Revolução Egípcia de 2011
Revolução no Egito em 2011 | |||||||||||
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Parte de Primavera Árabe e Crise Egípcia (2011-2014) | |||||||||||
Mais de 1 milhão de pessoas na Praça Tahrir exigindo a renúncia do regime e de Mubarak em 8 de fevereiro de 2011. | |||||||||||
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Mortes: |
(Durante a revolução) (Pós-revolução) | ||||||||||
Feridos | 6 467 pessoas[16] | ||||||||||
Presos | 12 000[17] |
A Revolução no Egito em 2011, também conhecida como Dias de Fúria, Revolução de Lótus e Revolução do Nilo,[18][19] foi uma série de manifestações de rua, protestos e atos de desobediência civil que ocorreram no Egito de 25 de janeiro até 11 de fevereiro de 2011. Os organizadores das manifestações contaram com a recente revolta da Tunísia para inspirar as multidões egípcias a se mobilizarem, assim como ocorreu em grande parte do mundo árabe, sendo conhecido como Primavera Árabe. Os principais motivos para o início das manifestações e tumultos foram a violência policial, leis de estado de exceção, o desemprego, o desejo de aumentar o salário mínimo, falta de moradia, inflação, corrupção, falta de liberdade de expressão, más condições de vida[20] e fatores demográficos estruturais.[21] O principal objetivo dos protestos era derrubar o regime do presidente Hosni Mubarak, que esteve no poder durante trinta anos.[22]
Enquanto protestos localizados já eram comuns em anos anteriores, grandes protestos e revoltas eclodiram por todo o país a partir do dia 25 de janeiro, que ficou conhecido como o "Dia da Ira", a data estabelecida por grupos de oposição do Egito e outros para uma grande manifestação popular.[20] Os protestos de 2011 foram chamados de "sem precedentes" para o Egito[23] e "a maior exposição de insatisfação popular na memória recente" no país,[24] sendo que o Cairo está sendo descrito como "uma zona de guerra"[25] por um correspondente local do jornal The Guardian. Pela primeira vez, os egípcios de todas as esferas sociais, com diferentes condições socioeconômicas se juntaram aos protestos.[24][26] Estas foram as maiores manifestações já vistas no Egito desde 1977.[24]
Mubarak dissolveu seu governo e nomeou o militar e ex-chefe da Direção Geral de Inteligência Egípcia, Omar Suleiman, como vice-presidente, na tentativa de sufocar a dissidência. Mubarak pediu ao ministro da aviação e ex-chefe da Força Aérea do Egito, Ahmed Shafiq, para formar um novo governo. A oposição ao regime de Mubarak se aglutinou em torno de Mohamed ElBaradei, com todos os principais grupos de oposição apoiando o seu papel de negociador de alguma forma de governo transitório.[27] Muitos estrangeiros procuraram sair do país, enquanto os egípcios realizaram manifestos ainda maiores.[28] Em resposta à crescente pressão Mubarak anunciou que não vai tentar a reeleição em setembro.[29]
O objetivo principal dos protestos, enfim, foi atingido no dia 11 de fevereiro de 2011, quando o vice-presidente egípcio Omar Suleiman anunciou, pela emissora estatal de televisão, a renúncia do presidente Hosni Mubarak, o que causou a comemoração da população na Praça Tahrir, no centro do Cairo, e em várias outras cidades do Egito.[30] O poder passou para o Conselho Supremo das Forças Armadas.[31] Em 24 de maio, Mubarak foi obrigado a ir a julgamento sob a acusação de assassinato premeditado de manifestantes pacíficos e, se condenado, poderá enfrentar a pena de morte.[12]
A junta militar, chefiada pelo chefe de Estado efetivo, Mohamed Hussein Tantawi, anunciou em 13 de fevereiro que a Constituição seria suspensa, ambas as câmaras do parlamento dissolvidas, e que as forças armadas governariam por seis meses até as eleições pudessem ser realizadas. O gabinete anterior, incluindo o primeiro-ministro Ahmed Shafik, continuaria a servir como um governo interino até que um novo fosse formado.[32] Shafik renunciou em 3 de março, um dia antes de grandes protestos para levá-lo a renunciar. Foi substituído por Essam Sharaf, o ex-ministro dos Transportes.[33]
Embora Mubarak tenha renunciado, os protestos continuaram em meio a preocupações sobre quanto tempo a junta militar durará no Egito, alguns receiam que os militares vão governar o país por tempo indeterminado.[34] A revolução egípcia, juntamente com os acontecimentos na Tunísia, tem influenciado as manifestações em outros países árabes, incluindo no Iêmen, Bahrein, Jordânia, Síria e Líbia.
