O assessor sênior do departamento de regulação do sistema financeiro do Banco Central (BC), Matheus Rauber, disse há pouco que, na próxima semana, serão publicadas atualizações normativas relativas ao open finance, inclusive relacionadas à estrutura definitiva de governança. Ele não deu mais detalhes sobre o conteúdo da norma, mas disse que, após a publicação, . Rauber participou de painel no Febraban Tech 2024.
O conselho deliberativo do open finance em funcionamento hoje é um órgão temporário, formado por sete integrantes, todos com o mesmo poder de voto. Um deles é independente e os outros seis são representantes de bancos grandes, bancos médios, cooperativas, empresas de cartões, instituições de pagamentos e fintechs. Os custos da infraestrutura são divididos de acordo com o patrimônio líquido dos integrantes, o que significa que as maiores instituições arcam com quase 80% do total.
Em sua fala, o assessor sênior afirmou ainda que o BC solicitou à estrutura de governança um diagnóstico das razões pelas quais o open finance ainda não decolou entre as pessoas jurídicas. De acordo ele, esse mapeamento é importante para entender quais medidas de aprimoramento podem ser tomadas. “Mas o potencial é grande também entre pessoas jurídicas”, acrescentou.
Rauber lembrou que, no final do ano passado, o BC divulgou o manual de acompanhamento do open finance, para melhorar o desempenho das instituições no compartilhamento de dados e serviços. Entre os critérios observados, estava a taxa de conversão das operações. Ele destacou que havia uma discrepância grande entre o desempenho das diferentes instituições participantes e algumas estavam com perfomance aquém do esperado.
O assessor também aproveitou sua fala para frisar que o BC “não está e não vai desenvolver um super app”. “Houve muito ruído após a fala do Roberto Campos Neto, então é importante esclarecer”, completou.