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Paris e Washington se mostram favoráveis ao uso pela Ucrânia de ativos russos congelados

O presidente norte-americano, Joe Biden, se reuniu neste sábado (8) com o líder francês, Emmanuel Macron, após as comemorações dos 80 anos do desembarque dos aliados na costa da França, durante a Segunda Guerra Mundial. Os dois chefes de Estados se mostraram alinhados sobre a estratégia para tentar conter a guerra na Ucrânia, inclusive com a possibilidade para Kiev de utilizar os lucros de ativos russos congelados.

Joe Biden e Emmanuel Macron fizeram declaração conjunta depois de reunião bilateral em Paris, na qual a guerra na Ucrânia esteve no centros das discussões.
Joe Biden e Emmanuel Macron fizeram declaração conjunta depois de reunião bilateral em Paris, na qual a guerra na Ucrânia esteve no centros das discussões. via REUTERS - Michel Euler
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Em uma declaração conjunta à imprensa após uma reunião de trabalho, Joe Biden e Emmanuel Macron disseram que apoiam as iniciativas da União Europeia e do G7 para permitir que a Ucrânia use os lucros dos ativos soberanos russos congelados.

Biden reiterou o valor da aliança com a Europa e ressaltou que seu governo defende a continuidade do apoio à Ucrânia, que enfrenta dificuldades no front após mais de dois anos de guerra. "Putin não vai parar na Ucrânia (...) toda a Europa estará ameaçada, não vamos deixar que isto aconteça", disse o chefe da Casa Branca após a reunião bilateral com o líder francês.

Macron agradeceu a Biden, "o presidente da principal potência mundial", por agir "com a lealdade de um parceiro que ama e respeita os europeus".

A declaração do francês é uma alfinetada a Donald Trump. O ex-presidente americano ameaça regularmente parar de ajudar a proteger os europeus da Rússia. O republicado causou preocupação ao dizer que, se os europeus não aumentarem sua contribuição financeira para a Otan, "incentivaria" Moscou fazer o que quisesse com os membros da aliança militar que estivessem com os pagamentos atrasados.

Guerra na Ucrânia no centro da agenda

A visita de Estado de Biden à França começou neste sábado com uma cerimônia ao lado de Macron no Arco do Triunfo, onde depositaram uma coroa de flores no monumento do Soldado Desconhecido. Depois os líderes percorreram a avenida Champs-Elysées, escoltados por 140 cavalos e 38 motociclistas. Macron recebeu então o chefe da Casa Branca no Palácio do Eliseu para uma reunião, seguida de um almoço de trabalho e um jantar de gala.

A guerra na Ucrânia esteve no centro da agenda, assim como durante toda a comemoração do "Dia D", para a qual Putin não foi convidado, ao contrário do que aconteceu há 10 anos. Tanto Biden quanto Macron se reuniram com o presidente ucraniano Volodimir Zelensky em Paris na sexta-feira e prometeram manter o apoio a Kiev.

No sábado, o chefe da Casa Branca anunciou mais US$ 225 milhões em ajuda à Ucrânia.

Oriente Médio e corrida pela Casa Branca

Os dois lideres também falaram sobre a situação no Oriente Médio e prometeram redobrar seus esforços para evitar que as tensões se intensifiquem entre Israel e o Hamas em Gaza. Os presidentes também saudaram a libertação, pelas forças israelenses, de quatro reféns mantidos pelo Hamas. 

O presidente americano é um firme aliado de Israel, que lançou uma grande ofensiva contra o Hamas após o ataque da organização palestina contra o país em 7 de outubro. No entanto, as dezenas de milhares de mortes de palestinos afastaram Biden de parte de seu eleitorado.

(Com agências)

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