Antecedentes
[editar | editar código-fonte]Hosni Mubarak tornou-se chefe de governo da república semi-presidencial do Egito após o assassinato do presidente Anwar El Sadat em 1981, e continuou seu governo até 2011. O reinado de Mubarak de 30 anos fez dele o presidente mais longevo da história do Egito,[35] com o governo do Partido Democrático Nacional (NDP) mantendo um regime unipartidário sob um contínuo estado de emergência.[36] O governo de Mubarak ganhou o apoio do Ocidente e uma continua ajuda anual dos Estados Unidos pela manutenção de políticas de repressão aos militantes islâmicos e a paz com Israel.[36] Hosni Mubarak, foi muitas vezes comparado a um faraó egípcio pela mídia e por alguns de seus críticos devido ao seu regime autoritário.[37]
Herança do poder
[editar | editar código-fonte]Gamal Mubarak, o mais jovem dos dois filhos de Mubarak, começou a ser preparado para suceder seu pai como o próximo presidente do Egito por volta do ano 2000.[38] Gamal começou a receber considerável atenção nos meios de comunicação egípcios, já que não havia outros herdeiros aparentes para a presidência.[39] A ascensão de Bashar al-Assad ao poder na Síria em junho de 2000, poucas horas após a morte de Hafez al-Assad, provocou um acalorado debate na imprensa egípcia sobre as perspectivas de um cenário semelhante estava ocorrendo no Cairo.[40]
Ao longo da década cresceu a percepção de que Gamal iria suceder a seu pai. Ele detinha um poder crescente como secretário-geral adjunto no NDP. Os analistas chegaram ao ponto de descrever a última década de Mubarak no poder como "a era de Gamal Mubarak". Com a saúde de Mubarak em declínio e o líder recusando-se a nomear um vice-presidente, Gamal era considerado por alguns como o presidente do Egito de facto.[41]
Lei de Emergência
[editar | editar código-fonte]Uma lei de emergência (Lei nº 162 de 1958) foi promulgada após a Guerra dos Seis Dias de 1967. Foi suspensa por 18 meses no início de 1980[42] e de forma contínua, ficou em vigor desde assassinato do presidente Sadat em 1981.[43] Sob a lei, os poderes policiais são estendidos, os direitos constitucionais suspensos, a censura é legalizada,[44] e o governo pode prender indivíduos indefinidamente e sem razão. A lei limita drasticamente qualquer atividade política não governamental, incluindo manifestações de rua, organizações políticas não aprovadas, e doações financeiras não registradas.[42] O governo Mubarak citou a ameaça do terrorismo, a fim de ampliar a lei de emergência,[43] reivindicando que os grupos oposicionistas como a Irmandade Muçulmana poderia chegar ao poder no Egito, se o atual governo renunciasse as eleições parlamentares e não suprimisse o grupo por meio de ações permitidas pela lei de emergência.[45] A eleição parlamentar em dezembro de 2010 foi precedida por uma ofensiva a mídia, prisões, proibições de candidatos (especialmente da Irmandade Muçulmana), e alegações de fraude envolvendo a vitória quase unânime pelo partido governante no parlamento.[42] As organizações de direitos humanos estimam que em 2010 entre 5 000 e 10 000 pessoas foram detidas por longos períodos sem acusação ou julgamento[46][47] e na década de 1990 o número de detidos foi superior a 20 000.[47][48]
Corrupção
