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Martine Grael

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Martine Grael
bicampeã olímpica
Martine Grael
Martine no pódio da Rio 2016
(foto:Fernando Frazão/Agência Brasil)
Vela
Modalidade 49er FX
Nascimento 12 de fevereiro de 1991 (33 anos)
Niterói, Brasil
Nacionalidade Brasil brasileira
Medalhas
Jogos Olímpicos
Ouro Rio 2016 49er FX
Ouro Tóquio 2020 49er FX
Campeonatos Mundiais
Ouro Santander 2014 49er FX
Prata Marselha 2013 49er FX
Prata Buenos Aires 2015 49er FX
Prata Matosinhos 2017 49er FX
Prata Auckland 2019 49er FX
Bronze Mussanah 2021 49er FX
Jogos Pan-Americanos
Ouro Lima 2019 49er FX
Ouro Santiago 2023 49er FX
Prata Toronto 2015 49er FX
Universíade
Bronze Shenzhen 2011 470

Martine Soffiatti Grael (Niterói, 12 de fevereiro de 1991) é uma velejadora e engenheira ambiental brasileira, bicampeã olímpica e campeã mundial de Iatismo na classe 49er FX – junto com a parceira e proeira Kahena Kunze – eleita pela Federação Internacional de Vela a melhor velejadora do mundo em 2014.[1][2]

Primeiros anos

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Filha do bicampeão olímpico Torben Grael, Martine, nasceu em Niterói, cidade da Região Metropolitana do Rio de Janeiro, em 1991.[3][4]

Iniciou sua trajetória na vela ainda na infância, começando a velejar aos quatro anos de idade Rio Yacht Club, clube de Niterói, localizado em São Francisco.[5][6]

Aos treze anos, conheceu Kahena Kunze, filha do velejador campeão mundial, Claudio Künze, quando começaram a participar de competições em barcos diferentes, tornando-se rivais dentro d'água e amigas fora dela.[7][8]

Nos anos de 2004 e 2006, foi bicampeã brasileira da classe Optimist, embora não tenha se considerado uma velejadora muito boa neste tipo de barco, um tipo de embarcação bastante leve e de controle simples, indicada para crianças e jovens até 16 anos,[9] considerado o barco-escola da vela.[10]

No ano de 2009, Martine e Kahena, passaram a velejar juntas, como timoneira e proeira no mesmo barco, foram campeãs mundiais júnior na classe 420.[1] Após a conquista do título, Martine optou por formar uma dupla com Isabel Swan, medalha de bronze na classe 470 nos Jogos Olímpicos de Verão de 2008, realizados em Pequim, na China, visando garantir a vaga nesta classe para os Jogos Olímpicos de Verão de 2012, em Londres.[11][12] Apesar da formação da dupla, Martine e Isabel foram derrotada na seletiva brasileira por Fernanda Oliveira – parceira de Swan no bronze de Pequim – e Ana Barbachan.[13][11]

Como atleta da Marinha do Brasil, venceu foi vice-campeã mundial e vice-campeã mundial e europeia em 2013 na 49erFX e campeã do mundial militar, na classe HPE 25.[14]

Em 2014, tornou-se, junto com Kahena, campeã mundial em Santander, na Espanha, a primeira vez que velejadoras brasileiras conquistam o título.[15] Amigas de infância e ex-rivais na vela em categorias diferentes, Martina e Kahena foram eleitas as melhores esportistas do ano pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB), recebendo o Prêmio Brasil Olímpico de Atleta do Ano de 2014.[1] O ginasta paulista Arthur Zanetti, dividiu o prêmio com a dupla de velejadoras.[16]

No ano de 2015, na disputa da Copa do Mundo da Federação Internacional de Vela, Martine conquistou um ouro em Weymouth, na Inglaterra; uma prata em Hyères, na França; e um bronze em Miami, nos Estados Unidos.[17] Integraram a delegação brasileira nos Jogos Pan-Americanos de 2015, realizados em Toronto no Canadá.[18] Foram medalha de prata na categoria 49erFX.[19][20] No mesmo, também foram, pela segunda vez vice-campeãs mundiais, em Buenos Aires.[21]

Com a realização dos Jogos Olímpicos de Verão de 2016, no Rio de Janeiro, Martine tornou-se campeã olímpica de vela ao lado Kahena, ao vencerem a Regata das Medalhas da categoria – para a qual três barcos entraram empatados – com uma vantagem de apenas 2 segundos para as medalhistas de prata da Nova Zelândia.[22][23] Com a medalha de ouro, ela e Torben Grael são os únicos pai e filha campeões olímpicos da história do esporte brasileiro.[24]

