Tamika Mallory
Tamika Mallory | |
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Nascimento | 6 de setembro de 1980 (44 anos) Nova Iorque |
Cidadania | Estados Unidos |
Alma mater |
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Ocupação | ativista, escritora |
Distinções |
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Tamika Danielle Mallory (Nova Iorque, 4 de setembro de 1980) [1] é uma ativista estadunidense. Mallory foi uma das principais organizadoras da Marcha das Mulheres de 2017, que lhe valeu, nesse ano, o reconhecimento, juntamente com outras três co-presidentes, pela Time 100.[2] Mallory é a favor do controle de armas, do feminismo e do movimento Black Lives Matter.
Em 2018, Mallory foi criticada por participar num evento com o líder da Nação do Islã, Louis Farrakhan, e também por o ter elogiado no passado, tendo chegado a haver pedidos para a sua demissão da Marcha das Mulheres de 2019.[3][4][5][6][7] Na sequência de posteriores alegações de antissemitismo, Mallory deixou a organização em setembro de 2019,[8] ainda que tenha sido referido que a sua saída se deu após o término de seu mandato, conforme os estatutos da Marcha das Mulheres.[9]
Vida pessoal
[editar | editar código-fonte]Mallory nasceu em Harlem, Nova York, sendo filha de Stanley e Voncile Mallory.[10] Cresceu no projeto de habitação social denominado Manhattanville Houses em Manhattan e mudou-se para a cooperativa habitacional Co-Op City, no Bronx, quando tinha 14 anos.[11] Os seus pais foram membros fundadores e ativistas da Rede de Ação Nacional (NAN), do fundador Reverendo Al Sharpton, uma organização líder na área dos direitos civis nos Estados Unidos.[12] O seu trabalho na NAN influenciou Mallory e promoveu que se interessasse sobre justiça social e direitos civis.
Mallory é mãe solteira de um filho, chamado Tarique,[11] na sequência do assassinato do pai, Jason Ryans, em 2001.[13] Mallory declarou que a sua experiência com a NAN a ensinou a reagir a essa tragédia com ativismo. O filho dela é também membro da NAN.[14]
Ativismo político
[editar | editar código-fonte]Aos 11 anos, Mallory tornou-se membro da NAN para saber mais sobre o movimento dos direitos civis e aos 15 anos, era voluntária da organização.
Em 2011, Mallory tornou-se a mais jovem diretora executiva da NAN.
Em 2013, após trabalhar 14 anos nesta organização,[12] Mallory deixou o cargo de diretora executiva para seguir o seu próprio caminho de ativismo, mas ainda participa do trabalho da NAN, estando presente em comícios e recrutando membros.
Em 2014, Mallory foi selecionada para servir no comité de transição do presidente da câmara de Nova York, Bill de Blasio . Durante esse período, Mallory apoiou a criação do Sistema de Gestão de Crises da Cidade de Nova Iorque, um programa oficial para a prevenção da violência armada que atribui anualmente 20 milhões de dólares norte-americanos a organizações que trabalhem para a prevenção da violência armada.[15] Através deste sistema, Mallory também assumiu a co-presidência de uma nova iniciativa, o Mês para a Consiencialização da Violência Armada.[16]
Mallory é presidente da Mallory Consulting, uma empresa de Nova Iorque de planeamento estratégico e gestão de eventos. Ela faz também parte do conselho de administração da Gathering for Justice, uma organização que visa acabar com o encarceramento infantil e eliminar políticas que resultem em encarceramento em massa.[17]
Tamika foi convidada, ao lado de outras organizadoras da Marcha das Mulheres, pela estilista Mara Hoffman a participar da abertura de seu desfile na Semana de Moda de Nova Iorque de 2017.[18][19]
