Pinhão (Sergipe)
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Município do Brasil | |||
Símbolos | |||
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Hino | |||
Lema | Justiça e paz | ||
Gentílico | pinhãoense | ||
Localização | |||
Localização de Pinhão em Sergipe | |||
Localização de Pinhão no Brasil | |||
Mapa de Pinhão | |||
Coordenadas | 10° 34′ 01″ S, 37° 43′ 22″ O | ||
País | Brasil | ||
Unidade federativa | Sergipe | ||
Municípios limítrofes | Simão Dias, Pedra Mole, Carira e Frei Paulo em território sergipano. Paripiranga e Coronel João Sá em território baiano. | ||
Distância até a capital | 100 km | ||
História | |||
Fundação | 1953 | ||
Administração | |||
Prefeito(a) | Charles Wagner Nunes Oliveira[1] (PL, 2021–2024) | ||
Características geográficas | |||
Área total [2] | 155,886 km² | ||
População total (IBGE/2013[3]) | 6 318 hab. | ||
Densidade | 40,5 hab./km² | ||
Clima | Semi Árido | ||
Altitude | 258 m | ||
Fuso horário | Hora de Brasília (UTC−3) | ||
Indicadores | |||
IDH (PNUD/2010[4]) | 0,583 — baixo | ||
PIB (IBGE/2008[5]) | R$ 32 016,727 mil | ||
PIB per capita (IBGE/2008[5]) | R$ 5 557,49 |
Pinhão é um município brasileiro do estado de Sergipe.
História
[editar | editar código-fonte]A região que fica entre os rios Vaza-Barris e Sergipe, onde atualmente encontra-se o município de Pinhão, distante 76 quilômetros de Aracaju, começou a ser desbravada a partir de 1700, período em que acontecia a colonização e povoamento da zona sertaneja da Capitania de Sergipe Del Rey. Pesquisas históricas dão conta de que a primeira incursão na área territorial foi encabeçada por Manoel Alves da Silva, que obteve, por alvará de 25 de outubro de 1713, a sesmaria de “uma légua de comprimento por três de largura”, começando no Rio Salgado, que deságua no Vaza-Barris, até a Serra do Caité. Durante essa época, o Governo Geral tinha muito interesse pela conquista e povoamento de Sergipe, principalmente porque o território era a solução para facilitar as comunicações entre Salvador e Olinda, e sua ocupação era uma das formas de afastar os franceses, traficantes de Pau-Brasil, que utilizavam os rios Real, Vaza-Barris e Sergipe, e representavam séria ameaça ao domínio português. A povoação, porém, só começou realmente a surgir muito mais tarde, no século XIX, em terras dos coronéis Fonseca e José Correia Dantas, que foram demarcadas pelo engenheiro militar José Calazans, atendendo interesses de um francês chamado Gootchaux Ettinger e do seu sobrinho, Gabriel Lazar Ettinger. Os franceses, que eram ourives, desembarcaram em Aracati no Ceará, e foram descendo a costa nordestina até chegar a São Paulo (Frei Paulo). Com o passar do tempo, foram expandindo a área de interesse, e em Pinhão fizeram nascer a cultura do algodão, incentivando o crescimento através de financiamentos. Tudo isso ocorreu em 1889. No ano seguinte, em 1890, os Ettinger fundaram, no local onde está implantado o município de Pinhão, uma beneficiadora de algodão. Várias pessoas, ao tomar conhecimento do empreendimento, mudaram-se para a povoação e assim iniciou-se a cidade de Pinhão. O nome do então povoado de Pinhão originou-se de uma planta nativa do Nordeste, Pinhão, abundante ainda hoje na região.
Nas primeiras décadas do século XX, as casas, inicialmente dispersas, foram se unindo por outras, formando ruas. O arraial tornou-se uma povoação com uma capela, cujo padroeiro passou a ser São José. Campo do Brito, a quem pertencia Pinhão, dotou o povoado de uma escola elementar. O comércio, aos poucos foi se ampliando; a pecuária também, mas a agricultura já era a principal fonte de vida. O lugar que nasceu pelas mãos dos Ettinger, como outros da zona sertaneja, teve um desenvolvimento lento em decorrência da falta de transportes regulares e rápidos, que permitissem o escoamento da produção para os mercados do litoral. Empecilho que só foi removido na década de 50, com a construção do ramal rodoviário entre a cidade e a BR-235, que finalmente ligou o povoado com os demais municípios do Estado.
Outros empecilhos acabaram atrapalhando o desenvolvimento de Pinhão: a falta de chuvas - além de processos rudimentares usados na agricultura - findou reduzindo e encarecendo a produção. Apesar de devagar, as condições exigidas pela Lei Orgânica dos Municípios foram alcançadas e Pinhão conseguiu ser elevado à categoria de cidade. Ao longo dos anos, especialmente a partir da década de 2010, a agricultura no município de Pinhão passou a utilizar novas técnicas, insumos agrícolas e mecanização das lavouras de milho, obtendo bons índices de produtividade deste cereal, prejudicados apenas nos períodos de escassez de chuvas.
