Teodegoda
Teodegunda | |
---|---|
Rainha visigótica | |
Reinado | séculos V-VI |
Consorte | Alarico II |
Antecessor(a) | Ragnagilda |
Sucessor(a) | Clotilde |
Descendência | Amalarico |
Dinastia | dos Amalos |
Pai | Teodorico, o Grande |
Teodegunda, Teodegoda ou Tiudigoda (em latim: Tiudigotho), também chamada Teudichusa por Procópio de Cesareia,[1] foi uma nobre gótica dos séculos V e VI, ativa no Reino Ostrogótico.
Vida
[editar | editar código-fonte]Teodegunda era filha do rei Teodorico, o Grande (r. 474–526) com uma mulher de nome desconhecido e irmã de Ostrogoda. Segundo Jordanes, sua mãe era uma concubina de Teodorico. Ela nasceu enquanto seu pai ainda residia na Mésia, embora a data seja incerta; os autores da Prosopografia do Império Romano Tardio sugerem 476 ou c. 483/488. Ela foi casada com o rei visigótico Alarico II (r. 485–507) com quem teve um filho chamado Amalarico (r. 511–531).[2][3]
Seu casamento foi fruto do jogo de alianças matrimoniais entre visigodos, ostrogodos e francos. Sua data é incerta, porém é certo que ocorreu pouco depois da derrota de Odoacro em 493.[4] Segundo Ana Maria Jiménez, o matrimônio ocorreu depois de 494, o único legítimo de Alarico, que precisou abandonar a mulher com quem convivia e lhe havia dado um filho.[1] Alarico, ao casar-se com uma princesa ostrogótica, conseguiu reforçar seu poder dinástico,[5] e com o nascimento do filho de Teodegunda, reconheceu a superioridade dinástica de sua esposa ao batizar seu filho com um nome que uniu Amal, a dinastia ostrogótica epônima, e reiks, rei. Ao mesmo tempo, Teodorico adotou em armas seu genro, implicando certa subordinação militar.[1]
Em 507, poucos anos após Teodegunda dar a Alarico seu herdeiro, o rei faleceu na Batalha de Vouillé contra o rei merovíngio Clóvis. Pela data, Amalarico era muito jovem e ainda precisaria esperar alguns anos para ser declarado rei,[3] e por não cumprir os requisitos da maioridade e da experiência militar, foi marginalizado em detrimento do bastardo Gesaleico (r. 507–511).[6] Além disso, Amalarico havia perdido o suporte materno através de seu avô, pois, segundo Josep Orlandis Rovira, Teodegunda já havia falecido.[7]
Referências
- ↑ a b c Garnica 2010, p. 271.
- ↑ Martindale 1980, p. 1068.
- ↑ a b Burns 1991, p. 98.
- ↑ Wolfram 1997, p. 154-155.
- ↑ Sirago 1999, p. 12.
- ↑ Sayas 2010, p. 283.
- ↑ Rovira 1957–1958, p. 116.
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Burns, Thomas S. (1991). A History of the Ostrogoths. Bloomington, Indiana: Indiana University Press. ISBN 0253206006
- Garnica, Ana María Jiménez (2010). Nuevas gentes, nuevo Imperio: los godos y Occidente en el siglo V. Madri: UNED. ISBN 978-84-362-6174-5
- Martindale, J. R.; Jones, Arnold Hugh Martin; Morris, John (1980). The prosopography of the later Roman Empire - Volume 2. A. D. 395 - 527. Cambridge e Nova Iorque: Cambridge University Press
- Rovira, José Orlandis (1957–1958). «La reina en la monarquía visigoda». Anuario de historia del derecho español (27-28): 109-136. ISSN 0304-4319
- Sayas, Juan José; Abad, Manuel (2010). Historia Antigua de la Península Ibérica II. Época tardoimperial y visigoda. Madri: UNED. ISBN 978-84-362-6534-7
- Sirago, Vito Antonio (1999). Amalasunta: la regina (ca. 495-535). Milão: Editoriale Jace Book
- Wolfram, Herwig (1997). The Roman Empire and Its Germanic Peoples. Berkeley, Los Angeles e Londres: University of California Press. ISBN 0520085116