S�o Paulo, ter�a-feira, 15 de fevereiro de 1994
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Elucidativos e assustadores; Patrulhamento petista; Como ser calhorda; Instituto Ulysses; Qu�rcia; S�rgio Macaco; Aritm�tica eleitoral; Campanha da camisinha; O amigo da bola; Voto obrigat�rio; Obras de Maluf; Aplauso radical

Elucidativos e assustadores
"Hist�ricos, elucidativos e assustadores dois artigos da edi��o de 14/02. Falo dos de Josias de Souza e Florestan Fernandes. Pena que t�o-somente os leitores da Folha (que felizmente n�o s�o poucos) tenham acesso �s advert�ncias dos articulistas. Parab�ns, Florestan e Josias. Voc�s s�o brasileiros que procuram prestar um servi�o essencial ao pa�s e ao seu povo."
Marco Ant�nio P�rez Alves (S�o Paulo, SP)

Patrulhamento petista
"Desejo manifestar meu apoio ao esclarecimento da ombudsman Junia Nogueira de S� sob o t�tulo de 'O direito de ter opini�o' (30/01), no qual narra a rea��o irada dos eleitores do Lula pelo fato de Carlos Heitor Cony ter criticado o que eu chamaria de complexo 'CUT-PT' e lembrado que Hitler assumiu o poder via elei��es. Os eleitores de Lula confirmaram o jornalista que eles criticaram. A intoler�ncia � a marca dessas manifesta��es, e a caracter�stica � o �dio para quem n�o reza pela 'cartilha'. Democracia � respeitar o direito alheio de ter autonomia de consci�ncia e de manifest�-la sem patrulhamento ideol�gico."
Jos� Carlos Gra�a Wagner, advogado tributarista (S�o Paulo, SP)

Como ser calhorda
"Considero oportun�ssima o artigo de Gilberto Dimenstein ('Como ser calhorda', 12/02), na condi��o de mulher e preocupada com o rumo da nossa democracia. A luta pol�tica deve ater-se � compet�ncia, � ideologia e a princ�pios morais verdadeiros. N�o sejamos hip�critas. Numa sociedade em que o homem engravida uma 'mocinha' e simplesmente desaparece, exime-se de qualquer responsabilidade e n�o reconhece a paternidade, a conduta de Lula pode ser considerada um exemplo de 'bom-caratismo'. Quantos se oferecem para pagar um aborto? Quantos reconhecem a filha e continuam a manter la�os de paternidade? Ora, dona Miriam Cordeiro, assuma sua posi��o de cidad� e esque�a suas dores de cotovelo. Afinal, a senhora n�o ser� a �ltima mal-amada do Brasil! Dinheiro n�o � a coisa mais importante deste mundo!"
Daisy Costa Leininger, professora da Universidade de Bras�lia (Bras�lia, DF)

Instituto Ulysses
"Como coordenador do Instituto Ulysses Guimar�es de Estudos Pol�ticos e Sociais, tomo a liberdade de fazer um acr�scimo � nota da se��o Painel de 12/02, que anunciou o nascimento desta entidade. Estamos empenhados em fazer de nossa institui��o -por princ�pio suprapartid�ria- um centro de reflex�es e atividades norteadas pelos mesmos padr�es �ticos que definiram a carreira pol�tica de nosso patrono."
Herbert J. Nogueira, coordenador do Instituto Ulysses Guimar�es de Estudos Pol�ticos e Sociais (S�o Paulo, SP)

Qu�rcia
"O destempero verbal de Orestes Qu�rcia � algo deprimente, incompat�vel a qualquer cidad�o comum, que dir� a um homem p�blico."
Ren� Marcio Ruschel (Umuarama, PR)

S�rgio Macaco
"Li na coluna de Joyce Pascowitch que foi grande a depress�o sentida pelo presidente Itamar Franco 'desde que soube da morte do capit�o S�rgio 'Macaco'. Foi pouco. O capit�o S�rgio Ribeiro Miranda de Carvalho, um her�i do nosso tempo, merecia tratamento melhor. A Constitui��o tamb�m. Um dos poderes da Rep�blica, em sua �ltima inst�ncia, decidiu que o capit�o, j� agonizante, deveria ser promovido a brigadeiro. O dr. Itamar, descrito pelos �ulicos como homem af�vel e democrata, andou e andou para a decis�o."
Nicodemus Pessoa (S�o Paulo, SP)

