas;
− Data de assinatura do contrato;
− Valor de adjudicação;
− Data de início da obra;
− Prazo global e prazos parcelares de execução da obra;
− Data prevista de conclusão da obra.
Os factos a consignar obrigatoriamente no livro de registo da obra serão indicados no decurso da sua
execução pela Fiscalização e, incluirão, nomeadamente:
− Datas de início e conclusão dos trabalhos mais importantes;
− Substituição dos planos de trabalhos, assinalando-se os desvios verificados relativamente ao plano
anterior e as razões de tais desvios;
− Suspensões de trabalhos;
− Registo de trabalhos a mais da mesma espécie dos previstos e de espécie diferente, e os trabalhos a menos;
− Acidentes de trabalho ocorridos no decurso da execução da obra;
− Elementos entregues pela Fiscalização ao empreiteiro;
− Dificuldades surgidas no decorrer da obra;
− Esclarecimento de dúvidas na interpretação do projecto;
− Prorrogações dos prazos global e parcelares;
− Visitas efectuadas à obra por entidades oficiais;
− Casos de violação do cumprimento de quaisquer obrigações do empreiteiro previstas neste caderno
de encargos;
− Avarias de equipamentos que impeçam o desenvolvimento normal da obra;
− Ensaios de materiais e equipamentos;
− Reuniões de obra realizadas;
− Outros acontecimentos importantes relacionados com a execução da obra.
O Livro de Registo de Obra será rubricado pela Fiscalização e pelo Empreiteiro em todos os
acontecimentos nele registados e ficará ao cuidado deste último, que o deverá apresentar sempre que solicitado
pela primeira ou por entidades oficiais com jurisdição sobre os trabalhos (por exemplo, Inspecção-Geral do
Trabalho).
O Empreiteiro, para além de entregar esse Livro de Registo de Obra ao Dono da Obra, integrará cópia de todas
as páginas desse Livro no anexo 9, onde incluirá também os contratos (inicial e adicionais) elaborados com o

16
Dono da Obra e ainda os Autos de Recepção Provisória (da obra na sua globalidade e/ou parciais). À entidade
responsável pela conservação / manutenção do produto construído competirá anexar ainda os autos de
Recepção Definitiva (da obra na sua globalidade e/ou parciais).

3.6 - MATERIAIS APLICADOS COM RISCOS ESPECIAIS E MEDIDAS PREVENTIVAS


A empreitada de “REDE DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ARRUAMENTOS EM
MASCARENHAS”, inclui materiais com riscos especiais para a segurança e saúde na fase de
utilização / exploração, que se identificam no quadro a seguir e onde se referem potenciais riscos e
respectivas medidas preventivas.

LISTA DE MATERIAIS APLICADOS COM RISCOS ESPECIAIS E MEDIDAS PREVENTIVAS


N.º Materiais Riscos potenciais Medidas preventivas

Todos os materiais que


1  Cancro
empreguem amianto

2 Cimento betões e argamassas  Dermatoses

 Risco de tonturas e náuseas

 Irritações cutâneas
Tintas, vernizes, resinas e
3  Inflamação dos olhos
solventes
 Ingestão
Na sua utilização deverão ser
 Carcinoma tomadas as recomendações dos
fornecedores e serem sempre
 Silicose por sensibilidade a usados os EPI adequados e
poeiras nomeadamente, luvas, máscaras
4 Inertes e material de escavação e botas de segurança, bem
 Inflamação dos olhos como haver uma maior atenção
por parte dos coordenadores de
 Queimaduras segurança para a formação dos
Betão betuminoso trabalhadores e uma rápida
5
 Irritações várias intervenção em caso de
acidente.
 Ingestão e inalação
6 Carburantes
 Explosão

 Incêndio
7 Acetileno
 Explosão

 Explosão
8 Explosivos  Projecção de materiais
 Derrocadas

Esta lista deverá ser objecto de análise pelo Empreiteiro que a deverá complementar com
outros que identifique incluindo as respectivas medidas preventivas, podendo também a Fiscalização
determinar em qualquer momento a inclusão de outros.