[editar | editar código-fonte]A corrupção política no Ministério do Interior do governo Mubarak aumentou dramaticamente, devido ao maior poder sobre o sistema institucional. A ascensão de empresários poderosos no partido governante e na Assembleia Popular trouxe uma grande desconfiança por parte da população durante o mandato do primeiro-ministro Ahmed Nazif. Um bom exemplo é o monopólio de Ahmed Ezz na indústria siderúrgica no Egito controlando 60% de quota de mercado.[49] Estima-se que o ex-presidente egípcio, Hosni Mubarak, possa ter uma fortuna de cerca de 70 bilhões de dólares, o que torna o homem mais rico do mundo, se tomarmos como referência a prestigiosa lista da Forbes.[50] Aladdin Elaasar, um biógrafo egípcio e professor americano, estimou que a família Mubarak possuía entre $50 a $70 bilhões.[51][52]
Em 2010, a Transparência Internacional em seu Índice de Percepções de Corrupção, classificou o Egito na posição 98, com uma pontuação de 3.1, com base no grau de corrupção tanto governamental como empresarial (sendo 10,0 como ausência de corrupção e 0,0 como corrupção total e extrema).[53]
Explosão demográfica
[editar | editar código-fonte]A população que em 1950 era cerca de 20 milhões e em 1980 era de cerca de 44 milhões, em 2009 atingiu 83 milhões de pessoas. A maioria dos egípcios vivem às margens do rio Nilo em uma área de 40 000 km², a única área fértil do país. A emergente crise de superpopulação tem causado problemas de pobreza, saúde, educação e habitação, bem como uma redução de terras férteis disponíveis.[21][54]
Cronologia
[editar | editar código-fonte]Janeiro
[editar | editar código-fonte]25 de janeiro, "Dia da Revolta"
[editar | editar código-fonte]Em 25 de janeiro de 2011 os protestos tiveram início em várias cidades do Egito, incluindo Cairo, Alexandria, Suez e Ismaília. Milhares protestaram em Cairo, com mais de 15 mil pessoas ocupando a Praça Tahrir.[55]
26 e 27 de janeiro
[editar | editar código-fonte]As revoltas continuaram e o aumento de violência, tanto pelos manifestantes quanto pelos policiais, começam a provocar as primeiras mortes. Prédios são incendiados e o exército egípcio é chamado para auxiliar a polícia.
28 de janeiro, "Sexta-feira da Ira"
[editar | editar código-fonte]Milhares tomam as ruas por todo o Egito. Pouco antes da 1h00 da manhã (horário local), o governo egípcio derrubou a internet no país, juntamente com alguns serviços de telefone celular e SMS — a legislação egípcia permite ao governo bloquear tais serviços, e as operadoras são obrigadas a cumprir.[55]
Os protestos continuaram país afora. Em Suez, os manifestantes tomaram uma estação policial e libertaram todos os presos, a maioria capturada nos dias anteriores. No final da tarde, foi incendiado o prédio do Partido Nacional Democrático, em Cairo.
29 de janeiro
[editar | editar código-fonte]Os protestos continuam, e os manifestantes pedem a saída do presidente Mubarak. É imposto um toque de recolher às 6h00 da tarde a toda a população, que desobedece. Começa a acontecer alguns saques, e a população se organiza em unidades familiares e de vizinhos para tentar se proteger.[56][57]
O acesso às pirâmides é fechado citando-se "condições atmosféricas". Relatos dizem que a população tenta proteger os "artefatos preciosos", mas alguns itens foram danificados e duas múmias foram destruídas.
