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Rejeição de 64% faz PJ "enterrar" eleição antecipada
DE BUENOS AIRES
O presidente Eduardo Duhalde conseguiu contornar, ao
menos temporariamente, a
pior crise política de sua gestão.
No sábado, em reunião da qual
participaram governadores e
parlamentares de seu partido
(o PJ, peronista), da UCR
(União Cívica Radical) e da
Frepaso, ele recebeu sinais de
apoio para continuar no cargo
até o final do mandato.
Mesmo a ala dissidente do
peronismo, que articulava a
antecipação das eleições presidenciais para setembro caso o
governo não mostrasse resultados concretos em 90 dias, deu
respaldo ao presidente.
A pressão por eleições diminuiu, segundo o jornal "Clarín", após os peronistas terem
acesso a uma pesquisa que
mostra que 64% dos argentinos não votariam em um candidato do partido.
"Os 14 pontos da carta de intenções que firmamos [com
Duhalde] não são para 90 dias,
são para até 10 de dezembro de
2003", disse o governador radical Pablo Verani (Rio Negro),
arrancando aplausos.
Minutos antes, o novo ministro da Economia, Roberto Lavagna, havia feito um discurso
que agradou aos governadores.
"As Províncias não são os vilões deste filme. São responsáveis por apenas um terço do
déficit. O restante corresponde
ao governo federal."
Diante do apoio da maioria a
Duhalde, o governador José
Manuel de la Sota (Córdoba),
apontado como articulador da
antecipação das eleições, teria
ficado quieto durante a reunião, segundo o jornal "La Nación". Na reunião, ficou acertado que o Congresso aprovará
medidas que permitam o fechamento de um acordo com o
FMI nos próximos dias.
(JS)
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