17
A lista complementada nos termos referidos deverá ser arquivada pelo Empreiteiro no anexo
10, juntamente com a eventual documentação técnica de suporte (especificações) dos cuidados a ter
com esses materiais.

3.7 - EQUIPAMENTOS INSTALADOS COM RISCOS NA UTILIZAÇÃO, CONSERVAÇÃO E MANUTENÇÃO


“REDE DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ARRUAMENTOS EM
A
MASCARENHAS”, inclui equipamentos instalados envolvendo riscos na sua utilização, conservação
e/ou manutenção que se identificam no quadro a seguir e onde se referem potenciais riscos e respectivas
medidas preventivas.

LISTA DE EQUIPAMENTOS INSTALADOS COM RISCOS E MEDIDAS PREVENTIVAS


N.º Equipamentos Riscos potenciais Medidas preventivas

Esta lista deverá ser objecto de análise pelo Empreiteiro que a deverá complementar com
outros que identifique incluindo as respectivas medidas preventivas, podendo também a Fiscalização
determinar em qualquer momento a inclusão de outros.
Para cada um destes equipamentos, o Empreiteiro deverá elaborar um documento de suporte
(especificações), devidamente capeado e datado com a identificação da obra e a designação desse
equipamento, o qual deverá conter uma memória descritiva sumária dos aspectos mais relevantes e
instruções a ter em conta durante o período de vida técnica da obra para a sua correcta utilização,
conservação e manutenção, incluindo em anexo o respectivo manual do equipamento contendo as
especificações técnicas, e bem assim o Manual de Instruções de Funcionamento e Manutenção
referido no caderno de encargos, ou referência à localização deste.
A lista acima apresentada deverá ser arquivada pelo Empreiteiro no anexo 11, juntamente
com todos os documentos de suporte referidos.

3.8 - TRABALHOS CUJO ACESSO E CIRCULAÇÃO APRESENTAM RISCOS


“REDE DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ARRUAMENTOS EM
A
MASCARENHAS”, inclui trabalhos cujo acesso e circulação apresentam riscos sempre que haja
necessidade de se proceder à sua monitorização ou conservação / manutenção. Esses trabalhos são
identificados no quadro a seguir e onde se referem potenciais riscos e respectivas medidas preventivas.

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LISTA DE TRABALHOS CUJO ACESSO E CIRCULAÇÃO APRESENTAM RISCOS E MEDIDAS
PREVENTIVAS
N.º Trabalhos Riscos potenciais Medidas preventivas
 Circulação de
trabalhadores e acesso de
estranhos
 Queda e outros acidentes
Instalação e funcionamento do
1 estaleiro  Interferência com outros
serviços (rede de
saneamento,
abastecimento de água,
electricidade, gás, etc.)
 Rampeamento de taludes,
com inclinações adequadas às
características dos solos;
 Utilização de meios de
escoramento adaptados às
dimensões e características da
obra;
 Ruído excessivo  Utilização de meios de
entivação adaptados às
 Derrocada de blocos dimensões e características da
obra;
 Interferência com outros
 Evitar sobrecargas dinâmicas
serviços e estáticas na bordadura das
Escavações e movimentos de escavações;
2  Quedas em altura
terras  Aplicação de barreiras nos
 Soterramento coroamentos das valas e das
escavações em geral;
 Incómodo geral (ruído,  Sinalização de manobra para
poeiras) colocação dos tubos e
acessórios;
 Inundação das escavações
 Todos os trabalhadores a
laborar no interior da vala
devem fazê-lo utilizando
cinto de segurança e corda
salva vidas;
 Utilização de Equipamento
de Protecção Individual (EPI)
conveniente.

