Programa de Godesberg
O Programa de Godesberg (em alemão: Godesberger Programm) foi o programa do Social-Democrata da Alemanha ratificado em 15 de novembro de 1959, durante a convenção do partido, na cidade de Bad Godesberg,[1] que atualmente é parte de Bonn.
O programa foi notável por expressar formalmente, pela primeira vez, que o partido se dissociara do marxismo.[1] Assim, tornava-se oficial a linha que, de facto, o partido já adotara desde 1891, quando o Programa de Erfurt incorporou as teses revisionistas de Eduard Bernstein.[2][3]
Citação
[editar | editar código-fonte]Devemos resistir a todas as ditaduras, todas as formas de regimes totalitários ou regras autoritárias, pois elas violam a dignidade humana, destroem a liberdade do homem e o estado de direito. O socialismo pode ser realizado somente através da democracia, e a democracia só se realiza através do socialismo. Os comunistas não têm o direito de invocar as tradições socialistas. Na verdade, eles têm falsificado as ideias socialistas. Os socialistas estão lutando para a realização da liberdade e da justiça, enquanto os comunistas exploram os conflitos na sociedade para estabelecer a ditadura do seu partido. (Parte do programa aprovado)[1]
O Programa de Godesberg foi sobreposto em 1989 pelo Programa de Berlim, aprovado em 20 de dezembro de 1989, durante um congresso do partido em Berlim.
Ver também
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ a b c «Godesberg Program of the SPD (November 1959)» (PDF) (em inglês). German History in Documents and Imagens. Consultado em 29 de novembro 2013 Source reprinted in Jan Goldstein and John W. Boyer, eds, University of Chicago, Readings in Western Civilization, vol. 9 Chicago, London: University of Chicago Press, 1987, pp. 419-25.
- ↑ Berman, Sheri. Social Democracy and the Making of Europe's Twentieth Century. Cambridge University Press, 2006. p. 38–39.
- ↑ Michael Harrington. Socialism: Past and Future. Reprint edition of original published in 1989. New York, New York, USA: Arcade Publishing, 2011. P. 251.