Após condenações em caso Stormy Daniels, Trump diz que entrará com recurso e denuncia “farsa”

Após seis semanas de deliberações no tribunal criminal de Manhattan, o júri considerou o magnata culpado de 34 acusações de falsificação de contas para pagamentos no final de 2016 à atriz Stormy Daniels, para que ela mantivesse o silêncio sobre uma relação sexual ocorrida em 2006.

"O verdadeiro veredito será anunciado no 5 de novembro, pelo povo americano", disse Trump nesta quinta-feira (30), em referência às eleições presidenciais de novembro. "Sou um preso político", declarou, pedindo “doações” após a decisão judicial. O ex-presidente arrecadou US$ 34,8 milhões em poucas horas, de acordo com os responsáveis pela sua campanha, "quase o dobro do maior dia já registrado" na plataforma que recolhe as doações.  

O presidente americano, Joe Biden, reagiu à condenação nesta sexta-feira (31), em uma mensagem publicada na rede X. "Donald Trump ameaça a nossa democracia. Primeiro, ele questionou o nosso sistema eleitoral. Em seguida, nosso sistema judicial. Agora, vocês podem detê-lo", escreveu Biden.

Donald Trump está "confuso, desesperado e derrotado", disse um porta-voz da campanha de Biden nesta sexta-feira. "Qualquer um que tenha assistido ao seu discurso na televisão tira uma conclusão óbvia: esse homem não pode ser presidente dos Estados Unidos. (...) Trump está sendo consumido por sua sede de vingança", disse Michael Tyler em um comunicado.

Apoio no exterior

Vários líderes estrangeiros demonstraram apoio a Donald Trump. Entre eles, o vice-primeiro-ministro italiano de extrema direita Matteo Salvini, que denunciou um "assédio judicial" e um "julgamento político". O governo russo, por meio do porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, denunciou a "eliminação de opositores políticos" nos Estados Unidos.

Embora o veredito de Trump seja histórico, isso não o impede de concorrer à presidência e o impacto da decisão na eleição continua difícil de prever, mas essa situação pode beneficiar Joe Biden.

A sentença de Trump cairá em 11 de julho, coincidindo com uma cúpula da Otan em Washington. Esta também será uma oportunidade para Biden marcar sua presença no cenário internacional.

Com informações da AFP