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LISTA DE TRABALHOS CUJO ACESSO E CIRCULAÇÃO APRESENTAM RISCOS E MEDIDAS
PREVENTIVAS
N.º Trabalhos Riscos potenciais Medidas preventivas
 Utilização descuidada

3 Movimentação de máquinas  Atropelamento


 Queda de objectos
 Inalação de cimento em

4 Estruturas e betonagens  Quedas em altura


 Queda de objectos e
cimbrados
 Queda de elementos
 Perfuração/corte

5 Instalação de equipamentos  Esmagamento por objecto


 Manuseamento indevido
de produtos químicos
tóxicos
 

Esta lista deverá ser objecto de análise pelo Empreiteiro que a deverá complementar com
outros incluindo as respectivas medidas preventivas, podendo também a Fiscalização determinar em
qualquer momento a inclusão de outros.
A lista acima apresentada deverá ser arquivada pelo Empreiteiro no anexo 12.

3.9 - REGISTOS DA QUALIDADE


O Empreiteiro deverá constituir no decurso da obra registos da qualidade que devem ser
mantidos para demonstrarem a conformidade dos trabalhos executados e materiais incorporados com
as especificações do projecto, incluindo nomeadamente:
− Registos do Controlo de Recepção de Materiais relevantes;
− Controlo de recepção de equipamentos incorporados na obra;
− Planos de Monitorização e Medição relevantes;
− Registos de Monitorização e Medição relevantes;
− Registos de não conformidades e Acções Correctivas;
− Último Registo de Controlo de Dispositivos de Monitorização e Medição;
− Último relatório da auditoria da qualidade efectuado na obra;
− Certificados de garantia de materiais, equipamentos incorporados e elementos de construção;
− Outros documentos que a Fiscalização determinar no decurso da execução dos trabalhos.
Relativamente aos Registos de Monitorização e Ensaio, consideram-se em particular relevantes os
resultados de ensaios realizados durante a execução dos trabalhos de acordo com o caderno de encargos e o
plano de ensaios de comissionamento, nomeadamente:

20
− ensaios de compactação de terrenos;
− ensaios de pressão da tubagem e acessórios após instalação;
− ensaios de equipamento (in situ e de fábrica)
− ensaios de soldaduras efectuadas;
− ensaios de funcionamento durante o “Pré-Arranque” e de eficiência durante o “Arranque;

O Empreiteiro arquivará esse documento no anexo 13 com toda a informação referida


devidamente organizada e contendo índices adequados no início.

3.10 - REGISTOS DA SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO


O Empreiteiro deverá constituir no decurso da empreitada uma lista de registos da segurança e
saúde no trabalho, incluindo nomeadamente:
− Declaração de entrega do PSS pelo empreiteiro ao dono da obra;
− Última Comunicação Prévia, incluindo anexos (subempreiteiros, declarações, …);
− Último quadro de Registo de Apólices de Seguro de Acidentes de Trabalho;
− Último quadro de Controlo Geral de Equipamentos de Apoio;
− Última acta da Comissão de Segurança e Saúde da Obra efectuada;
− Último quadro de registo de acidentes de trabalho e índices de sinistralidade;
− Última monitorização do Plano de Segurança e Saúde da empreitada;
− Último relatório da auditoria interna da segurança e saúde no trabalho efectuada;
− Outros documentos que a Fiscalização determinar no decurso da execução dos trabalhos.
O Empreiteiro arquivará essa lista e respectivos registos da segurança e saúde no trabalho acima
referidos no anexo 14.

21
4 - Acções para a prevenção de riscos
As acções a empreender nas intervenções posteriores à conclusão da obra de “REDE DE
ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ARRUAMENTOS EM MASCARENHAS”, para a segurança
dos respectivos trabalhadores devem ser objecto de planeamento prévio que resultará na preparação
de um conjunto de planos e procedimentos específicos.
Esses planos e procedimentos específicos deverão ser anexados ao presente documento,
pretendendo-se constituir um conjunto de informação que poderá vir a ser utilizado em intervenções
posteriores e assim identificarem-se riscos nessas intervenções, prevenindo-os.

4.1 - PLANO DE MONITORIZAÇÃO PERIÓDICA


O Plano de Monitorização Periódica pretende identificar as verificações / observações a
efectuar durante a vida útil do produto construído tendo em conta as periodicidades definidas e
registar os resultados do controlo, utilizando-se para tal a ficha modelo S22, incluído no anexo 1 deste
documento, que a seguir se apresenta.
Todas as fichas deverão ser numeradas sequencialmente (1, 2, 3, …) para cada empreitada
(Posição indicada na ficha com Número), e arquivadas sobrepondo as mais recentes às mais antigas e
assim o maior número corresponderá ao número de fichas preparadas para a empreitada em causa. Na
posição indicada por Número de página / Total de páginas deverá inscrever-se, para cada uma das
fichas, essas indicações e assim para uma ficha constituída por 2 páginas ter-se-ão as páginas 1/2 e 2/2.

