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Por Inaldo Cristoni, para o Valor

Em operação há 47 anos e com um portfólio de soluções voltadas às áreas de segurança, energia e comunicação, a Intelbras está otimista em relação ao cenário econômico. A expectativa é que as reformas econômicas em curso e a esperada trajetória de queda da taxa básica de juros possam criar um ambiente mais favorável aos negócios, atrair investimentos e impulsionar o crescimento da economia. A avaliação também é a de reunir melhores condições para o enfrentamento dos desafios inerentes ao setor de eletroeletrônicos, no qual a empresa atua.

As reformas que estão sendo encaminhadas têm o potencial de dar estabilidade ao país, avalia Altair Silvestri, CEO da Intelbras. “Se bem implementadas, podem trazer benefícios significativos para a economia, estimular o empreendedorismo e a geração de empregos, que é algo essencial para nós, que temos um compromisso com o desenvolvimento da sociedade como um todo”, ressalta o executivo.

Os indicadores do setor eletroeletrônico no exercício 2022 não foram muito bons, segundo a Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee). O faturamento de R$ 220,4 bilhões representou um crescimento nominal de 4% em relação ao montante apurado em 2021, mas, descontada a inflação, houve queda de 2% na receita do setor. Segundo a entidade, a produção física caiu 4%, na comparação entre os dois períodos, e o déficit da balança comercial, que atingiu o patamar de US$ 39,3 bilhões, foi 14% superior ao registrado em 2021.

Os segmentos que apresentaram desempenho negativo foram os de informática, dispositivos móveis (celulares) e utilidades domésticas. No plano doméstico, o cenário de incerteza política e econômica em um ano eleitoral contribuiu para os resultados ruins. As vendas de celulares e computadores, por exemplo, foram menores por causa da demanda acima da média registrada entre 2020 e 2021, que foi impulsionada pelo home office e pelo ensino a distância, segundo a Abinee. Por outro lado, o setor foi impactado por fatores externos, como a dificuldade na aquisição de semicondutores, em consequência do conflito bélico entre a Rússia e a Ucrânia e de lockdowns na China.

Apesar dos problemas enfrentados pelo setor de eletroeletrônicos, a Intelbras conseguiu auferir bons resultados na operação. “O ano demandou de toda a administração ações rápidas e decisões importantes para que os resultados fossem atingidos”, conta Silvestri. “A relação com nossos parceiros de negócios, nossos distribuidores e nossos revendedores autorizados nos permitiu fortalecer ainda mais nossa presença no mercado”, destaca o executivo.

Altair Silvestri, CEO da Intelbras: reforço de parcerias para assegurar mercado — Foto: Divulgação
Altair Silvestri, CEO da Intelbras: reforço de parcerias para assegurar mercado — Foto: Divulgação

Ao divulgar os números relativos aos últimos meses, o maior trimestre do ano em termos de receita líquida, a Intelbras reportou que os segmentos de segurança e energia entregaram o crescimento esperado de receita para o período. “Já a área de comunicação retornou seus negócios ao patamar esperado para o ano após o reconhecimento de receitas extraordinárias com a venda dos conversores da banda KU [frequência usada para transmissão de internet via satélite]”, informa a companhia.

A empresa encerrou o exercício passado com receita líquida de R$ 4,23 bilhões, margem Ebitda (sigla em inglês de lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) de 12,6% sobre a receita líquida e variação média de 23,1% da receita líquida nos últimos cinco anos.

Como parte de uma estratégia para reforçar o seu posicionamento em mercados com grande potencial de crescimento, a Intelbras anunciou novas soluções no ano passado. Para energia solar fotovoltaica, por exemplo, há ofertas disponíveis para aplicação on-grid, que combinam geração de energia conectada à rede local e armazenamento de energia em baterias (para utilização à noite ou em eventuais falhas na rede). No setor off-grid (que não é conectado à rede e funciona de modo autônomo), a novidade ficou por conta de uma linha de iluminação solar, com arandelas e luminárias potentes, que são integradas com painel solar, bateria e sensor de movimento.

Ainda na seara de energia, a Intelbras desenvolveu uma linha de produtos voltados para mobilidade elétrica, composta por carregadores elétricos de diferentes potências e design – desde portáteis, focados em proprietários de veículos elétricos, até mesmo modelos que estarão presentes nas garagens de estacionamentos particulares, empresas de frotas veiculares e postos de recarga públicos. A companhia está de olho em um mercado que, no Brasil, pode chegar a uma frota de dois milhões de veículos eletrificados em 2030, informa a empresa, com base em projeção da consultoria Boston Consulting Group (BCG).

Em segurança eletrônica e controle de acesso a condomínios residenciais e ambientes corporativos, a Intelbras apresentou soluções desenvolvidas com base na tecnologia de inteligência artificial. Por meio do software Denfense IA, é possível gerenciar de forma unificada câmeras inteligentes, gravadores e controladores de acesso com reconhecimento facial. O portfólio da empresa foi ampliado com uma linha baseada em internet das coisas (IoT, na sigla em inglês) para aplicação em casas inteligentes.

Dois lançamentos se destacaram na área de comunicação. Um deles combina serviço de telefonia em nuvem (que gerencia ligações e ramais usando a internet) e chatbot (que garante o atendimento ao cliente de forma personalizada). O outro é um roteador de rede wi-fi 6 Mesh para aplicação em residências e escritórios. De acordo com a Intelbras, o roteador fornece conectividade de alta qualidade, velocidade e baixa latência – semelhante à fibra óptica –, sem a necessidade de cabeamento e instalação na última milha.

Os desafios que marcaram a trajetória da Intelbras no decorrer do exercício passado se fazem presentes em 2023. E para superá-los, a estratégia adotada foi a de ampliar a estrutura operacional. Instalada no município catarinense de São José, onde funcionam a matriz e uma filial, a empresa tem unidades ativas em Manaus (AM), Santa Rita do Sapucaí (MG) e Jaboatão dos Guararapes (PE). Uma sexta planta industrial foi inaugurada em maio na cidade de Tubarão (SC), dedicada à produção de cabos de rede e de cabos de fibra óptica.

Resultado de um investimento de R$ 60 milhões, a nova fábrica começou a operar de fato em dezembro do ano passado. Com essa operação, a Intelbras tem como objetivo aumentar a sua presença no mercado nacional de redes e de cabos de fibra óptica – a estimativa é que o Brasil consome anualmente mais de 1,5 milhão de quilômetros de cabo de fibra óptica e mais de um milhão de caixas de cabos de rede. O principal destaque da produção na nova unidade é a fibra óptica, que já corresponde a 66% da banda larga fixa no Brasil, diz a empresa citando dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

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