No seguinte ciclo olímpico, em 2017, novamente foi vice-campeã mundial, e depois de se classificar para os próximos Jogos no Campeonato Mundial de Classes Olímpicas em Aarhus, na Dinamarca, em setembro de 2018 venceu, e com antecipação de uma regata, o evento-teste da Vela para Jogos Olímpicos de Verão de 2020 na raia olímpica de Enoshima,[25] no Japão, em dupla com Kahena, depois de se afastar da 49er FX por uma temporada para competir na Volvo Ocean Race junto à outra tripulação.[26]

Em fevereiro de 2019, iniciando a temporada, Martine venceu a Copa do Mundo da Vela disputada em Miami, nos Estados Unidos, onde a dupla brasileira mais uma vez derrotou na regata final as neozelandesas Alexandra Maloney e Molly Meech, vice-campeãs olímpicas nos Jogos do Rio, em 2016.[27]

Nos Jogos Pan-Americanos de 2019, foi a porta-bandeira da delegação brasileira na Cerimônia de Abertura em Lima, no Peru, ao lado de Kahena Kunze.[28] As duas foram as primeiras brasileiras a carregar a bandeira em uma edição dos Jogos.[29][30] Na competição em Lima, conquistam a medalha de ouro na classe 49erFX, superando as estadunidenses Stephanie Roble e Margaret Shea e as argentinas Stephanie Roble e Margaret Shea.[31] Em dezembro do mesmo ano, foi pela quarta vez vice-campeã mundial no torneio disputado em Auckland, na Nova Zelândia, perdendo o título na medal race com o capotamento do barco devido aos fortes ventos e mar agitado, depois de uma disputa acirrada entre as campeãs olímpicas do Brasil e as campeãs mundiais da Holanda.[32][33]

Devido a Pandemia de COVID-19, os Jogos Olímpicos de Verão de 2020, realizados em Tóquio, no Japão, foram adiados para o ano seguinte.[34] Apesar de não terem ganhado um campeonato mundial entre o ciclo olímpicos posterior ao Rio de 2016 até Tóquio em 2021, a dupla chegou a competição como vencedoras do evento-teste que aconteceu na cidade-sede em 2018, antes do adiamento dos Jogos causados pela pandemia de Covid-19.[35] Fazendo parte do selecionado brasileiro, no dia 3 de agosto de 2021, Martine e Kahena, conquistaram a medalha de ouro na categoria 49erFX.[36] Com a medalha, Martine tornou-se bicampeã olímpica, alcançando a mesma marca de seu pai.[37]

Em dezembro de 2022, foi condecorada pelo governo brasileiro com a Ordem de Rio Branco, no grau de Comendador.[38]

Em abril de 2023, junto com sua costumeira parceira, conquistou a medalha de ouro do Trofeo Princesa Sofia Mallorca, na Espanha, primeira etapa da Copa do Mundo de Vela.[39] Representou o Brasil, nos Jogos Pan-Americanos de 2023, realizados em Santiago, no Chile.[40][41]

No âmbito acadêmico, iniciou a graduação em engenharia ambiental na Universidade Federal Fluminense (UFF), mas não concluiu para focar na campanha olímpica dos Jogos de 2016.[42] É fluente em italiano, inglês, espanhol e francês.[43]

É sobrinha do político Axel Grael, prefeito de Niterói e do também velejador olímpico Lars Grael.[44][45]

