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Songket

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Songket tradicional

Songket é um tecido que pertence à família dos brocados da Indonésia, Malásia e Brunei. É feito à mão em seda ou algodão e modelado com ouro ou prata.[1] Os fios metálicos destacam-se contra o pano de fundo para criar um efeito cintilante. No processo de tecelagem, os fios metálicos são inseridos entre a seda ou algodão de trama (latitude) numa técnica chamada trama suplementar de tecelagem.[2]

O termo songket vem da palavra malaia sungkit, que significa "ligar". O termo é relacionado ao método de se fazer songket, no qual se perfura e se apanha um grupo de linhas e, em seguida, desliza-se o ouro nele.[3] Outra teoria sugere que o termo foi formado a partir da combinação de dois termos: tusuk (picada) e cukit (escolha), combinados como sukit, modificados à forma sungki e, finalmente, à palavra songket.[4] Alguns dizem que a palavra songket deriva de songka, um chapéu de Palimbão no qual fios de ouro foram tecidos pela primeira vez.[5]

Mulher indonésia vestida com songket em Palimbão

Em indonésio menyongket significa "bordar com fios de ouro ou prata". Songket é um produto de luxo tradicionalmente usado em ocasiões cerimoniais, como o sarong, com panos de ombro ou laços de cabeça e tanjak. A vestimenta fora usada nas cortes dos Reinos em Sumatra, especialmente na Serivijaia, fonte e origem da cultura malaia no sudeste da Ásia.[6] Na era do Império Serivijaia, songkets também eram tradicionalmente usados como um acessório de vestimenta pelas famílias reais em Sumatra, na Península Malaia e nos sultanatos de Pattani, Kelantan e Terengganu, além de seu uso ser bem frequente nos sultanatos de Medan, Serdang, Palembang e Jambi. Tradicionalmente, as mulheres são as tecelãs de songket, no entanto, na atualidade, homens também são responsáveis por tecê-lo.[7]

O songket é conhecido por nomes diversos nas línguas indonésias. É conhecido como songket em Sumatra, na península malaia, em Bali e em Java. Recebe o nome songke em Manggarai, Flores, e em Bima, Sumbava. O povo Karo, de Sumatra Setentrional, chama-lhe jongkit. Em Ternate, Maluku, chamam-lhe suje, enquanto em Sarauaque seu nome é pileh.[5]

Referências

  1. Dina Indrasafitri (19 de maio de 2010). «Glimmering 'songket' aims at spotlight». The Jakarta Post. Jakarta: The Jakarta Post. Consultado em 17 de dezembro de 2013 
  2. Niken Prathivi (2 de agosto de 2015). «New book looks into 'songket' & weaving traditions». The Jakarta Post. Jakarta. Consultado em 26 de outubro de 2015 
  3. Anton Diaz. «Songket Palembang, Busana dan Aksesori Nusantara». National Geographic Traveller Indonesia (em indonésio) Vol 1, No 6, 2009 ed. Jakarta, Indonesia. p. 63 
  4. «Songket Weaving of Palembang, South Sumatra». Melayu Online. Consultado em 17 de dezembro de 2013. Arquivado do original em 11 de novembro de 2016 
  5. a b Gold Cloths of Sumatra: Indonesia’s Songkets from Ceremony to Commodity, Cantor Art Gallery, Worcester, Massachusetts, 2007, by Susan Rodgers, Anne Summerfield, John Summerfield
  6. «"The Art of Songket"». Consultado em 10 de novembro de 2016. Arquivado do original em 26 de janeiro de 2008 
  7. [1]
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