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New York Times

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Receosas com a China, f�bricas miram o Camboja

Por KEITH BRADSHER

PHNOM PENH, Camboja - A Tiffany & Co. est� discretamente erguendo uma oficina de lapida��o de diamantes no Camboja. Alguns dos maiores fabricantes japoneses est�o se apressando em estabelecer opera��es em Phnom Penh para produzir fia��es automotivas, telas sens�veis a toque e pe�as para celulares. As empresas europeias n�o ficaram para tr�s, fabricando sapatilhas de bal� e capas de microfibra para �culos de sol.

Empresas estrangeiras est�o migrando para o Camboja por um simples motivo: elas querem ser menos dependentes de f�bricas na China.

Os problemas est�o se multiplicando rapidamente para investidores estrangeiros na China. Os sal�rios dos oper�rios quadruplicaram na �ltima d�cada de boom industrial e h� cada vez menos jovens interessados nesses empregos. Desde o ano passado, a for�a de trabalho come�ou a encolher por causa da pol�tica do filho �nico e do envelhecimento populacional.

"A cada par de dias, recebo telefonemas de industriais que desejam transferir seus neg�cios da China para c�", disse Bradley Gordon, advogado americano em Phnom Penh. Desde 2011, o investimento estrangeiro direto no Camboja cresceu 70%.

Embora os sal�rios e benef�cios dos cambojanos continuem com frequ�ncia abaixo dos n�veis necess�rios para garantir moradia e dietas equilibradas, os investimentos industriais est�o come�ando a tirar milh�es da mis�ria.

A remunera��o mensal m�dia para trabalhadores industriais cresceu at� 65% nos �ltimos cinco anos no Camboja, s� que a partir de uma base t�o baixa que os oper�rios locais continuam entre os mais pobres da �sia.

No ano passado, os investimentos estrangeiros na China ca�ram 3,5%. Mesmo assim, ficaram em US$ 119,7 bilh�es, ainda bem acima de qualquer outro pa�s. Para efeito de compara��o, os investimentos no Camboja chegaram a US$ 1,5 bilh�o. Os investimentos estrangeiros tiveram um salto no ano passado tamb�m no Vietn�, na Tail�ndia, em Mianmar e nas Filipinas.

"As pessoas n�o est�o procurando estrat�gias para sair da China, est�o buscando estabelecer opera��es paralelas para proteger suas apostas", disse Bretton Sciaroni, outro advogado americano que trabalha no Camboja. Entre os fabricantes japoneses, a Sumitomo faz fia��es automobil�sticas, a Minebea monta pe�as para celulares e a Denso est� prestes a iniciar a produ��o de componentes para igni��es de motos.

Na Zona Econ�mica Especial de Phnom Penh, na regi�o central do Camboja, a Minebea est� construindo um moderno alojamento para at� 2.000 oper�rios. A Laurelton Diamonds, subsidi�ria da Tiffany, iniciou as obras para uma f�brica de 8.800 metros quadrados.

O n�vel de emprego na Zona Econ�mica vai duplicar neste ano, chegando a 20 mil oper�rios, e a expectativa � de que duplique outra vez dentro de alguns anos, segundo Hiroshi Uematsu, diretor-gerente do polo.

Tatiana Olchanetzky, que presta consultoria a fabricantes de bolsas e malas, disse ter analisado os custos da transfer�ncia de opera��es da China para as Filipinas, o Camboja, o Vietn� e a Indon�sia. Ela concluiu que a economia seria pequena, porque a China produz a maior parte dos materiais necess�rios e eles precisariam ser embarcados para outro pa�s caso a montagem fosse transferida.

Mas algumas f�bricas se mudaram mesmo assim, a pedido de compradores ocidentais. Embora se mudar para um novo pa�s com uma cadeia de fornecimento n�o testada fosse um risco, disse Olchanetzky, "eles acham que h� tamb�m um risco em permanecer na China".


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