Fundos de Investimento
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Por — De São Paulo


Na hora de escolher um fundo, é recomendável observar não apenas o desempenho mais recente do produto: é essencial verificar, ao lado de taxas de administração e de adequação ao perfil do investidor, também o histórico em um prazo mais longo.

A cada edição, os destaques do “Guia Valor de Fundos de Investimento” são elencados de acordo com o desempenho num período de três anos, mas é possível fazer também uma análise das performances desde meados de 2016, quando começou o primeiro período de base dos levantamentos. Estão incluídos neste recorte os fundos que, em suas respectivas categorias, mais frequentemente estiveram nos rankings dos melhores. São os fundos “resistentes”.

Segundo o economista e coordenador do Guia, Marcelo d'Agosto, fazem parte desse grupo os 10% de fundos que mais frequentemente foram destaque - considerando, a depender da categoria, o critério de rentabilidade ou de retorno ponderado pelo risco. Esse levantamento inclui 13 períodos de 36 meses, relativos aos rankings publicados desde a primeira edição deste guia, em 2018. Os resistentes somam 80 fundos, de cerca de 50 gestoras, entre independentes e vinculadas a grandes instituições financeiras. Os fundos estão distribuídos em 15 categorias (veja na tabela abaixo).

Os desempenhos desses fundos foram avaliados, portanto, desde meados de 2016, o que significa que enfrentaram um cenário macroeconômico extremamente desafiador. No Brasil, houve o impeachment da presidente Dilma Rousseff, passando por polarização política a partir de 2018, mudança de governo, virada na tendência de baixa da taxa básica de juros e crise de crédito de empresas. No exterior, a volatilidade foi agravada pela eleição de Donald Trump, a guerra comercial entre Estados Unidos e China, inflação global e indefinição em relação à taxa de juros americana. Tudo em meio à pandemia e seus efeitos negativos sobre as cadeias de abastecimento.

Como observa o professor de economia do Ibmec São Paulo Rogério Paulucci Mauad, a presença frequente de alguns fundos entre os mais bem posicionados sinaliza a consistência desses produtos, que não apresentam bons resultados apenas por uma circunstância específica, como o gestor acertar um movimento de mercado em determinado momento.

“A consistência tende a refletir uma tese de investimento bem montada, que ajuda os gestores a comprar os ativos mais adequados para aquele portfólio”, afirma. Nesse sentido, a boa performance recorrente também deixa os investidores menos inclinados a resgatar os recursos - o que, num sentido oposto, acontece quando um fundo começa a performar mal por vários períodos consecutivos.

Mauad lembra, ainda, que os investidores estão a cada dia mais seletivos, atentos e bem informados sobre os mercados, esperando um bom trabalho dos gestores. E os fundos resistentes parecem estar atendendo atendido bem a essa demanda.

Ter uma performance positiva em cenários tão turbulentos e diante da concorrência de outros tipos de investimento é um desafio e tanto para os gestores, ressalta o planejador financeiro CFP pela Planejar José Raymundo de Faria. “Eles precisam entregar bons retornos tendo como concorrentes alguns títulos públicos beneficiados em momentos de juros em alta, ETFs (fundos de índice) que não têm taxa de administração e investimentos isentos de impostos”, enumera. Além disso, os gestores precisam lidar com variáveis para modelos de montagem de cenário que já não funcionam como antes.

Na avaliação de Faria, é interessante o investidor pesquisar detalhes sobre as gestoras, para conhecer a estrutura e a experiência da equipe. Diante da concorrência e do cenário incerto, são pontos que podem fazer a diferença para os resultados do investimento.

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