A China passa a censurar notícias relacionadas às manifestações dos egípcios.[58][59]
30 de janeiro
[editar | editar código-fonte]O Banco Central Egípcio diz que todos os bancos e a bolsa de valores permanecerão fechados. Países como os Estados Unidos e a Inglaterra pedem aos seus turistas no Egito que deixem a região.[60]
O governo egípcio fecha a rede de TV Al Jazeera, que vinha relatando os eventos para o mundo todo 24 horas por dia, e tenta cativar os militares colocando altos oficiais em ministérios e altos cargos do governo, enquanto o exército dá uma demonstração de força, com colunas de tanques ocupando a Praça Tahrir e aviões fazendo voos rasantes.[61][62]
No final do dia, desafiando o toque de recolher, o diplomata e ganhador do Nobel da Paz Mohamed ElBaradei juntou-se à multidão, dando força aos protestos e discursando contra o presidente Mubarak.[63]
31 de janeiro
[editar | editar código-fonte]Os manifestantes convocam uma greve geral no país por tempo indeterminado. O presidente Mubarak anuncia uma troca de ministros, numa tentativa de contornar a crise.[64][65] O exército anuncia que não vai abrir fogo contra a população.[66][67] O aeroporto de Cairo vive um dia de caos, com estrangeiros tentando sair do país. Devido à quantidade de cancelamentos e atrasos, o aeroporto parou de anunciar os horários dos voos, o que só agravou a situação.[68] Então Israel enviou no mesmo dia armamentos para o governo egípcio.[carece de fontes]
Fevereiro
[editar | editar código-fonte]1 a 4 de fevereiro
[editar | editar código-fonte]Na terça-feira, mais de um milhão de pessoas reuniram-se na praça Tahrir, no Cairo. A manifestação é "pacífica e festiva". Também ocorreram manifestações em outras cidades egípcias, como Alexandria e Suez.[69]
Manifestantes contra e a favor do presidente Hosni Mubarak se enfrentam na praça Tahrir e ruas ao redor, e surgem os primeiros mortos, além dos mais de 600 feridos.[70] Mubarak sustenta sua posição e diz que não renunciará até setembro, quando haverá eleições, as quais ele afirmou que não irá mais concorrer.[71] Conflitos se estenderam pela madrugada do dia 2 até o dia 3 de fevereiro. Manifestantes pro-Mubarak armados com coquetéis molotov e algumas armas automáticas atiraram contra a multidão matando pelo menos 5 pessoas. Eventualmente o exército interveio e removeu as armas. Pela madrugada do dia 3 a situação voltou a ficar calma.
Durante os violentos confrontos destes 2 dias ocorreu uma "caça aos jornalistas estrangeiros", levada a cabo alegadamente por manifestantes pró-Mubarak. A salientar Bert Sundström, um jornalista da televisão sueca que ficou ferido gravemente após sofrer múltiplas facadas.
O Comitê para a Proteção de Jornalistas acusa o governo egípcio de querer eliminar as testemunhas das suas ações.[72]
No dia seguinte, milhões de pessoas se reuniram na praça Tahrir para as orações islâmicas de sexta-feira.[73] Protestos continuam pacificamente após as orações, e o dia 4 ficou conhecido como Dia da Saída.[74]
5, 6 e 7 de fevereiro
[editar | editar código-fonte]Depois do "Dia da Saída" ter terminado com Mubarak ainda presidente do Egito, novamente e pelo décimo segundo dia consecutivo, a multidão concentra-se na Praça Tahrir pedindo a sua demissão imediata. Foram muitos os que ignoraram o recolher obrigatório imposto e permaneceram durante a noite na praça.
