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Biden faz paralelo entre agressão nazista e invasão de Putin; EUA liberam mais US$ 225 mi para Ucrânia

O presidente dos EUA, Joe Biden, anunciou mais US$ 225 milhões em ajuda à Ucrânia durante uma reunião em Paris com Volodymyr Zelensky, a quem prometeu: “Os Estados Unidos estarão sempre com você”. O chefe da Casa Branca declarou também nesta sexta-feira (7) que se nega a acreditar que "a grandeza dos Estados Unidos pertence ao passado", num ataque a Donald Trump, durante um discurso por ocasião do 80º aniversário do Desembarque na Normandia.

O presidente dos EUA, Joe Biden, em La pointe du Hoc, 7 de junho de 2024.
O presidente dos EUA, Joe Biden, em La pointe du Hoc, 7 de junho de 2024. © Evan Vucci / AP
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Antes de sua visita de Estado a Paris no sábado, Joe Biden fez um último discurso na Normandia, onde esteve presente nas cerimônias de aniversário do Dia D, em 1944. Esta tarde, o presidente dos EUA discursou na Pointe du Hoc, um local mítico onde ocorreu um dos ataques mais ousados do desembarque dos aliados.

Foi uma oportunidade para o presidente norte-americano prestar homenagem aos Rangers que se lançaram sobre os penhascos em 6 de junho de 1944, mas também para traçar um paralelo com os eventos atuais e o retorno da guerra à Europa.

Caminhando um pouco hesitante até o púlpito em frente ao imponente local no topo dos penhascos da Normandia, Joe Biden não se conteve. Como havia feito durante as cerimônias dos últimos dias, ele traçou um paralelo entre a invasão nazista de ontem e a invasão de Vladimir Putin na Ucrânia de hoje.

"Em ambos os casos, os Estados Unidos estarão lá", disse o presidente norte-americano àqueles na Europa que duvidavam do compromisso dos Estados Unidos com a defesa da liberdade e da democracia.

Mais ajuda para a Ucrânia

Biden anunciou também nesta sexta-feira mais US$ 225 milhões em ajuda suplementar à Ucrânia durante uma reunião em Paris com Volodymyr Zelensky, a quem prometeu: “Os Estados Unidos estarão sempre com você”.

Por sua vez, o presidente ucraniano agradeceu ao seu colega pelo “tremendo apoio” de Washington, acrescentando: “Estamos contando com o seu incentivo”.

"Vocês não cederam. Vocês não cederam de jeito nenhum", disse Joe Biden, oferecendo suas ‘desculpas’ pelos meses de negociação que precederam a adoção pelo Congresso dos EUA de um pacote de apoio à Ucrânia.

O democrata, depois de ter se recusado por muito tempo a fazê-lo, decidiu recentemente autorizar a Ucrânia a usar armas norte-americanas para atacar o solo russo na região de Kharkiv, mas pediu que esses ataques permanecessem localizados.

De acordo com um comunicado de imprensa do Pentágono, a nova assistência financeira dos EUA anunciada nesta sexta-feira incluirá mísseis para defesa antiaérea, munição para o sistema de lançadores de foguetes Himars, projéteis de artilharia, mísseis de artilharia e granadas.

Os Estados Unidos são o principal apoio militar da Ucrânia face à invasão russa.

O país fez uma série de anúncios de ajuda desde que o Congresso dos EUA votou, no final de abril, em um novo pacote de US$ 61 bilhões de contribuição militar e econômica para a Ucrânia, após negociações muito difíceis.

Joe Biden visitará o Palácio do Eliseu

Biden disse não ao isolacionismo em seu discurso na Normandia, exatamente o que o republicano Donald Trump está defendendo ao ameaçar deixar a OTAN. Foi uma manobra inteligente do atual presidente norte-americano, mas ainda não se sabe se ela repercutiu no outro lado do Atlântico. Biden permanece na França para uma visita de Estado programada para o sábado (8).

No Palácio do Eliseu, fala-se sobre os laços transatlânticos que Joe Biden pretende perpetuar e até mesmo fortalecer com o bloco, bem como sobre o apoio à Ucrânia. Os europeus, incluindo os franceses, a veem mais do que nunca como uma garantia de sua própria segurança.

(RFI e AFP)

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