Na utilização sistemática desta ficha, dever-se-á ter em conta o seguinte:


Último controlo.: Posição destinada a registar a data em que foi efectuado o último controlo geral da obra.

22
Próximo controlo.: Posição destinada a registar a data em que deverá ser realizado o próximo
controlo geral da obra.
Verificações /Observações: Relação das verificações / observações a efectuar para controlar o estado
geral da obra, devidamente ordenado atendendo a uma sequência lógica.
Documentos de referência: Para cada verificação / observação a efectuar, registar-se-ão, sempre que
aplicável, os documentos de apoio, podendo incluir Procedimento específico elaborado para o efeito,
regulamentos, normas (nacionais, europeias, internacionais), especificações técnicas (gerais ou
referenciadas no Projecto), documentos de homologação, bibliografia técnica, entre outros.
Periodicidade: Posição destinada ao registo da periodicidade com que deve ser efectuada cada
verificação / observação.
Controlo: Para cada verificação / observação deverá registar-se a sua conformidade ou não com as
especificações constantes dos documentos de referência indicados. No caso de ser observada uma
conformidade, assinala-se essa situação com uma cruz (x) na coluna (Conf.). Caso contrário, inscreve-
se o número da não conformidade na coluna “N.º NC”. Neste último caso será então aberta uma ficha
de não conformidade seguindo-se o procedimento referido no ponto a seguir. Em qualquer dos casos,
o responsável pelo controlo e verificação em causa deve assinar / rubricar na coluna reservada para o
efeito e inscrever a data respectiva. Tratando-se de grupos de verificações / observações efectuadas
pela mesma pessoa ou equipa numa mesma data poder-se-á assinar/rubricar e datar apenas nas
primeira e última posições colocando aspas (“) nas posições intermédias.
Preparado por: Posição destinada a ser rubricada e datada pela pessoa responsável pela preparação da
ficha em causa.
Verificado por: Posição destinada a ser rubricada e datada por responsável definido pela entidade a
quem compete a conservação/manutenção da obra.
Aprovado por: Posição destinada a ser rubricada e datada pelo responsável definido pela entidade a
quem compete a conservação/manutenção da obra, hierarquicamente superior ao anterior.

O Empreiteiro deverá ao longo da execução dos trabalhos analisar a ficha acima apresentada
complementando-a tendo em conta as vidas técnicas dos materiais e dos equipamentos incorporados na
obra, arquivando toda essa informação e a documentação técnica de suporte (especificações) no anexo 15.
Após a conclusão da obra e durante a vida técnica desta, o responsável pela conservação / manutenção da
mesma deverá arquivar no mesmo anexo, cópia de todas as fichas elaboradas e registos de
verificação/observação efectuados.

4.2 - IDENTIFICAÇÃO E CONTROLO DE EQUIPAMENTOS DE APOIO


Nas intervenções de conservação / manutenção do produto construído utilizar-se-ão equipamentos
para a observação e/ou monitorização, sendo necessário garantir a fiabilidade desse equipamento e
naturalmente o seu bom estado de funcionamento.
O modelo S23 incluído no anexo 1 deste documento que a seguir se apresenta, pretende assegurar o
controlo desse equipamento. As revisões do equipamento podem significar a manutenção periódica desse
equipamento e/ou a sua calibração ou aferição (como é o caso do equipamento de monitorização e medição).
Na utilização corrente desta ficha deverá ter-se em conta a legislação específica aplicável,
nomeadamente a referida nas notas insertas na parte inferior dessa ficha. Importa ter em conta que a Marcação
CE e a respectiva Declaração CE de Conformidade (Decreto-Lei n.º 320/2001 de 12 de Dezembro) é exigível