Aritm�tica eleitoral
"Um partido grande pode eleger parlamentares at� com zero voto favorecido pelos votos em branco. Para tanto, consideremos dois partidos concorrentes, A e B, obtendo o partido A 30.000 votos e o partido B 9.999 sufr�gios, sendo 10.001 os votos em branco. Para um total de 5 cadeiras a serem preenchidas e quociente eleitoral de 10.000 votos, conclui-se, levando em considera��o a absurda disposi��o do par�grafo 2� do artigo 109 do C�digo Eleitoral, que o partido A ficar� com todas as 5 vagas disputadas, posto que ter� 3 vagas pela direta divis�o aritm�tica (quociente partid�rio) e 2 vagas pelo resto de 0 voto, em detrimento dos 9.999 sufr�gios do partido B."
Agostinho Linhares de Souza (Bel�m, PA)

Inimigos p�blicos e not�rios
"Bravo, jornalista Luis Nassif. Pior que viver num pa�s de 500 'Marias Antonietas' para um 'Luiz 16', � ter um povo que n�o sabe se organizar contra o seu verdadeiro inimigo."
Armando Luiz de Paula Leite (S�o Paulo, SP)

Campanha da camisinha
"N�o posso deixar de registrar minha indigna��o pelo pronunciamento do arcebispo d. Eug�nio Salles. No momento em que existe mobiliza��o internacional na preven��o da Aids e sabendo-se que a camisinha � efetivamente um meio de preven��o desta terr�vel doen�a, n�o podemos ignorar a campanha que incentiva o uso de camisinhas nas rela��es sexuais, principalmente nesta �poca de Carnaval."
Jacy Mauro Fattori Junior (Mairinque, SP)

"Oportuno o artigo 'A camisinha e a injusti�a' de Gilberto Dimenstein (13/02), sobre declara��o de d. Eug�nio Salles. Eu n�o ouviria conselhos sobre como saltar de um avi�o com p�ra-quedas proferidos por algu�m que nunca praticou p�ra-quedismo."
Em�lio Cid (S�o Vicente, SP)

O amigo da bola
"A Copa ser� outra se Maradona jogar. N�o, ele n�o precisa repetir a atua��o de 1986. S� basta ele estar em campo, abrilhantando a festa com sua majestade e deixando a bola mais tranquila, pois ser� muito bem tratada."
Rog�rio Bernardi Elias (S�o Paulo, SP)

Voto obrigat�rio
"Quero fornecer um argumento em favor da obrigatoriedade do voto. Meu argumento � similar ao de Renato Janine Ribeiro, mas com conclus�es mais radicais. O que est� em jogo � a pr�pria condi��o de conting�ncia da democracia, ou seja, os limites que inviabilizam sua necessidade. Pode-se estender a liberdade na democracia at� o ponto de institucionalizar o voto como contingente, ou seja, de incluir a liberdade de n�o votar, de n�o se responsabilizar? Se a democracia, enquanto sistema coerente ou valor em si, n�o pode institucionalizar a possibilidade de sua destrui��o e se o voto contingente torna poss�vel a inexist�ncia da democracia, ent�o o voto obrigat�rio � necess�rio. Ora, a conting�ncia do voto torna poss�vel a inexist�ncia da democracia: que todos desistam da responsabilidade do corpo social -a elimina��o da sociedade e, consequentemente, da democracia- ou que uns assumam a responsabilidade dos outros em benef�cio de uma liberdade ilimitada, fascista."
Paulo A. G. de Souza, antrop�logo (Bras�lia, DF)

Obras de Maluf
"Mais uma vez a administra��o municipal insiste no rasgamento de uma avenida no cora��o dos bairros de Pinheiros e Vila Ol�mpia com a justificativa falha e v� de dar vaz�o a mais ve�culos. Ironicamente, o nome desta avenida � o do prefeito Faria Lima, que corajosamente implantou o Metr�, o �nico meio de resolver o transporte urbano. At� quando marcharemos contra o tempo e o bom senso!"
Francisco Di Giorgi (S�o Paulo, SP)

"Na gest�o Erundina, os estragos das chuvas de ver�o eram pretexto para dil�vios de cr�ticas � sua administra��o. Hoje, n�o se sabe por que cargas d'�gua tais cr�ticas n�o v�m � tona. Nem precisaria: as cataratas da Juscelino -mais uma obra de Maluf- s�o o retrato de sua administra��o."
Marcelo Seraphim (S�o Paulo, SP)

Aplauso radical
"Para os ricos, aplaudir o Betinho e a campanha contra a fome � muito f�cil. Eu quero ver � eles aplaudirem um programa s�rio de desconcentra��o da renda que mexa nos seus ganhos."
Euclides Rossinholi (Ourinhos, SP)

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