Victoria Ocampo
Victoria Ocampo | |
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Victoria Ocampo em 1931. | |
Nome completo | Victoria Ocampo Aguirre |
Nascimento | 7 de abril de 1890 Buenos Aires, Argentina |
Morte | 27 de janeiro de 1979 (88 anos) Beccar, Argentina |
Nacionalidade | argentina |
Ocupação | Escritora e editora |
Magnum opus | Testimonios |
Victoria Ocampo Aguirre (Buenos Aires, 7 de abril de 1890 - Beccar, 27 de janeiro de 1979) foi uma escritora, intelectual, ensaísta, tradutora, editora, filantropa e mecenas argentina.[1] [2] Desde o dia de sua morte até hoje foram publicados 26 livros escritos por Victoria. Dentre eles, sua autobiografia publicada em seis volumes os quais começou a escrever no ano de 1951[2].
Biografia
[editar | editar código-fonte]Nascida em uma família aristocrática, [3]foi educada por governantas e seu primeiro idioma foi o francês. Em 1924 publicou sua primeira obra, De Francesca a Beatrice, editada pela Revista de Occidente com a ajuda de José Ortega y Gasset[3]. Desde sua juventude participou das primeiras manifestações dos movimentos feministas, intelectuais e antifascistas argentinos, o que a levou a fundar em 1936 a Unión Argentina de Mujeres[3]. Militou na oposição ao peronismo, sendo presa por 26 dias em 1953[4].
Suas viagens permitiram a ela estabelecer contato com expoentes da literatura e do campo intelectual. Encorajada por Waldo Frank e Eduardo Mallea, fundou a revista e editora Sur em 1931, que promoveu obras literárias de autores nacionais e internacionais como Jorge Luis Borges, Adolfo Bioy Casares, Ernesto Sabato, Silvina Ocampo, Alejandra Pizarnik, José Bianco, Virginia Woolf, Carl Gustav Jung[5], André Malraux, T.E. Lawrence, Martin Heidegger, Jean Genet, E.M. Forster, Henri Michaux, Lanza del Vasto, Henry Miller, Vladimir Nabokov, Robert Musil, Yukio Mishima, Georges Bataille, Theodor W. Adorno e Walter Benjamin, até parar parcialmente sua publicação em 1971.[5]
Em 1941, instalou-se em sua residência Villa Ocampo — hoje um museu pertencente à UNESCO —, que se tornou um local de recepção para figuras como Rabindranath Tagore, Albert Camus, Graham Greene, Ígor Stravinsky, Saint-John Perse, Denis de Rougemont, Pierre Drieu La Rochelle, Roger Caillois, Ernest Ansermet, Christopher Isherwood e Indira Gandhi.[2][6]
Foi presidente do Fondo Nacional de las Artes de 1958 a 1973[7] e recebeu diversas distinções, incluindo doutorados honoris causa ortogados por várias universidades. Entre as distinções mais importantes estão as condecorações da Ordem Nacional da Legião de Honra e de Ordem das Artes e das Letras concedidas em 1962 pelo governo francês, a distinção da Ordem do Império Britânico concedida pela Rainha Elizabeth II do Reino Unido, a Médaille d’Or du Rayonnement Français concedida pela Academia Francesa em 1965 e o Prêmio Maria Moors Cabot concedido em 1965 pela Universidade Columbia. Em 1967, a Universidade de Harvard a fez Doutora Honoris Causa e em 1968 a Universidade Vishwa Bharati da Índia concedeu-lhe o mesmo título. Em 1977, tornou-se a primeira mulher eleita membro da Academia Argentina de Letras.[7][8]
Obra
[editar | editar código-fonte]Escreveu vários ensaios, entre eles os dedicados a Emily Brontë, Lawrence da Arábia e Virginia Woolf, incontáveis artigos, uma longa série de "Testimonios" (dez volumes no total, que foram publicados entre 1935 e 1977) e uma autobiografia, publicada em seis volumes logo depois de sua morte . Essas duas últimas obras são consideradas valiosos documentos históricos sobre a cultura e as relações da intelectualidade argentina com a literatura europeia e, ocasionalmente, estadunidense[2].
Ver também
[editar | editar código-fonte]- Villa Ocampo, a mansão de Victoria Ocampo, hoje um museu.
- Silvina Ocampo, irmã de Victoria Ocampo.
- Revista Sur, revista fundada por Victoria Ocampo.
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- O Wikiquote possui citações de ou sobre: Victoria Ocampo
- Media relacionados com Victoria Ocampo no Wikimedia Commons
- ↑ Santamarina, Miguel Ángel (20 de novembro de 2021). «Victoria Ocampo, la mujer que rompió todas las reglas». Zenda (em espanhol). Consultado em 28 de junho de 2024
- ↑ a b c d Barral, Manuela (13 de novembro de 2023). «Victoria Ocampo, una "empedernida escribidora de cartas"». Manuscrítica: Revista de Crítica Genética (em espanhol) (50): 6–20. ISSN 2596-2477. doi:10.11606/issn.2596-2477.i50p6-20. Consultado em 28 de junho de 2024
- ↑ a b c Santamarina, Miguel Ángel (20 de novembro de 2021). «Victoria Ocampo, la mujer que rompió todas las reglas». Zenda (em espanhol). Consultado em 28 de junho de 2024
- ↑ «Hace 70 años. Cuando el peronismo arrestó por 26 días a Victoria Ocampo y desató una ola mundial de repudio». LA NACION (em espanhol). 19 de maio de 2023. Consultado em 28 de junho de 2024
- ↑ a b González, Betina (22 de setembro de 2023). «Victoria, Jung y el conde: un triángulo de influencias». Clarín (em espanhol). Consultado em 28 de junho de 2024
- ↑ Amato, Alberto (1979). «Victoria Ocampo (1890-1979)». revista Gente'' (706)
- ↑ a b «VICTÓRIA OCAMPO, REBELDE FEMINISTA E ANTIFASCISTA - PGL». pgl.gal. 1 de janeiro de 2019. Consultado em 28 de junho de 2024
- ↑ Amato, Alberto (1979). «Victoria Ocampo (1890-1979)». revista Gente'' (706)