Um gasoduto explode no Sinai, e a rede de televisão estatal egípcia atribui o fato a sabotadores terroristas.[75]
Omar Suleiman, vice-presidente egípcio, sobreviveu a uma tentativa de assassinato, e dois de seus guarda-costas morreram. O governo dos Estados Unidos confirma o ocorrido, mas o governo egípcio desmente.[76][77]
A liderança do Partido Nacional Democrático, o partido de Hosni Mubarak, renuncia. Incluem-se entre eles Gamal Mubarak, filho e herdeiro político do então presidente, e Safwat el-Sharif, secretário-geral do partido, substituído por Hossam Badrawi, que vinha sendo excluído por conta de suas críticas ao governo.[78][79]
No dia seguinte houve um encontro com as lideranças políticas do Egito, e o vice-presidente Omar Suleiman aceitou fazer concessões. Garantias quanto à liberdade de imprensa também foram discutidas, bem como a não aceitação de influências de outros países no processo de formação do novo governo.[80] Foi proposto que o vice-presidente assumisse o poder no lugar de Mubarak — o que é permitido pela constituição egípcia —, mas ele não aceitou.[81]
Deputados da base governista da Alemanha se propuseram a acolher Hosni Mubarak no país.[82]
No dia 7, apesar das reuniões das lideranças políticas, a população ainda se recusava a voltar à vida "normal", continuando a protestar na praça Tahrir.[83]
8 e 9 de fevereiro
[editar | editar código-fonte]No dia 8 foram registrados os maiores protestos desde o início dos acontecimentos, com centenas de milhares de pessoas na Praça Tahrir.[84] Como parte das reformas prometidas, o governo egípcio começou a liberar presos políticos, entre eles Wael Ghonin, executivo do Google no país, que ficou preso por 12 dias.[85]
10 de fevereiro
[editar | editar código-fonte]Hosni Mubarak faz um pronunciamento e informa que passou a autoridade do país ao vice-presidente Omar Suleiman, mas que não renunciará até as eleições de setembro. Imediatamente após o pronunciamento, Suleiman falou à nação e pediu ao povo que voltasse para suas casas. A população, entretanto, reagiu de forma furiosa, exigindo a saída imediata de Mubarak. Mohamed ElBaradei, figura chave da oposição, manifestou preocupação:[86][87]
“ | O Egito vai explodir. O exército precisa salvar o país imediatamente. A credibilidade do exército está em jogo. |
” |
11 de fevereiro
[editar | editar código-fonte]Milhares de pessoas continuam a protestar pelo décimo oitavo dia consecutivo. O presidente Mubarak deixa a capital Cairo indo de avião para o balneário de Sharm el-Sheikh, no Mar Vermelho,[88] e faz um pronunciamento anunciando sua renúncia ao cargo de Presidente do Egito. A multidão festeja nas ruas, a festa entra pela madrugada.[89][90]
O Governo da Suíça manda congelar os bens de Hosni Mubarak no país. A fortuna da família Mubarak pode chegar a US$ 70 bilhões.[91][92]
A vitória da revolta popular no Egito deixou em alerta outros governantes de países árabes, e outros regimes autoritários imediatamente anunciaram concessões à população, como Bahrein, Síria, Jordânia, Iêmen e Argélia. Na Arábia Saudita não há relatos de concessões, mas uma campanha de reforma constitucional começou a se formar no Facebook.[93][94]
Em São Paulo, um grupo de aproximadamente 100 pessoas se reuniu na Avenida Paulista para comemorar a vitória da revolução no Egito.[95]
Reações internacionais
[editar | editar código-fonte]- Irão: apoio aos protestos;[96]
- Estados Unidos e União Europeia: apoiam, mas não necessariamente a renúncia de Mubarak;[97]
- China: acompanha de perto, mas censurou informações sobre o evento em seu país;[98]
- Brasil: apoia a vitória da democracia;[99]
- Itália: o primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi elogiou publicamente o presidente egípcio, Hosni Mubarak;[100]
- Alemanha: deputados governistas propõem receber Hosni Mubarak no país;[101]
- França: O presidente Nicolas Sarkozy afirmou, durante um discurso, que espera que o Egito se mova para a democracia, e não para outra ditadura.[102]
Ver também
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Referências
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