Referências

  1. a b c Rocha, Danielle (17 de dezembro de 2014). «Após mais um prêmio, Martine e Kahena comemoram química perfeita». ge. Consultado em 24 de fevereiro de 2015. Cópia arquivada em 26 de dezembro de 2014 
  2. Najdzion, Lígia; Anjos, Sara Joana Gadotti dos; Kuhn, Vitor Roslindo; Anjos, Francisco Antonio dos (20 de junho de 2023). «Measurement model of the projected and perceived image through the organizational identity of the Volvo Ocean Race Brazil event». International Journal of Event and Festival Management. ISSN 1758-2954. doi:10.1108/ijefm-10-2022-0081. Consultado em 19 de outubro de 2023. Cópia arquivada em 19 de outubro de 2023 
  3. «Com o ouro de Martine Grael e Kahena Kunze, Niterói fica conhecida como a capital da vela. Moradores invadem rede do prefeito Axel Grael». Lu Lacerda | iG. 3 de agosto de 2021. Consultado em 19 de outubro de 2023. Cópia arquivada em 3 de agosto de 2021 
  4. «Niterói (RJ) | Cidades e Estados | IBGE». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 19 de outubro de 2023. Cópia arquivada em 13 de julho de 2023 
  5. «Martine Grael». Comitê Olímpico Brasileiro. Consultado em 19 de outubro de 2023. Cópia arquivada em 1 de agosto de 2023 
  6. «Medalhistas olímpicos entre os campeões do Circuito Oceânico de Niterói». O Globo. 26 de junho de 2019. Consultado em 19 de outubro de 2023. Cópia arquivada em 27 de junho de 2019 
  7. «Amigas de longa data, Martine Grael e Kahena Kunze brilham na vela». ND Mais. 22 de maio de 2014. Consultado em 24 de fevereiro de 2015. Cópia arquivada em 19 de outubro de 2023 
  8. Cariello, Gabriel (18 de agosto de 2016). «Martine e Kahena: da rivalidade na adolescência à medalha de ouro». O Globo. Consultado em 19 de outubro de 2023. Cópia arquivada em 19 de agosto de 2016 
  9. Mathias, Thyago; Rabello, João (12 de abril de 2012). «Martine Grael (Vela)». Esporte Essencial. Consultado em 24 de fevereiro de 2015. Arquivado do original em 24 de fevereiro de 2015 
  10. Mirás, Denise (18 de dezembro de 2014). «Com apenas 23 anos, a timoneira Martine Grael chega ao topo do mundo». Ministério do Esporte. Consultado em 25 de fevereiro de 2015. Cópia arquivada em 19 de outubro de 2023 
  11. a b «Medalhista de bronze em Pequim, Isabel Swan veleja em família». UOL. 26 de setembro de 2008. Consultado em 19 de outubro de 2023. Cópia arquivada em 19 de outubro de 2023 
  12. «Martine Grael e Isabel Swan vencem prova e acirram disputa por vaga olímpica na vela». UOL. 4 de abril de 2012. Consultado em 24 de fevereiro de 2015. Cópia arquivada em 6 de abril de 2012 
  13. «Fernanda Oliveira e Ana Barbachan não alcançam pódio e ficam em 6º». ge. 10 de agosto de 2012. Consultado em 19 de outubro de 2023. Cópia arquivada em 19 de outubro de 2023 
  14. «Martine Grael». Confederação Brasileira de Vela. Consultado em 24 de fevereiro de 2015. Arquivado do original em 24 de fevereiro de 2015 
  15. «Martine Grael e Kahena Kunze são campeãs mundiais na classe 49er FX». ge. 21 de setembro de 2014. Consultado em 19 de outubro de 2023. Cópia arquivada em 23 de setembro de 2021 
  16. «Zanetti e dupla campeã mundial na vela ganham Prêmio Brasil Olímpico - 16/12/2014 - Esporte». Folha de S.Paulo. 19 de outubro de 2023. Consultado em 19 de outubro de 2023. Cópia arquivada em 1 de abril de 2015 
  17. «Martine Grael e Kahena Kunze vencem evento-teste no Rio». Terra. 21 de agosto de 2015. Consultado em 22 de agosto de 2015. Cópia arquivada em 3 de março de 2016 
  18. «Campeãs mundiais de vela, Kahena e Martine disputam Pan pela 1ª vez». ESPN.com. 7 de julho de 2015. Consultado em 19 de outubro de 2023. Cópia arquivada em 19 de outubro de 2023 
  19. «Toronto 2015: Com a prata, Martine e Kahena festejam aprendizado no Pan». Futebol Interior. 18 de julho de 2015. Consultado em 19 de julho de 2015. Arquivado do original em 22 de julho de 2015 
  20. Filipo, Leonardo (24 de julho de 2015). «Prata no Pan, Martine e Kahena voltam à "normalidade" e miram evento-teste». ge. Consultado em 19 de outubro de 2023. Cópia arquivada em 19 de outubro de 2023 
  21. «Brasileiras conquistam a prata no Mundial de vela em Buenos Aires». O Globo. 21 de novembro de 2015. Consultado em 19 de outubro de 2023. Cópia arquivada em 22 de novembro de 2015 
  22. Cariello, Gabriel (18 de agosto de 2016). «Martine e Kahena ganham ouro na vela para o Brasil». O Globo. Consultado em 18 de agosto de 2016. Cópia arquivada em 19 de agosto de 2016 
  23. Moniz, Gustavo (18 de agosto de 2016). «Ouro na veia: a conquista de Martine Grael e Kahena Kunze na vela». El País Brasil. Consultado em 19 de outubro de 2023. Cópia arquivada em 22 de agosto de 2016 
