Tupamaros
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Movimento de Liberação Nacional - Tupamaros | |
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Bandeira dos Tupamaros
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Datas das operações | 1964-1985 |
Ideologia | Extrema-esquerda |
Status | Integrado à Frente Ampla |
Movimento de Liberação Nacional - Tupamaros (MLN-T), ou simplesmente Tupamaros, foi um grupo guerrilheiro marxista-leninista uruguaio de guerrilha urbana, que operou nas décadas de 1960 e 1970, antes e durante a ditadura civil-militar no Uruguai (1973-1985).
Etimologia
[editar | editar código-fonte]O nome deriva da expressão pejorativa dos espanhóis, quando da dominação da Coroa Espanhola, para os seus insurgentes, ou mais provavelmente provem de Túpac Amaru II, cujo nome e história inspiraram o movimento revolucionário Tupamaro.
História
[editar | editar código-fonte]Os tupamaros começaram com assaltos a bancos, clubes de armas e outros negócios no início dos anos 1960. Costumavam distribuir comida e dinheiro roubados aos pobres em Montevidéu. No final dos anos 1960, envolveram-se em sequestros políticos, como o do cônsul brasileiro em Montevidéu, Aloísio Gomide .
Em resposta, as Forças Armadas uruguaias lançaram uma campanha sangrenta de prisões em massa e "desaparecimentos", dispersando os guerrilheiros, muitos dos quais foram presos ou mortos. Apesar da ameaça diminuída, o presidente Juan María Bordaberry liderou um golpe de estado em 27 de junho de 1973, tornando-se de facto um ditador. Dissolveu o Parlamento - substituindo-o por um Conselho de Estado designado pelo Poder Executivo -, extinguiu organizações sociais, partidos políticos e suprimiu as liberdades civis. Os militares começaram, então, a ocupar cargos de responsabilidade no governo, segundo o que se chamou "processo cívico militar", ocorrendo um acirramento da repressão contra a população e as organizações de esquerda.
Em 1975, Bordaberry propôs aos militares impor um novo sistema constitucional de inspiração fascista e franquista, eliminando definitivamente todos os partidos políticos e suprimindo direitos. Em 1976 as Forças Armadas substituíram Bordaberry pelo então presidente do Conselho de Estado, Alberto Demicheli.[1]
Os Tupamaros retornaram à vida pública como um partido legal após a restauração da democracia no Uruguai, em 1985. Atualmente, o partido compreende o maior grupo da coalizão governamental Frente Amplio. Após a vitória eleitoral de 31 de outubro de 2004, dois antigos tupamaros, José Mujica e Nora Castro, tornaram-se presidentes das duas Câmaras do Congresso. Em 2009, Mujica foi eleito presidente da República.
Ver também
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ LESSA, Alfonso (1996). Estado de guerra - de la gestación del golpe del 73 a la caída de Bordaberry. [S.l.]: Editorial Fin de Siglo. (em castelhano)