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Mirante de Santana

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Mirante de Santana
Mirante de Santana
Tipo praça
Geografia
Coordenadas 23° 29' 46" S 46° 37' 11" O
Mapa
Localização São Paulo - Brasil

O Mirante de Santana é a principal estação meteorológica do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) no município de São Paulo, capital do estado homônimo. Está localizada no bairro de Jardim São Paulo, na zona norte da cidade. Nesta estação é medida a quantidade de chuva, umidade relativa do ar, radiação, pressão atmosférica, a direção e velocidade do vento.[1][2] O prédio do observatório é de 1929 e passou a registrar dados meteorológicos em 1945.

Sua localização a 792 metros do nível do mar possibilita um preciso monitoramento, previsão do tempo e também um skyline da cidade (360 graus). Da praça é possível ter uma vista parcial do bairro de Santana e do centro de São Paulo. Somente na parte mais alta, restrita aos técnicos do INMET, há uma visão completa da cidade. Chegou a ser tido pelo Jornal Agora como o melhor ponto da cidade para visualizar os fogos de artifício da Avenida Paulista, lançados no reveillon.[3]

Próximo do Mirante de Santana, o padre Roberto Landell de Moura realizou as primeiras experiências públicas de transmissão de voz por ondas de rádio da história, no Colégio das Irmãs de São José, hoje Colégio Santana, próximo a Capela de Santa Cruz no bairro de Santana, nos anos de 1899 e 1900. O padre era o pároco daquela igreja.[4]

O Mirante.

Recordes meteorológicos

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Maiores acumulados de precipitação em 24 horas registrados em
São Paulo/Mirante de Santana por meses (INMET, 1945-presente)[nota 1][6]
Mês Acumulado Data Mês Acumulado Data
Janeiro 127,4 mm 12/01/1949 Julho 123,6 mm 05/07/2019
Fevereiro 123 mm 10/02/2020 Agosto 53,2 mm 24/08/1953
Março 106,2 mm 11/03/1994 Setembro 78,1 mm 09/09/2009
Abril 82,1 mm 07/04/2017 Outubro 86,6 mm 10/10/2023
Maio 140,4 mm 25/05/2005 Novembro 103,2 mm 27/11/1950
Junho 89,6 mm 27/06/2020 Dezembro 151,8 mm 21/12/1988

Desde a abertura da estação meteorológica, a menor temperatura ocorreu em 2 de agosto de 1955, com mínima de −2,1 °C, enquanto a maior foi registrada em 17 de outubro de 2014, de 37,8 °C, sendo o recorde até então de 37 °C em 20 de janeiro de 1999. O maior acumulado de chuva em 24 horas chegou a 151,8 milímetros (mm) em 21 de dezembro de 1988, seguido por 140,4 mm em 25 de maio de 2005.[6][7]

Outros acumulados iguais ou superiores a 100 mm foram: 127,4 mm em 12 de janeiro de 1949, 123,6 mm em 5 de julho de 2019, 123 mm em 10 de fevereiro de 2020, 121,8 mm em 2 de fevereiro de 1983, 115 mm em 16 de janeiro de 2017, 114,3 mm em 15 de dezembro de 2012, 109,5 mm em 28 de fevereiro de 2011, 106,4 mm em 16 de janeiro de 1991, 106,2 mm em 11 de março de 1994, 103,5 mm em 19 de janeiro de 1977, 103,3 mm em 8 de fevereiro de 2007, 102,7 mm em 17 de fevereiro de 1988, 102 mm em 21 de fevereiro de 2016 e 101,6 mm em 24 de dezembro de 2019. Os meses mais chuvosos da série histórica foram março de 2006 e fevereiro de 2020, com 607,9 mm e 505,7 mm, respectivamente.[6]