Às vésperas da nova divisão administrativa do Estado, para o quinquênio de 1954 a 1958, José Emígdio da Costa Filho, José Melquíades de Oliveira, juntamente com Leandro Maciel, puxaram a emancipação do município. O nome de Pinhão entrou na emenda coletiva, apresentada à Assembleia Legislativa Estadual, para criação de municípios. Aprovada, se converteu na Lei nº 525-A, de 25 de novembro de 1953. Nessa data, Pinhão foi elevado à categoria de cidade e sede do município, e desmembrado de Campo do Brito. Pela Lei nº 554, de 6 de fevereiro de 1954, fixou a nova divisão administrativa e judiciária do Estado. O município de Pinhão é composto de um distrito de paz e é termo judiciário da comarca de Frei Paulo. A instalação solene ocorreu em 30 de janeiro de 1955, quando tomaram posse os primeiros cinco vereadores e o primeiro prefeito, José Emígdio da Costa Filho, eleito em 3 de outubro de 1954. Cerca de dez anos depois da emancipação, em 1966, Pinhão perdeu a maior e mais importante aglomeração urbana, depois da sede municipal, o povoado Pedra Mole. A última grande transformação ocorreu em 1986, quando a prefeitura comprou uma área de 30 tarefas, próximo ao centro, onde hoje existem várias ruas.
A mais importante festa popular que os pinhãoenses comemoram é a Missa do Vaqueiro, que acontece anualmente na primeira quinzena do mês de novembro. Na véspera da festa, vaqueiros do município e das cidades vizinhas reúnem-se para rezar o terço. Em seguida, os participantes divertem-se em salões de dança. No dia seguinte, os vaqueiros vão à missa, nos seus trajes típicos (de gibão e chapéu de couro) e, à tarde, tomam parte numa espécie de rodeio, em que exibem as qualidades de mestres de equitação nas corridas de mourão. Na ocasião é destacada a capacidade de o vaqueiro do sertão não perder o caminho aberto pelo boi no serrado da caatinga, quando ele utiliza sua agilidade em se livrar dos galhos rasteiros para impulsionar o boi em carreira solta. Estas e outras acrobacias são exibidas na festa, aos olhos da grande assistência que ocupa a cidade na data. Os habitantes locais também se divertem por ocasião de outras festividades, como os folguedos de São Gonçalo, Zabumbeiros, Capoeira, Vaquejadas, corridas de argola e festejos juninos, quando os bacamarteiros estrondam suas armas nas fazendas dispersas.
A principal festa religiosa do município é a de São José, realizada todo dia 19 de março, quando os fiéis católicos da cidade e dos municípios vizinhos participam de uma procissão pelas ruas da cidade e em seguida de uma missa celebrada na praça da igreja matriz onde também ocorre a tradicional queima de fogos em homenagem ao padroeiro. [6]
Demografia
[editar | editar código-fonte]População Histórica | ||
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Ano | Pop. | ±% |
1960 | 4 819 | — |
1970 | 3 368 | −30.1% |
1980 | 3 989 | +18.4% |
1991 | 4 462 | +11.9% |
2000 | 5 244 | +17.5% |
2010 | 5 973 | +13.9% |
2022 | 5 677 | −5.0% |
Censo demográfico brasileiro[7] |
Geografia
[editar | editar código-fonte]Localiza-se a uma latitude 10º34'02" sul e a uma longitude 37º43'22" oeste, a cidade está implantada em uma campina, a uma altitude de 258 metros.
Povoados
[editar | editar código-fonte]- Baixa Larga;
- Rajas;
- Lagoa Branca;
- Palmazeiro;
- Espinheiro;
- Beija-Flor de Cima;
- Beija-Flor de Baixo;
- Assentamento Vaza-Barris;
- Serra Solteira;
- Crotes;
- Lagoas;
- Paracatu.
Referências
- ↑ «Candidatos a vereador Pinhão-SE». Estadão. Consultado em 16 de junho de 2021
- ↑ IBGE (10 out. 2002). «Área territorial oficial». Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Consultado em 5 de dezembro de 2010
- ↑ «Censo Populacional 2010». Censo Populacional 2013. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 29 de novembro de 2010. Consultado em 11 de janeiro de 2013
- ↑ «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2010. Consultado em 26 de agosto de 2013
- ↑ a b «Produto Interno Bruto dos Municípios 2004-2008». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 11 de dezembro de 2010
- ↑ Pinhão, Nossa História Arquivado em 27 de julho de 2013, no Wayback Machine.. Página visitada em 28/06/2013.
- ↑ https://www.ibge.gov.br/ Em falta ou vazio
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(ajuda) - ↑ https://www.ibge.gov.br/cidades-e-estados/se/pinhao.html