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Lesão no menisco tira Djokovic de Roland Garros e do topo do ranking

Sérvio sofreu lesão durante vitória nas oitavas de final; italiano Jannik Sinner é novo número 1

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Paris

Uma ressonância magnética feita na manhã desta terça-feira (4) encerrou a participação do sérvio Novak Djokovic no Aberto da França de tênis, e ao mesmo tempo tirou dele o posto de líder do ranking mundial.

O exame constatou uma lesão do menisco medial do joelho direito, sofrida durante a vitória sobre o argentino Francisco Cerúndolo, em cinco sets, na véspera, pelas oitavas de final do torneio. Até a tarde desta terça, não se sabia se Djokovic precisará de cirurgia.

Está em risco sua participação nos Jogos Olímpicos de Paris. A disputa do tênis ocorrerá no próprio complexo de Roland Garros, que recebe o Aberto da França, e terá início em 27 de julho.

Sérvio Novak Djokovic demonstra dor durante partida contra o argentino Francisco Cerundolo; lesionado, tenista perderá o primeiro lugar no ranking - Bertrand Guay - 3.jun.24/AFP

O novo número 1 é o italiano Jannik Sinner, de 22 anos, que em janeiro conquistou seu primeiro torneio do Grand Slam, o Aberto da Austrália. Sinner é o primeiro italiano e o 29º homem a liderar desde a criação da lista da ATP, a associação de tenistas profissionais, em 1973.

"Dizer o quê? Ser o número 1 é o sonho de todo jogador. Desejo a Novak uma pronta recuperação", disse o italiano.

Djokovic era líder havia 39 semanas, desde setembro do ano passado, quando recuperou a posição do espanhol Carlos Alcaraz. Ao todo, o sérvio acumula 428 semanas no topo, um recorde histórico.

Com a classificação para a semifinal de Roland Garros, Sinner garantiu pelo menos 9.525 pontos no ranking, que leva em conta os resultados das últimas 52 semanas. Djokovic, por sua vez, ao desistir, perde 1.600 pontos, e deve figurar na lista da semana que vem com 8.360 pontos.

Com o abandono de Djokovic, o norueguês Casper Ruud avançou automaticamente para a semifinal.

Djokovic terminou o jogo contra Cerúndolo sob efeito de analgésicos. Esteve a dois games da derrota, mas o medicamento começou a fazer efeito e, sentindo menos dores, o sérvio virou a partida.

Na entrevista após o jogo, o sérvio, três vezes campeão de Roland Garros (2016, 2021 e 2023), chegou a admitir que não sabia se, passado o efeito dos comprimidos, teria condição de continuar no torneio. O treinador francês Patrick Mouratoglou revelou que viu Djokovic no vestiário e que o sérvio mal podia caminhar após a vitória sobre Cerúndolo.

"Joguei com meu coração e dei tudo de mim no jogo de ontem. Infelizmente, eu e minha equipe tivemos que tomar uma decisão difícil, depois de cuidadosa análise e consultas", publicou Djokovic nas redes sociais.

Com a saída de Djokovic, pela primeira vez desde 2004 Roland Garros não terá nenhum dos "big three" (ele mesmo, o espanhol Rafael Nadal e o suíço Roger Federer) nas semifinais. No ocaso da carreira, Nadal foi eliminado na primeira rodada, enquanto Federer pendurou as raquetes em 2022.

Na chave feminina, a polonesa Iga Swiatek, número 1 do ranking e atual campeã de Roland Garros, segue atropelando as adversárias. Passou à semifinal com inapeláveis 6/0 e 6/2 sobre a tcheca Markéta Vondrousová.

Na rodada anterior, a polonesa tinha eliminado a russa Anastasia Potapova, número 41 do ranking, com 6/0 e 6/0, o que no jargão do tênis é apelidado de "bicicleta" (alusão aos dois zeros, que seriam os "pneus").

Sexta melhor do mundo e campeã de Wimbledon no ano passado, Vondrousová disse que Iga é imbatível no saibro atualmente: "Ela pressiona em cada ponto, enlouquece você."

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