Dados climatológicos para São Paulo (Mirante de Santana)[nota 2][nota 3]
Mês Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Ano
Temperatura máxima recorde (°C) 37 36,4 34,7 33,4 32,8 28,8 30,2 33 37,1 37,8 37,7 34,8 37,8
Temperatura máxima média (°C) 28,6 29 28 26,6 23,4 22,9 22,9 24,5 25,2 26,5 26,9 28,3 26,1
Temperatura média compensada (°C) 23,1 23,5 22,5 21,2 18,4 17,5 17,2 18,1 19,1 20,5 21,2 22,6 20,4
Temperatura mínima média (°C) 19,4 19,6 18,9 17,5 14,7 13,5 12,8 13,3 14,9 16,5 17,3 18,7 16,4
Temperatura mínima recorde (°C) 10,2 11,1 11 6 3,7 1 0,4 −2,1 2,2 4,3 7 9,4 −2,1
Precipitação (mm) 292,1 257,7 229,1 87 66,3 59,7 48,4 32,3 83,3 127,2 143,9 231,3 1 658,3
Dias com precipitação (≥ 1 mm) 17 14 13 6 6 5 4 4 7 10 11 13 110
Umidade relativa compensada (%) 76,9 75 76,6 74,6 75 73,5 70,8 68,2 71,3 73,7 73,7 73,9 73,6
Insolação (h) 139,1 153,5 161,6 169,3 167,6 160 169 173,1 144,5 157,9 151,8 145,1 1 893,5
Fonte: INMET (normal climatológica de 1991-2020; horas de sol: normal de 1981-2010;[8] recordes de temperatura: 1945-presente)[9][6][10][11]

Notas

  1. Como nos recordes de temperatura, os recordes de precipitação são os medidos pela estação convencional. A estação automática, durante o período de paralisação da estação convencional, registrou 89,6 mm no dia 27 de junho de 2020,[5] sendo este o único recorde medido por esta estação mostrado na tabela, por ser superior aos 74 mm registrados pela estação convencional em 15 de junho de 1987.
  2. Os recordes de temperatura mostrados nesta tabela são os medidos pela estação convencional, que depende de um observador para operar e tem uma série histórica mais longa, iniciada em novembro de 1945. A exceção é o mês de setembro, cujo recorde de 37,1 °C, ocorrido em 30 de setembro de 2020, foi medido pela estação automática (OMM: 86910) localizada ao lado. Este valor é superior aos 35,9 °C de máxima em 12 de setembro de 2019 (maior temperatura para o mês registrada pela medição convencional) e ocorreu durante o período em que, devido à pandemia de COVID-19, a estação convencional teve sua operação suspensa, de março de 2020 a julho de 2021, exceto de março a maio de 2021, quando operou de forma parcial, sem leitura aos sábados e domingos, por motivo de falta de pessoal.
  3. A estação automática, instalada somente em 2006, registrou máxima de 38,4 °C em 17 de outubro de 2014, no entanto, o INMET não leva em conta este número na série histórica. Sendo assim, o recorde de maior temperatura da série histórica do Mirante de Santana é o registrado pela estação convencional, de 37,8 °C no mesmo dia.

Referências

  1. «Mirante de Santana atualmente é estação meteorológica». O Globo Online. 28 Jan 2007. Consultado em 14 de julho de 2009. Arquivado do original em 2 de maio de 2010 
  2. «Faz calor ou faz frio». Revista E. Consultado em 31 de julho de 2009. Arquivado do original em 17 de março de 2024 
  3. «Mirante de Santana é opção para ver fogos na Paulista». Jornal Agora. 31 de dezembro de 2011. Consultado em 5 de janeiro de 2012. Cópia arquivada em 9 de agosto de 2022 
  4. «A fantástica experiência de Landell de Moura - 03 de junho de 1900». 26 de maio de 2006. Consultado em 5 de julho de 2009. Arquivado do original em 13 de maio de 2013 
  5. INMET (1 de julho de 2020). «SÃO PAULO CAPITAL, BALANÇO DE JUNHO DE 2020» (PDF). Consultado em 20 de julho de 2020. Cópia arquivada (PDF) em 3 de julho de 2020 
  6. a b c d INMET. «Banco de dados meteorológicos». Consultado em 12 de outubro de 2020 
  7. PEGORIM, Josélia (25 de janeiro de 2014). «S. Paulo teve a maior chuva em 24h desde março de 2013». Climatempo. Consultado em 26 de abril de 2014. Cópia arquivada em 27 de abril de 2014 
  8. INMET. «Normais climatológicas do Brasil». Consultado em 23 de março de 2022 
  9. INMET (1979). «Normais Climatológicas do Brasil (1931-1960)» 2 ed. Rio de Janeiro. Consultado em 21 de julho de 2020 
  10. INMET (5 de outubro de 2020). «Capital paulista registra maior temperatura do ano e 2ª maior da série histórica de 77 anos» (PDF). Consultado em 12 de outubro de 2020. Cópia arquivada (PDF) em 18 de junho de 2022 
  11. NONATO, Viviane Samara Barbosa (8 de outubro de 2020). «São Paulo capital registra a 3ª maior temperatura em 77 anos». INMET. Consultado em 12 de outubro de 2020. Cópia arquivada em 13 de outubro de 2020