DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

DA REPORTAGEM LOCAL

A manutenção em um radar do Cindacta (Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo), em Brasília, -que começou no último dia 23 e, desde então, vem atrasando vôos que saem de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Distrito Federal nos horários de pico- causou ontem de manhã uma demora de mais de duas horas na decolagem de um avião da Varig que saía do aeroporto de Congonhas (SP) com destino ao aeroporto da Pampulha (MG).
Passageiros chegaram a abandonar a aeronave por causa do atraso, alegando já ter perdido compromissos profissionais em Belo Horizonte. O vôo deveria ter partido às 8h, mas acabou decolando só por volta das 11h.
Uma advogada que não quis mais viajar -e preferiu não se identificar- disse que deverá processar a Varig porque o piloto não queria, a princípio, deixar os desistentes saírem do avião.
Segundo o Cindacta, a manutenção no radar foi encerrada ontem. De acordo com o centro, foram trocadas peças que sustentam o radar no chão, os rolamentos da base. A Aeronáutica também aproveitou para verificar o sistema eletrônico do radar.
Enquanto o aparelho ficou fora de funcionamento, as torres de controle organizavam pousos e decolagens com maior distância entre os aviões, para evitar colisões. Esse tipo de trabalho deve ser feito a cada nove anos ou 80 mil horas de uso da máquina.
A Infraero em Congonhas informou que, fora o vôo da Varig, nenhum outro vôo atrasou mais do que 20 minutos ontem. Os vôos originados ou que partem de escala em Brasília teriam sido os mais prejudicados porque o aeroporto da capital federal tem só uma pista, o que aumenta a "fila de espera" para a decolagem.


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