23
para os equipamentos e para acessórios não ligados ao equipamento (por exemplo, lingas) utilizados na
construção. Porém, alguns equipamentos (designadamente, equipamentos móveis e de elevação de cargas
como por exemplo gruas fixas ou móveis, elevadores de obra para pessoas, equipamento de terraplenagem,
etc.) com data de fabrico anterior a 1999 (vd. Decreto-Lei n.º 214/95 de 18 de Agosto e Portaria n.º 172/2000
de 23 de Março) poderão não possuir as referidas marcação e declaração CE, devendo apresentar um
certificado de conformidade passado por organismo competente notificado de acordo com a legislação em
vigor.
Por outro lado, importa ter em conta que o Decreto-Lei n.º 76/2002 de 26 de Março
(Regulamento das Emissões Sonoras para o Ambiente do Equipamento para Utilização no Exterior)
obriga também à existência de uma declaração CE de conformidade que contém outras indicações
complementares à declaração atrás referida e bem assim a indicação do nível de potência sonora
garantido (LWA).Tal aplica-se a diversos equipamentos da construção incluindo gruas-torre,
equipamentos de terraplenagens, martelos demolidores e perfuradores, compressores, etc..

Esse controlo deverá ser feito com uma periodicidade adequada a cada equipamento, sendo
recomendável que antes de cada verificação/observação geral do produto construído se proceda ao controlo
de todo o equipamento próprio utilizando esta ficha.
Todas as fichas deverão ser numeradas sequencialmente (1, 2, 3, …) para cada empreitada
(Posição indicada na ficha com Número), e arquivadas sobrepondo as mais recentes às mais antigas e
assim o maior número corresponderá ao número de fichas preparadas para a empreitada em causa. Na
posição indicada por Número de página / Total de páginas deverá inscrever-se, para cada uma das
fichas, essas indicações e assim para uma ficha constituída por 2 páginas ter-se-ão as páginas 1/2 e 2/2.
Sempre que um equipamento, não tenha a revisão em dia, não esteja calibrado ou aferido, ou
caso seja observada qualquer anomalia grave no todo ou em algum dos seus componentes, deverão ser
tomadas as medidas necessárias para evitar a utilização desse equipamento, através da sua imobilização,
remoção do local de utilização, caso possível, ou colocação sobre esse equipamento em local bem
visível, de um autocolante com a inscrição a vermelho de “AVARIADO” ou outra indicação equivalente.
Nestes casos, deverá ser aberta uma ficha de não-conformidade, utilizando-se o modelo S24 incluído no

24
anexo 1 deste documento que a seguir se apresenta, e inscrevendo-se o número dessa não conformidade
na posição “Não Conf. N.º” prevista para o efeito na ficha de registo de Controlo de Equipamentos de
Apoio.
O responsável pela conservação/manutenção da obra deverá promover o Controlo dos
Equipamentos de Apoio com a periodicidade estabelecida caso a caso, aprovando os registos
efectuados na posição reservada para o efeito.
Esse responsável deverá arquivar os Registos dos controlos efectuados no anexo 16.

4.3 - REGISTO DE NÃO CONFORMIDADES E ACÇÕES CORRECTIVAS / PREVENTIVAS


Na utilização corrente das fichas de Monitorização Periódica e de Controlo do Equipamento de
Apoio, poderão ocorrer situações de não conformidade, conforme se referiu, devendo tais casos ser objecto de
uma ficha por cada situação de não conformidade que requeira uma acção correctiva e/ou preventiva,
registando-se tal em cópias do modelo S24, incluído no anexo 1 deste documento, que a seguir se apresenta.
Todas as fichas deverão ser numeradas sequencialmente (1, 2, 3, …) para cada empreitada
(Posição indicada na ficha com Número), e arquivadas sobrepondo as mais recentes às mais antigas e
assim o maior número corresponderá ao número de fichas preparadas para a empreitada em causa. Na
posição indicada por Número de página / Total de páginas deverá inscrever-se, para cada uma das
fichas, essas indicações e assim para uma ficha constituída por 2 páginas ter-se-ão as páginas 1/2 e 2/2.