  24. Duarte, Fernando (18 de agosto de 2016). «Com ouro na vela, Martine Grael é 1ª campeã olímpica a repetir feito de um de seus pais». BBC Brasil. Consultado em 18 de agosto de 2016. Cópia arquivada em 19 de agosto de 2016 
  25. «Martine Grael e Kahena Kunze garantem vaga em Tóquio-2020». Folha de Pernambuco. 9 de agosto de 2018. Consultado em 26 de março de 2019. Cópia arquivada em 19 de outubro de 2023 
  26. «Em Enoshima, Martine Grael e Kahena Kunze vencem evento-teste de vela para Tóquio 2020». ge. 14 de setembro de 2018. Consultado em 26 de março de 2019. Cópia arquivada em 19 de outubro de 2023 
  27. «Martine Grael e Kahena Kunze conquistam o ouro na Copa do Mundo de Miami». Extra. 2 de fevereiro de 2019. Consultado em 26 de março de 2019. Cópia arquivada em 5 de fevereiro de 2019 
  28. «Martine Grael e Kahena Kunze serão as porta-bandeiras do Time Brasil na Abertura dos Jogos Pan-americanos Lima 2019». Comitê Olímpico do Brasil. 25 de julho de 2019. Consultado em 19 de outubro de 2023. Cópia arquivada em 19 de outubro de 2023 
  29. Glenda Kozlowski (24 de julho de 2019). «Martine Grael será porta-bandeira do Brasil na cerimônia de abertura em Lima». ge. Consultado em 24 de julho de 2019. Cópia arquivada em 23 de junho de 2019 
  30. Rodrigues, João Gabriel; Alencar, Edgar (25 de julho de 2019). «Duas para a história: Martine e Kahena serão as porta-bandeiras na cerimônia de abertura em Lima». ge. Consultado em 26 de julho de 2019. Cópia arquivada em 28 de maio de 2022 
  31. Rabelo, Guto; Fricke, Gabriel (10 de agosto de 2019). «Campeãs olímpicas Martine Grael e Kahena Kunze dominam na vela e conquistam ouro no Pan de Lima». ge. Consultado em 11 de agosto de 2019. Cópia arquivada em 10 de agosto de 2019 
  32. «2019 World Championships». 49er. Consultado em 29 agosto 2020. Cópia arquivada em 24 de agosto de 2023 
  33. «Martine Grael e Kahena Kunze conquistam medalha de prata no Mundial de vela». ge. 8 de dezembro de 2019. Consultado em 19 de outubro de 2023. Cópia arquivada em 6 de dezembro de 2021 
  34. Fuentes, Patrick (22 de julho de 2021). «Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 representam um marco na igualdade de gênero». Jornal da USP. Consultado em 17 de outubro de 2023. Cópia arquivada em 29 de janeiro de 2022 
  35. Costa, Guilherme (12 de julho de 2021). «Quais as chances de medalha do Brasil na vela nas Olimpíadas?». ge. Consultado em 14 de julho de 2021. Cópia arquivada em 12 de julho de 2021 
  36. Archibold, Randal C. (8 de agosto de 2021). «Seven Olympic Moments Worth Revisiting». The New York Times (em inglês). ISSN 0362-4331. Consultado em 19 de outubro de 2023. Cópia arquivada em 8 de agosto de 2021 
  37. Csota, Guilherme (3 de agosto de 2021). «Martine Grael e Kahena Kunze conquistam a medalha de ouro na vela». ge. Consultado em 3 de agosto de 2021. Cópia arquivada em 3 de agosto de 2021 
  38. «DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO - Seção 1 | Edição extra | Nº 225-A , quinta-feira, 1 de dezembro de 2022». Imprensa Nacional. 1 de dezembro de 2022. p. 2. Consultado em 4 de fevereiro de 2024 
  39. Csota, Guilherme (10 de abril de 2023). «Títulos na vela, ginástica e tênis marcam semana do Brasil». ge. Consultado em 10 de abril de 2023. Cópia arquivada em 10 de agosto de 2023 
  40. «Brasil vai aos Jogos Pan-Americanos com 21 medalhistas olímpicos; veja lista». ge. 17 de outubro de 2023. Consultado em 20 de outubro de 2023. Cópia arquivada em 20 de outubro de 2023 
  41. «Quais medalhistas olímpicos disputarão o Pan 2023?». UOL. 19 de outubro de 2023. Consultado em 20 de outubro de 2023. Cópia arquivada em 20 de outubro de 2023 
  42. «Martine e Kahena - Donas da Rua | MSP - Mauricio de Sousa Produções». Mauricio de Sousa Produções. Consultado em 19 de outubro de 2023. Cópia arquivada em 19 de outubro de 2023 
  43. «Martine Soffiatti Grael». International Sailing Federation. Consultado em 24 de fevereiro de 2015. Cópia arquivada em 24 de fevereiro de 2015 
  44. Boeckel, Cristina (3 de agosto de 2021). «Após ouro na vela, moradores de Niterói brincam nas redes e pedem feriado por Martine Grael, sobrinha do prefeito». G1. Consultado em 19 de outubro de 2023. Cópia arquivada em 3 de agosto de 2021 
  45. «Família Grael agora tem 9 medalhas olímpicas na vela; veja quais são». Folha de S.Paulo. 3 de agosto de 2021. Consultado em 19 de outubro de 2023. Cópia arquivada em 3 de agosto de 2021 
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