Revista Crusoé
Slogan | Uma ilha no jornalismo. |
Editor | Mario Sabino e Diogo Mainardi |
Categoria | Política economia |
Frequência | Semanal |
Formato | Digital |
Circulação | nacional |
Fundador(a) | Diogo Mainardi e Mário Sabino |
Fundação | 4 de maio de 2018 (6 anos) |
País | Brasil |
Baseada em | Brasília, Distrito Federal |
Idioma | Português |
crusoe |
Crusoé é uma publicação digital jornalística semanal fundada em 2018 pelos jornalistas Diogo Mainardi e Mário Sabino, ambos sócios do site de notícias O Antagonista.[1] O nome vem do personagem Robinson Crusoé, do livro homônimo de autoria do autor britânico Daniel Defoe.
Linha Editorial
[editar | editar código-fonte]A revista tem como princípio editorial fazer um jornalismo independente e vigilante. "Vamos manter nossos governantes sob vigilância dia após dia, sem descanso. Qualquer governo, não importa qual o partido da vez.", afirma a revista em seu texto de lançamento.[1] A publicação não aceita nenhuma propaganda de órgãos públicos e empresas estatais, pois entende que essa é uma forma de manter a independência e se preservar de pressões que possam vir do poder público.[1]
Equipe
[editar | editar código-fonte]A revista foi dirigida inicialmente por Rodrigo Rangel, ex-editor-executivo da Revista Veja em Brasília e vencedor de três Prêmio Esso.[2][3] Vários jornalistas passaram por ela, como Caio Junqueira, Filipe Coutinho e Paulo Cappelli. Tem como colunistas fixos Diogo Mainardi, Mario Sabino e Ruy Goiaba.
Acesso
[editar | editar código-fonte]A revista é totalmente digital e tem o acesso exclusivo para os assinantes, que pagam um valor de 14,90 reais por mês.[1][4][5]
Controvérsias
[editar | editar código-fonte]Tentativa de censura pelo STF
[editar | editar código-fonte]Em abril de 2019, o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes determinou que a revista e o site O Antagonista retirassem do ar reportagens que faziam menção ao Presidente da Corte, Dias Toffoli, que teria sido citado pelo empresário Marcelo Odebrecht, investigado e preso pela Operação Lava Jato. Segundo a revista, que dispunha de prova documental, Odebrecht afirmou à Justiça que, em e-mails enviados por ele a dois executivos da empreiteira, o codinome "amigo do amigo do meu pai" se referia a Toffoli, na época das mensagens ministro da Advocacia-Geral da União.[6]
Coube a Moraes a decisão de censurar a revista, por ser relator de um inquérito aberto pelo Supremo para apurar notícias falsas ou que atentem contra a honra dos ministros. O ministro ainda estipulou uma multa diária em caso de descumprimento da decisão e convocou e o publisher Mario Sabino a prestar esclarecimentos à Polícia Federal em até 72 horas. Mario Sabino definiria o depoimento como "kafkiano". O caso teve muita repercussão na imprensa nacional e com a manifestação de várias autoridades do meio jurídico, jornalístico e político em repúdio à determinação do STF.[7]
A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) divulgou uma nota:
“ | "O inquérito aberto pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para apurar a disseminação de 'fake news' contra os ministros do próprio tribunal atingiu hoje seu primeiro alvo: a liberdade de imprensa." (…) "É grave acusar quem faz jornalismo com base em fontes oficiais e documentos de difundir 'fake news', independentemente de o conteúdo estar correto ou não. Mais grave ainda é se utilizar deste conceito vago, que algumas autoridades usam para desqualificar tudo o que as desagrada, para determinar supressão de conteúdo jornalístico da internet. O precedente que se abre com essa medida é uma ameaça grave à liberdade de expressão, princípio constitucional que o STF afirma defender." "Também causa alarme o fato de o STF adotar essa medida restritiva à liberdade de imprensa justamente em um caso que se refere ao presidente do tribunal."[8] |
” |
Ver também
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ a b c d «Cópia arquivada». Consultado em 3 de maio de 2018. Arquivado do original em 4 de maio de 2018
- ↑ https://crusoe.com.br/equipe/
- ↑ [1]
- ↑ [2]
- ↑ [3]
- ↑ Ministro do STF censura sites e manda tirar do ar reportagem sobre Toffoli (abril de 2019) Folha de S.Paulo
- ↑ Glenn Greenwald condena censura a Crusoé O Antagonista
- ↑ «Inquérito do STF contra fake news vitima liberdade de imprensa». Abraji. Consultado em 19 de outubro de 2019