Na utilização sistemática desta ficha, dever-se-á ter em conta o seguinte:


Descrição da não conformidade: Espaço destinado à descrição da não conformidade, que deverá ser
sucinta, precisa e clara de forma a não haver dúvidas sobre a sua interpretação. Nesta posição inclui-se:
Localização: Espaço destinado a registar o local onde se verificou a não conformidade.
Documentos de referência: Espaço destinado a registar os documentos de referência infringidos e
que deu origem à não conformidade (regulamento, CT, etc.), devendo indicar-se, sempre que
possível, o artigo, ponto ou elemento que não foi cumprido.

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Descrito por: Espaço destinado à rubrica e data do elemento da entidade responsável pela
conservação / manutenção que levantou a não conformidade.
Verificado por: Espaço destinado à rubrica e data do elemento da entidade responsável pela
conservação / manutenção que verificou a descrição da não conformidade, devendo ser pessoa
hierarquicamente superior a quem a descreveu.
Descrição das acções correctivas e/ou preventivas: Espaço destinado à descrição das acções
correctivas e/ou preventivas a implementar para, respectivamente, corrigir a não conformidade, ou
para prevenir a sua ocorrência. Nesta posição inclui-se:
Proposto por: Espaço destinado à rubrica e data do elemento da entidade responsável pela
conservação / manutenção que propõe as acções correctivas e/ou preventivas.
Verificado por: Espaço destinado à rubrica e data do elemento da entidade responsável pela
conservação / manutenção que verificou a proposta das acções correctivas e/ou preventivas a
implementar, devendo ser pessoa hierarquicamente superior a quem a propõe.
Decidido por: Espaço destinado à rubrica e data do elemento da entidade responsável pela
conservação / manutenção que decide sobre as acções correctivas e/ou preventivas propostas.
Neste processo de aprovação deverá assinalar-se uma das situações: aceite a acção proposta; aceite
nas condições em anexo devidamente identificado (devendo anexar-se essas condições que passam
a fazer parte integrante da não conformidade); rejeitado, caso em que se deverá abrir uma nova não
conformidade seguindo a numeração existente, não se anulando a anterior. Deverá também indicar-
se a data até à qual as acções descritas devem ser implementadas.
Execução das acções correctivas e/ou preventivas: Espaço destinado a confirmar a execução das
acções realizadas. Nesta posição inclui-se:
Executado por: Espaço destinado à rubrica e data da entidade responsável pela conservação /
manutenção que executou as acções correctivas e/ou preventivas aprovadas.
Verificado por: Espaço destinado à rubrica e data do da entidade responsável pela conservação /
manutenção que verificou as acções correctivas e/ou preventivas executadas.
Aprovado por: Espaço destinado à rubrica e data da entidade responsável pela conservação /
manutenção com competência para aprovar.
Durante a vida útil da obra, o responsável pela conservação/manutenção deverá, nomeadamente:
− Identificar e descrever as não conformidades;
− Propor e submeter à aprovação as acções correctivas / preventivas a executar;
− Promover dentro do prazo definido as acções correctivas / preventivas;
− Verificar a eficácia das acções implementadas;
− Analisar as causas das não conformidades;
− Providenciar a implementação de acções para eliminar as causas reais e/ou potenciais das
não conformidades.
Os Registos de Não conformidade e Acções Correctivas e Preventivas deverão ser arquivados no
anexo 17.

4.4 - FORMAÇÃO E INFORMAÇÃO DE PESSOAL DESIGNADO PELO DONO DA OBRA


Sempre que esteja previsto no caderno de encargos ou no projecto, o Empreiteiro deverá
assegurar a formação e informação adequada ao pessoal designado pelo Dono da Obra a quem
competirá a conservação/manutenção da obra e, em particular, tratando-se de equipamento instalado.