Em 2018, Mallory criticou a Starbucks por incluir a Liga Anti-Difamação (ADL), que tem por missão "combater o anti-semitismo e todas as formas de ódio", numa formação corporativa sobre preconceito racial, após a detenção de dois clientes negros num Starbucks na Filadélfia.[20] Através de um tweet, Mallory acusou a ADL de "atacar pessoas negras e pardas" e escreveu: "A ADL envia a polícia dos EUA para Israel para aprender as suas práticas militares. Isso é profundamente preocupante. E nem vamos falar dos seus ataques contra. @ Blacklivesmatter. ” [21] Posteriormete, a Starbucks retirou a ADL da formação, uma decisão que Liel Leibovitz, da Tablet, disse ser uma "cedência ao fanatismo".[22][23]
Tamika foi capa da Vogue UK em 2020, em uma edição especial que reuniu 20 ativistas notáveis como Jane Elliot Angela Davis. Ela deu uma entrevista sobre seus anos de experiência na luta pelos direitos civis e seu trabalho com a organização social Until Freedom, que especificamente busca por justiça para mulheres negras vítimas de violência.[24][25]
Referências
- ↑ «Tamika Mallory». Archives of Women's Political Communication
- ↑ Al-Sibai. «The Women's March Organizers Made The 'TIME' 100 Most Influential List». Bustle (em inglês)
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em Authors list (ajuda) - ↑ «America's Midterms — The Blue Wave - Manhattan Neighborhood Network». www.mnn.org
- ↑ «Women's March Roiled by Accusations of Anti-Semitism». The New York Times (em inglês). ISSN 0362-4331
- ↑ «Women's March leader defends controversial relationship with Louis Farrakhan». ABC News (em inglês)
- ↑ Flood. «'The View' grills Women's March co-founder Tamika Mallory over ties to Louis Farrakhan». Fox News (em inglês)
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em Authors list (ajuda) - ↑ «Smaller Crowds Turn Out for Third Annual Women’s March Events». The New York Times (em inglês). ISSN 0362-4331
- ↑ «Three Leaders of Women's March Group Step Down After Controversies». The New York Times (em inglês). ISSN 0362-4331
- ↑ «Women's March Did Not Cut Ties With Tamika Mallory. Here's The Real Story». News One (em inglês)
- ↑ «Tamika Mallory: Young and powerful new executive director of NAN»
- ↑ a b «Tamika Mallory: The Beauty of Activism». Amsterdam News
- ↑ a b «Meet Tamika Mallory, the Lifelong Activist Who Organized the Women's March on Washington». Complex
- ↑ Einbinder. «This Is Why Hundreds Of Women Are Going After The NRA». Bustle
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em Authors list (ajuda) - ↑ «Why Tamika Mallory Won't Condemn Farrakhan». The Atlantic (em inglês)
- ↑ «De Blasio Administration, City Council Expand Citywide Initiative to Reduce Gun Violence, Launch Gun Violence Crisis Management System». City Hall
- ↑ «Tamika Mallory and Nicole Paultre-Bell host third Black Lives Matter Summit at LaGuardia Community College». New York Amsterdam News
- ↑ «The Gathering for Justice». Gathering for Justice
- ↑ «6 momentos em que a moda fez um statement feminista». Revista Marie Claire. Consultado em 28 de janeiro de 2021
- ↑ Samaha, Barry. «Mara Hoffman Honors International Women's Day With An Empowering Campaign». Forbes (em inglês). Consultado em 28 de janeiro de 2021
- ↑ «Who We Are». Anti-Defamation League
- ↑ «Women's March Leaders Slam Starbucks For Tapping ADL To Defuse Racism Furor». The Forward
- ↑ Andrew Hanna. «Starbucks drops Jewish group from bias training». POLITICO (em inglês)
- ↑ «The ADL Kicked Out of Leading Starbucks' Diversity Training». Tablet Magazine (em inglês)
- ↑ «"The Goal Is To Move The Masses": Tamika D. Mallory On Moving The Dial On Activism In 2020». British Vogue (em inglês). Consultado em 28 de janeiro de 2021
- ↑ «The 20 Remarkable Activists On Vogue's September Cover Are Ready To Change The World». British Vogue (em inglês). Consultado em 28 de janeiro de 2021