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O Plano de Formação e Informação poderá incluir acções de diversos tipos, nomeadamente:
− afixação nos locais adequados de informações gerais sobre o equipamento, realçando aspectos
essenciais para a sua manutenção e/ou funcionamento;
− proporcionar a formação específica definida no caderno de encargos.
Todas as acções do âmbito da Formação e Informação devem ser registadas, incluindo
nomeadamente, registos de presenças, tema abordado, duração, número e grupo de trabalhadores
envolvidos, idioma da acção, etc..
O Empreiteiro incluirá no anexo 18 todos os documentos desenvolvidos no âmbito da
Formação e Informação, nomeadamente calendarizações de acções, assim como os registos
comprovativos da realização das mesmas.

4.5 - REGISTO DE ACIDENTES DE TRABALHO


Sempre que ocorra um acidente de trabalho nas intervenções de conservação/manutenção da
obra, para além das participações legais, deve ser efectuado um relatório de investigação registando-se
todas as informações relevantes que permitam uma análise detalhada desse acidente.
Anualmente, o responsável pela conservação/manutenção da obra deverá elaborar a ficha
modelo S25 incluída no anexo 1 deste documento, que resume os acidentes de trabalho ocorridos no
ano e todos os sinistrados do ano anterior que ainda se encontrem de baixa. Essas fichas de registo
serão arquivadas no anexo 19 do presente documento, juntamente com os relatórios de investigação e
as participações às Companhias de Seguros e, nos casos aplicáveis, também às entidades oficiais.
Na utilização desse quadro durante a vida útil da obra, dever-se-á observar o seguinte:
a) Consideram-se todos os acidentes comunicados às Companhias de Seguros;
b) No caso de acidente envolvendo mais do que um trabalhador, o número de acidentes de trabalho
são tantos quantos os sinistrados.
c) Na contagem do número de dias de trabalho perdidos não se considera o dia da ocorrência do acidente
nem o do regresso ao trabalho. Note-se que se consideram dias de trabalho e não dias seguidos.
d) Tratando-se de acidentes de trabalho ocorridos com trabalhadores de Subcontratados nas intervenções de
conservação e/ou manutenção, no número de dias perdidos serão contabilizados todos os dias de
trabalho até ao final do contrato desse Subcontratado. Em qualquer dos casos, o limite para a contagem
do número de dias de trabalho perdidos termina na data prevista de conclusão do trabalho.

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4.6 - PLANO DE EMERGÊNCIA E EVACUAÇÃO
Em todas as intervenções de conservação / manutenção deverá sempre prever-se um adequado
Plano de Emergência e Evacuação, estabelecendo as medidas a aplicar em caso de acidente, o qual deve
incluir, nomeadamente, o seguinte:
− Afixação (ou disponibilização) no local dos trabalhos de lista de telefones de emergência,
nomeadamente Bombeiros, Polícia, Hospital, entidades concessionárias de serviços afectados,
Serviços Camarários, protecção Civil, ...
− Meios adequados à intervenção para os primeiros socorros;
− Identificação da pessoa com formação em prestação de primeiros socorros (socorristas do trabalho)
e respectivos meios disponibilizados a este para rápida comunicação;
− Devem evitar-se trabalhadores isolados, sendo as equipas de trabalho constituídas no mínimo por 2
trabalhadores;
− Caminhos e sinalização adequada de acesso a todas as frentes de trabalho para evacuação de
sinistrados em caso de acidente de trabalho, e de todo o pessoal da intervenção, em caso de
ocorrência de catástrofe (por exemplo, incêndio, explosão, inundação).
Os documentos preparados no âmbito do Plano de Emergência e Evacuação serão arquivados no
anexo 20.

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4.7 - PLANO DE ACESSO E SINALIZAÇÃO TEMPORÁRIA
Nas intervenções de conservação / manutenção do produto construído, o acesso com ou sem
permanência prolongada dos trabalhadores a partes ou elementos da obra pode e deve exigir cuidados
especiais de segurança que importa identificar, determinando-se as respectivas medidas de prevenção.
Tratando-se de intervenções na via pública (por ex. para reparação e/ou substituição de
tubagens) mantendo a circulação rodoviária, será elaborado um adequado Plano de Sinalização
Temporária com base no Decreto Regulamentar nº 22-A/98 de 1 de Outubro (Regulamento de
Sinalização do Trânsito).

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